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Contributos legislativos para a criação de empresas cooperativas: a livre fixação do capital social
Num contexto em que as dinâmicas europeias em matéria de empreendedorismo e empresas sociais apelam à melhoria do ambiente legal, este estudo debruça-se sobre a oportunidade da consagração do princÃpio da livre fixação nos estatutos da cooperativa do montante do capital social. Esta solução legislativa permitirá reduzir os custos de contexto para a constituição da cooperativa e evitar o risco de fuga para formas societárias com regimes mais favoráveis em matéria de capital social mÃnimo. Constata-se que nas cooperativas, mais intensamente do que nas sociedades comerciais, o capital social mÃnimo não desempenha eficientemente as funções que lhe são tradicionalmente atribuÃdas. Conclui-se, igualmente, que a avaliação do nÃvel de capitalização das cooperativas não pode atender apenas a este instituto, devendo ter em conta o património da cooperativa ressalvado para garantia dos credores, com particular destaque para a reserva legal
The regime of the application of results in portuguese credit cooperatives. A critical analysis
As Caixas de Crédito AgrÃcola Mútuo, tendo em conta a sua
forma cooperativa, não têm um escopo lucrativo, mas um escopo mutualÃstico,
traduzido na promoção dos interesses económicos dos seus membros.
Assim, defende-se a inviabilidade do regime de aplicação dos resultados previsto
no diploma que regula estas entidades, por este permitir um retorno dos
excedentes sob a forma de remuneração de tÃtulos de capital, convertendo-o
numa distribuição de dividendos. Invoca-se que a remuneração dos tÃtulos de
capital nas cooperativas não constitui uma repartição de resultados, mas um
gasto. Por sua vez, os excedentes cooperativos não são lucros e o seu retorno
não configura um dividendo.The Mutual agricultural credit banks, taking into account their
cooperative nature do not have a profitable scope but a mutualistic scope,
consisting in promoting the economic needs of its members. Thus, we argue
for the impossibility of a distribution regime of the results provided for in legislation
regulating these entities, since this allows a return of the surplus in the
form of remuneration of the contributions to share capital, converting it into a
dividend distribution. We argue that the remuneration of the contributions to
the share capital in the cooperative does not constitute a distribution of results
but a cost. In turn, the cooperative surpluses are not profits and the patronage
refund does not constitute a dividend
A lei de bases da economia social portuguesa: do projeto ao texto final
ISSN 1577-4430, com fator de impacto, calculado pelo IN-RECS (http://ec3.ugr.es/in-recj/ii/Derecho_Civil-2010.htm), Bases de dados de indexação: LATINDEX, DIALNET, ISOC, COMLUDOC e AGRIS]Este estudo constitui uma reflexão sobre a Lei de Bases da Economia Social portuguesa, destacando, numa perspetiva crÃtica, o seu contributo para o reconhecimento institucional e jurÃdico explÃcito do setor da economia social, mediante a delimitação do conceito de economia social, a enumeração das entidades que integram o setor, a definição dos seus princÃpios orientadores e dos mecanismos de promoção e fomento, e a consagração de um regime fiscal e de concorrência que tenha em conta as especificidades do mesmo. A definição destas bases gerais para a economia social assentou no princÃpio constitucional da proteção do setor cooperativo e social, o qual fundamenta a adoção de soluções diferenciadoras, no sentido da discriminação positiva do setor.This study is a reflection of the Portuguese Basic Law on Social Economy, highlighting, in a critical perspective, its contribution to the explicit institutional and legal recognition of the social economy sector, by defining the concept of social economy and of the list of entities engaged in this sector, the definition of its guiding principles and of the mechanisms for its promotion and encouragement, and also the consecration of a tax and competition regime which will take into account their specificities. Setting this general basis for the social economy was based on the constitutional principle of protection of the social and cooperative sector, which substantiates the adoption of differentiating solutions in the sense of positive discrimination of this sector
The Portuguese law on social economy
