10 research outputs found

    Sobre o processo de triagem em centros de reabilitação

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    The triage process in rehabilitation centers consists of an evaluation of the conditions of a patient who might use the services of these units in the health system. In general it takes place at first contact with the clinical team. By schedule a patient is interviewed by a doctor, a social worker, and a psychologist at the same time whereby they verify the clinical conditions, relationship dynamics and psychopathological aspects, as well as the social requirements for regular supervised participation in the prescribed activities. The object of the triage process is not to obstruct access of anyone to the services available, but to guide the potential user either to the easiest form of treatment or to that most appropriate to his needs. At the end of the triage process the patient may be chosen for multi-professional intervention several days a week or other alternative interventions, either therapeutic or guiding, with the recruitment of any number of professionals or weekly contacts. Considering the reality of rehabilitation in Brazil, which does not include internment, one can expect full service of the rehabilitation program only under optimal conditions. Resources for rehabilitation are limited, therefore its optimization is necessary, and the triage process enables the best use of these resources with a fair and ethical distribution.O processo de triagem em centros de reabilitação consiste numa avaliação das condições do paciente potencial usuário dos serviços prestados nessas unidades do sistema de saúde. Em geral ela ocorre no primeiro contato com a equipe clínica. Por meio de agendamento, o paciente é submetido a entrevista com um médico, um assistente social e um psicólogo num só momento, onde são verificadas as condições clínicas, aspectos de dinâmica de relacionamento e psicopatológicos, bem como requisitos sociais para participação regular e supervisionada nas atividades propostas. O objetivo do processo de triagem não é obstruir o acesso de qualquer pessoa aos serviços disponíveis, mas sim direcionar o potencial usuário para a forma mais ágil de atendimento ou mais apropriada às suas necessidades. Ao final do processo de triagem o paciente pode ser eleito para intervenção multiprofissional em vários dias da semana, outras alternativas de intervenção, seja terapêuticas ou de orientação, com recrutamento de número diferente de profissionais ou contatos semanais. Considerando a realidade de reabilitação no Brasil, que não contempla a internação, pode-se esperar um aproveitamento integral do programa de reabilitação somente em condições otimizadas. Os recursos para reabilitação não são ilimitados, assim, a sua otimização é necessária e o processo de triagem viabiliza o melhor aproveitamento desses recursos, e uma distribuição mais justa e ética dos mesmos

    Independência funcional em pessoas com lesões encefálicas adquiridas sob reabilitação ambulatorial

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    The acquired brain injury (ABI) may induce a wide variety of impairments and the result of rehabilitation on an outpatient basis is questioned when performed long after its onset. The objective of this study was to evaluate the functional gain of ABI patients submitted to rehabilitation on an outpatient basis. Hospital discharge forms of 118 patients treated at the Division of Rehabilitation Medicine between 1999 and 2001 were reviewed. Functioning is systematically registered by the Functional Independence Measure (FIMTM) at the first evaluation, medical appointments and upon discharge. Mean values of each FIMTM item at the first and last evaluations were compared. The median period from the onset of the impairment was 9 months. There was an increase in the proportion of independent individuals in all FIMTM items at the end of treatment, as well as a significant increase in their mean values. These results differ from those reported by centers in countries where rehabilitation is performed in the early phase after the onset of impairments. This may result from rehabilitation approaches that focus on the physical impairment, without taking the importance of functional independence into account. We conclude that in our country, patients with ABI may present functional gain even if rehabilitation is carried out at later periods.A lesão encefálica adquirida (LEA) pode provocar numa gama variada de deficiências e, questiona-se o resultado da reabilitação ambulatorial quando efetuada num longo período após sua instalação. O objetivo deste estudo foi avaliar os ganhos obtidos pelos pacientes com LEA sob reabilitação ambulatorial. Foram revisados os relatórios de alta de 118 pacientes atendidos na Divisão de Medicina de Reabilitação entre 1999 e 2001, nos quais a funcionalidade é sistematicamente registrada segundo a Medida de Independência Funcional (MIF), no momento da avaliação inicial, retornos médicos e alta. Foram comparados os valores médios de cada um dos itens da MIF no início e final do tratamento. O tempo mediano desde a instalação da lesão foi de 9 meses. Houve aumento da proporção de indivíduos independentes em todas os itens da MIF ao final do tratamento, bem como aumento significativo dos seus valores médios. Os resultados apresentados diferem daqueles observados em outros países nos quais a reabilitação ocorre na fase mais aguda. Isso pode decorrer de abordagens efetuadas antes da chegada do paciente ao centro de reabilitação cujo foco é maior em aspectos da deficiência física, sem levar em conta a importância da independência funcional. Os dados apresentados permitem concluir que, em nosso meio, os pacientes com LEA podem obter ganhos funcionais com a reabilitação, mesmo que ela seja iniciada tardiamente

