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    Fraqueza muscular adquirida na UTI (ICU-AW): efeitos sistêmicos da eletroestimulação neuromuscular

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    Com os avanços tecnológicos alcançados atualmente na terapia intensiva e maior sobrevida dos pacientes, outros desafios têm surgido para os profissionais de saúde. Dentre alguns, destaca-se a fraqueza muscular adquirida na UTI (ICU-AW), caracterizada por paresia esquelética e respiratória dos músculos promovendo aumento nastaxas de mortalidade e comprometimento da qualidade de vida. Sua incidência varia de 30% a 60% e tem na síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) e na disfunção de múltiplos órgãos (DMO) sua principal etiologia. Outros fatores de risco como a hiperglicemia,o uso de bloqueadores neuromusculares e sedativos, a imobilidade e a própria ventilação mecânica estão entre os mais comuns. Entre as medidas de combate à ICU-AW, está o conceito de mobilização precoce, bem como despertar diário e controle estreito da glicemia. Nesse contexto, a eletroestimulação muscular apresenta-se como recurso de grande valia. Sua principal vantagem está no fato de poder ser empreendida independentemente da cooperação do paciente, epor ser capaz de gerar respostas musculares eficientes, bem como resultados satisfatórios na preservação da massa muscular, condicionamento físico e funcionalidade dos que usam essa ferramenta. Desfechos interessantes têm sido observados em diversos perfis de pacientes, como os de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)e traumatismo raquimedular (TRM). No paciente crítico, seu uso tem mostrado redução nos tempos de ventilação mecânica (VM), internação na UTI e maior funcionalidade dos pacientes. A relevância dos efeitos sistêmicos e metabólicos provenientes da eletroestimulação neuromuscular (ENM) tem sido a base para os estudos nos pacientes críticos. Portanto, a ICU-AW é uma realidade no cenário da terapia intensiva e sua prevenção tem dado margem à aparição de novas propostas e ferramentas na prevenção dessas complicações

    Consenso brasileiro para o tratamento da esclerose múltipla : Academia Brasileira de Neurologia e Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla

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    O crescent arsenal terapêutico na esclerose múltipla (EM) tem permitido tratamentos mais efetivos e personalizados, mas a escolha e o manejo das terapias modificadoras da doença (TMDs) tem se tornado cada vez mais complexos. Neste contexto, especialistas do Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla e do Departamento Científico de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia reuniram-se para estabelecer este Consenso Brasileiro para o Tratamento da EM, baseados no entendimento de que neurologistas devem ter a possibilidade de prescrever TMDs para EM de acordo com o que é melhor para cada paciente, com base em evidências e práticas atualizadas. Por meio deste documento, propomos recomendações práticas para o tratamento da EM, com foco principal na escolha e no manejo das TMDs, e revisamos os argumentos que embasam as estratégias de tratamento na EM.The expanding therapeutic arsenal in multiple sclerosis (MS) has allowed for more effective and personalized treatment, but the choice and management of disease-modifying therapies (DMTs) is becoming increasingly complex. In this context, experts from the Brazilian Committee on Treatment and Research in Multiple Sclerosis and the Neuroimmunology Scientific Department of the Brazilian Academy of Neurology have convened to establish this Brazilian Consensus for the Treatment of MS, based on their understanding that neurologists should be able to prescribe MS DMTs according to what is better for each patient, based on up-to-date evidence and practice. We herein propose practical recommendations for the treatment of MS, with the main focus on the choice and management of DMTs, as well as present a review of the scientific rationale supporting therapeutic strategies in MS

    Tension type headache: clinical study

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    Merosin-positive congenital muscular dystrophy: neuroimaging findings Distrofia muscular congênita merosina-positiva: achados de neuroimagem

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    Congenital muscle dystrophy (CMD) is a heterogeneous group of autosomal recessive myopathies. It is known that CMD may affect the central nervous system (CNS). Some authors have shown that merosin-negative CMD patients may have encephalic metabolic disturbances. In order to study metabolic changes within the brain, the authors performed a magnetic resonance spectroscopy (MRS) study in a 1-year-old girl with merosin-positive CMD (MP-CMD). MRS of brain demonstrated that NAA/Cr ratio was decreased (1.52), while Cho/Cr ratio was increased (1.78). These findings suggest that metabolic changes in CNS can also be found in patients with MP-CMD.A distrofia muscular congênita (DMC) é um grupo heterogêneo de miopatias autossômicas recessivas que também podem afetar o sistema nervoso central (SNC). Alguns autores mostraram previamente que pacientes com DMC por deficiência da merosina podem apresentar alterações metabólicas no encéfalo. Com o objetivo de estudar as possíveis alterações metabólicas no SNC, os autores realizaram um estudo por ressonância magnética com espectroscopia em uma paciente de 1 ano com DMC sem deficiência da merosina. A razão NAA/Cr estava reduzida (1,52), enquanto que a razão Cho/Cr estava aumentada (1,78). Estes achados sugerem que alterações metabólicas no SNC também podem ser encontradas em pacientes com DMC merosina-positiva

