4 research outputs found

    Unidade Camponesa: resistência e processos de luta em Goiás

    Get PDF
    Anais das IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos: Lutas, Experiências e Debates na América Latina - ISBN 978-950-793-223-6 - Orgs. Paulo Renato da Silva ; Mario Ayala ; Fabricio Pereira da Silva ; Fernando José MartinsA luta pela terra no Brasil é inegavelmente a luta pelo reposicionamento do Estado. Isso exige, impreterivelmente, questionar o projeto de país que está em curso. Os movimentos sociais, nesse caso notadamente os movimentos de luta pela terra, com merecido destaque para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, são agentes fundamentais nessa dinâmica. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar e refletir sobre o contexto em que a unidade do campesinato goiano conseguiu, nessa mediação conflituosa com o Estado, que seja criada uma lei estadual que estabelece um fundo para agricultura camponesa (chamada agricultura familiar nas políticas públicas, o que de forma alguma é desprovido de intencionalidade) e como esta conquista dos camponeses está intimamente vinculada aos conceitos de soberania alimentar e de território classista. Para tanto, além da experiência acumulada no próprio exercício da militância que forne- ce elementos empíricos valiosos para as análises procedidas, realizou-se uma pesquisa bibliográfi- ca e documental de caráter exploratório sobre temas atinentes ao objetivo. Por fim, aponta-se que essa importante política pública, ainda em vias de criação, decorre da força da unidade camponesa, que reafirma a atualidade dos antagonismos de classe e a necessidade de desvelar seus significa- dos contemporâneos.PPG – IELA – UNIL

    A territorialização do capital e os novos sujeitos da questão agrária brasileira na contemporaneidade

    No full text
    Submitted by Luciana Ferreira ([email protected]) on 2018-07-30T11:51:41Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - José Valdir Misnerovicz - 2015.pdf: 4239813 bytes, checksum: 8e4e2e77e807a71e2faca9aa4ac95d70 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)Approved for entry into archive by Luciana Ferreira ([email protected]) on 2018-07-30T13:58:37Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - José Valdir Misnerovicz - 2015.pdf: 4239813 bytes, checksum: 8e4e2e77e807a71e2faca9aa4ac95d70 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)Made available in DSpace on 2018-07-30T13:58:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - José Valdir Misnerovicz - 2015.pdf: 4239813 bytes, checksum: 8e4e2e77e807a71e2faca9aa4ac95d70 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2016-01-22This work from master's degree analyzes the historical process of the field project dispute in Brazil and Goiás. In this direction were developed analytical critical studies on the expansion of capitalism in the field, with emphasis on the neoliberal phase, we understand that agriculture is related the capitalist mode of production, under the structured logic of antagonistic classes in disputes, and landlordism is the result of social and historical process, option and enforcement of the dominant class, remaining until today as a scourge of our society that can only be cured with the democratization of land, giving it a social and ecological function, as opposed to the hegemonic model of the current agriculture, agribusiness, which we consider an exhausted model, full of contradictions and responsible for the environmental and socioeconomic problems affecting the majority of society . We affirm the need to overcome the rural-urban dichotomy as a way of building a society project with social and ecological justice. We identify the State as the main inducing agent and protector of the hegemonic model and the socially and economically unproductive latifundia. The capital offensive in the Brazilian field requires new challenges to the struggle for democratization of access to land and agrarian reform, a new confrontation with the output of direct confrontation with economically unproductive latifundia, for a coping articulated around agribusiness models and their economic, political and ideological arrangements. The struggle for land acquired a class character, design contest, land and territory as inseparable dialectical unity. We conclude that the new elements of the agrarian question and contemporary agrarian reform is a challenge to be faced in the theoretical / conceptual level, as the practice of the subject action directly involved with this cause. The solution to the agrarian question goes through an agrarian reform and a set of measures, programs and structural policies in / and the field. Contemporary agrarian reform is not only a necessity of landless peasants, neither they have enough strength to do it. The “popular land reform" is transient, is an accumulation strategy forces for agrarian reform of the socialist type. It is considered that, from a geostrategic point of view that this "popular agrarian reform" must signal to a popular alliance with the working class of the country and the city. The camps play a key role to organize, enhance and create the basis for the formation of a new type of peasants with a world view and society to rethink the use and care practices with the land and the ecology. We argue that in the project dispute view, the struggle for land, directly involved subjects and the organization of political intentionality contribute to qualitative leaps in the construction of anti-hegemonic project. The project of "popular agrarian reform" is a construction against hegemonic to the neoliberal model, and points to another social logic of coping in the context of the agrarian question in this beginning XXI century.A presente Dissertação de Mestrado analisa o processo histórico de disputa do projeto de campo no Brasil e em Goiás. Nessa direção foram desenvolvidos estudos críticos analíticos sobre a expansão do capitalismo no campo, com ênfase à fase do neoliberalismo. Entendemos que a agricultura está relacionada ao modo de produção capitalista, sob a lógica estruturada de classes antagônicas em disputa, e o latifúndio é resultado do processo social e histórico de opção e imposição pela classe dominante, permanecendo até a atualidade como uma chaga de nossa sociedade, que somente poderá ser curada com a democratização da terra, dando-lhe uma função social e ecológica, em contraposição ao modelo hegemônico da agricultura atual, do agronegócio, que consideramos um modelo esgotado, carregado de contradições e responsável pelos problemas socioambientais e socioeconômicos que afetam a maioria da sociedade. Afirmamos a necessidade de superação da dicotomia campo-cidade como caminho para a construção de um projeto de sociedade com justiça social e ecológico. Identificamos o Estado como principal agente indutor e protetor do modelo hegemônico e do latifúndio social e economicamente improdutivo. A ofensiva do capital no campo brasileiro exige novos desafios à luta pela democratização do acesso à terra e pela reforma agrária, um novo enfrentamento, com a saída do confronto direto com o latifúndio economicamente improdutivo, para um enfrentamento de modelos articulados em torno do agronegócio e seus arranjos econômicos, políticos e ideológicos. A luta pela terra adquire um caráter de classe, de disputa de projeto, terra e território como unidade dialética inseparável. Concluímos que os novos elementos da questão agrária e da reforma agrária contemporânea são um desafio a ser enfrentado tanto no campo teórico/conceitual, como na ação prática dos sujeitos diretamente envolvidos com essa causa. A solução para a questão agrária passa por uma reforma agrária e um conjunto de medidas, programas e políticas estruturantes no campo e para o campo. A reforma agrária contemporânea não é uma necessidade apenas dos camponeses sem terra, nem os mesmos têm força suficiente para realizá-la. A reforma agrária popular é transitória, é uma estratégia de acúmulo de forças para uma reforma agrária do tipo socialista. Considera-se, do ponto de vista geoestratégico, que essa reforma agrária popular precisa sinalizar para uma aliança popular entre a classe trabalhadora do campo e a da cidade. Os acampamentos cumprem um papel fundamental para organizar, potencializar e criar as bases para a formação de um novo tipo de camponeses, com uma visão de mundo e sociedade que repense as práticas do uso e do cuidado com a terra e com a ecologia. Defendemos que na perspectiva da disputa de projetos, a luta pela terra, os sujeitos diretamente envolvidos e a intencionalidade política da organização contribuem para saltos qualitativos na construção do projeto anti-hegemônico. O projeto da reforma agrária popular é uma construção contra-hegemônica ao modelo neoliberal, e aponta para outra lógica social de enfretamento no contexto da questão agrária, nesse inicio de século XXI

