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Deficiência de ferro na criança
Estima-se que dois bilhões de indivíduos sejam anêmicos e que a deficiência de ferro ocorra em cerca de quatro bilhões de indivíduos, afetando a população de países desenvolvidos e, com mais intensidade, a dos países em desenvolvimento. No Brasil, estudos apontam elevada prevalência de anemia ferropriva em crianças dependendo da região e da faixa etária. A velocidade de crescimento aumentada, determinando maior necessidade de ferro, aliada a dieta inadequada em ferro e ao desmame precoce, contribuem para a elevada prevalência de anemia, principalmente nos dois primeiros anos de vida. Outros fatores de risco são apontados, como a prematuridade, o baixo peso ao nascer, a ligadura precoce do cordão umbilical e o abandono do aleitamento materno exclusivo. O impacto da deficiência de ferro no crescimento permanece controverso, uma vez que inúmeras outras variáveis poderiam contribuir para melhora ou piora do estado nutricional. Alterações no desenvolvimento psicomotor e neurocognitivo, nos lactentes deficientes com ferro, têm sido relatadas em diversos estudos, sendo controversa a recuperação após o tratamento. Há trabalhos que demonstram queda no rendimento intelectual e nas aquisições cognitivas também no período escolar e adolescência, com reversão após a terapia marcial. Entre as medidas preventivas, a educação nutricional é a forma ideal; entretanto, frente à elevada prevalência, outras formas de prevenção devem ser também utilizadas, como a suplementação com ferro e a fortificação de alimentos com ferro
Deficiência de ferro na criança Iron deficiency in infants and children
Estima-se que dois bilhões de indivíduos sejam anêmicos e que a deficiência de ferro ocorra em cerca de quatro bilhões de indivíduos, afetando a população de países desenvolvidos e, com mais intensidade, a dos países em desenvolvimento. No Brasil, estudos apontam elevada prevalência de anemia ferropriva em crianças dependendo da região e da faixa etária. A velocidade de crescimento aumentada, determinando maior necessidade de ferro, aliada a dieta inadequada em ferro e ao desmame precoce, contribuem para a elevada prevalência de anemia, principalmente nos dois primeiros anos de vida. Outros fatores de risco são apontados, como a prematuridade, o baixo peso ao nascer, a ligadura precoce do cordão umbilical e o abandono do aleitamento materno exclusivo. O impacto da deficiência de ferro no crescimento permanece controverso, uma vez que inúmeras outras variáveis poderiam contribuir para melhora ou piora do estado nutricional. Alterações no desenvolvimento psicomotor e neurocognitivo, nos lactentes deficientes com ferro, têm sido relatadas em diversos estudos, sendo controversa a recuperação após o tratamento. Há trabalhos que demonstram queda no rendimento intelectual e nas aquisições cognitivas também no período escolar e adolescência, com reversão após a terapia marcial. Entre as medidas preventivas, a educação nutricional é a forma ideal; entretanto, frente à elevada prevalência, outras formas de prevenção devem ser também utilizadas, como a suplementação com ferro e a fortificação de alimentos com ferro.<br>Iron deficiency anemia afflicts an estimated two billion people and iron deficiency approximately 4 billion people in developed countries and is even more common in developing countries. In Brazil, depending on the region and age, studies point to high prevalences of iron-deficiency anemia in children. The high growth speed, which requires a greater amount of iron, connected with an inadequate iron diet and early weaning contribute to the high prevalence, mainly within the first 2 years of life. Other risk factors, such as prematurity, low birth weight, early umbilical cord clamping and weaning from exclusive breastfeeding may contribute. The impact of iron deficiency on growth is controversial as several other variables contribute to improve or worsen the nutritional status. Alterations in the psychomotor and neural-cognitive development of infants with iron deficiency have been reported in various studies with the catch-up growth rate after treatment being controversial. Additionally, some studies have demonstrated a decrease in the intellectual development and cognitive acquisition in school age children and adolescents that is reverted after iron therapy. The best preventive measure is nutritional education, however due to the high prevalence of iron deficiency anemia, other measures should also be used as iron supplementation and food fortification with iron
O conhecimento das adolescentes sobre questões relacionadas ao sexo Adolescent females' knowledge about pregnancy prevention methods and sexually transmitted diseases
