2 research outputs found
Deaf people's stories and my experiences with them: challenges to living academic literacy practices
One day, during a college class that discussed teaching and learning for deaf people, I found
myself thinking about the following questions. What would it be like to have a deaf student in
my class? How would I plan classes to be able to teach her or him? Therefore, I felt curious to
know how deaf people build their knowledge, their literate practices at school, in higher
education and in other non-school places. Time went by, I had the opportunity to have some
experiences with deaf people while I was still an undergraduate and I started to study more
about their education, specifically in the academic environment. Thus, considering the
experiences I have experienced, this research aims to understand narratively what some
academic literacy processes of deaf university students, participants in this research, are like,
focusing on the experiences narrated by them during their academic life and more specifically
discussing and analyzing these experiences. In this research, I adopt the theoreticalmethodological
approach of narrative inquiry, as proposed by Clandinin and Connelly (2000;
2004; 2015), who argue that narratives are not only a study phenomenon, but also constitute the
research method itself. To compose the field texts, I use narratives from deaf university
students, my own narratives and compose meanings from these narratives following the
proposal of Ely, Vinz, Downing and Anzul (2005). The study is based on aspects of inclusion
and the need to be rethought (Sassaki, 2007; Orrú, 2017; Skliar, 2010), Bilingualism and its
importance for deaf people (Morais; Martins, 2020; Probst, 2022) and on literacy (Botelho,
2002), literacies (Soares, 2003) and academic literacies (Street, 2006; 2014). Based on the
narratives of Sávio, Gustavo and my own, I discuss topics such as: bilingual education, identity,
stories to live by, authorship, academic literacy practices. At the end of my study, I learned to
problematize inclusion and adopt a unique perspective in relation to others. This occurred
through the practical experiences of academic literacy shared by deaf participants, as well as by
examining the contexts that prevented the construction of these literate practices. Telling the
participants' stories contributed to my reflection on inclusion and influenced my vision
regarding my future professional practice.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)Um dia, durante uma aula da faculdade que abordava sobre o ensino e aprendizagem de surdos,
me deparei pensando sobre as seguintes questões. Como seria ter um aluno surdo na minha
classe? Como iria planejar as aulas para conseguir ensiná-lo? Por isso, senti a curiosidade de
saber como o surdo constrói seus conhecimentos, suas práticas letradas na escola, no ensino
superior e em outros lugares não escolares. O tempo passou, tive a oportunidade de ter algumas
experiências com pessoas surdas ainda na graduação e passei a estudar mais sobre a educação
delas, especificamente no ambiente acadêmico. Assim, considerando as experiências que
vivenciei, essa pesquisa tem por objetivo compreender narrativamente como são alguns
processos de letramentos acadêmicos de alunos surdos universitários, participantes desta
pesquisa, tendo como foco as experiências narradas por eles durante a vida acadêmica e mais
especificamente discutir a analisar narrativamente essas experiências. Adoto nesta pesquisa a
abordagem teórico-metodológica da pesquisa narrativa, conforme proposta por Clandinin e
Connelly (2000; 2004; 2015), que defendem que as narrativas não são apenas um fenômeno de
estudo, mas também constituem o próprio método de pesquisa. Para compor os textos de campo,
utilizo narrativas de alunos surdos universitários, minhas próprias narrativas e componho
sentidos dessas narrativas seguindo a proposta de Ely, Vinz, Downing e Anzul (2005). O estudo
está fundamentado nos aspectos sobre inclusão e a necessidade de ser repensada (Sassaki, 2007;
Orrú, 2017; Skliar, 2010), do Bilinguismo e sua importância para a pessoa surda (Morais;
Martins, 2020; Probst, 2022) e sobre a alfabetização (Botelho, 2002), letramentos (Soares,
2003) e letramentos acadêmicos (Street, 2006; 2014). A partir das narrativas de Sávio, de
Gustavo e minhas, discuto temas como: educação bilíngue, identidade, histórias que nos
constituem, autoria, práticas de letramentos acadêmicos. Ao término do meu estudo aprendi a
problematizar a inclusão e a adotar uma perspectiva singular em relação ao outro. Isso se deu
através das experiências práticas de letramentos acadêmicos compartilhadas pelos participantes
surdos, bem como ao examinar os contextos que impediram a construção dessas práticas
letradas. O relato das histórias dos participantes contribuiu para minha reflexão sobre a inclusão
e influenciou minha visão em relação à minha prática profissional futura