16 research outputs found

    The Tourist and “The One Who Waits”

    Get PDF
    To consider photographs as historical objects is necessarily to rediscover them in one of those bifurcations where, as Walter Benjamin proposes, the conscious and the unconscious—lived and unlived—come face to face. In convolute D of The Arcades Project, the chronological milestones the philosopher assigns to the triumphal entry of boredom into culture coincide with the invention of photography. In contrast to boredom and monotony, however, the predominant topic in convolute D is not leisure or entertainment but rather “waiting.” Based upon this premise, the paper suggests that it is in this bifurcation, where modern photography is born, that we find, in dialectical tension, the viewfinder that frames the world and the shutter that interrupts the temporal flow, the “tourist” and “the one who waits.”Considérer les photographies comme des objets historiques consiste nécessairement en les redécouvrir dans l’une de ces bifurcations où, comme le suggérait Walter Benjamin, le conscient et l’inconscient – l’être et le non-être – se font face. Dans la liasse D du Livre des passages, le jalon chronologique que le philosophe attribue à l’entrée triomphale de l’ennui dans la culture coïncide avec l’invention de la photographie. Ce qui, dans la liasse D, contraste cependant avec l’ennui et la monotonie, ce n’est pas le loisir ou la distraction, mais le thème prédominant de « l’attente ». Sur cette base, cet article suggère que c’est dans cette bifurcation où naît la photographie moderne que nous trouvons, dans une tension dialectique, le viseur qui cadre le monde et l’obturateur qui interrompt le flux temporel : d’un côté, le « touriste » ; de l’autre, « celui qui attend ».Considerar las fotografías como objetos históricos es, necesariamente, redescubrirlas en una de esas bifurcaciones en las que, como lo propone Walter Benjamin, lo consciente y lo inconsciente –vivido o no vivido– vuelve cara a cara. En el convoluto D de su proyecto sobre los pasajes parisinos, los hitos cronológicos que el filósofo asigna a la entrada triunfal del aburrimiento en la cultura coinciden con la invención de la fotografía. Sin embargo, en contraste con el aburrimiento y la monotonía, el tema predominante en dicho convoluto no es el ocio o el entretenimiento, sino más bien la "espera". Basado en esta premisa, el presente artículo sugiere que en esta bifurcación, en la que nace la fotografía moderna, encontramos en plena tensión dialéctica el visor que enmarca al mundo y el obturador que interrumpe el flujo temporal, esto es, el "turista" y "el que aguarda"

    Photography and the representation of suffering

    Get PDF
    Photography and the representation of suffering — Based on a comparison of three photographs — Lewis Hine’s “A Madonna of the tenements”, Dorothea Lange’s “Migrant mother”, and the image of João Hélio printed on his mother’s t-shirt — this paper examines the transformations that the representation of suffering and pain have undergone. The public dimension of these images — through the image of the suffering mother — illustrates the changes the public space has undergone and the central role of the victims’ discourse in the contemporary world

    Apresentação editorial e expediente

    Get PDF
    Apresentação e expediente do volume 24, número 02, 2021, da Revista Eco-Pós

    Fotografia e antropogênese: o melhor amigo do homem = Photography and anthropogenesis: man's best friend = Fotografía y antropogénesis: el mejor amigo del hombre

    No full text
    Observando as formulações assumidas pela distinção humano/animal ao longo da história da filosofia, Giorgio Agamben (2004) concluiu que qualquer conceito de humanidade deveria tanto excluir como incluir a natureza animal. Denominou esse dispositivo metafísico de “máquina antropológica”, o processo histórico que produz separações e reconciliações entre humanidade e animalidade (tais como as relações entre corpo e alma, por exemplo). No interior dessa máquina haveria uma zona de indeterminação onde é possível perceber a tensão entre gente e bicho, onde o movimento de separação é suspenso e a própria máquina exibe sua engrenagem capenga. Seria possível flagrar esse momento? Seria possível visitar esse lugar? A premissa dessa pesquisa é que a câmera fotográfica, como máquina antropológica, tem seu papel antropogênico particularmente visível quando os seres humanos são fotografados acompanhados de cães. Valendo-se de obras como os pintores Velasquez e Rembrandt e fotógrafos como Robert Capa e William Wegman o presente ensaio visa justificar essa premiss

    Rastros na paisagem: a fotografia e a proveniência dos lugares // Traces in the landscape: photography and the provenance of places

    Get PDF
    Ao longo do século XIX, e durante as primeiras décadas do XX, os “álbuns de vistas” foram a forma dominante de difusão das “fotografias de paisagem”. Os rastros na paisagem forneciam o testemunho da laboriosa ascensão do fotógrafo ao “ponto de vista”. A emergência da fotografia moderna coincide com a necessidade do apagamento destes rastros. Por meio de um percurso que se inicia nas dunas desérticas de O’Sullivan e Weston e nos conduz até os mares antigos de Fugimoto e os campos ingleses de após-indústria de John Davies, este artigo procura esboçar uma primeira descrição dos regimes de apagamento destes traços. A análise da obra de quatro fotógrafos contemporâneos ajuda-nos então a compreender que no cerne da fotografia de paisagem habita um problema de difícil solução: o que é isso no espaço que provê os lugares

    A vida póstuma de Aby Warburg: por que seu pensamento seduz os pesquisadores contemporâneos da imagem?

    No full text
    A fama de Aby Warburg (1866-1929) sempre superou o conhecimento de sua obra. Mas, nas últimas duas décadas, alguns dos mais importantes pensadores da estética - como Georges Didi-Huberman e Giorgio Agamben - encontram neste obscuro historiador da arte alemão um precursor de suas próprias investigações. Partindo do debate sobre o legado de Warburg nas obras de Ernst Gombrich e Erwin Panofsky, este ensaio procura historiar a trajetória deste resgate e repertoriar os conceitos e procedimentos warburgianos que mais mobilizam os teóricos contemporâneos. Sugere-se, por fim, que é devido à crescente influência de Walter Benjamin e às inquietações suscitadas pelo estatuto da imagem na contemporaneidade que os estudos de Warburg voltam a servir de referência para historiadores e estudiosos da imagem
    corecore