OBJETIVO: Avaliar o conhecimento sobre sexualidade, métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis (DST) entre adolescentes do sexo feminino, das zonas rural e urbana, de uma escola pública. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com 506 meninas, com idades entre 10 e 16 anos, da Escola Dr. Roberto Feijó, em Guararema, SP. Utilizou-se questionário semi-estruturado, contendo perguntas gerais sobre sexualidade e métodos de prevenção de gravidez e DST. O teste do Qui-quadrado foi usado para verificar a associação entre as variáveis. RESULTADOS: A média de idade da população adolescente da escola proveniente da área rural foi 13 anos e 11 meses e da área urbana foi 13 anos e 7 meses, não havendo diferença estatística entre as médias. Trinta e um por cento eram provenientes da zona rural e 69% da urbana. As jovens da zona rural buscaram mais informações sobre a sexualidade (81,2%), comparadas com as da zona urbana (72,2 %) (p<0,0568), e a principal fonte de informação foram os pais nas duas regiões. A camisinha foi o método contraceptivo mais conhecido pelas adolescentes em ambas as áreas, 44% a conheciam na zona rural e 45% na urbana (p=0,0022). A Aids é a DST mais conhecida nos dois grupos; 43% das jovens da zona rural e 39% da zona urbana referiram conhecer a doença (p=0,7843). CONCLUSÃO: A maioria das adolescentes buscou informações sobre sexualidade, mas os conhecimentos sobre doenças sexualmente transmissíveis e contracepção são inadequados.<br>OBJECTIVE: To evaluate knowledge about sexuality, contraceptive methods and sexually transmitted diseases (STD) by female adolescents from both rural and urban zone attending public school. METHODS: A cross sectional study was made with 506 teenagers, 10 to 16 years old, attending Dr. Roberto Feijó Public School in Guararema, São Paulo. A semi-structured questionnaire with general questions about sexuality, contraceptive methods and STD was administered. The Chi-square test was used to verify the association between variables. RESULTS: Mean age of the girls from the rural zone was13 years and 11 months and from the urban zone age was 13 years and 7 months, with no statistical difference. Of all the girls, 31% came from the rural and 69% from the urban zone. Adolescents from the rural zone looked for more information about sexuality (81.2%) when compared to those from the urban zone (72.2 %) (p<0.0568). Parents were the main source of information for both zones. The condom was the most familiar method in the rural (44%) and the urban (45%) zones (p=0.0022). AIDS was the best known STD by girls from the rural (43%) and urban (39%) zones (p=0.7843). CONCLUSION: Most of the surveyed female adolescents sought information about sexuality, however their knowledge about STD and contraceptive methods was inadequate
Fatigue in children with juvenile idiopathic arthritis: reliability of the Pediatric Quality of Life Inventory-Multidimensional Fatigue Scale
The aim of the study was (1) to translate the Pediatric Quality of Life Inventory-Multidimensional Fatigue Scale (PedsQL-Fatigue) into Brazilian Portuguese language and culture and evaluate its reliability and (2) to measure fatigue among patients with juvenile idiopathic arthritis (JIA): (1) Translation of the PedsQL-Fatigue by two bilingual researchers; (2) Backtranslation into English assessed by the authors of the original version; (3) Pilot study with five patients followed in the Pediatric Rheumatology Outpatient Clinic and their parents; and (4) Field study and assessment of measurement properties (internal consistency, reproducibility, and construct validity). in this stage, the scale was administered to 67 patients with JIA and 63 healthy individuals, aged from 2 to 18 years old, matched by age (from 2 to 4, 5 to 7, 8 to 12, and from 13 to 18 years old). Cronbach's alpha coefficient ranged from 0.6 to 0.8 for children and parents, indicating the instrument's good internal consistency. the scale's construct validity was confirmed by a satisfactory Spearman's coefficient between the PedsQL-Fatigue and the generic PedsQL 4.0 (0.840 for the children and 0.742 for the parents). Reproducibility was also adequate (0.764 for the children and 0.938 for the parents). No differences were found between the scores obtained by the JIA group and control group, though lower scores were observed among patients with clinically active JIA when compared to those without clinical activity. the PedsQL-Fatigue is a valid and reliable tool, and that can be used to measure fatigue among patients with JIA.Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista Med, Dept Pediat, Pediat Rheumatol Unit, São Paulo, BrazilUniv Sorocaba, São Paulo, BrazilUniversidade Federal de São Paulo, Escola Paulista Med, Dept Pediat, Adolescent Unit, São Paulo, BrazilUniversidade Federal de São Paulo, Escola Paulista Med, Dept Pediat, Pediat Rheumatol Unit, São Paulo, BrazilUniversidade Federal de São Paulo, Escola Paulista Med, Dept Pediat, Adolescent Unit, São Paulo, BrazilWeb of Scienc