15 research outputs found

    Ayurveda como racionalidade médica: as seis dimensões que embasam a sua prática terapêutica

    Get PDF
    This article aims to analyze Ayurvedic care practices through the concept of “medical rationalities” developed by Luz1 (2012) in his research called “Medical Rationalities and Health Practices” at the Institute of Social Medicine of the State University of Rio de Janeiro, a project “pioneer in research on non-conventional medicines”5, which the author considered as a “comparative socio-historical theoretical study of four complex medical systems” 10. Ayurveda, the “science of life” or “wisdom of life,” is a system of traditional medicine and philosophy that originated in India more than five thousand years ago. It is inserted in the category of medical rationalities because it is, naturally, a complete, complex and vitalistic medical system. The five dimensions of medical doctrine, morphology, vital dynamics, diagnostic system, and therapeutic system are based in his cosmology. The understanding of his cosmology that man and nature are interconnected leads to an understanding that disease is the result of the rupture of internal and external balance. For the therapist to indicate and apply any of the practices of the therapeutic system, they must deeply understand all other dimensions. It is not possible, therefore, to make use of its practices in a fragmented way, or to look at the human subject in a fragmented way. Este artigo visa analisar as práticas de cuidado do Ayurveda através do conceito de “racionalidades médicas” elaborado por Luz1 (2012) em sua pesquisa denominada “Racionalidades Médicas e Práticas de Saúde” junto ao Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, um projeto “pioneiro em pesquisas sobre medicinas não convencionais”5, que a autora considerou como um “estudo teórico sócio-histórico comparativo de cinco sistemas médicos complexos” 10. O Ayurveda, a “ciência da vida” ou “sabedoria da vida”, é um sistema de medicina e filosofia tradicional originado na Índia há mais de cinco mil anos. Está inserido na categoria de racionalidades médicas por ser, naturalmente, um sistema médico completo, complexo e vitalista. As cinco dimensões de doutrina médica, morfologia, dinâmica vital, sistema de diagnóstico e sistema terapêutico são embasadas pela sua cosmologia. A compreensão da sua cosmologia de que homem e natureza estão interligados, leva a um entendimento de que a doença é resultado da ruptura de um equilíbrio interno e externo. Para o terapeuta indicar e aplicar qualquer uma das práticas do sistema terapêutico, precisa compreender profundamente todas as outras dimensões. Não é possível, portanto, fazer uso de suas práticas de forma fragmentada, ou olhar para o sujeito humano de forma fragmentada

    El desafío de la salud en las ciencias sociales: el caso de Brasil The Challenge of Health Social Sciences: The Brazil Study Case

    Get PDF
    &lt;p&gt;La presencia de disciplinas de las ciencias sociales, como la Antropología y la Sociología, es reciente en el área de la salud, no sólo en Brasil y América Latina, sino de manera más general en Europa. En la segunda mitad del siglo XX las ciencias del campo de las humanidades como la filosofía, la política y la Antropología, así como la Sociología, comenzaron a ocuparse de las cuestiones relacionadas con la vida, la salud y la enfermedad y la muerte, de una forma diferente a las primeras aproximaciones históricas. En América Latina, a finales de los setenta, se desarrolló un importante movimiento social, teórico, político y profesional, denominado en Brasil &lt;em&gt;salud colectiva&lt;/em&gt;, formado por médicos sanitarios, activistas políticas del área de la salud, incluidos sindicalistas, e investigadores que trabajan en el campo de las ciencias sociales de la salud. En este momento, les corresponde a los científicos sociales que han estudiado y enseñado en el complejo campo de la salud, quienes deben diseñar caminos políticos, teóricos y enfoques metodológicos que logren el reconocimiento de este trabajo, tanto institucional como académico, en los campos de las ciencias de la vida y de las ciencias sociales.&lt;/p&gt;<br>&lt;p&gt;The presence of social science disciplines such as anthropology and sociology is recent in the health field, not only in Brazil and Latin America, but more generally in Europe. In the second half of the twentieth century science of the humanities such as philosophy, politics and anthropology and sociology, began to address issues related to life, health and disease and death, differently to the first historical approaches. In Latin America, in the late seventies, was a lot of social movement theory, political and professional, called collective health in Brazil, consisting of medical doctors, political activists in Elath field, including trade unionists, and researchers working in the social sciences of health. At this point, it behooves social scientists who have studied and taught in the complex field of health who must devise ways political, theoretical and methodological approaches to achieve the recognition of this work, both as an academic institution in the fields of life sciences and social sciences.&lt;/p&gt

