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    Indústria da pesca no Brasil: o uso do território por empresas de enlatamento de pescado

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia.Neste estudo discutimos o uso do território por empresas instaladas no Brasil que enlatam pescado. Para analisar as estratégias das empresas, partimos da premissa que o território é um agente ativo da definição das ações dessas empresas. O território usado é considerado como um refinamento da noção de formação sócio-econômica, em que a ciência, a tecnologia e a informação são consideradas fundamentais para o descortinamento dos mares e oceanos, identificando e sistematizando o conhecimento do pescado que será utilizado como matéria-prima pelas indústrias. A combinação de variáveis como a gênese dos indústrias, a manutenção da pesca como atividade dependente de ritmos e ciclos reprodutivos das espécies selecionadas para o enlatamento, a ação do Estado brasileiro e a tendência para a concentração do capital, permitiu demonstrar que o uso do território foi e é fundamental para a redefinição da localização das plantas fabris. Conjuntamente, deu-se o deslocamento dos centros de gestão das principais fábricas que fazem parte de grupos econômicos transnacionais para a cidade de São Paulo, houve manutenção das unidades de fabricação junto a pontos historicamente construídos junto ao litoral brasileiro, nas margens da Baía da Guanabara no estado do Rio de Janeiro e nas proximidades da foz do rio Itajaí em Santa Catarina, bem como a transformação do que foi o maior e mais diversificado parque industrial brasileiro, instalado no município do Rio Grande no Rio Grande do Sul em apenas receptor de matéria-prima e abrigo de fábricas que apenas congelam e salgam o pescado. Como resultado, o território usado é considerado fundamental para as metamorfoses de um setor econômico pouco estudado e que compõe o processo de inserção subalterna do Brasil na economia internacional, mas que ainda comporta firmas nacionais capazes de construir estratégias para concorrer com os grupos econômicos transnacionais. En esta investigación tratamos del uso del territorio por las empresas que enlatan pescados establecidas en Brasil. A fin de analizar las estrategias de las empresas partimos del presupuesto de que el territorio es un agente activo en la definición de las acciones de ellas. El territorio usado es considerado como un refinamiento de la noción de formación socio-económica en que la ciencia, la tecnología y la información son consideradas fundamentales para el descubrimiento de los mares y de los océanos. Pues identifican y sistematizan el conocimiento sobre el pescado que será utilizado como materia prima por las industrias. La combinación de las variables como: la génesis de los industriales; la manutención de la pesca como una actividad dependiente de los ritmos y los ciclos reproductivos de los especies seleccionados para el enlatamiento; la acción del Estado brasileño y la tendencia para la concentración del capital permitió demonstrar que el uso del territorio fue y es fundamental para la redefinición de la localización de las plantas fabris. Lo centros de gestión de las principales fábricas que forman parte de los grupos económicos transnacionales fueron trasladadas para la ciudad de São Paulo y a la vez los puntos de fabricación, historicamente construidos cerca del litoral brasileño, permanecen en las orillas de la Baía da Guanabara en el estado del Rio de Janeiro y en las cercanías de la embocadura del río Itajaí en Santa Catarina. Asimismo se da la transformación del que fue el más grande y más diversificado parque industrial brasileño, situado en el município de Rio Grande en Rio Grande do Sul, en solamente un recibidor de materia prima y acogida de fábricas que únicamente salgan y congelan el pescado. Resulta que el territorio usado es considerado fundamental para las transformaciones de un sector económico muy poco estudiado y que compone el proceso de inserción subalterna de Brasil en la economía internacional, pero que aún soporta firmas nacionales capazes de construir estrategias para competir con los grupos económicos transnacionales

    O desenvolvimento do Sul do Brasil: notas para análise da dinâmica econômica e territorial