    Estudo da interferência dos déficits motor e sensitivo na função manual de pacientes hemiplégicos submetidos à estimulação elétrica funcional (FES)

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    O presente estudo procura identificar os aspectos fisiopatológicos que condicionam um mau prognóstico na aplicação da Estimulação Elétrica Funcional (FES), sendo pareados os bons e maus resultados com os déficits motor e sensitivo. Foram avaliados 17 pacientes hemiplégicos, com praxia e gnosia preservados, submetidos às técnicas convencionais da Terapia Ocupacional e Estimulação Elétrica Funcional. Os eletrodos foram ajustados, de modo a obter dorsiflexão de punho e dedos e abdução de polegar, quando possível. Foram realizadas avaliações das sensibilidades superficial (tactil e dolorosa) e profunda (reconhecimento de diferentes posições do membro acometido), das preensões tipo cilindro, esfera, gancho e pinças lateral, polpa a polpa e 03 pontos, antes e logo após 06 meses de FES. Resultados mostraram que 13 pacientes obtiveram melhora da movimentação ativa manual. Os pacientes que melhoraram tinham sensibilidade superficial e profunda normal ou alterada, mas apresentavam algum tipo de movimentação manual espontânea. Os pacientes, que não melhoraram, tinham alterações das sensibilidades superficial e/ou profunda, mas não tinham qualquer movimentação manual ativa. Conclui-se que a associação da Estimulação Elétrica Funcional às técnicas convencionais de Terapia Ocupacional é um meio eficaz de melhorar a função manual de pacientes hemiplégicos com movimentação voluntária parcialmente preservada

