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    Neurodesenvolvimento de lactentes nascidos a termo pequenos para a idade gestacional no primeiro semestre de vida

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    Orientador: Vanda Maria Gimenes GonçalvesDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: A desnutrição intra-uterina tem sido associada à morbidade neurológica em longo prazo. O presente estudo teve por objetivo avaliar e comparar o neurodesenvolvimento, no primeiro semestre de vida, entre lactentes nascidos a termo pequenos para a idade gestacional e lactentes nascidos com peso adequado. Foram selecionados 125 neonatos no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da UNICAMP, obedecendo aos critérios de inclusão: pais ou responsáveis legais que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; neonatos que não necessitaram de cuidados especiais; com idade gestacional entre 37 e 41 semanas; com avaliação no 1º, 2º, 3º e 6º meses. A casuística, composta por 95 lactentes que compareceram para pelo menos uma avaliação programada no 1º semestre de vida, foi dividida em dois grupos de acordo com a adequação peso/idade gestacional: grupo PIG, constituído por 33 lactentes com peso ao nascer abaixo do percentil 10 e grupo AIG por 62 lactentes com peso entre o percentil 10 e 90 da curva de crescimento fetal de BATTAGLIA E LUBCHENCO (1967). Foram utilizadas as Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil II (BSID-II) (1993), aplicadas no 1º, 2º, 3º e 6º meses de vida, no Laboratório de Estudos do Desenvolvimento Infantil I. Para a análise de resultados, a casuística foi reagrupada de acordo com a proporcionalidade corporal em: grupo PIG-Simétrico (PIG-S), Assimétrico e Controle. Os grupos não apresentaram diferenças na performance nas Escalas Mental e Motora quando classificados em inadequados (Index Score < 85) (IS) e adequados (IS = 85). Considerando-se o IS na Escala Mental, o grupo PIG apresentou médias significativamente menores no 6º mês (p = 0,043, Teste t) e o grupo PIG-S apresentou no 3º e no 6º mês (p = 0,040 e 0,041 respectivamente, Teste Kruskal Wallis). Considerando-se o IS na Escala Motora, o grupo PIG e o grupo PIG-S apresentaram médias significativamente menores no 2º mês (p = 0,008 e 0,008, Teste Mann-Whitney e Kruskal Wallis, respectivamente). Considerando-se a Escala de Classificação do Comportamento (ECC), observou-se risco de associação à performance inadequada no 2º mês de vida: 5,19 vezes maior no grupo PIG (IC95%: 1,03-29,12); 8,00 vezes maior no grupo PIG-S (IC95%: 1,37-51,89) e 7,20 vezes maior nos lactentes com baixo peso ao nascimento (IC95%: 1,42-38,74). Considerando o perímetro craniano ao nascimento, o lactente nascido com microcefalia teve risco 16 vezes maior de estar associado à performance inadequada na Escala Mental (IC95%: 1,41-417,80), no 1º mês de vida. Na análise multivariada dos dados, empregando-se o modelo de regressão logística não condicional, nas Escalas Mental e Motora, nenhuma variável foi incluída no modelo, de tal forma que as mesmas não foram associadas ao risco de uma criança ter performance inadequada nessas escalas. Na ECC, segundo esse modelo, os lactentes que apresentaram microcefalia ao nascimento associaram-se ao maior risco de performance inadequada no 1º mês de vida e os pertencentes ao grupo PIG-S no 2º mês. Em nenhuma escala ou momento observou-se risco maior de associação entre o sexo do lactente e a performance inadequadaAbstract: Intrauterine malnutrition has been associated to long-term neurological morbidity. The objective of this study was to evaluate the neurodevelopment of full-term small-for-gestational age (SGA) infants and to compare with those born appropriate for gestational age (AGA), in the first six months of life. The research design was a prospective study of two cohorts, one of full-term SGA group and other of control AGA group; with cross-sectional data analysis. A hundred and twenty five full-term neonates were selected at Neonatology Service in the Center of Integral Attention to the Woman¿s Health (CAISM) of the State University of Campinas (UNICAMP), São Paulo, Brazil. To each SGA neonate chosen, the following two AGA neonates were selected. Ethical permission was obtained from the Research Ethics Committee of the Medical Faculty of UNICAMP and the mothers also gave the fully informed consent. They were selected on the following criteria: subjects living in the metropolitan area of Campinas; neonates considered in good health for going home within 2 days after birth; gestational age categorized as full-term (37-41 weeks) by CAPURRO postnatal method (1970); expected birth weight for determined gestational age by BATTAGLIA and LUBCHENCO method; birth weight less than the 10th percentile for the SGA group and between the 10th and the 90th percentile for the AGA group. Genetic syndromes, multiple congenital malformations and verified congenital infections (syphilis, toxoplasmosis, rubella, citomegalovirus, herpes) were excluded. The infants were grouped as Symmetric SGA (S-SGA), Asymmetric and Control group for data analysis. All children were scheduled for developmental evaluation and two professionals who were unaware of the classification of the neonate¿s group performed the assessments of the infants, in the presence of their mothers, at 1, 2, 3 and 6 months of age. The Bayley Scales of Infant Development-II (BSID-II) (Bayley, 1993) were used. The infant¿s score for each item was registered in the Mental and Motor Scale Record Form. A total of 95 infants were studied: 63 in the 1st month, 68 in the 2nd and 3rd month and 66 in the 6th month. No differences were observed in Mental and Motor Scales performance, when classified as adequate (IS = 85) or inadequate (IS < 85). In the Mental Scale, mean comparison using the t test showed lower IS in the SGA group with significant difference in the 6th month (p = 0,043) and in the S-SGA group in the 3rd and 6th month (p = 0,040 and 0,041 respectively, Kruskal Wallis test). Considering the Motor Scale, mean comparison using the Mann-Whitney and Kruskal Wallis tests showed lower IS in the SGA and S-SGA groups respectively, with significant difference in the 2th month (p=0,008 and 0,008). Considering the Behavior Rating Scale, the inadequate performance were associated in the 2nd month of life: 5,19 times greater to SGA group (IC95%: 1,03-29,12); 8,00 times greater to S-SGA group (IC95%: 1,37051,89) and 7,20 times greater to low birth weight born infants (IC95%: 1,42-38,74). Considering the birth head circumference, the microcephalic born infants were 16,0 times more associated to the inadequate performance in Mental Scale (IC95%: 1,41-417,80) in the first month of life. Analyzing the relationship between multiple variables using the multiple regression method, there was no regression for the Mental and Motor scales. In this model, in the 1st month of life, the infants born with microcephaly were associated with inadequate performance in the Behavior Rating Scale. In the 2nd month the SGA-S group showed higher risk for an inadequate performance in the Behavior Rating Scale. In any scale ou month, no greater risk for association of female infant to inadequate performance was observed.MestradoNeurologiaMestre em Ciências Médica

    Small-for-gestational age : neurodevelopment in the first year of age

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    Orientadores: Maria Valeriana Leme de Moura-Ribeiro, Vanda Maria Gimenes GonçalvesTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: A desnutrição intra-uterina tem sido associada à morbidade neurológica em longo prazo, sendo o lactente nascido pequeno para a idade gestacional um modelo de estudo para essa situação. O presente estudo teve por objetivo avaliar e comparar os indicadores do neurodesenvolvimento segundo as Escalas Bayley do Desenvolvimento Infantil, no primeiro ano de vida, entre lactentes nascidos a termo pequenos para a idade gestacional e lactentes nascidos com peso adequado. Foram selecionados 125 neonatos no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da UNICAMP, obedecendo aos critérios de inclusão: neonatos cujos pais ou responsáveis legais que assinaram o Termo de Consentimento