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    Displasia broncopulmonar

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    Displasia broncopulmonar é uma das principais causas de morbimortalidade no período neonatal, tendo uma incidência de até 71% em recém-nascidos pré-termo extremos. A incidência é variável, dependendo da definição utilizada e dos cuidados adotados aos recém-nascidos nas diferentesunidades de terapia intensiva neonatal. A definição de displasia broncopulmonar (DBP) é a necessidade de oxigênio por até, pelo menos 28 dias de vida em recém-nascidos tratados com ventilação mecânica ou oxigênio, nos primeiros dias de vida, com alterações radiológicas e sintomas de insuficiência respiratória crônica. Ocorre em recém-nascidos pré-termo e é multifatorial , tendo como principais fatores etiológicos, uso de ventilação mecânica e, ou oxigênio, processos inflamatórios ou infecciosos, canal arterial persistente e oferta nutricional inadequada. Procura-se sobretudo, reduzir a incidência de nascimentos derecém-nascidos pré-termo e abordar os vários fatores de risco, para minimizar a lesão pulmonar, e assim diminuir a chance de desenvolver displasia broncopulmonar. É importante ressaltar que o uso de oxigênio para manter oxigenação adequada é essencial na terapia de DBP, pois uma oxigenação inadequada causa dificuldade para crescer, broncoconstricção e hipertensão pulmonar. Além de uma terapia adequada, deseja-se que toda gestante realize um pré-natal adequado para diminuir a incidência de nascimentosprematuros.Bronchopulmonary dysplasia is a syndrome characterized by the oxygen dependence, radiographic abnormalities and chronic respiratory symptomatology persisting for greater than 28 days of life in premature infants who sustained severe respiratory distress necessitating mechanical ventilation.The etiology of bronchopulmonary dysplasia is multifatorial, with the major factors being – premature birth, respiratory distress, oxygen supplementation, mechanical ventilation, inflammation, pulmonary edema, and infection. Just as the pathophysiology of bronchopulmonary dysplasia, its treatment is multifaceted. It should be emphasized that continous oxygen therapy combined with avoidance of infectious hazards and a good nutrition have the strongest rationale for treatment of the infants with bronchopulmonary dysplasia. Oxigen therapy remains the essential element of BPD care. Reducing the incidence of premature birth would reduce the incidence of bronchopulmonary dysplasia. Ensuring thatall pregnant women receive adequate prenatal care would seem to be a commitment whose historical time has come in our efforts to prevent this disturbe.

    Efeitos de corticosteróides em recém-nascidos de muito baixo peso, dependentes de ventilação mecânica

