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    Helena de Troia, emblema do discurso: uma leitura do Tratado do não-ser e do Elogio de Helena, de Górgias de Leontinos

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    This essay presents the hypothesis that, rather than being captured by the discourse, Helen of Troy is its emblem. In order to better understand the meaning of the “discourse” to which we refer, firstly, we will approach, from the gorgianic corpus, the three well-known principles (τρία κεφάλαια) that guide the Treatise on non-being or on nature, then, we will show, from The Encomium of Helen, that the discourse, instead of being preceded by being (τὸ ὄν), aims to produce a world-effect.Este ensaio apresenta a hipótese de que, em lugar de ser capturada pelo discurso, Helena de Troia é o seu emblema. Para se compreender melhor qual é o sentido do “discurso” a que nos referimos, primeiramente, serão abordados, a partir do corpus gorgiânico, os três conhecidos princípios (τρία κεφάλαια) que norteiam o Tratado sobre o não-ser ou sobre a natureza e, em seguida, será mostrado, a partir do Elogio de Helena, que o discurso, ao invés de ser precedido pelo ser (τὸ ὄν), visa a produzir um efeito-mundo

    As abordagens de Kojève e de Sartre do conceito hegeliano de reconhecimento

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    O artigo trata do tema hegeliano do reconhecimento (Anerkennung), que, graças aos cursos de Alexandre Kojève sobre a Fenomenologia do Espírito, ministrados na École des Hautes Études de 1933 a 1939, exerceu um forte impacto no pensamento francês do século XX. São explicitadas nele duas abordagens, uma otimista, a de Kojève, outra critico-construtiva, a de Jean-Paul Sartre

    Lacan e a sofística: Mais, ainda ainda Helena

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    “Lacan et la sophistique: Encore encore Héléne” é uma seção de seu aclamado livro L’effet sofistique, publicado na França em 1995. Nela, Cassin estabelece uma relação estreita entre Lacan e a sofística, traçando um paralelo entre o Seminário Encore (1972-1973) e a conferência do segundo Congresso de Roma (1-11-1974), de Lacan, e a obra dos ditos sofistas, em particular o Tratado do não-ser ou sobre a natureza e o Elogio de Helena, de Górgias de Leontinos, os quatro considerados por ela como sendo um outro do discurso filosófico. Sua tese central é que “da sofística à psicanálise, a semelhança exterior não é senão muito impressionante. Lacan, assim como a sofística, articula a atividade da linguagem em dois tempos: um tempo crítico, em relação à filosofia, e um tempo positivo, onde se esclarecem algumas fórmulas-chave (...)

    As principais mutações semânticas do Élenkhos do século VIII A.C. ao início do século IV A.C.: um breve estado da questão

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    Apresentamos, neste artigo, um esboço das principais mutações semânticas do élenkhos de Homero a Platão. Mostramos como sua significação muda gradualmente de “vergonha” para “prova”, “exame” ou “refutação”. Explicitamos, por fim, suas diferentes conotações em alguns diálogos de Platão, tais como “exame”, “teste”, “prova”, discursiva ou não, e “refutação”, que pode ser compreendida em seu sentido lato ou estrito
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