2 research outputs found

    Avaliação clinica e da medula ossea em crianças com alterações no hemograma decorrentes da infecção pelo HIV

    Get PDF
    Orientadores: Maria Marluce dos Santos Vilela, Irene Lorand-MetzeDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Anemia, neutropenia, linfopenia, plaquetopenia e pancitopenia são freqüentes no curso da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A etiologia é multifatorial: uso de drogas mielossupressoras, invasão da medula por infecções oportunistas ou neoplasias, carências nutricionais, destruição periférica e interferência direta do HIV na hematopoiese. O vírus HIV não infecta os progenitores na medula óssea. Sua ação se dá pela infecção de células auxiliares do estroma, o que acarreta desregulação da produção de citocinas e fatores de crescimento de colônias, e alterações no microambiente. O exame da medula pode auxiliar no esclarecimento etiológico das citopenias. Muitos trabalhos descrevem as alterações de medula óssea em pacientes adultos infectados pelo HIV, porém apenas 3 descrevem as alterações em crianças. Nossos objetivos foram descrever as alterações no mielograma de um grupo de crianças infectadas pelo HIV com citopenias periféricas, e verificar a contribuição desse estudo no esclarecimento das etiologias das citopenias. Reavaliar as indicações da coleta de aspirado de medula em crianças com Aids e citopenias. Comparar carga viral e subpopulações linfocitárias no sangue e na medula óssea, em pacientes com ou sem terapia antiretroviral. Foram incluídas 8 crianças com Aids e citopenias e avaliados os aspectos clínicos, mielograma, carga viral e subpopulações linfocitárias na medula, hemograma, carga viral e subpopulações linfocitárias no sangue. Todas as crianças foram caracterizadas como progressoras rápidas da infecção pelo HIV. Foram divididas em 2 grupos, em uso (Grupo 2) ou não (Grupo 1) de antiretrovirais. Grupo 1: três pacientes tiveram diagnóstico de anemia de doença crônica, 1 invasão da medula por MAC e 1 neutropenia secundária à infecção pelo HIV. Grupo 2: um paciente teve diagnóstico de neutropenia secundária à infecção pelo HIV, 1 púrpura trombocitopênica imune e 1 mielotoxicidade por pirimetamina. Não houve diferença entre carga viral no sangue e na medula em todos os pacientes. Foram encontradas correlações diretas entre: linfócitos periféricos e CD19 na medula; carga viral e CD3 total; carga viral e relação CD4/CD8; relação CD4/CD8 na medula e relação granulócitos/eritrócitos na medula (rel G/E). A carga viral no sangue e na medula e a rel G/E foram mais elevadas no Grupo 1.Os dados encontrados são semelhantes aos descritos na literatura em crianças infectadas pelo HIV. O estudo da medula óssea foi útil para o esclarecimento etiológico das citopenias em todos os pacientes, principalmente quando se suspeitou de infecção oportunista e no diagnóstico diferencial de plaquetopenia. Houve correlação entre alterações nos linfócitos da medula óssea e as alterações hematológicas no sangue periféricoAbstract: Anaemia, neutropenia, lymphopenia, thrombocytopenia and pancytopenia are common in HIV infection. The causes are many: drugs, neoplasm infiltrating bone marrow, infection, bad nutrition, increased destruction and direct action of HIV within bone marrow. There is evidence to indicate that the hematopoietic stem cell (CD34+) is resistent to the infection by HIV. The multiple cells that comprise the microenvironment of the marrow (stroma) are infectable by HIV, resulting in decreased production of various hematopoietic growth factors and abnormalities of marrow stroma. Examination of bone marrow may help the diagnosis of the cytopenias. Several studies describe the abnormalities in adult HIV-infected patients, but only 3 describe these abnormalities in children.The aim of this study was to describe the abnormalities in bone marrow aspirates in a group of HIV-infected children with cytopenias, and verify the diagnostic utility of bone marrows sampling in this group. Review the indications of collecting bone marrow aspirates in HIV-infected children with cytopenias. Compare viral load and lymphocyte subsets in blood and in the marrow, in patiens under or not antiretroviral therapy. There were included 8 HIV ¿infected children with cytopenias and studied clinical aspects, bone marrow aspirates, viral load and lymphocyte subsets in the bone marrow; complete blood count, viral load and lymphocyte subsets in blood. The children were divided in 2 groups, with and without antiretroviral therapy. Group 1 (without antiretroviral therapy): 3 patients had the diagnosis of chronic disease anaemia, 1 bone marrow infiltration by MAC, and 1 neutropenia because of direct action of HIV infection. Group 2 (under retroviral therapy): 1 patient had the diagnosis of neutropenia because of direct action of HIV infection, 1 immune thrombocytopenic purpura, and 1 pancytopenia because of adverse effects of pyrimethamine. There were no differences between viral load in blood and marrow. There were some direct correlations between: blood lymphocytes and CD19 in the marrow; viral load and CD3; viral load and CD4/CD8 ratio; CD4/CD8 ratio in the marrow and G/E ratio. The viral load and G/E ratio were more elevated in group 1.The results were similar to that found in the literature for HIV-infected children. The study of marrow aspirates was useful for etiologic diagnostic of cytopenias in all patients, especially when there were suspected oportunist infections and in the differential diagnosis of thrombocytopenia. There were correlations between alterations in lymphocyte subsets in the marrow and hematologic abnormalitiesMestradoPediatriaMestre em Saude da Criança e do Adolescent

