19 research outputs found

    Evolução da assistência à gestação e ao parto no extremo sul do Brasil

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    OBJETIVO Descrever a evolução da assistência à gestação e ao parto entre puérperas residentes no município de Rio Grande (RS) utilizando dados de inquéritos realizados a cada três anos, entre 2007 e 2019. MÉTODOS Em até 48 horas após o parto foi aplicado questionário único, padronizado, a todas as mães que tiveram filhos nos hospitais locais e cumpriram os critérios de inclusão. Foram investigadas características demográficas e reprodutivas, hábitos de vida, nível socioeconômico da família e cuidados recebidos durante a gestação e o parto. Na análise, utilizou-se o teste qui-quadrado de tendência linear para avaliar a distribuição dos indicadores por inquérito. RESULTADOS Ao todo, 12.645 parturientes foram entrevistadas (98% do total de mulheres aptas a participar da pesquisa). No período avaliado, a proporção de partos caiu 35% entre adolescentes e aumentou 25% entre mulheres com 35 anos ou mais. As mães ganharam, em média, dois anos de escolaridade, e suas famílias tiveram importante melhora econômica, seguida, porém, de perda de renda no último inquérito. O tabagismo materno, antes e durante a gravidez, caiu à metade. Houve aumento na taxa de mães que iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre, e aumentou também o número de consultas e de testes laboratoriais. Quase 60% das consultas de pré-natal e 80% dos partos ocorreram no Sistema Único de Saúde. Em 2019, o parto vaginal voltou a ser o mais comum. As taxas de baixo peso ao nascer (9%) e prematuridade (17%) praticamente não se modificaram. CONCLUSÕES Houve mudança importante no perfil reprodutivo e aumento da cobertura de diversos serviços de assistência pré-natal e parto. As crianças seguem nascendo bem, mas o baixo peso ao nascer e a prematuridade continuam endêmicos.OBJECTIVES To describe the evolution of care during pregnancy and childbirth among postpartum women living in the municipality of Rio Grande, Southern Brazil, using data from surveys carried out every three years between 2007 and 2019. METHODS Within 48 hours after delivery, a single, standardized questionnaire was applied to all mothers who had children in local hospitals and met the inclusion criteria. Demographic and reproductive characteristics, lifestyle habits, socioeconomic level of the family, and care received during pregnancy and childbirth were investigated. In the analysis, the chi-square test for linear trend was used to assess the distribution of indicators per survey. RESULTS A total of 12,645 parturients were interviewed (98% of the women eligible to participate in the surveys). In the period evaluated, the proportion of births fell 35% among adolescents and increased 25% among women aged 35 years and over. Mothers gained, on average, two years of schooling, and their families experienced an important economic improvement, followed by loss of income in the last survey. Maternal smoking, before and during pregnancy, fell by half. The rate of mothers who started prenatal care in the first trimester and the number of consultations and laboratory tests increased. Almost 60% of prenatal consultations and 80% of births took place in the Brazilian Unified Health System. In 2019, vaginal delivery was once again the most common. The rates of low birth weight (9%) and prematurity (17%) virtually remained unchanged. CONCLUSIONS We found an important change in the reproductive profile and increased coverage of various prenatal care and delivery services. Children continue to be born well, but low birth weight and prematurity remain endemic

    Nebulised hypertonic saline solution for acute bronchiolitis in infants (Review)

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    Acute viral bronchiolitis is the most common lower respiratory tract infection in infants up to two years old. Currently there is no effective treatment so standard treatment remains supportive care. Airway oedema (abnormal accumulation of fluid) and mucus plugging can cause wheezing and difficulty breathing in these patients. Nebulised hypertonic saline may be a beneficial treatment to manage acute bronchiolitis because it can improve airway hygiene. This review was conducted to assess the effects of hypertonic (≥ 3%) saline solution administered via a nebuliser in infants with acute bronchiolitis, compared with nebulised normal (0.9%) saline. The establishment of a therapeutic role for hypertonic saline solution may provide a cheap and effective therapy for these patients. We included 11 randomised trials involving 1090 infants with mild to moderate bronchiolitis. All but one of the 11 trials are considered as high-quality studies with low risk of error (i.e. bias) in their conclusions. Meta-analysis suggests that nebulised hypertonic saline could lead to a reduction of 1.2 days in the mean length of hospital stay among infants hospitalised for non-severe acute bronchiolitis and improve the clinical severity score in both outpatient and inpatient populations. No significant short-term effects (at 30 to 120 minutes) of one to three doses of nebulised hypertonic saline were observed among emergency department patients. However, more trials are needed to address this question. There were no significant adverse effects noted with the use of nebulised hypertonic saline when administered along with bronchodilators. Given the clinically relevant benefit and good safety profile, nebulised hypertonic saline used in conjunction with bronchodilators should be considered an effective and safe treatment for infants with mild to moderate acute viral bronchiolitis

    Physical activity during pregnancy and its association with maternal and child health indicators

