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    INTERCULTURALIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERAL: DESAFIOS, COMPLEXIDADES E POSSIBILIDADES

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    O objetivo deste texto está em resgatar parte das discussões vivenciadas em uma das “Rodas de Conversa” do FICLLA por meio da problematização e da reflexão de interculturalidade e internacionalização, que são definidos por nós a partir do conceito de colonialidade. Informadas pelo grupo latino-americano de colonialidade/modernidade, apresentamos e discutimos o conceito de colonialidade como um conceito e uma perspectiva onto-epistêmica que explica as hierarquias histórico-sociais e as relações desiguais de poder entre os vários elementos que nos constituem: língua, cultura, saberes, raça, gênero, classe social, etc. Ainda, buscamos apontar como a globalização e o capitalismo neoliberal estão imbricados na colonialidade e como este entrelaçamento - entre colonialidade/modernidade e globalização/neoliberalismo - fundamenta a lógica de sistema-mundo da qual somos parte. Fazendo uso de duas situações problematizadoras, discutimos como a internacionalização e a interculturalidade se materializam em práticas de mobilidade e são informadas pela colonialidade na globalização neoliberal. Após os desafios e as complexidades exploradas ao longo do texto, finalizamos este artigo apontando possibilidades éticas necessárias diante da impossibilidade de zerarmos a História e/ou apagarmos a colonialidade

    EDITORIAL

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    O presente número de fluxo contínuo da Revista X, gerado em plena pandemia da COVID-19, é composto por significativo número de artigos e relatos de experiência, abrangendo os Estudos da Linguagem, bem como os Estudos Literários e Culturais. O volume atípico de contribuições recebido para esta edição pode ser interpretado como evidência de que, no ato de isolamento forçado, necessário para evitar o aumento de contaminações pelo vírus que até então assombra o Brasil, as pesquisadoras e pesquisadores de Letras e áreas afins buscaram refúgio no exercício acadêmico. Esperamos, assim, que a coletânea de textos compilada neste número seja novo refúgio para leitoras e leitores enquanto buscamos alternativas para que a vida acadêmica e social sobrevivam no contexto pandêmico

    EDITORIAL

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    Editorial da Edição de Fluxo Contínuo, vol.15, n.03, jan./jul., 2020 - Revista X

    Políticas linguísticas oficiais e oficiosas: da BNCC ao Escola sem Partido

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    Pensar, analisar e debater políticas linguísticas e educacionais, oficiais e oficiosas, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Movimento Escola sem Partido (MESP) nos levam a entender que nosso desafio nesta tarefa não está naquilo que é aparentemente visível em cada uma dessas propostas. Nesse sentido, buscamos destrinchar e problematizar as intenções e os efeitos no mundo das políticas mencionadas, uma vez que elas não são fatos, mas processos em construção social. É na multiplicidade de contextos, práticas, discursos e análises que se encontram as duas entrevistas e os quinze artigos que compõem este dossiê. Cada autor e autora deste volume contribui para este exercício de reflexão no qual o dissenso e o caos não deixam de existir e exigem de nós engajamento, criticidade, ação. Nessa multiplicidade, as/os participantes deste dossiê nos ajudam a ampliar os espectros de discussão e de análise sobre a questão das políticas linguísticas - oficiais ou oficiosas, como macro ou micropolíticas, no texto da legislação ou no chão da escola. As autoras e autores nos presenteiam aqui com suas pesquisas em diferentes cenários, espaços espectros. Temos artigos que se voltam a discussões sobre a questão das línguas (Portuguesa, Inglesa, Espanhola, Francesa, Libras) na BNCC; outros tratam do estatuto das línguas (se estrangeira, adicional, materna, não materna, franca, de fronteira, etc.); e, outros ainda, analisam silenciamentos, resistências, omissões, ausências e/ou apagamentos de línguas, saberes e subjetividades nas políticas que analisam. Há artigos também que buscam pensar a BNCC nos diferentes segmentos educacionais, como a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, o Ensino Médio Integrado, bem como a Educação Profissional e Tecnológica de Nível Médio. Há ainda artigos que discutem a relação entre a BNCC e o MESP e/ou analisam as próprias ações promovidas pelo MESP, nos oportunizando diferentes reflexões sobre os impactos de ambas as políticas na atualidade. Outras temáticas atravessadas pela pesquisa no campo das políticas linguísticas pautam-se em conceitos mais amplos, como ideologia, globalização, neoliberalismo, direitos humanos, etc., e/ou conceitos voltados à educação linguística, como os gêneros discursivos, os letramentos, as práticas de escrita e oralidade na escola. Além disso, o dossiê nos traz a oportunidade de reflexão sobre a importância da formação de professores na área de estudos da linguagem. Esperamos que a leitura dos artigos contribua para a reflexão sobre a relevância da pesquisa e da discussão no campo das políticas linguísticas, que afetam nosso cotidiano, nossas escolas, nossa profissão como professoras/es, nossa vida e existência