    Ayurveda como racionalidade médica: as seis dimensões que embasam a sua prática terapêutica

    No full text
    This article aims to analyze Ayurvedic care practices through the concept of “medical rationalities” developed by Luz1 (2012) in his research called “Medical Rationalities and Health Practices” at the Institute of Social Medicine of the State University of Rio de Janeiro, a project “pioneer in research on non-conventional medicines”5, which the author considered as a “comparative socio-historical theoretical study of four complex medical systems” 10. Ayurveda, the “science of life” or “wisdom of life,” is a system of traditional medicine and philosophy that originated in India more than five thousand years ago. It is inserted in the category of medical rationalities because it is, naturally, a complete, complex and vitalistic medical system. The five dimensions of medical doctrine, morphology, vital dynamics, diagnostic system, and therapeutic system are based in his cosmology. The understanding of his cosmology that man and nature are interconnected leads to an understanding that disease is the result of the rupture of internal and external balance. For the therapist to indicate and apply any of the practices of the therapeutic system, they must deeply understand all other dimensions. It is not possible, therefore, to make use of its practices in a fragmented way, or to look at the human subject in a fragmented way. Este artigo visa analisar as práticas de cuidado do Ayurveda através do conceito de “racionalidades médicas” elaborado por Luz1 (2012) em sua pesquisa denominada “Racionalidades Médicas e Práticas de Saúde” junto ao Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, um projeto “pioneiro em pesquisas sobre medicinas não convencionais”5, que a autora considerou como um “estudo teórico sócio-histórico comparativo de cinco sistemas médicos complexos” 10. O Ayurveda, a “ciência da vida” ou “sabedoria da vida”, é um sistema de medicina e filosofia tradicional originado na Índia há mais de cinco mil anos. Está inserido na categoria de racionalidades médicas por ser, naturalmente, um sistema médico completo, complexo e vitalista. As cinco dimensões de doutrina médica, morfologia, dinâmica vital, sistema de diagnóstico e sistema terapêutico são embasadas pela sua cosmologia. A compreensão da sua cosmologia de que homem e natureza estão interligados, leva a um entendimento de que a doença é resultado da ruptura de um equilíbrio interno e externo. Para o terapeuta indicar e aplicar qualquer uma das práticas do sistema terapêutico, precisa compreender profundamente todas as outras dimensões. Não é possível, portanto, fazer uso de suas práticas de forma fragmentada, ou olhar para o sujeito humano de forma fragmentada

    Práticas de saúde, sentidos e significados construídos: instrumentos teóricos para sua interpretação

    No full text
    Este trabalho reflete sobre a dificuldade em interpretar sentidos e significados culturais construídos com base nas práticas de saúde. Tem como objetivo atualizar os instrumentos teóricos acessíveis para uma análise interpretativa desse processo de construção. Segue um roteiro de tópicos encadeados que se inicia com a apresentação de dois paradigmas ligados à saúde: o clássico e o da vitalidade. Discute-se um desenho de estrutura social que, juntamente com os atores das práticas e um conjunto de elementos, engendra reações e transformações sociais. Explora-se a concepção de percepção como construção social e o conceito de habitus enquanto mediação entre estrutura e práxis. Foram construídas figuras para posicionar elementos interpretativos. Concluímos que é na condição de praticante que podemos construir novos sentidos e significados e "sermos construídos" por eles, e que as práticas de saúde podem produzir novos modelos de enfrentamento da crise sanitária como "respiradouros" numa realidade de desigualdades sociais