    Validation of the Brazilian version of Functional Independence Measure

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    Introduction: the Brazilian version of the Functional Independence Measure (FIM) was developed in the 2000. Studies of validity is still required in order corroborate its use in rehabilitation assessment of Brazilian individuals, since local peculiarities may determine differences in the data provided by such instrument. Objectives: the aim of this study is test construct validity of the FIM by checking its convergent validity in groups of patients with impairments expected to develop specific levels of disability. Methods: Medical charts of 150 SCI and 103 hemiplegic patients from 2 rehabilitation centers in São Paulo provided data about demographic characteristics, clinical and functional features. The level of disability was evaluated by the Functional Independence Measure. Traumatic SCI patients were classified according to the level of injury as cervical, thoracic and lumbar or below. Hemiplegic patients were classified according to the side of motor impairment as right, left or bilateral. Sensibility to change was tested in 93 hemiplegic and 59 SCI patients by comparing admission and discharge values of motor, cognitive and total FIM. Results: among SCI we could demonstrate a clear association between the level of the injury and the motor FIM (cervical = 34.4 ± 25.2, thoracic = 51.6 ± 19.5, lumbar = 67.5 ± 18.6; p < 0.001). Cognitive FIM showed a ceiling effect in SCI (85% patients had cFIM at the highest value), on the other hand, among hemiplegic patients this could not be noticed and an association between cognitive FIM and the side of impairment, being the left-side-disabled patients the least cognitively dependent. Statistically significant variations during treatment could be noticed in mFIM in SCI and stroke patients (44.5 ± 24.1x 61.0 ± 23.8; p < 0.001 and 54.1 ± 23.0 x 64.7 .± 21.3; p <0.001). The same could be observed with cFIM in left-sided and right-sided stroke patients, but not for patients with bilateral motor impairment. Conclusion: convergent validity of the Brazilian version of FIM could be shown by the comparison of the results of motor domain among SCI patients with different levels of impairment. Cognitive FIM was proved of little use in chronic SCI patients under rehabilitation, although its association with the better results in left-sided stroke patients also collaborates with its validity. The Brazilian version of FIM proved to be sensitive to changes and of clinically useful as a measure of outcome of rehabilitation for subacute and chronic outpatients in Brazil.A versão brasileira de Medida de Independência Funcional (MIF) foi desenvolvida em 2000. Estudos de sua validade ainda são necessários como forma de corroborar seu uso na avaliação da reabilitação de brasileiros incapacitados, uma vez que peculiaridades socioculturais nacionais podem determinar um comportamento diverso dos dados fornecidos pelo instrumento. Objetivos: O objetivo deste estudo é testar a validade de construto da MIF ao checar a validade convergente em grupos de pacientes com deficiências nas quais se esperam estar presentes graus específicos de incapacidade. Método: Prontuários médicos de 150 pacientes com lesão medular (LM) e 103 pacientes com lesões encefálicas (LE) de dois centros de reabilitação da cidade de São Paulo forneceram dados a respeito de características biodemográficas, clínicas e funcionais. O grau de incapacidade foi avaliado pela MIF. Os pacientes com LM foram classificados de acordo com o nível de acometimento medular, como cervicais, torácicos ou lombares e abaixo. Pacientes com LE foram classificados conforme o dimídio mais comprometido como direito, esquerdo ou bilaterais. A sensibilidade da MIF foi testada em 93 pacientes com LE e 59 com LM por meio da comparação dos valores da MIF total, cognitiva e motora de admissão e alta. Resultados: entre os pacientes com LM pudemos demonstrar uma clara associação entre o nível de incapacidade e a MIF motora (cervical = 34.4 ± 25.2, torácica = 51.6 ± 19.5, lombar = 67.5 ± 18.6; p < 0.001). A MIF cognitiva apresentou um efeito teto entre os pacientes com lesão medular (85% dos pacientes tinham MIFc no valor mais alto possível), por outro lado, entre os pacientes com LE, isso não pode ser observado e houve uma associação entre o valor obtido na MIFc e o lado envolvido, sendo os pacientes com envolvimento do hemicorpo esquerdo aqueles menos dependente em termos cognitivos. Houve mudança estatisticamente significante durante o tratamento, como pode ser observado pela variação da MIFm em  pacientes com LM e LE (44.5 ± 24.1x 61.0 ± 23.8; p < 0.001 e 54.1 ± 23.0 x 64.7 ± 21.3; p <0.001). O mesmo pode ser observado em pacientes com LE com comprometimento a esquerda e à direita, mas não quando o comprometimento era bilateral. Conclusão: a validade convergente da versão brasileira da MIF pode ser observada para as tarefas motoras tanto em pacientes com LM como LE. A MIFc mostrou-se de pouca utilidade entre os pacientes com LM crônico sob reabilitação ambulatorial, apesar de a associação com melhores performances em pacientes com LE e comprometimento à esquerda também colaborar para a sua validade. A versão brasileira da MIF mostrou-se sensível a alterações e clinicamente útil para a avaliação de resultados de reabilitação em pacientes ambulatoriais subagudos e crônicos no Brasil

    Tipóia de Gaylord adaptada: uso na subluxação do ombro do paciente hemiplégico

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    The objectives of this study were analyzing the benefits of using an adopted Gaylord upper-limb sling in 30 hemiplegic patients with shoulder subluxation associated to pain. There were analized improvement in pain; difficult and dependency in dressing; confort and adequacy in use. A markeble improvement in pain was considered when at least 75% of relief was achieved. Results were evaluated 2 months later and in 66,7% there was markeble improvement in pain; in 93,3% they were dependents in dressing; in 83,3% thought to be easy in use, and 100% thought to be confortable. Because of this results it was concluded that the adopted Gaylord upper-limb sling can be used as a orthetic device in hemiplegic patients with shoulder subluxation.O presente estudo tem por objetivo avaliar os benefícios do uso da tipóia de Gaylord adaptada em 30 pacientes hemiplégicos com subluxação de ombro associado à dor. Analisamos aspectos referentes à melhora da dor, grau de dependência dificuldade na sua colocação e conforto durante seu uso. Consideramos melhora expressiva da dor quando esta ocorreu em pelo menos 75%. Resultados, após pelo menos 2 meses de uso, mostraram que 66,7% dos pacientes obtiveram melhora expressiva da dor, 93,3% eram dependentes na sua colocação, 83,3% referem que esta era fácil de ser colocada e 100% que ela era confortável. Frente aos resultados obtidos, verificamos que a tipóia de Gaylord pode ser um recurso ortésico benéfico na subluxação de ombro dos pacientes hemiplégicos