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    OBJECTIVE: To analyze factors associated with the practice of physical activity during pregnancy and its relationship to maternal and child health indicators. METHODS: Cross-sectional study carried out with all births that occurred at maternity hospitals in the municipality of Rio Grande (Southern Brazil) during the year of 2007 (N = 2,557). Information was collected through interviews, by means of a pre-coded questionnaire administered to the mothers. The analyzed maternal and child health outcomes were: hospitalization during pregnancy, cesarean delivery, preterm birth (gestational age < 37 weeks), low birth weight (< 2500g), and fetal death. RESULTS: A total of 32.8% of mothers (95%CI 31.0;34.6) reported having practiced physical activity during pregnancy. The factors associated with practice of physical activity during pregnancy, after adjusting for potential confounders, were: maternal age (inverse association), level of schooling (direct association), mother's first pregnancy, having received prenatal care, and having been instructed in physical activity during prenatal care. Women who practiced physical activity during pregnancy were less likely to deliver surgically and to have a stillbirth. There was no association between physical activity and preterm birth, hospitalization, and low birth weight. CONCLUSIONS: Only one third of mothers reported having practiced physical activity during pregnancy. This behavior was more frequent among younger women with higher level of schooling who were advised during prenatal care. Women who practiced physical activity during pregnancy had fewer cesarean sections and lower occurrence of stillbirths.OBJETIVO: Analizar factores asociados con la práctica de actividad física durante la gestación y su relación con indicadores de salud materno-infantil. MÉTODOS: Estudio transversal realizado con todos los nacimientos ocurridos en maternidades en el municipio de Rio Grande, Sur de Brasil, durante el año 2007 (N=2.557). Las informaciones fueron obtenidas por entrevista, por medio de un cuestionario pre-codificado aplicado a las madres. Los desenlaces de salud materno-infantil analizados fueron: hospitalización durante el embarazo, parto por cesárea, prematuridad (edad gestacional menor de 37 semanas), bajo peso al nacer (OBJETIVO: Analisar fatores associados à prática de atividade física durante a gestação e sua relação com indicadores de saúde materno-infantil. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com todos os nascimentos ocorridos em maternidades no município de Rio Grande, RS, durante o ano de 2007 (N = 2.557). As informações foram obtidas por entrevista, por meio de um questionário pré-codificado aplicado às mães. Os desfechos de saúde materno-infantil analisados foram: hospitalização durante a gravidez, parto por cesárea, prematuridade (idade gestacional menor de 37 semanas), baixo peso ao nascer (< 2.500 g) e morte fetal. RESULTADOS: Relataram ter praticado atividade física durante a gestação 32,8% (IC95% 31,0;34,6) das mães. Os fatores associados à prática de atividade física na gestação, após ajustes para possíveis confundidores, foram: idade materna (associação inversa), escolaridade (associação direta), ser primigesta, ter feito pré-natal, e ter recebido orientação para a prática de exercícios durante o pré-natal. Mulheres que praticaram atividade física durante a gestação mostraram menor probabilidade de realização de cesariana e de terem filho natimorto. Não houve associação entre atividade física e parto prematuro, hospitalização e baixo peso ao nascer. CONCLUSÕES: Apenas um terço das mães relatou ter praticado atividade física durante a gestação. Esse comportamento foi mais frequente entre mulheres mais jovens, com maior escolaridade e que receberam orientação. Mulheres que praticaram atividade física durante a gestação realizaram menos cesarianas e tiveram menor ocorrência de natimorto

    Fatores de risco para a transmissao vertical do HIV-1 e a influencia da terapia antirretroviral (ARV) no desfecho gestacional

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    In the absence of intervention, the rate of vertical transmission of HIV can range from 15-45%. With the inclusion of antiretroviral drugs during pregnancy and the choice of delivery route this amounts to less than 2%. However ARV use during pregnancy has generated several questions regarding the adverse effects of the gestational and neonatal outcome. This study aims to analyze the risk factors for vertical transmission of HIV-1 seropositive pregnant women living in Rio Grande and the influence of the use of ARVs in pregnancy outcome. Among the 262 pregnant women studied the rate of vertical transmission of HIV was found to be 3.8%. Regarding the VT, there was a lower risk of transmission when antiretroviral drugs were used and prenatal care was conducted at the referral service. However, the use of ART did not influence the outcome of pregnancy. However, initiation of prenatal care after the first trimester had an influence on low birth weight, as well as performance of less than six visits increased the risk of prematurity. Therefore, the risk factors analyzed in this study appear to be related to the realization of inadequate pre-natal and maternal behavior.Na ausência de intervenção, as taxas de transmissão vertical do HIV podem variar de 15-45%. Com a inserção dos antirretrovirais durante a gestação e a escolha da via de parto estas taxas chegam a menos de 2%. No entanto o uso de ARV na gestação tem gerado várias duvidas quanto aos efeitos adversos causados ao desfecho gestacional e ao neonato. Este estudo objetiva analisar os fatores de risco da transmissão vertical do HIV-1 em gestantes soropositivas atendidas na cidade do Rio Grande e a influência do uso do ARV no desfecho gestacional. Entre as 262 gestantes estudadas a taxa de transmissão vertical do HIV encontrada foi de 3,8%. Em relação à TV, foi observado menor risco de transmissão quando esta havia feito uso de antirretrovirais e o pré-natal era realizado no serviço de referência. Entretanto, o uso de ARV não influenciou negativamente o desfecho gestacional. No entanto, o inicio do pré-natal após o primeiro trimestre teve influencia sobre o baixo peso ao nascer, assim como a realização de menos de seis consultas aumentou o risco de prematuridade. Portanto, os fatores de risco analisados neste estudo parecem estar relacionados à realização não adequada do pré-natal e ao comportamento materno