    DESAFIOS NO ENSINO DE LÍNGUAS NA CONTEMPORANEIDADE: DA BNCC AO ESCOLA SEM PARTIDO

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    Em sentido aristotélico, somos todas/os seres políticos, porque nossas ações são sempre fruto de escolhas. Definições relativas a línguas, portanto, sejam elas oficiais ou não, constituem políticas linguísticas (RAJAGOPALAN, 2013) e a comunidade acadêmica constitui-se como um importante agente no processo de realização de políticas enquanto textos e práticas (GIMENEZ, 2013). Considerando tal responsabilidade, e entendendo que a crescente polarização política e a intensificação de políticas neoliberais que temos vivenciado no Brasil nos últimos anos produziram condições favoráveis para a publicação de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o fortalecimento do Movimento Escola sem Partido (MESP), em 2019, propusemos um curso de extensão na área de formação de professoras/es de línguas, intitulado: Desafios no ensino de línguas na contemporaneidade: da BNCC ao Escola sem Partido. O objetivo de nosso curso foi aproximar nossas discussões na universidade das discussões nas escolas de Educação Básica, para debater e criar inteligibilidades, à luz da Linguística Aplicada, sobre nossas práticas atravessadas por políticas educacionais e/ou linguísticas - especialmente em relação à BNCC e ao MESP. Neste texto, fruto de nossos diálogos e reflexões antes, durante e após nosso curso de extensão, trazemos, primeiramente, algumas considerações sobre como temos lido questões sociais e políticas que, no nosso entender, servem como contexto para documentos como a BNCC e propostas como o MESP. Em seguida, buscamos apontar similaridades entre essas políticas, relacionando-as com nosso momento presente, na sociedade brasileira e no contexto neoliberal que atravessamos nesta fase da globalização. A nosso ver, a formação de professoras/es precisa atuar mais ativamente no questionamento e na desnaturalização da ordem social que, em nome da neutralidade, reproduz desigualdades e violências de diferentes ordens. Para isso, entretanto, é preciso considerar criticamente e reflexivamente nossa atualidade, o que exige maior proximidade com outras esferas sociais. Desse modo, ao compartilhar reflexões informadas pela Linguística Aplicada e atravessadas por vozes de outras/os professoras/es, esperamos contribuir com esta reflexão, questionamento e problematização necessários para enfrentarmos os desafios que nossa contemporaneidade nos clama a enxergar e atuar

    Trickstering applied linguistics with Pennycook and Makoni

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    It was a cold Curitiba night in mid-October, 2019 when one of the present authors came into a meeting room for professors at our university and found a colleague who seemed to be annoyed for some reason. Soon after they started a conversation, she (the colleague) revealed that what had been bothering her was the fact that she had just found out about a new book entitled Innovations and Challenges in Applied Linguistics from the Global South, which had been written by two scholars from the Global North - Alastair Pennycook and Sinfree Makoni

    "EU SÓ POSSO ME RESPONSABILIZAR PELAS MINHAS LEITURAS, NÃO PELAS TEORIAS QUE EU CITO": entrevista com Lynn Mario Trindade Menezes de Souza (USP)

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    Em 14 de maio de 2019, a Professora Dra. Juliana Zeggio Martinez e o Professor Dr. Eduardo Henrique Diniz de Figueiredo, da Universidade Federal do Paraná, entrevistaram o Professor Dr. Lynn Mario T. Menezes de Souza, da Universidade de São Paulo, homenageado do primeiro FICLLA. Na conversa, que ocorreu via Skype e durou cerca de uma hora, foram retomados assuntos que haviam sido discutidos por Menezes de Souza tanto no FICLLA quanto na reunião anual do Projeto Nacional de Letramentos, em São Paulo. O objetivo da entrevista foi trazer um senso de continuidade aos diálogos propostos por Menezes de Souza para as pessoas que participaram desses eventos, e ao mesmo tempo apresentar esses temas e discussões às pessoas que não tiveram a oportunidade de estar neles

    FAZ SENTIDO UMA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR?

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    Entrevista realizada com a Professora Dr.ª Mônica Ribeiro da Silva.Mônica Ribeiro da Silva realizou pós-doutorado na Faculdade de Educação da UNICAMP, doutorado em Educação: História, Política e Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestrado em Educação: Fundamentos da Educação pela Universidade Federal de São Carlos e graduação em Pedagogia com habilitação em Administração Escolar pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professora na Universidade Federal do Paraná e atua nos cursos de formação de professores e no Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado e Doutorado. Mônica tem interesse no campo de pesquisa em Políticas Educacionais com ênfase para o Ensino Médio e na avaliação de políticas públicas, coordena o Grupo de Pesquisa Observatório do Ensino Médio e atua como vice-líder do Grupo de Pesquisa EMPesquisa - Pesquisas sobre Ensino Médio com sede na Unicamp. Além disso, é integrante do Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.  

    A ANÁLISE DO DISCURSO E QUESTÕES SOBRE A LINGUAGEM

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    Este artigo tem como objetivo verificar em que medida a obra Análise de discurso: princípios e procedimentos (ORLANDI, 2003) contribui para o estudo da AD: a) e as mudanças significativas na formação de professores de linguagem; b) e o estudo dos aspectos interculturais no ensino de língua; c) e o complexo dos sujeitos no texto literário-didático e, d) e suas implicações no conceito de função-autor
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