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Aleitamento materno conjunto na co-maternidade homoafetiva: a invisibilidade política e científica das necessidades reais da amamentação na homoparentalidade feminina
O aleitamento materno é a forma mais segura e eficaz de alcançar o crescimento e desenvolvimento adequados para uma criança. Além de desenvolver o vínculo materno-infantil, apresenta vantagens imunológicas diminuindo as taxas de morbimortalidade infantil, bem como a incidência de doenças infecciosas na primeira infância. Os anticorpos presentes no leite materno são provenientes dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz anticorpos contra agentes infecciosos com os quais já teve contato durante a vida, e passa pelo leite materno para o bebê, protegendo-o contra os germes mais prevalentes no meio em que a mãe vive. O relacionamento homoafetivo entre mulheres cisgênero, quando resulta na maternidade e na homoparentalidade, é um dos processos revolucionários mais importantes na democratização das formações parentais usuais, pois amplia e recria o conceito de família. A necessidade do reconhecimento, visibilidade e assistência à saúde das mulheres em relações homoafetivas que centram esforços na construção da co-maternidade é crescente. Permitir que filhos de mães homossexuais possam ser amamentados pelas suas duas mães, também. Esse artigo tem por objetivo, portanto, discutir os benefícios da amamentação quando oferecida pelas duas mães - a que gestou e a que não gestou - a um mesmo bebê. Serão abordadas a associação entre o recebimento passivo de anticorpos pelo leite materno de duas mães, e um possível benefício imunológico suplementar; o encorajamento à amamentação conjunta pela mãe que não gestou para fortalecimento dos vínculo com o bebê; e da amamentação conjunta pelas duas mães em relação às questões política, social, feminista e do trabalho que podem envolver o aleitamento materno
Uma revisão sobre saúde mental e autoestima de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais
Introdução: O estudo sobre o adoecimento mental do grupo LGBT é recente e, por isso, a quantidade de pesquisas
sobre o tema é escassa. Dessa forma, torna-se indispensável a revisão sobre a saúde mental e autoestima dessa
população, que demonstra acentuado adoecimento em decorrência das violações sofridas durante e após o processo
de formação de identidade. Desenvolvimento: O resultado da pesquisa evidencia como as identidades sexual e
gênero não normativos influenciam na saúde mental da população LGBT por meio de métodos de opressão, estigma
e preconceito. Além disso, esse público é alvo também do despreparo de profissionais da saúde e da carência de
políticas públicas, tornando-se assim, marginalizado quando o tema é saúde mental e autoestima. Portanto, em
contexto pandêmico de Covid-19, as situações de vulnerabilidade são exacerbadas naqueles os quais há carência da
instituição familiar, demandando uma reflexão sobre marcadores da saúde mental. Considerações finais: O
resultado desses fatores compreende a alta incidência de depressão, ansiedade e suicídio na comunidade LGBT
comparado à população heteronormativa
Intraoperative autologous blood transfusion: a systematic review of the literature
Bleeding of the main health problems is intraoperative in hospitals, mainly. Control of adequate oxygen is essential for tissue oxygen. Autologous blood transfusion is used as a strategy to reduce the possibility of negative effects of allo transfusion and in situations of lack of donated blood. The aim of the study is to determine the importance and advantages of intraoperative autologous transfusion through a systematic review of studies addressing autotransfusion, published between 2016 and Busca2021. In studies, autotransfusion was mainly indicated in critically ill patients with massive bleeding induced by chest trauma associated with hemorrhagic shock, requiring emergency blood transfusion, where it is not possible to wait for blood preparation or where blood is lacking. In addition, its use has been reported in orthopedic surgeries such as total hip and knee arthroplasty. As benefits of lack of resources: reduction of benefits treatment resources, reduction of the need for local finance resources. No related complications were observed. In conclusion, despite the various advantages of autologous transfusion, published articles on the subject are still scarce. Thus, it is necessary to carry out clinical trials that compare the two methods, for the eligibility of the different perspectives of clinical application of each method in the trauma scenario
Aleitamento materno conjunto na co-maternidade homoafetiva: a invisibilidade política e científica das necessidades reais da amamentação na homoparentalidade feminina
O aleitamento materno é a forma mais segura e eficaz de alcançar o crescimento e
desenvolvimento adequados para uma criança. Além de desenvolver o vínculo materno-infantil,
apresenta vantagens imunológicas diminuindo as taxas de morbimortalidade infantil, bem como
a incidência de doenças infecciosas na primeira infância. Os anticorpos presentes no leite
materno são provenientes dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz
anticorpos contra agentes infecciosos com os quais já teve contato durante a vida, e passa pelo
leite materno para o bebê, protegendo-o contra os germes mais prevalentes no meio em que a
mãe vive. O relacionamento homoafetivo entre mulheres cisgênero, quando resulta na
maternidade e na homoparentalidade, é um dos processos revolucionários mais importantes na
