409 research outputs found

    Management of preterm labor

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    O objetivo principal para o uso de uterolíticos no trabalho de parto prematuro é prolongar suficientemente a gestação para a administração materna de glicocorticoides e/ou realizar a transferência materna para um centro hospitalar terciário. As decisões sobre o uso e a escolha de uterolítico requerem o diagnóstico correto do trabalho de parto prematuro, o conhecimento da idade gestacional, das condições médicas materno-fetais, da eficácia, dos efeitos colaterais e do custo do medicamento. Todos os uterolíticos possuem efeitos colaterais e alguns deles são potencialmente letais. Os estudos sugerem que os agonistas de receptores beta-adrenérgicos, os bloqueadores de cálcio e os antagonistas de receptor de ocitocina são eficazes para prolongar a gestação por pelo menos 48 horas. Dos três agentes, o atosiban (antagonista de receptor de ocitocina) possui maior segurança, embora o custo seja elevado. O sulfato de magnésio não é eficaz para prolongar a gestação e apresenta efeitos colaterais importantes. Os inibidores da ciclooxigenase também apresentam efeitos colaterais significativos. Até o momento, não há evidências suficientes para se recomendar o uso de doadores de óxido nítrico para inibir o trabalho de parto prematuro. Não existem fundamentos para o emprego de antibióticos para evitar a prematuridade diante do trabalho de parto prematuro.The main purpose of using uterulytic in preterm delivery is to prolong gestation in order to allow the administration of glucocorticoid to the mother and/or to accomplish the mother's transference to a tertiary hospital center. Decisions on uterolytic use and choice require correct diagnosis of preterm delivery, as well as the knowledge of gestational age, maternal-fetal medical condition, and medicine's efficacy, side-effects and cost. All the uterolytics have side-effects, and some of them are potentially lethal. Studies suggest that beta-adrenergic receptor agonists, calcium blockers and cytokine receptor antagonists are effective to prolong gestation for at least 48 hours. Among these three agents, atosiban (a cytokine receptor antagonist) is safer, though it presents a high cost. Magnesium sulfate is not efficient to prolong gestation and presents significant side-effects. Cyclooxygenase inhibitors also present significant side-effects. Up till now, there is not enough evidence to recommend the use of nitric oxid donors to inhibit preterm delivery. There is no basis for the use of antibiotics to avoid prematurity in face of preterm labor

    Risk predictors for preterm birth

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    Entre os vários fatores clínicos para o parto prematuro, alguns apresentam riscos substanciais, tais como história de parto prematuro, gemelidade e sangramento vaginal do segundo trimestre. No entanto, tais fatores estão presentes na minoria das mulheres que evoluem para o parto prematuro e, portanto, possuem baixa sensibilidade. A dilatação, o esvaecimento e a posição do colo uterino diagnosticados pelo toque vaginal têm sido relacionados ao aumento do risco para o parto prematuro, mas possuem baixas sensibilidades e baixos valores preditivos positivos. A diminuição do comprimento do colo uterino detectada pela ultrassonografia transvaginal também constitui risco para parto prematuro. Sua sensibilidade é melhor quando são considerados outros testes, mas o valor preditivo positivo é baixo. A principal utilidade do teste da fibronectina fetal reside em seu valor preditivo negativo em mulheres sintomáticas. Observa-se aumento da sensibilidade para a detecção do parto prematuro quando a medida do colo do útero é utilizada juntamente com o teste da fibronectina fetal.Among the clinical factors for preterm birth, some confer substantial increased risk, including a history of preterm birth, multiple gestation and vaginal bleeding in the second trimester. However, these factors are present only in a minority of women who ultimately deliver preterm and thus have low sensitivity. Cervical dilatation, effacement and position as determined by manual examination have been related to an increased risk of preterm birth but also suffer from low sensitivity and positive predictive values. Cervical length measured with transvaginal ultrasound has also been related to an increased risk of preterm birth as cervical length decreases. The reported sensitivity is better than other tests, but positive predictive value is low. The principal utility of the fetal fibronectin assay lies in its negative predictive value in symptomatic women. Increased sensitivity has been reported when cervical length is used in combination with fetal fibronectin

    Revisando a prevenção da pré-eclâmpsia com aspirina em baixa dose: uma revisão sistemática dos principais estudos randomizados controlados

