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    Desenvolvimento ósseo e densitometria radiográfica em codorna-japonesa (Coturnix japonica)

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    O desenvolvimento ósseo nas aves é diferenciado e, radiograficamente, não existe uma placa de crescimento visível. A densitometria radiográfica (DR) é utilizada para avaliar e mensurar a densidade óssea. Foram utilizadas cinquenta e quatro codornas-japonesas (Coturnix japonica) de um dia de vida e de ambos os sexos. A cada três dias foram pesados dois animais e, em seguida, identificados, submetidos à eutanásia e radiografados. Foi utilizada uma escada de alumínio de vinte e um degraus para a mensuração densitométrica. Realizaram-se mensurações de comprimento do úmero, rádio, ulna, fêmur, tibiotarso e tarsometatarso; correlação do período de postura com a ocorrência de hiperostose poliostótica (HP) nos ossos longos; bem como avaliação densitométrica ao longo de 80 dias. Houve aumento na densidade óssea conforme crescimento em comprimento dos ossos em úmero, seguido pelo tibiotarso, ulna e fêmur, verificado principalmente no período de sete a 13 dias de vida. No úmero e no fêmur, houve significativo aumento de densidade óssea também entre 70 a 79 dias. A partir do 61o dia, foi identificada a presença de hiperostose poliostótica nos fêmures das fêmeas. A DR é uma técnica aplicável em C. japonica como um método acessível e de baixo custo. Os resultados confirmam um grande aumento mineral ao longo do crescimento e durante a postura, confirmando a presença de HP na espécie

    HIPERCRESCIMENTO DENTÁRIO E MALOCLUSÃO EM Cavia porcellus

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    As afecções dentárias são consideradas as principais doenças queacometem Cavia porcellus, visto que esses animais possuem dentição do tipo elodonte, ou seja, apresentam dentes com erupção constante e quando não há desgaste dentário suficiente para se igualar a taxa de erupção, as coroas clínicas se alongam de maneira patológica. A etiologia do desgaste inadequado não foi totalmente elucidada, mas de maneira geral pode ser dividida em congênita e adquirida. Dessa forma, o conhecimento detalhado sobre as causas determinantes do hipercrescimento dentário e maloclusão é fundamental para sua prevenção, tratamento e prognóstico, garantindo a melhoria da qualidade de vida de Cavia porcellus, mantidos como animais de estimação

    FAUNA IXODÍDEA DE ANIMAIS SILVESTRES DO ESTADO DO PARANÁ, BRASIL – DADOS PRELIMINARES

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    Os carrapatos são conhecidos por parasitar uma variedade de hospedeiros domésticos e silvestres, incluindo mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Além disso, muitos animais silvestres participam do ciclo epidemiológico de doenças transmitidas por carrapatos. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi identificar as espécies de carrapatos parasitando animais silvestres atendidos no Hospital Veterinário, Universidade Federal do paraná, Curitiba, Brasil. Os carrapatos foram coletados de 28 animais silvestres: uma anta (Tapirus terrestres), um cervídeo (Mazama sp.), um javali (Sus scrofa), dois bugios (Alouatta guariba), duas capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), 9 ouriços-cacheiros (Sphiggurus villosus), quatro tamanduás-mirins (Tamandua tetradactyla), seis gambás (Didelphis spp.), um gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi) e um teiú (Tupinambis sp.). Ao todo, foram coletados 115 carrapatos (65 machos, 33 fêmeas e 17 ninfas): Amblyomma aureolatum (1M, 3F, 2N) em dois bugios, um gambá e um gato-mourisco; Amblyomma calcaratum (8M, 2F) em 4 tamanduás-mirins; Amblyomma dubitatum (6M, 1F, 7N) em duas capivaras e um gambá; Amblyomma fuscum (3F) em um teiú; Amblyomma longirostre (28M, 8F, 4N) e Amblyomma parkeri (4M, 3F, 3N) em nove ouriços-cacheiros; Amblyomma ovale (1F) em um javali; Amblyomma sculptum (6M, 7F) em uma anta e um javali; Haemaphysalis juxtakochi (1N) em um cervídeo e Ixodes loricatus (12M, 5F) em cinco gambás. Estudos são necessários para melhor avaliar o papel dessas espécies na epidemiologia das doenças transmitidas por carrapatos

    CASUÍSTICA DE PRIMATAS DO LABORATÓRIO DE MEDICINA ZOOLÓGICA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DE 2017 A 2020