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    Corticosteroids have been used in bronchopulmonary dysplasia prevention because of their antiinflammatory effects. Among their effects is a decrease in the incidence of bronchopulmonary dysplasia. However, short- and long-term side effects have been detected in preterm newborns. PURPOSE: To analyze the effects of corticosteroids on bronchopulmonary dysplasia, length of stay, mortality, growth, as well as the adverse effects in very low birth weight newborns between 10 and 14 days of life and dependent on mechanical ventilation. METHODS: Cohort study. All newborns with a birth weight under 1500 g, mechanical ventilation-dependent between 10 and 14 days of life, during the period January 2000 and June 2001 were included (n = 38). They were divided into 2 groups: Group I with corticosteroids (n = 16) and Group II without corticosteroids (n = 22). Dexamethasone administration: from the 10th day of life, d1 - d3, 0.3 mg/kg/d; d4 - d6, 0.2 mg/kg/d; d7 - d9, 0.1 mg/kg/d. Respiratory evolution, bronchopulmonary dysplasia (oxygen dependence at 28 days of life), growth pattern and the presence of adverse effects were analyzed. RESULTS: The incidence of bronchopulmonary dysplasia was 6.5% (Group I) and 30% (Group II), P = .07. A decrease in growth was detected in Group I compared with Group II (change in weight: Group I - 47 g/week, Group II - 85.5 g/week, P = .06; change in head circumference: Group I - 0.75 cm/week, Group II - 1 cm/week, P = .05). CONCLUSION: Use of corticosteroids in very low birth weight infants dependent on mechanical ventilation during the first 10 to 14 days of life did not affect the respiratory evolution and occurrence of bronchopulmonary dysplasia, but the velocity of growth was reduced.Devido às suas ações anti-inflamatórias, os corticosteróides têm sido utilizados para prevenção de displasia broncopulmonar, sendo descrita, uma redução da incidência desta patologia. No entanto, efeitos adversos a curto e a longo prazo têm sido detectados, em recém-nascidos pré-termo. OBJETIVO: Analisar os efeitos sobre a incidência de displasia broncopulmonar, duração de ventilação mecânica e de internação, mortalidade, crescimento, além dos efeitos adversos dos corticosteróides, administrados entre 10-14 dias de vida, em recém-nascidos de muito baixo peso, dependentes de ventilação mecânica. MÉTODOS: Realizou-se estudo de coorte, incluindo-se todos os recém-nascidos com peso de nascimento < 1500 gramas dependentes de ventilação mecânica, entre 10-14 dias de vida. Foram divididos em: Grupo I - receberam dexametasona (16) e Grupo II - não receberam dexametasona (22). Administrou-se dexametasona, a partir do 10º dia de vida, dias 1 a 3 - 0,3 mg/kg/d, dias 4 a 6 - 0,2 mg/kg/d, dias 7 a 9 - 0,1 mg/kg/d. Analisou-se o desenvolvimento de displasia broncopulmonar (dependência de oxigênio aos 28 dias de vida), efeitos sobre a evolução respiratória e sobre o padrão de crescimento, além da ocorrência de efeitos adversos. RESULTADOS: A incidência de displasia broncopulmonar não diferiu entre os grupos (GI - 62,5%; GII - 22,7%;p = 0,07). Detectou-se desaceleração do crescimento no GI em relação ao GII(D P = 47g/semana, GI e 85,5g/semana, GII; p = 0,06; D PC - 0,75 cm/semana GI e 1cm/semana, no GII; p = 0,05). CONCLUSÃO: O uso de corticosteróides, em recém-nascidos pré-termo, entre 10 - 14 dias de vida não reduziu incidência de displasia broncopulmonar e causou uma desaceleração do crescimento

    Uso de Corticosteróides e evolução de recém-nascidos com displasia broncopulmonar