Informado; que não necessitaram de cuidados especiais; com idade gestacional entre 37 e 41 semanas; com avaliação no 1º, 2º, 3º e 6º, 9º e 12º meses. Foram excluídos neonatos com infecção congênita, malformações diagnosticadas no período neonatal e aqueles resultantes de gestação múltipla. A casuística, composta por 95 lactentes que compareceram para pelo menos uma avaliação programada no 1º ano de vida, foi dividida em dois grupos de acordo com a adequação peso/idade gestacional: grupo PIG, constituído por 33 lactentes com peso ao nascimento abaixo do percentil 10 e grupo AIG por 62 lactentes com peso entre o percentil 10 e 90 da curva de crescimento fetal de Battaglia e Lubchenco (1967). Foram utilizadas as Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil II (1993), aplicadas no 1º, 2º, 3º, 6º, 9º e 12º meses de vida, no Laboratório de Estudos do Desenvolvimento Infantil I. Para a análise de resultados, a casuística do grupo PIG foi reagrupada de acordo com a proporcionalidade corporal ao nascimento em: PIG com crescimento intra-uterino simétrico (PIG-S) e PIG com crescimento intra-uterino assimétrico (PIG-A). Os grupos não apresentaram diferenças na performance nas escalas mental e motora quando classificados em inadequados (Index Score < 85) (IS) e adequados (IS = 85). O grupo PIG apresentou pontuações menores de IS na escala mental nas avaliações do primeiro semestre, sendo que esses resultados foram influenciados pelo grupo PIG-S. No entanto, não houve diferenças estatisticamente significativas em nenhum dos meses analisados. Na escala motora, o grupo PIG apresentou médias menores no 2º e no 12º meses (p = 0,008 e 0,046 Teste Mann-Whitney, respectivamente); e o grupo PIG-S no 2º mês (p = 0,016 Teste Kruskal Wallis). Considerando-se a Escala de Classificação do Comportamento (ECC), observou-se risco de associação à performance inadequada 5,19 vezes maior no grupo PIG (IC95%: 1,03-29,12) no 2º mês de vida. Quando classificados pela proporcionalidade corporal ao nascimento, observou-se risco de associação à performance inadequada 8,39 vezes maior no grupo PIG-S (IC95%: 1,53-57,40) no 2º mês e risco 22,0 vezes maior no grupo PIG-A no 3º mês na ECC. Considerando o perímetro craniano ao nascimento, o lactente nascido com microcefalia apresentou maior proporção com performance inadequada no 1º mês de vida (p = 0,011 Teste Exato de Fisher). Não foram observadas associações na análise univariada considerando-se a associação entre as variáveis biológicas e as relacionadas às condições sócio-demográficas com as performances mental e motora nos meses analisados. No estudo evolutivo comparando-se os resultados obtidos no primeiro semestre e no 9º mês com os resultados do 12º mês observou-se que, em grande proporção, os lactentes que apresentaram performance inadequada nas primeiras três avaliações apresentaram recuperação no 12º mês; os lactentes com performance inadequada no 6º e no 9º mês mantiveram-se inadequados no 12º mêsAbstract: Intrauterine malnutrition has been associated to long-term neurological morbidity and the small for gestational age infant is considered as a model for study this propose. The objective of this study was to evaluate the neurodevelopmental indicators according to Bayley Scales of Infant Development of full-term small-for-gestational age (SGA) infants compared with those born appropriate for gestational age (AGA), in the first year of life. The research design was a prospective study of two cohorts, one of full-term SGA group and other of control AGA group; with cross-sectional data analysis. A hundred and twenty five full-term neonates were selected at Neonatology Service in the Center of Integral Attention to the Woman's Health (CAISM) of the University of Campinas (UNICAMP), São Paulo, Brazil. Ethical permission was obtained from the Research Ethics Committee of the Medical Faculty of UNICAMP and the parents also gave the fully informed consent. They were selected on the following criteria: subjects living in the metropolitan area of Campinas; neonates considered in good health for going home within 2 days after birth; gestational age categorized