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    The purpose of this paper is to evaluate the effectiveness of low-dose aspirin in the prevention of preeclampsia in low-risk and high-risk women. We identified randomized clinical trials of the use of low-dose aspirin to prevent preeclampsia through the PUBMED search engine, and through the Cochran Library database. Twenty-two studies met our inclusion criteria, and were divided according to the studied population into 2 groups: trials with women at low risk for preeclampsia and trials with women at high risk. Effects were measured through the incidence of preeclampsia in women taking either placebo or aspirin, in studies where the relative risks and the 95% confidence intervals were calculated for both groups. A total of 33,598 women were studied, comprising 5 trials with 16,700 women at low-risk and 17 trials including 16,898 women at high risk. The incidence of preeclampsia was 3.75% (626/17,700), in the low-risk group, 9.01% (1,524/16,898) in the high-risk group, and 6.40% (2,150/33,598) overall. Low-dose aspirin had no statistically significantly effect on the incidence of preeclampsia in the low-risk group (RR = 0.95, 95% CI = 0.81-1.11), but had a small beneficial effect in the high-risk group (RR = 0.87, 95% CI = 0.79-0.96). Therefore, low-dose aspirin is mildly beneficial in terms of reducing the incidence of preeclampsia in women at high risk of developing preeclampsia.Esta revisão busca reúne estudos sobre a eficácia da aspirina em baixas doses na prevenção da pré-eclâmpsia em pacientes de alto e baixo risco. Identificamos estudos clínicos randomizados controlados usando baixas doses de aspirina para prevenir a pré-eclâmpsia, publicados no MEDLINE. Vinte e dois estudos preencheram nossos critérios de inclusão. Dividimos os estudos de acordo com a população estudada em dois grupos: estudos com mulheres de baixo risco para pré-eclâmpsia e estudos com pacientes de alto risco. A principal medida de efeito foi a incidência de pré-eclâmpsia em pacientes que usaram placebo ou aspirina, na qual os riscos relativos e os intervalos de confiança de 95% foram calculados para os grupos de pacientes de baixo e de alto risco para pré-eclâmpsia. Um total de 33.598 pacientes foram estudadas, dentre as quais cinco estudos com 16.700 pacientes de baixo risco e 17 estudos incluindo 16.898 pacientes de alto risco. As incidências de pré-eclâmpsia no geral, no grupo de baixo e no de alto risco foram de 6,40% (2.150/33.598), 3,75% (626/17.700), e 9,01% (1.524/16.898), respectivamente. Baixas doses de aspirina não tiveram efeito estatístico significante na redução da incidência de pré-eclâmpsia em pacientes de baixo risco (RR=0.95, 95%CI = 0.81-1.11), porém apresentaram pequenos benefícios em mulheres de alto risco (RR=0.87, 95%CI=0.79-0.96). Esta análise leva à conclusão de que baixas doses de aspirina têm pequeno efeito na redução da incidência da pré-eclâmpsia em pacientes com alto risco de desenvolver a doença

    Antenatal fetal surveillance

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    O contexto atual da atividade médica exige do obstetra e ginecologista ampla compreensão dos avanços científicos e tecnológicos de sua área. O objetivo primordial da avaliação fetal antenatal é identificar fetos de risco para eventos adversos ou para o óbito e, assim, atuar preventivamente para evitar o insucesso. O perfil biofísico fetal atinge sua máxima eficiência quando aplicado dentro do contexto clínico de cada caso. Em gestações de alto risco, a doplervelocimetria da artéria umbilical mostrou-se útil para melhorar os resultados perinatais. Na restrição de crescimento fetal por insuficiência placentária grave, antes da 34ª semana de gestação, a doplervelocimetria do ducto venoso tem sido importante instrumento na condução dos casos. Nenhum teste isoladamente é considerado o melhor na avaliação da vitalidade fetal anteparto, entretanto, a análise conjunta de todos os métodos irá propiciar melhor compreensão da resposta fetal à hipóxia.The present context of medical practice demands from the obstetrician and gynecologist broad understanding of the scientific and technological advances of the area. The main purpose of prenatal evaluation is to identify fetuses at risk for adverse events or death, for preventive action to avoid mishappenings. The determination of fetal biophysical profile reaches its maximum efficiency when applied within the clinical context of each case. In high risk gestations, the Doppler velocimetry of the umbilical artery has shown to be useful to improve perinatal outcome. In the fetal growth deficit, due to severe placentary insufficiency, Doppler velocimetry of the venous duct has been showing to be an important tool in handling of the cases before the 34th week of gestation. Although no test itself is considered the best to evaluate the fetus's prenatal vitality, the joint analysis of all methods may lead to a better understanding of the fetal response to hypoxia