democratização das formações parentais usuais, pois amplia e recria o conceito de família. A
necessidade do reconhecimento, visibilidade e assistência à saúde das mulheres em relações
homoafetivas que centram esforços na construção da co-maternidade é crescente. Permitir que
filhos de mães homossexuais possam ser amamentados pelas suas duas mães, também. Esse
artigo tem por objetivo, portanto, discutir os benefícios da amamentação quando oferecida pelas
duas mães - a que gestou e a que não gestou - a um mesmo bebê. Serão abordadas a associação
entre o recebimento passivo de anticorpos pelo leite materno de duas mães, e um possível
benefício imunológico suplementar; o encorajamento à amamentação conjunta pela mãe que
não gestou para fortalecimento dos vínculo com o bebê; e da amamentação conjunta pelas duas
mães em relação às questões política, social, feminista e do trabalho que podem envolver o
aleitamento materno
Lipossarcoma retroperitoneal: a importância do diagnóstico precoce e fatores prognósticos
Introdução: Sarcomas são tumores mesenquimais raros, sendo menos de 1% das neoplasias malignas. A localização retroperitoneal corresponde de 10 a 15% dos sarcomas, e, destes, 40 a 50% são lipossarcomas. Sua apresentação inicial é, em sua maioria, assintomática, mas, com o passar do tempo, assume grandes proporções em tamanho, podendo acarretar em quadros de urgência oncológica. O principal tratamento atualmente é a ressecção do tumor. Discussão: Os lipossarcomas são classificados histologicamente em bem diferenciado, pleomórfico, desdiferenciado e misto. Os tipos bem diferenciado e desdiferenciado são os mais comuns no retroperitônio e apresentam crescimento lento e altas taxas de recorrência. O bem diferenciado apresenta baixo potencial metastático, sendo o controle local o fator de maior impacto no prognóstico e mortalidade. O desdiferenciado pode ser primário ou secundário a um bem diferenciado, e apresenta taxa de metástase de 15 a 30%. Devido ao crescimento lento tumoral e à complacência retroperitoneal, os paciente permanecem assintomáticos por longos períodos, acarretando em grandes tumores ao diagnóstico, por exame de imagem e muitas vezes incidental. Distensão e dor abdominal são comuns; plenitude gástrica e edema de MMII são menos recorrentes. Conclusão: É consenso a importância detecção precoce dos casos e a urgente necessidade de tratamento destes, visto que a abordagem cirúrgica é a alternativa terapêutica com maior impacto na sobrevida dos pacientes. Já as terapias adicionais têm apresentado resultados variados, indicando a necessidade de mais estudos para estabelecer a sua eficácia e indicações
O uso de canabinóides em pacientes com dor oncológica: uma revisão integrativa de literatura
Introdução: A dor é um dos sintomas de maior impacto na qualidade de vida de pacientes oncológicos, afetando, na forma moderada a grave, mais de 70% dos pacientes com doença avançada. Esse problema tem acometido um número progressivo de pessoas devido às características demográficas e ao avanço das abordagens para a doença oncológica. O tratamento atual para alívio da dor é por vezes insuficiente, e demanda aprimoramento terapêutico. Objetivo: Descrever e resumir os principais estudos existentes sobre o efeito dos canabinóides em pacientes com dor relacionada ao câncer. Resultados: Foram identificados 303 estudos e excluídos 43 duplicados. Após a leitura do título e resumo foram excluídos 212 artigos. 48 trabalhos foram selecionados para triagem do texto completo. Ao fim do processo de seleção, 14 estudos foram selecionados e 9 foram incluídos na revisão. Discussão: Em geral, nos Estudo Clínicos Randomizados (ECRs), utilizaram-se Nabiximols, que possuem uma proporção de THC:CBD de aproximadamente 1:1. Nos estudos que revisaram de forma retrospectiva o uso de cannabis observou-se que houve grande variação quanto às apresentações, forma de uso e posologia, não sendo possível afirmar que a cannabis e os canabinóides sejam eficazes na redução da dor nessa população. Os efeitos adversos apresentados ou relatados foram principalmente relacionados ao sistema gastrointestinal e neurológico, de leve a moderada intensidade. Conclusão: Os resultados apresentados nesta revisão indicam a necessidade de mais estudos de qualidade para definir as possibilidades terapêuticas da cannabis medicinal e seus derivados, além do perfil de tolerabilidade e segurança
Abordagem endovascular de Aneurismas Intracranianos Gigantes tratados com stents de fluxo e embolização com micromolas: artigo de revisão
Introdução: Aneurisma é a dilatação da parede arterial, com a presença de mudanças complexas no stress hemodinâmico e com a fragilidade do vaso, ele pode progredir para aneurisma cerebral gigante (ACG), cujo diâmetro é maior que 25mm. Desenvolvimento: Os ACGs têm maior efeito de massa ou isquemia cerebral, podendo apresentar crises convulsivas e maior probabilidade de rotura, evoluindo com hemorragia e déficit neurológico progressivo. Os aneurismas gigantes rotos têm maiores taxas de complicações e de mortalidade perioperatória. O tratamento padrão ouro de antigamente, clipagem cirúrgica que em reoperação pode ser associado com maiores riscos e complicações, foi substituído pela abordagem endovascular, principalmente pela embolização. Para melhor viabilização da embolização com micromolas de platina nos ACGs faz junção de técnicas com balão protetor ou com stents. Considerações finais: Dentre os tratamentos endovasculares, não há um específico que melhore o prognóstico do paciente no pós-operatório. A melhor evolução após tratamento depende da idade do paciente, do tamanho e da localização do aneurisma