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    Ventilator-dependent premature infants are often treated with dexamethasone. Several trials showed that steroids while improve pulmonary compliance and facilitate extubation, some treated infants may have adverse effects, such as alterations of growth curves. We conducted this retrospective study to evaluate the effects of steroids on mechanical ventilation, oxygen therapy, hospital length stay and mortality, in ventilator-dependent infants with bronchopulmonary dysplasia (BPD) (defined as the need of oxygen supplementation at 28 days of life). Twenty-six newborns with BPD were evaluated during 9 -- 42 days postpartum (mean = 31 days) and were divided into two groups: Group I - 14 newborns that did not receive dexamethasone, and Group II - 12 newborns that received dexamethasone at 14 --21 days of life. Dexamethasone was given at a dose of 0.25 mg per kilogram of body weight twice daily intravenously for 3 days, after which the dose was tapered. RESULTS: There were no statistically significant differences in the mean length of mechanical ventilation (Group I - 37 days, Group II - 35 days); oxygen supplementation (Group I - 16 days, Group II - 29 days); hospital stay (Group I - 72 days, Group II - 113 days); mortality (Group I - 35.7%, Group II - 41.6%). At birth, Group II was lighter (BW: Group I - 1154 grams ± 302, Group II - 791 grams ± 165; p < 0.05) and smaller (height: Group I - 37.22 cm ± 3.3, Group II - 33.5 ± 2.4; p< 0.05) than Group I. At 40 weeks, there were no statistically significant differences between groups in relation to anthropometric measurements. CONCLUSIONS: The use of corticosteroids in bronchopulmonary dysplasic infants may influence the somatic growth during its use. However, after its suspension, a recovery seems to occur, suggesting that its influence could be transitory.Recém-nascidos (RN) pré-termo dependentes de ventilação mecânica são frequentemente, tratados com corticosteróides. Vários estudos demonstraram que o uso de corticosteróides melhora a complacência pulmonar e facilita a extubação. No entanto, o uso de corticosteróides é associado , também, a alguns efeitos colaterais, como alterações na curva de crescimento dos recém-nascidos. Nós realizamos um estudo retrospectivo, para avaliar os efeitos dos corticosteróides sobre a duração da ventilação mecânica, oxigenoterapia como também sobre o tempo de internação e mortalidade, em recém-nascidos com displasia broncopulmonar dependentes de ventilação mecânica (DBP) (definida como necessidade de suplementação de oxigênio até 28 dias de vida). Foram analisados 26 RN com DBP e divididos em 2 grupos: grupo I -- 14 RN, que não receberam dexametasona e grupo II -- 12 RN que receberam dexametasona a partir de 14 a 21 dias de vida, durante 9 a 42 dias ( média -- 31 dias). Administrou-se dexametasona, endovenosa, em uma dose inicial de 0,25 mg/kg dividida em duas tomadas durante 3 dias, e após diminuiu-se a dose até suspensão. RESULTADOS: Não se observou diferenças significantes em relação à duração da ventilação mecânica (grupo I- 37 dias e grupo II -- 35 dias), suplementação de oxigênio (grupo I -- 16 dias e grupo II -- 29 dias), tempo de permanência no hospital (grupo I -- 72 dias , grupo II -- 113 dias), e mortalidade (grupo I -- 35,7%, grupo II -- 41,6%). O grupo II tinha menor peso de nascimento ( PN- Grupo I -- 1154 gramas ± 302 e grupo II -- 791 gramas ± 165; p< 0,05) e menor comprimento ao nascimento (Comprimento- grupo I- 37,22 ± 3,3 e grupo II -- 33,5 ± 2,4; p < 0,05) em relação ao grupo I. Com 40 semanas, não se observou diferenças significantes entre os grupos com relação às medidas antropométricas. CONCLUSÃO: O uso de corticosteróides em RN com displasia broncopulmonar, pode influenciar o crescimento somático durante o seu uso. No entanto, após sua suspensão parece ocorrer uma recuperação do crescimento, sugerindo que sua influência pode ser transitória

    Respostas pulmonares à restrição nutricional e à hiperoxia em coelhos prematuros Pulmonary responses to nutritional restriction and hyperoxia in premature rabbits

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    OBJETIVOS: Este modelo experimental foi desenvolvido para analisar os efeitos da restrição nutricional e da hiperoxia, durante 11 dias, sobre o peso e a morfometria pulmonares, em coelhos prematuros. MÉTODOS: Após cesárea, coelhos New Zealand White com idade gestacional de 28 dias foram randomizados nos seguintes grupos: dieta controle e ar ambiente, dieta controle e hiperoxia (> 95% O2), restrição nutricional e ar ambiente e restrição nutricional e hiperoxia (>95% O2). A restrição nutricional foi obtida com uma redução em 30% de todos os nutrientes da dieta controle. As lâminas de pulmão foram coradas com hematoxilina-eosina, resorcina-orceína modificada e picrosírius, sendo posteriormente realizada a análise morfométrica RESULTADOS: Observou-se um menor ganho de peso no grupo restrição nutricional e hiperoxia (p < 0,001) a partir do quarto dia e, no grupo restrição nutricional e ar ambiente (p < 0,001), a partir do sexto dia de vida, em relação aos respectivos grupos controles. A restrição nutricional reduziu o número de alvéolos (p < 0,001) e o depósito de colágeno (p < 0,001). A hiperoxia produziu uma redução do número de alvéolos (p < 0,001) e do depósito de colágeno (p < 0,001), além de maiores intercepto linear médio (p < 0,05) e espessamento de septos inter-alveolares (p < 0,001). A restrição nutricional associada à hiperoxia intensificou a redução do número de alvéolos (p < 0,001) e do depósito de colágeno (p < 0,001). CONCLUSÕES: A restrição nutricional intensificou as alterações morfométricas pulmonares produzidas pela hiperoxia, especialmente em relação à alveolização e depósito de colágeno.<br>OBJECTIVES: To analyze the effects of nutritional restriction and hyperoxia on lung weight and pulmonary morphometry in premature rabbits during the first 11 days of life METHODS: New Zealand White rabbits were delivered by C-section at 28 days' gestational age and randomized into four groups: control diet and room air, control diet and hyperoxia (> 95% O2), nutritional restriction and room air and nutritional restriction and hyperoxia (> 95% O2). Nutritional restriction was achieved by reducing all nutrients by 30% in comparison with the control diet. Lung tissue slides were stained with hematoxylin-eosin, modified resorcin-orcein and picrosirius, before morphometric analysis was performed. RESULTS: From the fourth day onwards, less weight was gained by the nutritional restriction and hyperoxia group (p < 0.001) and from the sixth day on, by the nutritional restriction and room air group (p < 0.001), in comparison with their respective control groups. Nutritional restriction decreased alveoli number (p < 0.001) and collagen deposition (p < 0.001). Hyperoxia was responsible for reductions in number of alveoli (p < 0.001) and collagen deposition (p < 0.001), in addition to higher mean linear intercept values (p < 0.05) and thickening of alveolar septa (p < 0.001). When nutritional restriction was associated with hyperoxia, the reductions in number of alveoli (p < 0.001) and of collagen deposition (p < 0.001) intensified. CONCLUSIONS: Nutritional restriction intensified the changes of pulmonary architecture findings caused by hyperoxia, in particular through alterations to alveolarization and collagen deposition

