2 research outputs found

    Aspectos epidemiológicos e clínicos da violência contra a mulher no município de Uberlândia, MG

    Get PDF
    One of the greatest problems that humanity faces today is the violence phenomenom, is in most people s lives and, together with the accidents, represents one of the main injuries to health resulting from outside causes. This study shows epidemiological and clinical aspects of violence, using the medical handbooks data from the Hospital de Clínicas de Uberlândia (HCU); from the expertise reports of bodily harm and of autopsies of Posto Médico Legal (PML) and service reports of the Organização-não Governamental SOS Mulher Ação Família (ONG SOS Mulher). It prevailed physical agressions in the HCU medical supports (98.2%) and PML (96%), and psycological violence (36.2%) in the ONG SOS Mulher. The services were more frequent during the weekend, as much as those performed in HCU (36%) as the services in PML (38%), and in the ONG SOS Mulher, mainly on Mondays (24.3%). In the HCU and the PML, the medical supports were common in the period between 6pm until 12am (36.5% and 42.3%, respectively). The victims were 18 to 39 years of age (77.5% and 76.2%, respectively HCU and PML); those with services in HCU (49.4%) and PML (34,9%) declared themselves mainly singles, and in the ONG SOS Mulher, joined together (50.3%), more than half (50,9%) hasn´t finished elementary school; their professions/occupations were mainly housewives (40.2%) of those with services in the PML, and domestics (30.5%) in the ONG SOS Mulher and these lived in their own property (55.2%). Among the aggressors, 87.8% were between 20 and 49 years of age, 57.7% haven t concluded elementary and junior high; most had little professional qualification, were joined together/ex-joined together (50.2%) of the victims attended in the ONG SOS Mulher and husbands/ex-husbands those with services in HCU (51.5%) and of those with services in the PML (30.4%). According to the reports from the women taken care in the ONG SOS Mulher, 86.3% of the aggressors were stylists, 20.7% drug addicts and 10.3% practised games of chance. According to victims, the main reason to continue living with the aggressor after the suffered violence was the hope that the conjugal relationship would improve (33.8%). The victims taken care of in the HCU and the PML, presented mainly wounds (62.3% and 74.8%, respectively), that they had reached especially, head/neck (39.1%) according to given data of the HCU, and upper limbs (35.1%) as the findings of the PML. The deaths mainly had resulted from the use of cold steel weapons (36.4% and 44.0%, respectively HCU and PML) and firearms (36.4% and 20.0%, respectively HCU and PML). One concludes that the violence against women is frequent and a health problem; the medical supports occur mainly weekends and the nocturnal period. The victims are young, with little scholarity and little professional qualification and habits in their own property. The profile of the aggressors resemble to the one of the victims, generally, being their own companions, the addictions and the jealousy are the main reasons for the aggressions that occur mainly inside their homes, and the hope that the conjugal relationship improves, makes the victims remain in the violent relationship. The injuries deriving from the aggressions are wounds, especially in the head/neck and the upper limbs. The deaths are not rare. They occur mainly by the use of cold steel arms and firearms.Mestre em Ciências da SaúdeUm dos graves problemas que atinge a humanidade é o fenômeno da violência, presente na vida da maioria das pessoas e, juntamente com os acidentes, representa um dos principais agravos à saúde decorrente de causas externas. Este estudo apresenta aspectos epidemiológicos e clínicos da violência, utilizando dados dos prontuários médicos do Hospital de Clínicas de Uberlândia (HCU); dos laudos de perícia de lesões corporais e de necropsias do Posto Médico Legal (PML) e fichas de atendimento da Organização Não-Governamental SOS Ação Mulher Família (ONG SOS Mulher). Predominaram agressões físicas nos atendimentos do HCU (98,2%) e do PML (96%) e violência psicológica (36,2%) na ONG SOS Mulher. Os atendimentos foram mais freqüentes nos finais de semana, tanto naqueles realizados no HCU (36%) quanto no PML (38%) e, na ONG SOS Mulher, principalmente nas segundas-feiras (24,3%). No HCU e no PML os atendimentos foram comuns no período das 18 às 24 horas (36,5% e 42,3%, respectivamente). As vítimas tinham principalmente de 18 a 39 anos (77,5% e 76,2%, respectivamente HCU e PML); aquelas atendidas no HCU (49,4%) e PML (34,9%) se declararam principalmente solteiras, e na ONG SOS Mulher, amasiadas (50,3%); mais da metade (50,9%) não finalizaram o ensino fundamental; suas profissões/ocupações eram principalmente do lar (40,2%) naquelas atendidas no PML e, domésticas (30,5%) na ONG SOS Mulher e essas residiam em imóvel próprio (55,2%). Entre os agressores, 87,8% tinham de 20 a 49 anos; 57,7% não tinham concluído o primeiro grau; a maioria tinha pouca qualificação profissional, eram amásio/ex-amásio (50,2%) das vítimas atendidas na ONG SOS Mulher e marido/ex-marido daquelas atendidas no HCU (51,5%) e no PML (30,4%,). Segundo relato das mulheres atendidas na ONG SOS Mulher, 86,3% dos agressores eram etilistas, 20,7% toxicômanos e 10,3% praticavam jogos de azar. Segundo as vítimas, o principal motivo de continuarem convivendo com o agressor após a violência sofrida era a esperança de que o relacionamento conjugal melhorasse (33,8%). As vítimas atendidas no HCU e no PML, apresentavam principalmente feridas contusas (62,3% e 74,8%, respectivamente), que atingiram especialmente, cabeça/pescoço (39,1%) segundo os dados do HCU, e os membros superiores (35,1%) conforme os laudos do PML. Os óbitos resultaram principalmente do uso de armas branca (36,4% e 44,0%, respectivamente HCU e PML) e de fogo (36,4% e 20,0%, respectivamente HCU e PML). Conclui-se que a violência contra a mulher é freqüente e um problema de saúde; os atendimentos ocorrem principalmente nos finais de semana e no período noturno. As vítimas são jovens, com pouca escolaridade e pouca qualificação profissional, residem em imóvel próprio. O perfil dos agressores se assemelha ao das vítimas, geralmente, são os próprios companheiros, os vícios e o ciúme são os principais motivos para as agressões que ocorrem principalmente dentro do próprio lar, e a esperança de que o relacionamento conjugal melhore, faz com que as vítimas permaneçam na relação violenta. As lesões decorrentes das agressões são feridas contusas, especialmente na cabeça/pescoço e nos membros superiores. As mortes não são raras, ocorrem principalmente pelo uso de armas branca e de fogo