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    A infraordem Platyrrhini, representada pelos primatas do Novo Mundo, é composta por 18 gêneros em cinco famílias, que ocorrem em ampla distribuição geográfica no Brasil e atuam como indicadores de equilíbrio ecológico. O impacto antrópico em seus habitats afeta suas populações e, enquanto algumas espécies se adaptam às mudanças, outras entram em declínio. Foi realizado um levantamento da casuística de primatas encaminhados pelo Instituto Água e Terra do Paraná (IAT) ao Laboratório de Medicina Zoológica do Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Curitiba, entre os anos de 2017 e 2020. Nesse período houve atendimentos de primatas de outras origens, que foram desconsiderados para o estudo. Foram recebidos 30 primatas de quatro espécies, sendo 14 (36%) saguis-de-tufo-preto (Callithrix penicillata), oito (26%) bugios-ruivos (Alouatta guariba), sete (23%) saguis-de-tufo-branco (Callithrix jacchus), e um (3%) macaco-prego (Sapajus apela). A maioria (56%) era do sexo feminino. Dezessete animais (56%) foram submetidos a procedimentos cirúrgicos, sendo nove ovário-histerectomias (52%), cinco orquiectomias (29%) e três procedimentos odontológicos (17%). Em 12 animais (40%), foi constatado traumatismo, cinco apresentando trauma crânio encefálico. As castrações eram eletivas e foram realizadas apenas em saguis, a pedido do IAT. Os saguis são primatas nativos do nordeste e cerrado brasileiro, e foram introduzidos no sul e sudeste do país, onde ocupam áreas de fragmentos florestais, praças e parques. As espécies introduzidas representam grande ameaça para a diversidade biológica nativa, e a esterilização de animais hígidos é uma estratégia de manejo que tem como objetivo amenizar os impactos causados pela espécie, reduzindo a sua proliferação (SILVA, SILVA e TERRA, 2018). Os dados obtidos refletem a capacidade de expansão da espécie invasora e a necessidade de programas de controle na região. Alguns primatas vêm migrando para os centros urbanos, onde estão mais predispostos a sofrer traumatismos por ataque de animais domésticos, eletrocussão, atropelamentos, ou são vítimas da violência humana devido ao receio equivocado de transmissão de febre amarela. Por estes motivos, a segunda maior causa de atendimentos em primatas foi traumatismo, como o crânio encefálico. Em estudo de Maders (2016) sobre a casuística de primatas recebidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a principal causa de atendimentos em primatas (21,56%) era relacionada a casos de trauma, entretanto não executaram esterilizações em saguis de vida livre. O fato de a maior casuística de primatas encaminhados ao Hospital Veterinário UFPR estar relacionada a procedimentos de controle de natalidade de espécies invasoras e suporte a animais traumatizados, reforça a importância da adoção de medidas de proteção para conservação das espécies de primatas nativas, aliados à conscientização da população

    MICOPLASMAS HEMOTRÓPICOS EM GAMBÁS-DE-ORELHA-BRANCA (DIDELPHIS ALBIVENTRIS) DO MUNICÍPIO DE CURITIBA, PARANÁ – DADOS PRELIMINARES

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    Micoplasmas hemotrópicos (hemoplasmas) são bactérias gram-negativas e pleomórficas que se aderem a superfície dos eritrócitos de mamíferos, incluindo seres humanos. Em gambás, duas espécies de hemoplasmas já foram descritas ‘Candidatus Mycoplasma haemodidelphidis’ em gambás (Didelphis virginiana) da Vírginia (EUA) e ‘Candidatus Mycoplasma haemoalbiventris’ em gambás-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) do Sul e Centro-Oeste do Brasil. Apesar de os hemoplasmas terem o potencial de causar anemia hemolítica nos animais infectados, ainda não está estabelecido o potencial clínico da infecção em gambás do Brasil. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os gambás (Didelphis spp.) do município de Curitiba (Paraná) para hemoplasmas. Para isso, foi realizada a captura de marsupiais de acordo com protocolos de contenção e anestesia específicos, coleta e identificação de carrapatos e coleta de sangue de sete gambás-de-orelha-branca. DNA foi extraído das amostras de sangue e posteriormente triado, utilizando um protocolo de PCR para o gene 16S rRNA de hemoplasmas. Três dos sete (42,85%) gambás estavam infestados por carrapatos adultos das espécies Ixodes loricatus (2 F) e Amblyomma dubitatum (1 F). Todas as amostras foram positivas para o gene endógeno de mamíferos gapdh e negativas para hemoplasma. O estudo envolverá ainda a triagem dos animais e carrapatos por PCR em tempo real

    Seropositivity of Anti-<i>Toxoplasma gondii</i> Antibodies in Owners and Their Dogs Living on Island and Mainland Seashore Areas of Southern Brazil

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    Although toxoplasmosis has been considered among the most neglected zoonoses worldwide, no study has focused on the frequency and associated risk factors of owners and their dogs living on an island and mainland seashore areas. Accordingly, anti-Toxoplasma gondii IgG antibodies were screened by indirect fluorescent antibody test (IFAT) in owners and dogs from three oceanic islands and two nearby mainland harbor areas, with associated risk factors for toxoplasmosis assessed by univariable and multivariable logistic regression models. Overall, anti-T. gondii seropositivity was observed in 59/328 (18.0%) owners and 66/283 (23.3%) dogs, with no statistical difference between owners (p = 0.360) and dogs (p = 0.655) from islands and mainland areas. Consumption of local water springs (p = 0.016; OR = 2.11) was an associated risk factor for T. gondii seropositivity, and owners with the habit of spring water intake were twice more likely seropositive (p = 0.014; OR = 2.14). Presence of anti-T. gondii antibodies in dogs was associated with seropositive owners (p = 0.008; OR = 2.81), household consumption of beef meat (p = 0.042; OR = 1.7) and chicken (p = 0.026; OR = 2.9). Despite being lower than the worldwide prevalence, toxoplasmosis seropositivity in owners and their dogs in southern Brazil was influenced by the positive owner, water source, and meat consumption, and not by inhabiting islands or seashore mainland areas, presence of dogs, cats, or both. In addition, drinking water quality should always be considered a critical risk factor for toxoplasmosis on islands
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