    Effects of corticosteroids in very low birth weight newborns dependent on mechanical ventilation Efeitos de corticosteróides em recém-nascidos de muito baixo peso, dependentes de ventilação mecânica

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    Corticosteroids have been used in bronchopulmonary dysplasia prevention because of their antiinflammatory effects. Among their effects is a decrease in the incidence of bronchopulmonary dysplasia. However, short- and long-term side effects have been detected in preterm newborns. PURPOSE: To analyze the effects of corticosteroids on bronchopulmonary dysplasia, length of stay, mortality, growth, as well as the adverse effects in very low birth weight newborns between 10 and 14 days of life and dependent on mechanical ventilation. METHODS: Cohort study. All newborns with a birth weight under 1500 g, mechanical ventilation-dependent between 10 and 14 days of life, during the period January 2000 and June 2001 were included (n = 38). They were divided into 2 groups: Group I with corticosteroids (n = 16) and Group II without corticosteroids (n = 22). Dexamethasone administration: from the 10th day of life, d1 - d3, 0.3 mg/kg/d; d4 - d6, 0.2 mg/kg/d; d7 - d9, 0.1 mg/kg/d. Respiratory evolution, bronchopulmonary dysplasia (oxygen dependence at 28 days of life), growth pattern and the presence of adverse effects were analyzed. RESULTS: The incidence of bronchopulmonary dysplasia was 6.5% (Group I) and 30% (Group II), P = .07. A decrease in growth was detected in Group I compared with Group II (change in weight: Group I - 47 g/week, Group II - 85.5 g/week, P = .06; change in head circumference: Group I - 0.75 cm/week, Group II - 1 cm/week, P = .05). CONCLUSION: Use of corticosteroids in very low birth weight infants dependent on mechanical ventilation during the first 10 to 14 days of life did not affect the respiratory evolution and occurrence of bronchopulmonary dysplasia, but the velocity of growth was reduced.<br>Devido às suas ações anti-inflamatórias, os corticosteróides têm sido utilizados para prevenção de displasia broncopulmonar, sendo descrita, uma redução da incidência desta patologia. No entanto, efeitos adversos a curto e a longo prazo têm sido detectados, em recém-nascidos pré-termo. OBJETIVO: Analisar os efeitos sobre a incidência de displasia broncopulmonar, duração de ventilação mecânica e de internação, mortalidade, crescimento, além dos efeitos adversos dos corticosteróides, administrados entre 10-14 dias de vida, em recém-nascidos de muito baixo peso, dependentes de ventilação mecânica. MÉTODOS: Realizou-se estudo de coorte, incluindo-se todos os recém-nascidos com peso de nascimento < 1500 gramas dependentes de ventilação mecânica, entre 10-14 dias de vida. Foram divididos em: Grupo I - receberam dexametasona (16) e Grupo II - não receberam dexametasona (22). Administrou-se dexametasona, a partir do 10º dia de vida, dias 1 a 3 - 0,3 mg/kg/d, dias 4 a 6 - 0,2 mg/kg/d, dias 7 a 9 - 0,1 mg/kg/d. Analisou-se o desenvolvimento de displasia broncopulmonar (dependência de oxigênio aos 28 dias de vida), efeitos sobre a evolução respiratória e sobre o padrão de crescimento, além da ocorrência de efeitos adversos. RESULTADOS: A incidência de displasia broncopulmonar não diferiu entre os grupos (GI - 62,5%; GII - 22,7%;p = 0,07). Detectou-se desaceleração do crescimento no GI em relação ao GII(D P = 47g/semana, GI e 85,5g/semana, GII; p = 0,06; D PC - 0,75 cm/semana GI e 1cm/semana, no GII; p = 0,05). CONCLUSÃO: O uso de corticosteróides, em recém-nascidos pré-termo, entre 10 - 14 dias de vida não reduziu incidência de displasia broncopulmonar e causou uma desaceleração do crescimento