    Estudo ergométrico evolutivo de portadoras de fibromialgia primária em programa de treinamento cardiovascular supervisionado

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    Fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica caracterizada por dor musculoesquelética generalizada1,2,3,4,5. Na última década, o exercício físico tornou-se promissor como opção terapêutica da síndrome6,7,8,9,10,11,12,13,14. Objetivo: avaliação ergométrica prospectiva de portadoras de fibromialgia primária (FP) em programa de treinamento cardiovascular supervisionado (TCS). Treze mulheres, média de idade de 48,9 anos, portadoras de FP, submeteram-se a teste ergométrico (TE) em esteira rolante, protocolo de Ellestad, no tempo zero, 3o e 6o meses de TCS. Os critérios de interrupção do TE foram cansaço e dor. Para o TCS, foi estabelecida uma faixa de 60% a 70% da freqüência cardíaca (FC) máxima, calculada pelo método de Karvonen. A assiduidade foi superior a 80% de 72 sessões, 3 vezes por semana, com duração de 60 minutos. Realizada a avaliação subjetiva da dor muscular e analisadas as variáveis do TE. Análise estatística: variância dos postos de Friedman e teste de comparações múltiplas15. Resultados: no 3o mês, houve aumento significativo da resposta cronotrópica. No 3o e 6o meses, foram significativos: aumento do tempo de exercício, capacidade funcional, trabalho total e diminuição da FC carga máxima comum. Não houve diferença significante da DPAS, duplo produto (DP), DP carga máxima comum e %FC máxima. Comparadas com o final do TE do tempo zero, a maior porcentagem de pacientes atingiu cargas mais elevadas e a mesma intensidade de dor no 3o e 6o meses de TCS. Conclusão: a partir do 3o mês de TCS, as portadoras de FP apresentaram maior tolerância à dor muscular e ao esforço, melhora da capacidade funcional cardiovascular e muscular periférica.Aim: prospective exercise testing (ET) evaluation in patientswith primary fibromyalgia (PF) submit to supervised cardiovascular training (SCT). Casuistic and method: thirteen women with PF, mean age of 48,9 years, were submitted to a ET on treadmill (Ellestad protocol), in the time zero, after three and six months of SCT. The interruption criteria for ET were tiredness and pain. For the SCT were established zone of 60% to 70% of the maxim heart rate (HR), calculated by the Karvonen method. All the patients were present to more than 80% from the total of 72STC sessions, three times a week for 60 minutes. We analyzedthe results from the ET and the score of muscular pain. Valuet<0.05 were consider significant. Results: after 3 months, we observed significant improvement in the chronotropic reserve. After 3 and 6 months were increased exercise time, functional capacity, total work TheHR in the maximum common load was reduced. The majorpercentage of the patients presented after 3 and 6 months ofSCT with heavier load the same score for subjective evaluationof pain than after ET in zero time. Conclusion: after 3 months of STC patients with PF presented higher tolerance to muscular pain and physical exercise, improvement in the functional capacity cardiovascular andperipheral muscular activity