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    O estado do Rio Grande do Sul é a unidade federada mais meridional do Brasil e possui uma representação na formação social brasileira que inclui a condição subtropical e por apresentar sinais que aproximam dos países platinos ou de algumas características europeias com ênfase na hegemonia do passado rural cujo centro era a grande propriedade pastoril. As teses estão baseadas em um determinismo (a localização em relação às faixas climáticas do Planeta) e no falseamento da História (na Revolução Farroupilha os líderes insurgentes se declararam brasileiros e negaram o recebimento do auxílio dos platinos para a luta contra o Império; Portugal é um país europeu como a Alemanha e a Itália e com a expulsão no século XIX de uma parte das suas populações colaboraram para a formação de algumas das áreas de pequena produção mercantil). Ambas, ignoram a condição de uma economia estadual integrada a nação, com forte presença industrial, assentada na urbanização com dinâmico setor terciário e submetida a lógica da hegemonia financeira. O texto analisa algumas das transformações recentes na economia e no território rio-grandense em suas combinações contraditórias com as dinâmicas nacionais considerando o desempenho no conjunto das unidades federadas, das empresas e os resultados na geração de empregos formais

    Áreas urbanas desfavorecidas do município do Rio Grande-RS

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    As condições de existência de parcelas importantes da população brasileira reproduzem um quadro de desigualdades que tem sido interpretado com conceitos como pobreza e segregação. O texto analisa um processo de desigualdade social com base no grau de desfavorecimento em áreas da administração portuária ocupadas por moradias no município do Rio Grande. Com base nos dados do Censo 2000, atividades de campo e os resultados preliminares do Censo de 2010, analisa-se a dinâmica social das áreas em um momento de investimentos estatais e privados e as possibilidades de instrumentalização para a construção de pactuações para minimizar alguns problemas identificados como possíveis remoções forçadas

    Rio Grande: o espaço urbano e suas contradições - o caso do Bairro Marluz

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    A consolidação do espaço monopolista brasileiro, como demonstrada pur MOREIRA (1985), nas décadas de 1970 e 1980 implementa, novas formas ao território, combinando tendências homogeneizadoras com a diferenciação dos lugares, desterritorializando e reterritorializando processos produtivos, sujeitos sociais, idéias e símbolos.O municfpio de Rio Grande, um dos marcos da ocupação portuguesa no sul do continente amencano na disputa territorial com a coroa espanhola, representava uma área estratégica de acesso à hinterlândia do futuro estado do Rio Grande do Sul, como possibilidade de escoamento da produção e parte integrante de um sistema de fluxos em construção. Metamorfoseia-se de centro comercial em significativo pólo industrial a partir das décadas de 1870/1880, principalmente com indústrias têxteis e alimentares: SINGER (1977, p.174), anota que Porto Alegre provavelmente tenha suplantado Rio Grandena liderança industrial do estado somente depois de 1920. A cidade vai combinando diferentes formas de morar: os grandes casarões e suas fachadas azulejadas, típicas de centros comerciais, as residências dos industriais e dos engenheiros e técnicos próximos das fábricas, associadas às vilas operárias, ocupações em áreas alagadiças e de dunas.Após o golpe militar de 1964, sobretudo no decorrer da década de 1970, com o realinhamento do Brasil na divisão internacional do trabalho, que tem como um dos pilares básicos, políticas agressivas deprodução de mercadorias para a exportação. No Rio Grande do Sul, há a articulação da modernização da agricultura, especialmente da soja, com a instalação do Distrito Industrial e do Superporto de Rio Grande. O Município passa a receber uma série de investimentos estatais, atraindo capital e força de trabalho. O primeiro encontrará amplas facilidades para sua reprodução: infra-estrutura e subsídios cstatais e estratégias de controle, coação e repressão às diferentes formas de organização da sociedade, tendo emvista as tradições de lutas sindicais em Rio Grande. O segundo que, em momentos iniciais e depois pontualmente, tem multiplicadas as possibilidades de emprego e de melhorias salariais, na década de 1980, ressente-se do encolhimento dos investimentos estatais e privados, com a diminuição das ofertasde emprego, acompanhada pelas constantes perdas salariais e da percepção de que a cidade afirma-se cada vez mais como habitat, ou seja, apenas na dimensão de um lugar ou meio onde qualquer ser mais oumenos organizado se reproduz, negando a condição de que seres humanos além de habitar desejam morar. Significa a condição humana de permanecer, assistir e ser assistido, de ter lazer e prazer.A preocupação central do trabalho é a investigação da lógica da produção e da reprodução de uma parcela do espaço urbano do município de Rio Grande, situado no eixo de ligação entre a área centralda cidade e o balneário do Cassino, circundada pela ferrovia Rio Grande (Cassino)-Pelotas, limítrofe ao aeroporto, ao Campus Carreiros da URG e a uma grande área vazia da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anónima (RFFSA)
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