    Características antropométricas de crianças ribeirinhas residentes no Arquipélago de Bailique, Amapá / Anthropometric characteristics of riverine children living in the Bailique Archipelago, Amapá

    Get PDF
    Introdução: A puericultura tem foco no acompanhamento integral e ininterrupto da criança e do adolescente, visando a menor ocorrência de moléstias nessa fase de crescimento, além da chegada à vida adulta com seu potencial máximo. Com as visitas regulares da equipe de saúde e a utilização correta dos gráficos de crescimento, torna-se possível a avaliação e o diagnóstico do estado nutricional da criança. Materiais e métodos: tratou-se de um estudo descritivo transversal. Os atendimentos foram realizados através de uma expedição em saúde, em fevereiro de 2020, na comunidade de Bailique, pertencente ao município de Macapá, Amapá. A amostra consistiu de 162 crianças selecionadas dentre 383 atendidas pela pediatria, por conterem no prontuário clínico os dados de peso e altura preenchidos. O Índice de Massa Corporal (IMC)foi calculado através da razão entre peso e o quadrado da altura. Resultados: Dentre as crianças analisadas, 52,4% eram do sexo feminino e 47,6% do sexo masculino. Em relação ao local de residência, 54,3% eram procedentes da Vila Progresso, 37,3% de outras comunidades pertencentes ao Bailique e 8,6% não tinham esse dado preenchido na ficha de atendimento. Com relação ao IMC, o sexo feminino apresentou 57,1% em faixas normais de escore Z entre 0 e 2 anos, com queda para 38% entre 2 e 5 anos, 50% para as idades entre 5 e 10 anos e 55,6% entre 10 e 13. Com relação as crianças abaixo da normalidade para o sexo feminino, entre 0 e 2 anos há 4,7%, entre 2 e 5 anos há 38,1%, entre 5 e 10 anos há 41,2% e entre 10 e 13 anos há 33,3%. O sexo masculino evidenciou melhores índices de normalidade conforme há aumento da idade, mostrando valores de escore Z dentro da normalidade entre 0 e 2 anos de 44,4%, sendo que entre 2 e 5 anos apresenta 53,3%, entre 5 e 10 anos 49,9% e entre 10 e 13 anos 57,1%. Para os escores Z abaixo da normalidade no sexo masculino, há entre 0 e 2 anos 18,5%, entre 2 e 5 anos 33,3%, entre 5 e 10 anos 46,4% e entre 10 e 13 anos 33,3%. De todas as crianças analisadas, apenas 2,5% não receberam aleitamento materno. Conclusão: Observou-se com o trabalho que as crianças e seus responsáveis atendidos necessitam de acompanhamento e orientações nutricionais, principalmente para as idades escolares, de modo a atenuar o número de indivíduos com IMC abaixo da normalidade. Levantou-se a hipótese de que a amamentação poderia ser fator protetor para desnutrição em crianças menores de 2 anos
    corecore