    Caracterização dos casos de violência contra a mulher atendidos em três serviços na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil Violence against women: analysis of cases treated at three services in the city of Uberlândia, Minas Gerais State, Brazil

    No full text
    Este estudo apresenta aspectos epidemiológicos e clínicos da violência contra a mulher, utilizando três fontes de dados: prontuários médicos do Hospital de Clínicas de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, (HCU); fichas de atendimento da ONG SOS Ação Mulher Família (ONG SOS Mulher); laudos de perícia de lesões corporais e de necropsias do Posto Médico Legal (PML). No HCU e no PML, os atendimentos foram decorrentes principalmente por agressão física, não havendo alusão à violência psicológica nos prontuários médicos e nos laudos, revelando que em serviços de atenção primária à saúde esta violência é evidenciada somente em pesquisas pós-entrevistas com as vítimas. Na ONG SOS Mulher foram observadas principalmente as violências psicológica e física. Nas três fontes pesquisadas houve baixa ocorrência da violência sexual, corroborando dados da literatura que retrata a invisibilidade desta questão, principalmente da violência sexual conjugal sofrida pelas mulheres que buscam ajuda nesses serviços. Os dados da presente pesquisa permitem concluir que os tipos de violência contra a mulher nesses três diferentes serviços públicos de saúde e social, em Uberlândia, diferenciam-se conforme as características específicas dos serviços oferecidos nessas instituições.<br>This study analyzes epidemiological and clinical aspects of violence against women, using three data sources: medical records at the University Hospital in Uberlândia, Minas Gerais State, Brazil; treatment forms from the nongovernmental organization SOS Action for Women and Families; forensic reports on bodily injuries and autopsies from the Medical Examiner's Office. At the University Hospital and Medical Examiner's Office, the records related mainly to physical aggression, with no reference to psychological abuse in the medical charts or forensic reports, revealing that in primary health care services, such violence is only identified through post-aggression interviews with victims. Records at the nongovernmental organization referred mainly to psychological and physical abuse. The three sources showed little reference to sexual violence, corroborating data from the literature on this issue's invisibility, especially conjugal sexual violence suffered by women that seek treatment at these services. According to the current study's findings, the types of violence against women recorded at these three public health and social services differ according to the specific characteristics of the services they provide
    corecore