    RISK FACTORS OF HIV-1 VERTICAL TRANSMISSION (VT) AND THE INFLUENCE OF ANTIRETROVIRAL THERAPY (ART) IN PREGNANCY OUTCOME

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    In the absence of intervention, the rate of vertical transmission of HIV can range from 15-45%. With the inclusion of antiretroviral drugs during pregnancy and the choice of delivery route this amounts to less than 2%. However ARV use during pregnancy has generated several questions regarding the adverse effects of the gestational and neonatal outcome. This study aims to analyze the risk factors for vertical transmission of HIV-1 seropositive pregnant women living in Rio Grande and the influence of the use of ARVs in pregnancy outcome. Among the 262 pregnant women studied the rate of vertical transmission of HIV was found to be 3.8%. Regarding the VT, there was a lower risk of transmission when antiretroviral drugs were used and prenatal care was conducted at the referral service. However, the use of ART did not influence the outcome of pregnancy. However, initiation of prenatal care after the first trimester had an influence on low birth weight, as well as performance of less than six visits increased the risk of prematurity. Therefore, the risk factors analyzed in this study appear to be related to the realization of inadequate pre-natal and maternal behavior

    Nebulized hypertonic saline for acute bronchiolitis: a systematic review

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    The mainstay of treatment for acute bronchiolitis remains supportive care. The objective of this study was to assess the efficacy and safety of nebulized hypertonic saline (HS) in infants with acute bronchiolitis.Data sources included PubMed and the Virtual Health Library of the Latin American and Caribbean Center on Health Sciences Information up to May 2015. Studies selected were randomized or quasi-randomized controlled trials comparing nebulized HS with 0.9% saline or standard treatment.We included 24 trials involving 3209 patients, 1706 of whom received HS. Hospitalized patients treated with nebulized HS had a significantly shorter length of stay compared with those receiving 0.9% saline or standard care (15 trials involving 1956 patients; mean difference [MD] -0.45 days, 95% confidence interval [CI] -0.82 to -0.08). The HS group also had a significantly lower posttreatment clinical score in the first 3 days of admission (5 trials involving 404 inpatients; day 1: MD -0.99, 95% CI -1.48 to -0.50; day 2: MD -1.45, 95% CI -2.06 to -0.85; day 3: MD -1.44, 95% CI -1.78 to -1.11). Nebulized HS reduced the risk of hospitalization by 20% compared with 0.9% saline among outpatients (7 trials involving 951 patients; risk ratio 0.80, 95% CI 0.67-0.96). No significant adverse events related to HS inhalation were reported. The quality of evidence is moderate due to inconsistency in results between trials and study limitations (risk of bias).Nebulized HS is a safe and potentially effective treatment of infants with acute bronchiolitis

    Atividade física durante a gestação e associação com indicadores de saúde materno-infantil

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    OBJETIVO: Analisar fatores associados à prática de atividade física durante a gestação e sua relação com indicadores de saúde materno-infantil. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com todos os nascimentos ocorridos em maternidades no município de Rio Grande, RS, durante o ano de 2007 (N = 2.557). As informações foram obtidas por entrevista, por meio de um questionário pré-codificado aplicado às mães. Os desfechos de saúde materno-infantil analisados foram: hospitalização durante a gravidez, parto por cesárea, prematuridade (idade gestacional menor de 37 semanas), baixo peso ao nascer (< 2.500 g) e morte fetal. RESULTADOS: Relataram ter praticado atividade física durante a gestação 32,8% (IC95% 31,0;34,6) das mães. Os fatores associados à prática de atividade física na gestação, após ajustes para possíveis confundidores, foram: idade materna (associação inversa), escolaridade (associação direta), ser primigesta, ter feito pré-natal, e ter recebido orientação para a prática de exercícios durante o pré-natal. Mulheres que praticaram atividade física durante a gestação mostraram menor probabilidade de realização de cesariana e de terem filho natimorto. Não houve associação entre atividade física e parto prematuro, hospitalização e baixo peso ao nascer. CONCLUSÕES: Apenas um terço das mães relatou ter praticado atividade física durante a gestação. Esse comportamento foi mais frequente entre mulheres mais jovens, com maior escolaridade e que receberam orientação. Mulheres que praticaram atividade física durante a gestação realizaram menos cesarianas e tiveram menor ocorrência de natimorto
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