3 research outputs found
Dwellings, jabuticabas, and affections — trajectories with Sylvia Caiuby Novaes
Sylvia Caiuby Novaes é professora do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP) e dedica-se há cerca de 50 anos à pesquisa e ao ensino em antropologia. Entre outras realizações, ela é uma das pioneiras da antropologia visual no Brasil, é fundadora do Laboratório de Imagem e Som da Antropologia (LISA) e editora responsável pela revista Gesto, Imagem e Som. Revista de Antropologia (GIS). Nesta entrevista, realizada por mais de 30 orientandos de diferentes gerações, Sylvia fala sobre sua trajetória, projetos, visão de mundo, suas diversas viagens, o fascínio pelas pesquisas de campo e a universidade. Ao contar sobre sua trajetória acadêmica e pessoal, Sylvia traz reflexões sobre sua relação com a fotografia e a produção de imagens. Sylvia Caiuby Novaes is a Professor in the Department of Anthropology at the University of São Paulo (USP) and has been dedicated to research and teaching in anthropology for nearly 50 years. Among other accomplishments, she is one of the pioneers of visual anthropology in Brazil, is the founder of the Laboratory of Image and Sound of Anthropology (LISA) and the editor in charge of the Gesture, Image and Sound. Journal of Anthropology (GIS). In this interview, conducted by more than 30 advisees from different generations, Sylvia talks about her trajectory, projects, worldview, her various travels, her fascination with field research and the university. When telling about her academic and personal trajectory, Sylvia reflects on her relationship with photography and the production of images
Memory, violence and territory: from zapiway to cacique and the establishment of Cinta Larga people
João Bravo não nasceu nem João, nem Bravo, nem Cinta Larga. Quando o cacique nasceu, muito antes do contato oficial com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), a vida nas aldeias era muito diferente do que é hoje. Partindo das memórias do cacique e de outras lideranças indígenas, a pesquisa discute as possibilidades do trabalho com memória, biografia e trajetórias de vida na antropologia e a importância de se ampliar o alcance das narrativas e interpretações nativas no contexto das forças assimétricas de representação sobre o passado e o presente. Nos últimos quinze anos, o povo Cinta Larga têm aparecido nos noticiários nacionais e internacionais por consequência dos conflitos violentos relacionados à invasão garimpeira e à exploração de diamantes dentro do território indígena, tendo o registro das memórias e do passado em seus próprios termos se tornado uma demanda prioritária das lideranças indígenas ao reconhecerem a importância política dessas representações. A pesquisa aborda também as potencialidades e limites das metodologias de uso da câmera de filmagem e do vídeo participativo em campo, assim como do conceito de etnobiografia desenvolvido pelo cineasta Jorge Prelorán.João Bravo was born neither João nor Bravo nor Cinta Larga. When the cacique was born, long before official contact with FUNAI (National Indian Foundation), life in the villages was very different from what it is today. Based on the memories of the cacique and other indigenous leaders, this work discusses the possibilities of working with memory, biography and life trajectories in anthropology and the importance of extending the scope of native narratives and interpretations in the context of asymmetrical forces in the representations of the past and the present. In the last fifteen years the Cinta Larga people have appeared in national and international news as a consequence of the violent conflicts related to the invasion of the miners and the exploitation of diamonds within the indigenous territory. The record of the memories in its own terms has became then an Indigenous leaders demand as they recognize the political importance of these representations. The research also addresses the potencials and limits of camera use and participatory video methodologies in the field, as well as the concept of ethnobiography developed by filmmaker Jorge Prelorán
Memory, violence and territory: from zapiway to cacique and the establishment of Cinta Larga people
João Bravo não nasceu nem João, nem Bravo, nem Cinta Larga. Quando o cacique nasceu, muito antes do contato oficial com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), a vida nas aldeias era muito diferente do que é hoje. Partindo das memórias do cacique e de outras lideranças indígenas, a pesquisa discute as possibilidades do trabalho com memória, biografia e trajetórias de vida na antropologia e a importância de se ampliar o alcance das narrativas e interpretações nativas no contexto das forças assimétricas de representação sobre o passado e o presente. Nos últimos quinze anos, o povo Cinta Larga têm aparecido nos noticiários nacionais e internacionais por consequência dos conflitos violentos relacionados à invasão garimpeira e à exploração de diamantes dentro do território indígena, tendo o registro das memórias e do passado em seus próprios termos se tornado uma demanda prioritária das lideranças indígenas ao reconhecerem a importância política dessas representações. A pesquisa aborda também as potencialidades e limites das metodologias de uso da câmera de filmagem e do vídeo participativo em campo, assim como do conceito de etnobiografia desenvolvido pelo cineasta Jorge Prelorán.João Bravo was born neither João nor Bravo nor Cinta Larga. When the cacique was born, long before official contact with FUNAI (National Indian Foundation), life in the villages was very different from what it is today. Based on the memories of the cacique and other indigenous leaders, this work discusses the possibilities of working with memory, biography and life trajectories in anthropology and the importance of extending the scope of native narratives and interpretations in the context of asymmetrical forces in the representations of the past and the present. In the last fifteen years the Cinta Larga people have appeared in national and international news as a consequence of the violent conflicts related to the invasion of the miners and the exploitation of diamonds within the indigenous territory. The record of the memories in its own terms has became then an Indigenous leaders demand as they recognize the political importance of these representations. The research also addresses the potencials and limits of camera use and participatory video methodologies in the field, as well as the concept of ethnobiography developed by filmmaker Jorge Prelorán