    Reprodutibilidade da versão brasileira da Medida de Independência Funcional

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    A Brazilian version of Functional Independence Measure (FIM) was developed in a translation process to Brazilian Portuguese by a bilingual medical team and a professional translator, followed by a reverse translation to English by an independent traslator. No problems of cultural equivalence were identified in the resultant version when it was presented to a group of 25 clinicians trained in its use. Eight rehabilitation centers participated in the gathering of data for the study of reproductibility. Two independent observers evaluated, between December 1999 and January 2000, all adult stroke patients with more than 4 months of impairment onset at the same day and only one of these clinicians repeated the observation after one week (test/retest). A total of 164 patients were examined, kappa agreement values in each of the FIM items varied between two observers form 0,50 (feeding) to 0,64 (bladder control), at test/retest they varied from 0,61 (dressing below waist) to 0,77 (toilet transfer). MIF subscales showed good correlation at test/retest (Pearson: 0,91 – 0,98; ICC: 0,91 – 0,98) and between two observers (Pearson: 0,87 – 0,98; ICC: 0,87 – 0,98). Analysis of variance shows good agreement for these subscales between two observers and at test/retest condition. We conclude that the Brazilian version of FIM has good cultural equivalence and reproductivity.A versão brasileira da Medida de Independência Funcional (MIF) foi desenvolvida por meio de um processo de tradução para o português do Brasil por equipe médica bilíngüe familiarizada com o instrumento e tradutor profissional, seguido de tradução reversa para o inglês por tradutor independente. Não foram identificados problemas de equivalência cultural quando a versão obtida foi apresentada a um conjunto de 25 profissionais de saúde treinados no seu uso. Oito centros de reabilitação participaram da captação de dados para a obtenção de medidas de reprodutibilidade. Todos os pacientes adultos com história de pelo menos 4 meses de acidente vascular cerebral, consultados no período entre dezembro de 1999 e janeiro de 2000, foram avaliados por dois avaliadores treinados na aplicação da MIF, de forma independente, e reavaliados por apenas um desses examinadores após uma semana (teste/reteste). Uma amostra de 164 pacientes foi examinada e os valores de kappa para concordância em cada um dos itens da MIF variaram entre dois observadores de 0,50 (alimentação) a 0,64 (controle da urina) e no teste/reteste entre 0,61 (vestir abaixo da cintura) a 0,77 (transferência para o vaso sanitário). As subescalas da MIF apresentaram no teste/reteste boa correlação (Pearson: 0,91–0,98; ICC: 0,91–0,98); a reprodutibilidade interobservadores também foi boa (Pearson: 0,87–0,98; ICC: 0,87–0,98). Análise de variância mostra boa concordância entre as médias dos resultados de dois avaliadores na primeira avaliação e na medida após uma semana. Concluímos que a versão brasileira da MIF tem boa equivalência cultural e boa reprodutibilidade.

    Avaliação da utilização da tipóia de Bobath na subluxação de ombro do paciente hemiplégico

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    Uma das complicações mais graves do paciente hemiplégico pós AVC é a subluxação do ombro decorrente do desequilíbrio muscular, e que está freqüentemente associado à dor. Apesar das várias modalidades de tipóias para contenção da subluxação, há poucos estudos referentes ao uso delas. Optamos pela avaliação da tipóia de Bobath, analisando-as nos aspectos referentes à melhora da dor, dificuldades de colocação, conforto durante o uso e aderência. Verificamos que dentre os pacientes analisados, apenas 25% obtiveram melhora significativa da dor, todos eram dependentes na sua colocação e a grande maioria teve queixas quanto ao desconforto durante o uso. Houve uma porcentagem significativa de abandono e erro de u tilização. Concluímos que a tipóia de Bobath, apesar de permitir redução visual da subluxação de ombro do paciente hemiplégico, não é um recurso ortésico adequado para a reabilitação do mesmo.One of the most serious complications in the hemiplegic patient after a stroke "is the shanider subluxation res.ul ting of muscles unblance, often associated with pain. Although a lot of different slings that were developed, there is few surveys referring their use. We evaluated the Bobath sling, concerning improvement in pain; difficult in dressing; comfort and adequacy in use and adhesion. We observed 12 patients for at least 15 days, and the results were: 25% had relief in pain ali of them were dependent in dressing, almost ali complaint of discomfort and there was a great number of people who abandoned the use or who used in the wrong way. It was concluded that the Bobath sling, although reducing the shoulder subluxation in hemiplegic patient, it is not an adequa te device for rehabilitation in hemiplegic patient