    As concepções de campo e cerrado no componente curricular Geografia do novo currículo goiano (DC-GO ampliado, 2018)

    Get PDF
    Longe de inaugurar uma discussão acerca das implicações da nova Base Nacional Comum Curricular na educação geográfica, neste texto somamos ao coletivo de vozes que há anos denunciam a reforma empresarial da educação e o cerceamento do trabalho pedagógico. No entanto, parece-nos escassos os estudos do conteúdo político do Documento Curricular para Goiás (DC-GO ampliado), especialmente no que tange à abordagem geográfica da questão agrária. Adotamos como procedimentos metodológicos, além da revisão de literatura, a extração de “palavras-mundo” no próprio documento, analisando o contexto e o significado em que são empregadas. Tanto quanto as ausências de certas expressões. Endereçado especialmente aos professores e professoras das escolas públicas goianas, esperamos que este texto reforce os vínculos entre a educação, sobretudo da educação geográfica, a luta por direitos e a justiça social. Abstract: Instead of opening a discussion about the implications of the new Common National Curriculum Base in geographic education, in this text we join the collective of voices that has been denouncing for years the business education reform and the control of pedagogical work. However, we think that studies of political content of the curriculum document of Goiás (expanded DC-GO) are scarce, especially about the geographic analysis to the agrarian question. We adopted as methodological procedures, beyond the literature review, the extraction of “world-words” in the document itself, analyzing the context and the meaning in which they are used. As well as the absence of certain expressions. Addressed especially to teachers from public schools in Goiás, we hope this text strengthens the links between education, especially geographic education, the fight for rights and social justice. Keywords: BNCC. DC-GO expanded. Geographic education. Resumen: Más allá de abrir una discusión sobre las implicaciones de la nueva Base curricular nacional, común a la educación geográfica, en este texto nos sumamos al grupo de ustedes que desde hace años denuncian la reforma empresarial de la educación y el control del trabajo pedagógico. Sin embargo, los estudios sobre el contenido político del Documento Curricular de Goiás (DC-GO ampliado) parecen escasos, especialmente com respecto al enfoque geográfico sobre la problemática agrária. Además de la revisión de la bibliográfica, adoptamos como procedimientos metodológicos la extracción de “palabras-mundo” utilizado en el propio documento, analizando el contexto y los significados que tienen. Así como, la ausencia de ciertas expresiones. El texto está dirigido especialmente a los docentes de las escuelas públicas de Goiás, esperamos que refuerce los vínculos entre la educación, especialmente la educación geográfica por la lucha de los derechos y la justicia social. Palabras-llave: BNCC. DC-GO ampliado. Educación geográfica
    corecore