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    O tratamento de fatores econômicos pelas teorias de segurança internacional: uma discussão sobre possibilidades

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    RESUMO O artigo analisa o tratamento de fatores econômicos nos debates teóricos de segurança internacional, levantando as possibilidades de diálogo entre essas teorias, a prática nas relações internacionais e o impacto desses fatores. Explorando a ideia de que fatores econômicos são necessários na própria realização das proposições teóricas do campo da segurança internacional, percebe-se que a possibilidade de trabalhar com fatores econômicos neste debate exige a politização do próprio conceito de segurança, para identificá-lo como um processo relacional, contínuo e em constante revisão.   Palavras-chave: segurança internacional, fatores econômicos, teorias de Relações Internacionais. ABSTRACT This article discusses the impacts of economical factors on the theoretical debates of International Security, in order to verify the possibilities of dialogue between this area of research and these factors. By proposing that economical factors are necessary elements to the fulfillment of the propositions of security studies theories, the article concludes that the concept of security should be gain a political dimension. In that fashion, this concept should be treated as a relational process, dynamic and constantly revised, in order to maintain its relevance.   Keywords: international security, economical factors, theories of International Relations

    A INSERÇÃO INTERNACIONAL BRASILEIRA POR MEIO DA CONSOLIDAÇÃO DAS NORMAS DE PREVENÇÃO DE CONFLITOS E PROTEÇÃO AOS CIVIS EM CONFLITOS ARMADOS: POSSIBILIDADES A PARTIR DA RESPONSABILIDADE AO PROTEGER

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    Este artigo situa a proposta brasileira de uma Responsabilidade ao Proteger (RwP) à luz dos objetivos de longo prazo da política externa brasileira, revelando uma coerente atuação política do país como um global player. A Política Externa Brasileira (PEB) se caracteriza historicamente pelo uso da diplomacia, o respeito ao direito internacional e o uso de meios não-violentos para a resolução de conflitos. A inserção internacional brasileira tem sido marcada, nesse sentido, por uma tensão entre elementos normativos e capacidades não-materiais de poder para alcançar seus objetivos de autonomia e relevância internacionais. O maior envolvimento do Brasil no cenário internacional, em especial no que se refere a temas de segurança, enquanto por um lado fez ressaltar as limitações do país nas suas capacidades de poder material, por outro lado encontrou relevância em uma agenda de política externa que é coerente com seus princípios e capacidades. Composto assim o cenário de convergência entre a valorização do multilateralismo e da perspectiva da segurança sob a ótica dos temas não-materiais de política internacional e os princípios e estratégias da PEB, o Brasil encontra condições propícias para a sua participação mais ativa na política internacional

    A pele do Leviatã e a geopolítica do vírus: a noosfera como território político dos afetos

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    A pandemia trazida pela Covid-19 afetou as relações internacionais e intensificou dinâmicas que já estavam em curso, no mínimo, desde a crise global de 2008. Diz-se que a geopolítica, incorporando as noções entre poder e território, marca o período atual, sob a pecha de uma nova Guerra Fria entre EUA e China. Porém, empregar a geopolítica ainda sob a perspectiva através da qual emerge, ao fim do século XIX, revela-se um flagrante anacronismo incapaz de dar conta das complexidades que se apresentam. Sendo assim, este artigo aborda o problema de perscrutar a diferença apresentada pela política internacional durante a crise da Covid-19. Objetiva-se indicar políticas que norteiam a dinâmica internacional, criando as condições para se construir o amanhã da pandemia. A hipótese central que atravessará as páginas seguir situa-se na concepção de que, em uma geopolítica do vírus, embora a Covid-19 seja engendrada pelos interesses dos atores internacionais, a disputa de poder ocorre através de outro “território” denominado noosfera. Em uma análise qualitativa, por meio de revisão bibliográfica, situa-se o surgimento da geopolítica e como ela se insere na dinâmica política global; explica-se o conceito de Império, como esboçado por Negri e Hardt e, ante às limitações dessa abordagem, apresenta-se o conceito de noosfera e seus desdobramentos políticos, a partir das obras de Deleuze

    O Storytelling como ferramenta de aprendizado ativo

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    This article focuses on the practice of storytelling to investigate its connections with the methodology of active learning. In order to do so, we introduce the debate on active earning, its purposes, strategies, and methodologies to highlight the contributions from the use of storytelling as a pedagogical tool. The main objectives of the article are: to clarify and highlight the differences between the activity and practice of storytelling as a form of entertainment and the usefulness of this practice in areas where it has not been used, such as in International Relations. We investigate the incorporation of the practice through the methodology of active learning and in what ways make storytelling a primordial element in the constitution of the learning environment at different levels of education. We conclude that among its contributions are the retention of knowledge in the long term and the construction of significant connections between the object and social reality of students, which may generate interaction between contexts on different levels: local, national and international.Este artigo destaca a prática do storytelling com o objetivo de analisar sua conexão com a metodologia de aprendizado ativo. Para tanto, apresentamos os debates sobre aprendizado ativo, sua finalidade, estratégias e métodos para apontar as contribuições do storytelling a essa metodologia. Os principais objetivos do artigo são: esclarecer e evidenciar as diferenças entre a atividade de contar histórias como forma de entretenimento e a utilidade dessa prática como estratégia pedagógica, no contexto do aprendizado ativo em áreas em que não tem sido usada, como nas Relações Internacionais. Analisamos a incorporação da prática do storytelling pela metodologia do aprendizado ativo em diferentes níveis de ensino. Concluímos que, dentre as suas contribuições possíveis, destacam-se a retenção de conhecimento no longo prazo e a construção de conexões cognitivas entre o objeto de estudo e a realidade social dos estudantes, podendo promover aprendizado pela empatia e capacidade de autonomia na atitude ativa em busca de solução de problemas, levando-se em conta contextos sociais de diferentes níveis: local, nacional e, também, internacional

    Contribuições do Aprendizado Ativo ao Estudo das Relações Internacionais nas universidades brasileiras

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    The article has two main goals. The first is to introduce the active learning conceptual framework tools and apply it to International Relations scholarship as a tool to enhance learning in undergraduate courses.  The second is to propose that, despite representing a break with traditional pedagogical models, active learning offers ideal conditions for use in Brazilian higher education, as it would help to overcome limitations commonly found in our universities.O artigo tem dois objetivos centrais. O primeiro é apresentar o conceito do aprendizado ativo - active learning ”“ aplicado às Relações Internacionais como ferramenta para potencializar o estudo e aprendizado em cursos de graduação. O segundo é propor que, apesar de representar uma quebra com modelos tradicionais, o aprendizado ativo oferece condições ideais para utilização no ensino superior brasileiro, pois ajudaria a superar limitações comumente encontradas em nossas universidades

    A política de identidade nas novas guerras e a construção social da diferença: notas a partir da cultura e da identidade

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    O artigo explora, a partir da discussão sobre políticas de identidade nas novas guerras, a politização do nacionalismo a partir da problematização da diferença e como essa politização ocasionaria conflitos armados. Defendo que as políticas de identidade se baseiam na distinção entre o Eu e o Outro para criar padrões considerados civilizados e não-civilizados e, com isso, garantir àqueles o pressuposto da razão e da correção, de forma a deslegitimar a relação política entre diferentes comunidades étnicas. Em última instância, essa deslegitimação proporciona uma nova ordem, pautada na violência. Compreender como opera a política de identidades permite superar a sub- eorização de duas questões chaves para as novas guerras, as questões cultural e identitária
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