    Reabilitação ambulatorial da COVID longa: uma chamada à ação

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    A COVID-19 tem consequências sensório motoras, cognitivas, psíquicas e nutricionais que necessitam de reabilitação. Objetivo: Descrever o programa de reabilitação ambulatorial desenvolvido no Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, otimizado, intensivo e de curta duração. Método: Obtivemos informações sociodemográficas e clínicas de 12 adultos com diagnóstico laboratorial de COVID-19, grave e crítica, que necessitaram de hospitalização na fase aguda. Avaliações funcionais: Escala de Medida de Independência Funcional (MIF), EQ-5D-5L, World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0), Post-COVID-19 Functional Status scale, Medical Research Council (MRC) dyspnea scale, escala visual analógica (EVA) para dor, DN-4 (Douleur Neuropathique 4), escala de sonolência de Epworth, Índice de Gravidade da Insônia, Montreal Ontario Cognitive Assessment (MoCA), escala de Depressão, ansiedade e estresse (DASS-21), avaliação nutricional, Timed Up and Go, teste de caminhada de 10 metros, teste de preensão palmar, MRC sum score, ultrassonografia musculoesquelética da coxa antes, durante e após programa de reabilitação ambulatorial. Este incluiu estimulação magnética indutiva e elétrica musculoesquelética, tratamento por ondas de choque extracorpóreas, exercícios isocinéticos, abordagem emocional, estimulação cognitiva, estimulação do desempenho ocupacional, orientação nutricional e programa educacional por aplicativo COMVC. O tratamento foi realizado duas vezes por semana até atingir os critérios de alta pré-estabelecidos. Resultados: VAS e TUG proporcionaram melhora estatisticamente significante (p <0,001). PCFS, MIF, Handgrip, 10 MWT e DASS-21 domínio ansiedade apresentam tendências de melhora. Conclusão: O programa melhora a dor, mobilidade e ansiedade em pacientes com COVID longa.COVID-19 has motor, cognitive, psychological and nutritional consequences that require rehabilitation. Objetive:  To describe the outpatient rehabilitation program developed at the Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Method: We collected sociodemographic and clinical data of 12 adults with laboratory-confirmed COVID-19, severe and critical, who needed hospitalization in the acute phase.  Functional assessments included Functional Independence Scale (FIM), EQ-5D-5L, World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0),  Post-COVID-19 Functional Status scale (PCFS), Medical Research Council (MRC)  dyspnea scale, visual analog scale (VAS) for pain, Douleur Neuropathique  4 (DN-4), Epworth sleepiness scale, Insomnia Severity Index, Montreal Ontario Cognitive Assessment  (MoCA),  Depression, anxiety and stress scale (DASS-21), nutritional assessment, Timed Up and Go test,  10-meter walking test (10 MWT), handgrip strength,  MRC sum score, musculoskeletal ultrasound of the thigh.The outpatient rehabilitation program included electrical and musculoskeletal inductive magnetic stimulation, extracorporeal shockwave treatment, isokinetic exercises, emotional approach, cognitive stimulation, occupational performance stimulation, nutritional guidance, and educational program by COMVC mobile application. Individualized program was delivered twice a week until pre-stablished discharge criteria was achieved. Results:  VAS and TUG presented statistically significant improvements (p <0.001). PCFS, FIM, handgrip strength, 10 MWT and DASS-21 anxiety presented slopes in the direction of improvement. Conclusion: The optimized, intensive, interdisciplinary and short-term outpatient rehabilitation program improves pain, mobility and anxiety in long COVID patients

    Efeitos do condicionamento físico sobre pacientes com fibromialgia Efectos del condicionamiento físico en pacientes con fibromialgia Effects of physical conditioning over patients with fibromyalgia

