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Adequação calórico-proteica de pacientes com COVID-19 em terapia nutricional no estado de Pernambuco: Protein-calorie adequacy of patients with COVID-19 in nutritional therapy in the state of Pernambuco
O novo coronavírus humano, o SARS-CoV-2, causador da COVID-19, provocou uma pandemia mundial, gerando grande número de infectados e mortes. A terapia nutricional (TN) é parte fundamental da atenção integral à saúde do paciente com COVID-19, sendo instituída após avaliação nutricional, ofertando calorias e proteínas nas quantidades adequadas, refletindo no estado nutricional do paciente. A recomendação calórico-proteica na terapia nutricional do paciente com COVID-19 deve seguir as recomendações vigentes. O estudo em questão teve objetivo de avaliar a adequação de calorias e proteínas, comparando com o tipo de internamento e desfecho clínico de pacientes com COVID-19 submetidos a terapia nutricional no estado de Pernambuco. O estudo foi feito a partir de dados secundários, sendo analisado dados sociodemográficos, sobre comorbidades, tipo de internamento, desfecho clínico e informações relacionadas a prescrição dietética. Os cálculos de adequação calórico-proteica foram realizados a partir dos dados de prescrição dietética, comparando-os com as recomendações vigentes. A amostra foi composta por 82 pacientes com média de idade de 58,69+15,76 anos, sendo 49,4% idosos e 51,2% do sexo masculino. As comorbidades mais frequentes no grupo estudado foram hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares respectivamente. Em relação ao tipo de internamento, 54,9% dos pacientes da amostra estavam em internamento clínico, 17,1% em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 28% não apresentavam dados disponíveis/registrados no banco de dados. Foi demonstrado que a mediana de consumo de calorias foi 1734,00 calorias/dia (Intervalo interquartílico (IQ) 1428,00- 1997,75) e a de proteínas 110,00 gramas/dia (IQ 100,00-138,25). A mediana de adequação do consumo calórico foi de 100% (IQ 99,37- 116,00) e a de consumo proteico 87% (IQ 77-100). Pacientes em internamento clínico tiveram maiores medianas de consumo de calorias (p=0,003), maiores medianas de adequação de calorias (p=0,036) e proteínas (p=0,003) em relação aos pacientes de UTI. Os pacientes que tiveram alta/transferência apresentaram maiores medianas de consumo de proteínas (p=0,09) e adequação calórico (p=0,001) proteica (p=0,014), quando comparado aos pacientes que foram a óbito. O presente estudo revelou que pacientes com oferta calórico-proteica inadequada apresentaram pior desfecho clínico e internamento em UTI, portanto o suporte nutricional deve ser considerado como terapia adjuvante no tratamento do paciente com COVID-19, pois apresenta impactos positivos no estado clínico e consequentemente, no tipo de internamento, bem como pode influenciar o desfecho clínico desses pacientes. Assim, atingir as metas nutricionais durante a internação deve ser uma das prioridades no tratamento do paciente com COVID-19
Cadernos de Saúde Pública
Com o objetivo de caracterizar o perfil epidemiológico da tuberculose (incidência e mortalidade) no Município de Salvador, Bahia, Brasil, na década de 1990, foram analisadas as características demográficas, clínicas e laboratoriais dos casos e óbitos por esta doença ocorridos no período. Foram calculadas as taxas médias anuais de mortalidade e da incidência por sexo, faixa etária e formas clínicas da doença com base nas informações dos bancos de dados do Sistema de Informações de Tuberculose da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. Analisou-se a distribuição espacial da tuberculose segundo distritos sanitários. Ficou evidente o predomínio dos casos e óbitos no sexo masculino e na faixa etária de 15 a 39 anos. A forma pulmonar apresentou uma maior taxa de incidência e de mortalidade. Sobre a hipótese de que, a co-infecção AIDS/tuberculose possa contribuir para manter elevadas taxas de mortalidade, os dados existentes não corroboram para esta associação. A maior ocorrência de tuberculose em determinados distritos sanitários pode estar associada à densidade populacional e às condições desfavoráveis de vida.Rio de Janeir
Tuberculose na cidade de Salvador, Bahia, Brasil: o perfil na década de 1990 Tuberculosis in Salvador, Bahia, Brazil, in the 1990s
Com o objetivo de caracterizar o perfil epidemiológico da tuberculose (incidência e mortalidade) no Município de Salvador, Bahia, Brasil, na década de 1990, foram analisadas as características demográficas, clínicas e laboratoriais dos casos e óbitos por esta doença ocorridos no período. Foram calculadas as taxas médias anuais de mortalidade e da incidência por sexo, faixa etária e formas clínicas da doença com base nas informações dos bancos de dados do Sistema de Informações de Tuberculose da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. Analisou-se a distribuição espacial da tuberculose segundo distritos sanitários. Ficou evidente o predomínio dos casos e óbitos no sexo masculino e na faixa etária de 15 a 39 anos. A forma pulmonar apresentou uma maior taxa de incidência e de mortalidade. Sobre a hipótese de que, a co-infecção AIDS/tuberculose possa contribuir para manter elevadas taxas de mortalidade, os dados existentes não corroboram para esta associação. A maior ocorrência de tuberculose em determinados distritos sanitários pode estar associada à densidade populacional e às condições desfavoráveis de vida.<br>The characteristics of tuberculosis (TB) cases and deaths were analyzed in order to characterize the epidemiological profile of TB (incidence and mortality) in Salvador, Bahia, Brazil, in the 1990s. Annual incidence and mortality rates were calculated by gender, age bracket, and clinical forms of the disease using databases from the Tuberculosis Information System of the Bahia State Health Secretariat and the Mortality Information System of the Brazilian Ministry of Health. TB spatial distribution was analyzed according to health district. Cases and deaths were predominantly in males in the 15 to 39 year group. The pulmonary form showed the highest incidence and mortality. The existing data did not corroborate the hypothesis that AIDS/TB co-infection might contribute to maintaining the high mortality rates. The greater occurrence of tuberculosis in certain health districts may be associated with population density and unfavorable living conditions