    Neonatal Outcomes of Late-Preterm Birth Associated or Not with Intrauterine Growth Restriction

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    Objective. To compare neonatal morbidity and mortality between late-preterm intrauterine growth-restricted (IUGR) and appropriate-for-gestational-age (AGA) infants of the comparable gestational ages (GAs). Methods. We retrospectively analyzed neonatal morbidity and mortality of 50 singleton pregnancies involving fetuses with IUGR delivered between 34 and 36 6/7 weeks of GA due to maternal and/or fetal indication. The control group consisted of 36 singleton pregnancies with spontaneous preterm delivery at the same GA, in which the infant was AGA. Categorical data were compared between IUGR and AGA pregnancies by X2 analysis and Fisher's exact test. Ordinal measures were compared using the Kruskal-Wallis test. Results. The length of stay of newborns in the nursery, as well as the need for and duration of hospitalization in the neonatal intensive care unit, was longer in the group with IUGR. Transient tachypnea of the newborn or apnea rates did not differ significantly between the IUGR and AGA groups. IUGR infants were found to be at a higher risk of intraventricular hemorrhage. No respiratory distress syndrome, pulmonary hemorrhage or bronchopulmonary dysplasia was observed in either group. The frequency of sepsis, thrombocytopenia and hyperbilirubinemia was similar in the two groups. Hypoglycemia was more frequent in the IUGR group. No neonatal death was observed. Conclusion. Our study showed that late-preterm IUGR infants present a significantly higher risk of neonatal complications when compared to late-preterm AGA infants

    A mortalidade materna devido a hipertensão arterial na cidade de São Paulo (1995-1999)

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    AIM: To describe the case profile of maternal death resulting from hypertensive disorders in pregnancy and to propose measures for its reduction. METHODS: The Committee on Maternal Mortality of São Paulo City has identified 609 cases of obstetric maternal death between 1995 and 1999 with an underreporting rate of 52.2% and a maternal mortality rate of 56.7/100,000 live births. Arterial hypertension was the main cause of maternal death, corresponding to 142 (23.3%) cases. RESULTS: Ninety-five (66.9%) of the deaths occurred during the puerperal period and 34 (23.9%) occurred during pregnancy. The time of death was not reported in 13 (9.2%) cases. Seizures were observed in 41 cases and magnesium sulfate was used in four of them. The causes of death were ruled to be cerebrovascular accident (44.4%), acute pulmonary edema (24.6%), and coagulopathies (14.1%). Cesarean section was performed in 85 (59.9%) cases and vaginal delivery in 15 (16.0%). CONCLUSION: Complications of arterial hypertension are responsible for the high rates of pregnancy-related maternal death in São Paulo City. Quality prenatal care and appropriate monitoring of the hypertensive pregnant patient during and after delivery are important measures for better control of this condition and are essential to reduce disorders in pregnancy.OBJETIVO: Descrever o perfil dos casos de morte materna decorrente de complicações da hipertensão arterial e propor medidas para sua redução. MÉTODOS: De 1995 a 1999 o Comitê de Mortalidade Materna da Cidade de São Paulo identificou 609 casos de morte materna obstétrica, com uma subnotificação de 52,2% e um CMM=56,7/100.000 Nascidos Vivos. A hipertensão arterial foi a principal causa de óbito materno, correspondendo a 142 (23,3%) casos. RESULTADOS: Ocorreram 95 (66,9%) de óbitos no puerpério e 34 (23,9%) durante a gestação. Em 13 (9,2%) casos não se teve referência ao momento do óbito. Houve relato de crises convulsivas em 41 casos com a utilização de sulfato de magnésio em quatro deles. As principais causas determinantes do óbito foram: o acidente vascular cerebral (44,4%), o edema agudo de pulmão (24,6%) e as coagulopatias (14,1%). A cesárea foi realizada em 85 (59,9%) casos e o parto vaginal em 15 (16,0%). Em 28 (19,7%) casos não foi realizada nenhuma conduta para interromper a gravidez e em 14 (9,8%) não se obteve relato do procedimento. CONCLUSÃO: As complicações da hipertensão arterial no ciclo gravídico-puerperal determinam altos índices de mortalidade materna na cidade de São Paulo. A realização de um pré-natal de qualidade e o atendimento apropriado da gestante hipertensa no parto e no pós-parto são medidas de fundamental importância para um melhor controle desse evento, sendo primordial para a redução dessas ocorrências
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