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    A Teoria das Emoções de Vigotski e as Obras do Programa Nacional da Biblioteca da Escola (PNBE) para Educação Infantil

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    Síntese da dissertação de mestrado intitulada “As emoções e sentimentos na literatura infantil: perspectiva vigotskiana”, realizada entre 2015 à 2016 na Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Campus de Foz do Iguaçu. Discute a Teoria Histórico-Cultural de Lev Semenovich Vigotski e as contribuições da literatura infantil na Primeira Etapa da Educação Básica. Justifica-se pela importância da teoria vigotskiana para a elaboração de práticas pedagógicas que estimulem as crianças a adquirir o gosto pela leitura literária e o entendimento das emoções. O objetivo do estudo é compreender as relações entre literatura infantil e desenvolvimento das emoções, criatividade e a imaginação segundo a teoria vigotskiana para analisar criticamente os livros de literatura infantil distribuídos às escolas públicas. A pesquisa está fundamentada na teoria de Vigotski (1994; 1998; 1999; 2000; 2004a; 2004b). Analisa como os livros de literatura infantil, destinados à faixa etária dos 3 aos 5 anos de idade, tematizam emoções e sentimentos, a partir do seguinte problema: como os livros de literatura infantil, acessíveis nas escolas públicas às crianças na faixa etária dos 3 aos 5 anos de idade, tematizam as emoções? Para responder a questão, foram analisados os livros de literatura infantil distribuídos pelo Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE) no ano de 2014 aos estabelecimentos de Educação Infantil. Concluiu-se que a maioria dos livros de literatura infantil tematizam as emoções e a fruição estética. Somente uma quantidade mínima dos livros de literatura infantil refere-se ao ensinamento moral e de comportamento. Ocorreu a constatação do uso de termos no aumentativo e diminutivo que expressão o exagero e de textos curtos com o emprego da onomatopeia. Segundo a concepção vigotskiana com relação à literatura infantil, a obra de arte com a finalidade de ensinar o comportamento e a moral da criança, pode causar o efeito contrário. E, defende que o propósito da literatura infantil como toda obra de arte está na fruição estética, em vez de ser empregada como pretexto para ensinar a moral, comportamento ou mesmo conteúdos disciplinares

    Concepções Educacionais de Infância e Criança e suas Implicações Pedagógicas

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    O debate sobre a educação infantil e as categorias infância e criança, busca compreendê-las pedagogicamente no anseio de atender as necessidades de tais categorias. Neste artigo partimos dos conceitos infantis desde as primeiras pesquisas que as historicizam e, ainda demonstrando algumas concepções sobre a criança as quais carregarem significados ideológicos. Um primeiro vê a criança como inocente. Ideia que leva à proteção e situações educativas que escondem a realidade, projetando um mundo ilusório e impossibilitando do contato com a realidade social e histórica. Sua proposta pedagógica é homogênea e padronizada, baseada numa concepção de natureza infantil. A criança precisa se desenvolver para aprender. O professor é apenas o facilitador entre ela e o conhecimento, não um mediador. Outra concepção considera a criança como reprodutor de conhecimento. O princípio pedagógico tem relação decusto-benefício. Encaminha-se educação e cuidado para os filhos das classes trabalhadoras preparando-os para a força de trabalho estável e qualificada. A educação infantil é o primeiro estágio da mão-de-obra qualificada. Apontando para um sujeito crítico, reflexivo, criativo e ciente de sua atividade na cultura da qual faz parte, temse uma concepção de que considera a criança como um sujeito de direitos, pertencente a um grupo social, histórico, cultural e político. Propõe-se uma ação pedagógica que considera a criança rica, capaz, e, co-construtora de sua identidade e cultura.

    Interculturalidade e a formação de professores: reflexões a partir dos documentos que orientam as políticas públicas de ensino para a formação de professores da Educação Básica

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    A instauração de uma educação que privilegie a interculturalidade e a alteridade tem sido defendida na literatura. Ela solicita, entretanto, a superação de compreensões que tomem a interculturalidade na escola pautada na mera informação. Para tanto, um dos aspectos preponderantes é a reflexão acerca dos documentos que orientam as ações que são desenvolvidas pelos professores nas salas de aula de todo o país. Nesse artigo explicitamos as compreensões que emergiram quando interrogamos: O que se mostra sobre a interculturalidade nos documentos que orientam as políticas públicas de ensino para a formação de professores da Educação Básica? Estabelecida a partir de uma abordagem qualitativa de pesquisa, por meio da análise de conteúdo, essa interrogação nos levou ao levantamento de 18 documentos, entre diretrizes, resoluções e pareceres disponibilizados pelo Ministério da Educação Brasileiro. Esses documentos foram categorizados e analisados com o auxílio do software Atlas.ti. Os resultados revelaram que a discussão sobre a interculturalidade no contexto da formação de professores, ainda tem se mostrado limitada a cultura indígena e afro e mesmo havendo o incentivo para adoção de práticas pedagógicas que favoreçam a valorização da diversidade cultural na escola, são ínfimas as sugestões de encaminhamentos que permitam essa adoção
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