    Práticas de saúde, sentidos e significados construídos: instrumentos teóricos para sua interpretação

    No full text
    Este trabalho reflete sobre a dificuldade em interpretar sentidos e significados culturais construídos com base nas práticas de saúde. Tem como objetivo atualizar os instrumentos teóricos acessíveis para uma análise interpretativa desse processo de construção. Segue um roteiro de tópicos encadeados que se inicia com a apresentação de dois paradigmas ligados à saúde: o clássico e o da vitalidade. Discute-se um desenho de estrutura social que, juntamente com os atores das práticas e um conjunto de elementos, engendra reações e transformações sociais. Explora-se a concepção de percepção como construção social e o conceito de habitus enquanto mediação entre estrutura e práxis. Foram construídas figuras para posicionar elementos interpretativos. Concluímos que é na condição de praticante que podemos construir novos sentidos e significados e "sermos construídos" por eles, e que as práticas de saúde podem produzir novos modelos de enfrentamento da crise sanitária como "respiradouros" numa realidade de desigualdades sociais

    Funcionalidade e incapacidade humana: explorando o escopo da classificação internacional da Organização Mundial da Saúde Human functioning and disability: exploring the scope of the World Health Organization's international classification

    No full text
    A produção teórica sobre incapacidade se apresenta dicotomizada nas perspectivas médica e social. O modelo biomédico foca a deficiência, doença ou anormalidade corporal e como esses fatores produzem incapacidade. A abordagem social sugere que o significado de deficiência e incapacidade emerge de contextos sociais e culturais específicos. A OMS criou a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), que traz um sistema de classificação e modelo teórico baseados na junção dos modelos médico e social e usa uma abordagem biopsicossocial para integrar as dimensões da saúde. Apesar da importância e atualidade da CIF, alguns conceitos foram pouco detalhados e justificados, podendo ocasionar interpretações distintas. Propõe-se com este ensaio descrever o modelo da CIF e analisar o alcance da teoria biopsicossocial para explorar a natureza relacional das categorias deficiência e incapacidade, bem como o caráter universal da proposta da OMS. Um dos aspectos mais positivos da CIF é trazer à baila a natureza interativa da incapacidade e a divisão do fenômeno em três dimensões, mostrando o grau de complexidade do processo de funcionalidade e incapacidade humana.<br>The theoretical discussion on disability is dichotomized according to the medical and social perspectives. The biomedical model focuses on impairment, disease, or physical abnormality and how these factors produce disability. The social approach suggests that the meaning of disability and impairment emerges from specific social and cultural contexts. The WHO created the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF), with a classification system and theoretical model based on the combination of the medical and social models and using a biopsychosocial approach to integrate the health dimensions. Despite the importance and immediacy of the ICF, some concepts were insufficiently detailed and justified and could lead to distinct interpretations. This essay proposes to describe the ICF model and analyze the scope of the biopsychosocial theory for exploring the relational nature of the "disability" and "impairment" categories, as well as the universal nature of the WHO proposal. One of the most positive aspects of the ICF is to highlight the interactive nature of disability and the division of the phenomenon into three dimensions, thus demonstrating the degree of complexity in the process of human functioning and disability

    O debate em torno da medicina experimental no segundo reinado The debate on experimental medicine under the second reign

    No full text
    A presença de uma forte tradição clínica na medicina oitocentista não constitui uma barreira estrutural ao ingresso das novidades produzidas no terreno da experimentação em laboratório, como afirmam alguns historiadores. O amplo debate em torno das regras do 'método experimental' revela uma dimensão da luta travada entre adeptos de teorias médicas rivais, num contexto em que a dissensão entre os esculápios ameaçava sua autoridade científica, frente a outras categorias de curadores.<br>Although Brazil's twentieth century medicine was strong in the clinical tradition, this was no structural barrier to innovations from the realm of laboratory experiments, contrary to what some historians have argued. The broad debate over the rules of 'experimental methods' reveals a dimension of the struggle waged between proponents of rival medical theories, within a context where dissension among physicians threatened their scientific authority vis-à-vis that of other types of healers
    corecore