    Cefaléia do tipo tensional episódica: avaliação clínica de 50 pacientes Episodic tension-type headache: clinical evaluation of 50 patients

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    Com o objetivo de estudar os aspectos clínicos, a história familiar e o impacto da dor nas atividades laborativas, foi conduzido estudo de série de casos de 50 pacientes portadores de cefaléia do tipo tensional episódica (CTTE). Foram avaliados 40 mulheres e 10 homens, com idade média de 30 (±12) anos. Dor constrictiva esteve presente em 40 pacientes (80%). O enjôo foi o principal fenômeno acompanhante (20%). A dor bilateral predominou; entretanto, a localização unilateral também esteve presente (10%). Embora classicamente descrita como uma dor leve, observou-se que a CTTE pode se manifestar como crises de forte intensidade (16%). A história familiar foi positiva em 12 pacientes (24%). O impacto nas atividades laborativas foi detectado em 14% da amostra. Os achados a respeito das características da dor estão de acordo com a literatura. O impacto representado pela CTTE a nível individual e na sociedade deve, entretanto, ser reconsiderado.<br>A case series study of 50 consecutive patients with episodic tension type headache (ETTH) was conducted. Clinical aspects, family history and impact on work activities were studied. The casuistry was made up of 40 women and 10 men. The average age was 30 (±12) years. Constrictive pain was present in 40 patients (80%). Sickness was the most commonly reported related phenomenon (20%). As expected, bilateral pain predominated; however, unilateral location was also present (10%). Although classically described as a mild pain, we observed that ETTH can come in intense crisis (16%). Family history of tension type headache was positive in 12 patients. The impact on work activities was substantial (14%). Our findings regarding to clinical aspects are in agreement with the literature. It is important to mention that the impact of ETTH on the individual and society should be reconsidered, and is more substantial than has been reported to date

    Possíveis etiologias da Síndrome de West: avaliação de 95 pacientes Possible etiologies of West syndrome: evaluation of 95 patients

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    OBJETIVO: Descrever as etiologias da síndrome de West (SW) em um grupo de crianças atendidas no ambiente de um centro de reabilitação. MÉTODO: Análise retrospectiva, avaliando-se os seguintes itens: gênero, idade por ocasião da definição do diagnóstico da SW e sua etiologia. Esta foi dividida em três categorias: sintomática, criptogênica e idiopática. Os casos sintomáticos foram divididos em pré, peri e pós-natais. RESULTADOS: Noventa e cinco pacientes foram incluídos, sendo 59 do gênero masculino (62%). A idade do diagnóstico variou entre 1 e 24 meses, com média de 4,9 (&plusmn;5,0) meses. Vinte e cinco casos foram considerados criptogênicos (26,3%) e apenas um idiopático (1,1%). Os demais foram classificados com sintomáticos (72,6%), sendo predominantemente casos perinatais. CONCLUSÃO: Nossos achados se assemelham aos da literatura. Conforme se ampliam o conhecimento acerca da SW e os métodos complementares de diagnóstico, haverá tendência à diminuição dos casos hoje considerados criptogênicos ou idiopáticos.<br>OBJECTIVE: To describe the etiologies of West syndrome (WS) among children followed in a rehabilitation center. METHOD: Retrospective study with emphasis in the following items: gender, age at the diagnosis of WS and its etiology. The etiologies were divided into three categories: symptomatic, cryptogenic and idiopathic. Symptomatic cases were classified as follows: pre, post and perinatal. RESULTS: Ninety-five patients were included. Fifty-nine were boys (62%). Mean age at the diagnosis was 4.9 (&plusmn;5.0) months. There were 25 cryptogenic (26.3%), one idiopathic (1.1%) and 69 (72.6%) symptomatic cases, most of them of perinatal origin. CONCLUSION: Our findings are in agreement with the literature. In the future, as our knowledge in the field of WS and its diagnostic methods increase, there will be a small number of cryptogenic and idiopathic cases

    Increased multiple sclerosis relapses related to lower prevalence of pain

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    Objective The study aims to investigate the presence of pain amongst multiple sclerosis (MS) patients. Method One hundred MS patients responded to questionnaires evaluating neuropathic and nociceptive pain, depression and anxiety. Statistical analysis was performed using the Mann–Whitney U, Chi-Square and two-tailed Fisher’s exact tests and multivariate logistic regression. Results Women had a statistically higher prevalence of pain (p = 0.037), and chances of having pain after the age of 50 reduced. Women with pain had a statistically significant lower number of relapses (p = 0.003), restricting analysis to those patients with more than one relapse. After the second relapse, each relapse reduced the chance of having pain by 46%. Presence of pain was independent of Expanded Disability Status Scale (EDSS) anxiety, and depression. Conclusion Our findings suggest a strong inverse association between relapses and pain indicating a possible protective role of focal inflammation in the control of pain
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