as full-term (37-41 weeks) by Capurro postnatal method; expected birth weight for determined gestational age by Battaglia and Lubchenco method; birth weight less than the 10th percentile for the SGA group and between the 10th and the 90th percentile for the AGA group. Genetic syndromes, multiple congenital malformations and verified congenital infections (syphilis, toxoplasmosis, rubella, citomegalovirus, herpes) were excluded. The SGA group infants were classified according to body proportionality as symmetric SGA (S-SGA) and asymmetric SGA (A-SGA) for data analysis. All children were scheduled for developmental evaluation by the Bayley Scales of Infant Development II (Bayley, 1993) and two professionals who were unaware of the classification of the neonate's group performed the assessments of the infants, in the presence of their mothers, at 1, 2, 3, 6, 9 and 12 months of age. The infant's score for each item was registered in the Mental and Motor Scale Record Form. A total of 95 infants were performed. No differences were observed in Mental and Motor Scales performance, when classified as adequate (IS = 85) or inadequate (IS < 85). In the Mental Scale, means comparison between the groups showed no statistical differences. Considering the Motor Scale the SGA group showed lower IS means in the 2nd and in the 12th months (p = 0,008 and 0,046, respectively, Mann-Whitney test) and the S-SGA group in the 2hd month of age (p = 0,016 Kruskal Wallis test). Considering the Behavior Rating Scale, the inadequate performance were associated in the 2nd month of life, 5,19 times in higher proportion to SGA group (IC95%: 1,03-29,12) and 8,89 times to S-SGA group (IC95%: 1,53-57,40). In the 3rd month of age, was 22,0 times in higher proportion to A-SGA infants. Considering the occipitofrontal circumference at birth, the microcephalic born infants demonstrated association with inadequate performance in higher proportion in the 1st month of life (p = 0,011 Exact Fisher test) in the Mental Scale. Analyzing the relationship between biologic and socio-demographic variables using the univariate analysis, there was no association with theses variables and mental and motor performances in any month of the first year of lifeDoutoradoNeurologiaDoutor em Ciências Médica

    Habilidade motora fina e linguagem expressiva em crianças com hipotireoidismo congênito

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    RESUMO Objetivo Triar o desenvolvimento global de crianças com e sem hipotireoidismo congênito e investigar a associação entre as habilidades motora fina e de linguagem expressiva nesses dois grupos. Método Trata-se de um estudo prospectivo de uma coorte de crianças com hipotireoidismo congênito, diagnosticadas e acompanhadas em um serviço de referência em triagem neonatal de um hospital público e de crianças sem essa disfunção. A triagem foi realizada por meio das Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil III, nos domínios cognitivo, motor grosso e fino e de linguagem receptiva e expressiva. O desempenho das crianças foi expresso em competente e não competente. Resultados Foram triadas 117 crianças com Hipotireoidismo Congênito diagnosticado pelo teste do pezinho, com o nível de Hormônio Tireotrófico (TSH) normalizado no momento da avaliação e 51 sem essa doença, ambos os grupos com idade média de 21 meses. As crianças com Hipotireoidismo Congênito apresentaram um desempenho pior nas habilidades motora grossa e fina quando realizada a comparação entre os dois grupos e não houve diferença nas áreas cognitiva e de linguagem receptiva e expressiva. A associação entre motricidade fina e linguagem persiste no grupo com a doença, demonstrando que há uma inter-relação dessas habilidades, sendo que o grupo com hipotireoidismo apresenta duas vezes mais chances de alterações na linguagem expressiva quando a motricidade fina já estiver comprometida. Conclusão No processo de desenvolvimento, ambas as habilidades, linguagem expressiva e motricidade fina, podem estar associadas e/ou dependentes uma da outra nesta amostra avaliada
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