This study is a reflection on the Portuguese Framework Law on Social Economy, highlighting, from a critical point-of-view, its contribution to the explicit institutional and legal recognition of the social economy sector. It does so by defining the concept of social economy and listing the entities engaged in this sector, by defining its guiding principles and the mechanisms for its promotion and encouragement, and also by describing the creation of a tax and competition regime which will take into account its specificities. The setting up of this foundations of the social economy was based on the constitutional principle of protection of the social and cooperative sector, which substantiates the adoption of differentiating solutions in view of the positive discrimination of this sector
O novo Código Cooperativo português – algumas notas
O novo Código Cooperativo português – algumas nota
La social stock exchange au Portugal: un nouvel allié de l'économie sociale
Résumé
Cet article vise à contribuer à la connaissance de la Bolsa de Valores Sociais (BVS) — Social Stock Exchange — récemment créé au Portugal, dont le but primatial était de permettre la prise de moyens de financement des entités de l'Économie Sociale engagées dans des projets d'éducation et d'entreprenariat. Il se penchera sur la qualification juridique des divers types d'entités cotées dans la BVS, sur le concept d'investisseur social et sur la protection dont il jouira, vis-à -vis des exigences de transparence et de gouvernance qui incombent à ces entités. Le thème proposé sera examiné en soulignant les virtualités et le potentiel de la BVS, faisant référence à l'un ou à l'autre sujet qui viennent à effet, avec un accent particulier sur l'avantage d'élaborer un code de gouvernance corporative pour les entités de l'Économie Sociale.
Abstract
This article aims to contribute to the knowledge of the Bolsa de Valores Sociais (BVS) — Social Stock Exchange — recently created in Portugal, whose primatial purpose was to allow the taking of means of financing the Social Economy entities, engaged in projects in education and entrepreneurship. It will reflect on the legal classification of the various types of entities rated in the BVS, on the concept of social investor and on the protection he will enjoy, leading to the consequent demands for transparency and governance that falls upon those entities. The proposed theme will be discussed highlighting the virtues and potential of BVS, playing in one or two topics that comes to purpose, with particular emphasis on the relevance of drawing up a code of corporate governance for entities of the Social Economy.
Resumen
Este artÃculo tiene como objetivo contribuir al conocimiento de la Bolsa de Valores Sociales (BVS), recientemente creada en Portugal, cuya finalidad principal es que las entidades de la economÃa social dedicadas a proyectos en las áreas de educación y de iniciativa empresarial puedan obtener medios financieros. Se abordará la calificación jurÃdica de los diversos tipos de entidades que cotizan en la BVS, asà como el concepto de inversor social y la protección de que éste goza, con las consiguientes exigencias en materia de transparencia y de gobierno que recaen sobre esas entidades. Se analizará la temática propuesta destacando las virtudes y potencialidades de la BVS, sin omitir algún otro tópico adyacente que resulte relevante, en especial la conveniencia de que sea elaborado un código de gobernanza corporativa para las entidades de la economÃa social
A Lei de bases da economia social portuguesa: algumas reflexões crÃticas
O propósito deste estudo é o de analisar criticamente o Projeto de Lei n.º 68/XII, relativo à Lei de Bases da Economia Social portuguesa, quanto a um conjunto de questões essenciais dele constante, como sejam: a delimitação do conceito de economia social; a enumeração das entidades que integram o setor; a definição dos seus princÃpios orientadores; a questão da definição dos mecanismos de promoção e fomento do setor; e a consagração de um regime de concorrência que tenha em conta as especificidades do mesmo. Na decorrência desta análise, apresentam-se propostas de alteração de alguns dos preceitos deste Projeto de Lei de Bases. Este, situando-se num patamar abaixo do constitucional, não poderia ter ignorado o PrincÃpio da proteção previsto na Constituição da República Portuguesa para o setor cooperativo e social, no qual fundamento a defesa da adoção de soluções diferenciadoras para o mesmo setor e que deverão constar expressamente do diploma em análise neste estudo.ISCA