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    INTRODUÇÃO: Fibromialgia é uma síndrome crônica, caracterizada por dor músculo-esquelética generalizada. A possibilidade de atenuação dos sintomas com a atividade física abriu novas perspectivas para o tratamento desta doença. OBJETIVO: Avaliar o efeito de um programa de condicionamento físico sobre a capacidade funcional, dor e qualidade de vida de pacientes com fibromialgia. MÉTODOS: Adotado o desenho de coorte para avaliar 18 mulheres, média de 46,4 &plusmn; 5,8 anos de idade, com a síndrome em média de 10,6 &plusmn; 5,7 anos, submetidas a um ano de condicionamento físico supervisionado, predominantemente aeróbio. No início do estudo e trimestralmente foram realizados: teste de esforço cardiopulmonar para determinação da capacidade funcional; avaliação da intensidade de dor empregando a escala analógica visual; contagem dos pontos dolorosos e determinação do limiar de dor à pressão com o uso do algômetro de pressão; aplicação do questionário de qualidade de vida Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) traduzido e adaptado para a população brasileira. RESULTADOS: A capacidade funcional melhorou a partir do terceiro mês (p < 0,05), o limiar de dor aumentou a partir do sexto mês (p < 0,05), houve diminuição da dor pós-esforço (p < 0,05) e do número de pontos sensíveis (p < 0,05) no nono mês. A intensidade de dor diminuiu no 12º mês (p < 0,05). Com exceção do item "estado geral de saúde" (p > 0,05), os demais domínios do questionário de qualidade de vida melhoraram em diferentes períodos do estudo (p < 0,05). CONCLUSÃO: As pacientes com fibromialgia submetidas ao programa de condicionamento físico supervisionado apresentaram melhora da capacidade funcional, da dor e da qualidade de vida.<br>INTRODUCCIÓN: La fibromialgia es un síndrome crónico, caracterizado por dolor músculo-esquelético generalizado. La posibilidad de atenuación de los síntomas con la actividad física abrió nuevas perspectivas para el tratamiento de esta enfermedad. OBJETIVO: Evaluar el efecto de un programa de condicionamiento físico sobre la capacidad funcional, dolor y calidad de vida de pacientes con fibromialgia. MÉTODOS: Adoptado el método de aglomeración para evaluar 18 mujeres, con edad media de 46,4 &plusmn; 5,8 años, con el síndrome en media hace 10,6 &plusmn; 5,7 años, sometidas a un ano de condicionamiento físico supervisado, predominantemente aeróbico. Al iniciar el estudio y trimestralmente, fueron realizados: test de esfuerzo cardiopulmonar para determinar la capacidad funcional; evaluación de la intensidad de dolor empleando la escala analógica visual; contaje de puntos dolorosos y determinación del límite del dolor a la presión con el uso del algómetro de presión; aplicación de cuestionario de calidad de vida "Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey" (SF-36) traducido y adaptado para la población brasileña. RESULTADOS: La capacidad funcional mejoró a partir del tercer mes (p < 0,05), la resistencia al dolor aumentó a partir del sexto mes (p < 0,05), hubo disminución de dolor pos esfuerzo (p < 0,05) y el número de puntos sensibles (p < 0,05) al noveno mes. La intensidad de dolor disminuyó al décimo segundo mes (p < 0,05). Con excepción del ítem "estado general de salud" (p > 0,05), los demás dominios del cuestionario de calidad de vida mejoraron en diferentes periodos del estudio (p < 0,05). CONCLUSIÓN: Las pacientes con fibromialgia sometidas al programa de condicionamiento físico supervisado presentaron mejora de la capacidad funcional, dolor y calidad de vida.<br>INTRODUCTION: Fibromyalgia is a chronic syndrome characterized by widespread musculoskeletal pain. Possible symptom attenuation with physical exercise has opened new perspective for treatment. OBJECTIVE: This study aimed to assess the effects of a program of physical exercises (SPPE) on the functional ability, perceived pain and life quality of patients with fibromyalgia. METHODS: A cohort of eighteen female fibromyalgia patients, mean age 46,4 &plusmn; 5,8 years, having the syndrome for 10,6 &plusmn; 5,7 years, were studied along one year of supervised program of predominantly aerobic physical exercises. Patients underwent baseline and quarterly exercise stress tests (EST) to evaluate work capacity; clinical examinations to determine pain intensity through visual analogue scale; tender points count and pain threshold assessment by pressure algometer; as well as interviews using the "Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey" (SF-36) questionnaire. RESULTS: Work capacity improved from the third month (p < 0,05); pain threshold increased from the sixth month (p < 0,05); post-exertion pain improved (p < 0,05) and number of tender points decreased (p < 0,05) in the ninth month. Pain intensity decreased in the twelfth month (p < 0,05). Except for the "general health perceptions" domain (p > 0,05), all the remaining issues of the SF-36 improved at different periods of the study (p < 0,05). CONCLUSION: Work capacity, pain and life quality of female fibromyalgia patients improved over a 12-month program of supervised physical exercise
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