    Geoeconomic variations in epidemiology, ventilation management, and outcomes in invasively ventilated intensive care unit patients without acute respiratory distress syndrome: a pooled analysis of four observational studies

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    Background: Geoeconomic variations in epidemiology, the practice of ventilation, and outcome in invasively ventilated intensive care unit (ICU) patients without acute respiratory distress syndrome (ARDS) remain unexplored. In this analysis we aim to address these gaps using individual patient data of four large observational studies. Methods: In this pooled analysis we harmonised individual patient data from the ERICC, LUNG SAFE, PRoVENT, and PRoVENT-iMiC prospective observational studies, which were conducted from June, 2011, to December, 2018, in 534 ICUs in 54 countries. We used the 2016 World Bank classification to define two geoeconomic regions: middle-income countries (MICs) and high-income countries (HICs). ARDS was defined according to the Berlin criteria. Descriptive statistics were used to compare patients in MICs versus HICs. The primary outcome was the use of low tidal volume ventilation (LTVV) for the first 3 days of mechanical ventilation. Secondary outcomes were key ventilation parameters (tidal volume size, positive end-expiratory pressure, fraction of inspired oxygen, peak pressure, plateau pressure, driving pressure, and respiratory rate), patient characteristics, the risk for and actual development of acute respiratory distress syndrome after the first day of ventilation, duration of ventilation, ICU length of stay, and ICU mortality. Findings: Of the 7608 patients included in the original studies, this analysis included 3852 patients without ARDS, of whom 2345 were from MICs and 1507 were from HICs. Patients in MICs were younger, shorter and with a slightly lower body-mass index, more often had diabetes and active cancer, but less often chronic obstructive pulmonary disease and heart failure than patients from HICs. Sequential organ failure assessment scores were similar in MICs and HICs. Use of LTVV in MICs and HICs was comparable (42·4% vs 44·2%; absolute difference -1·69 [-9·58 to 6·11] p=0·67; data available in 3174 [82%] of 3852 patients). The median applied positive end expiratory pressure was lower in MICs than in HICs (5 [IQR 5-8] vs 6 [5-8] cm H2O; p=0·0011). ICU mortality was higher in MICs than in HICs (30·5% vs 19·9%; p=0·0004; adjusted effect 16·41% [95% CI 9·52-23·52]; p&lt;0·0001) and was inversely associated with gross domestic product (adjusted odds ratio for a US$10 000 increase per capita 0·80 [95% CI 0·75-0·86]; p&lt;0·0001). Interpretation: Despite similar disease severity and ventilation management, ICU mortality in patients without ARDS is higher in MICs than in HICs, with a strong association with country-level economic status
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