Uma análise do regime jurÃdico da cooperativa à luz do conceito de empreendedorismo social
Partindo da análise do regime jurÃdico das cooperativas, constante do Código Cooperativo português, este estudo conclui que as cooperativas apresentam um perfil jurÃdico adequado ao desenvolvimento de projetos enquadráveis no conceito de empreendedorismo social. Efetivamente, as cooperativas desenvolvem uma missão social — que resulta, sobretudo, da obediência aos princÃpios cooperativos, nos quais se destaca a necessária convivência de uma dimensão social com uma dimensão económica —; assentam num modelo de governança democrático e participado, ainda que hoje se reclame uma maior profissionalização dos membros dos órgãos de gestão das cooperativas; não assentam a distribuição de resultados no critério da participação no capital social; e a escassez de recursos financeiros, em muitos casos propiciada pelo próprio regime jurÃdico cooperativo, leva a que as cooperativas, por força do princÃpio da intercooperação, se envolvam em processos de integração e cooperação de modo a assegurarem a sustentabilidade da organização
As insuficiências do regime legal do capital social e das reservas na cooperativa
A comunicação, que me proponho apresentar no Congresso Direito das Sociedades, centrar-se-á na análise das insuficiências das funções de garantia e de produtividade do capital social e das reservas na cooperativa, tendo sempre como parâmetro de comparação as funções que aquelas figuras desempenham na sociedade comercial. Tal comparação permitir-nos-á aferir do diferente papel que quer o capital quer as reservas desempenham naquelas duas entidades jurÃdicas.Instituto Politécnico do Porto. Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Port
A bolsa de valores sociais enquanto agente de renovação da economia social
Este artigo visa contribuir para o conhecimento da Bolsa de Valores Sociais (BVS), recentemente criada em Portugal, cuja finalidade foi, primacialmente, a de permitir a obtenção de meios de financiamento à s entidades da Economia Social que se dediquem a projectos nas áreas da educação e do empreendedorismo. Reflectir-se-á sobre a qualificação jurÃdica dos vários tipos de entidades cotadas na BVS, sobre o conceito de investidor social e a protecção de que este beneficia, com as consequentes exigências em matéria de transparência e de governação que recaem sobre aquelas entidades. A temática proposta será percorrida destacando as virtudes e potencialidades da BVS, tocando num ou noutro tópico adjacente que venha a propósito, com particular destaque para a pertinência da elaboração de um código de governança corporativa para as entidades da economia social.This article aims to contribute to the knowledge of the Bolsa de Valores Sociais (BVS) — Social Stock Exchange — recently created in Portugal, whose primatial purpose was to allow the taking of means of financing the Social Economy entities, engaged in projects in education and entrepreneurship. It will reflect on the legal classification of the various types of entities rated in the BVS, on the concept of social investor and on the protection he will enjoy, leading to the consequent demands for transparency and governance that falls upon those entities. The proposed theme will be discussed highlighting the virtues and potential of BVS, playing in one or two topics that comes to purpose, with particular emphasis on the relevance of drawing up a code of corporate governance for entities of the Social Economy.Cet article vise à contribuer à la connaissance de la Bolsa de Valores Sociais (BVS) — Social Stock Exchange — récemment créé au Portugal, dont le but primatial fut permettre la prise de moyens de financement des entités de l'économie sociale engagées dans des projets d'éducation et d'entreprenneuriat. Il se penchera sur la qualification juridique des divers types d'entités énumérées dans la BVS, sur le concept de investisseur social et sur la protection dont il jouira, vis-à -vis les exigences de transparence et de gouvernance qui incombent à ces entités. Le thème proposé sera examiné en soulignant les vertus et le potentiel de la BVS, et en faisant référence a un ou deux sujets qui vienent à propos, avec un accent particulier sur la pertinence d'élaborer un code de gouvernance d'entreprise pour les entités de l'économie sociale.Instituto Politécnico do Porto. Instituto Superior de Administração e Contabilidade do Port