7 research outputs found
Comportamento ingestivo de bovinos leiteiros alimentados com farelo de crambe
O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos da utilização de farelo de crambe em substituição ao farelo de soja sobre o comportamento ingestivo de bovinos leiteiros. Foram utilizados quatro machos castrados Holandês x Zebu, fistulados no rúmen, com peso vivo médio de 664kg, distribuídos em delineamento quadrado latino 4 x 4. Os tratamentos consistiram em quatro dietas isoproteicas e isoenergéticas, formuladas com relação volumoso:concentrado 60:40 com base na matéria seca (MS). O volumoso foi composto de silagem de milho (51% MS) e feno de Tifton (49% MS), e o concentrado formulado com níveis crescentes de substituição do farelo de soja pelo farelo de crambe em 0%, 2,8%, 6,4% e 11,0% na MS da dieta. O comportamento ingestivo foi avaliado por meio do método direto de avaliação visual, em intervalos de 10 minutos, durante períodos de 24 horas. Registraram-se a frequência de alimentação, a ruminação e o ócio, bem como a posição do animal (em pé ou em decúbito). As variáveis em pé e em decúbito não diferiram entre os tratamentos, assim como os tempos gastos em alimentação, ruminação e ócio. O consumo de matéria seca e de FDN expressos em g/dia e gFDN/dia, respectivamente, a eficiência de ruminação expressa em gMS/min, a eficiência de ruminação expressa em gFDN/dia e o tempo de mastigação total não diferiram significativamente. No entanto, a eficiência de alimentação (gMS/min) variou de forma linear decrescente com a inclusão do farelo de crambe. Os períodos do dia influenciaram todas as atividades. O maior tempo de alimentação foi observado nos períodos após o fornecimento da dieta, e a maior atividade de ruminação foi verificada no período noturno. A substituição de farelo de soja por farelo de crambe não afetou o comportamento ingestivo, exceto para o parâmetro eficiência de alimentação. Nesse sentido, considerando o comportamento ingestivo, recomenda-se a substituição do farelo de soja por farelo de crambe para alimentação de bovinos leiteiros
Desempenho produtivo e econômico de três grupos genéticos de bovinos recriados a pasto com suplementação e terminados em confinamento
Avaliou-se o desempenho produtivo e econômico de três grupos genéticos de bovinos em sistema com recria a pasto e terminação em confinamento, com ciclo de produção de um ano. Foram utilizados 36 bovinos não castrados, com média de 270±50 dias de idade e peso médio inicial de 241,3±34kg, sendo 12 Guzolandos (1/2 Guzerá x 1/2 Holandês), 12 Guzonel (1/2 Guzerá x 1/2 Nelore) e 12 Tricross (1/2 Simental x 1/2 Guzonel). O delineamento estatístico foi inteiramente ao acaso. Os animais permaneceram em pastejo rotacionado de Brachiaria brizantha cv. Marandu, com suplementação comercial; na terminação, receberam dieta composta por silagem de sorgo e concentrado (50:50) durante 61 dias. Os índices de desempenho avaliados foram o ganho médio de peso diário (GMD), ganho médio de peso no período, peso corporal final e, como indicadores econômicos, a receita total, custo operacional total por arroba (COT/@), margem bruta e margem líquida. O GMD na recria foi semelhante (P>0,05) entre os grupos que apresentaram média de 746 e 456 gramas, respectivamente, para os períodos águas/transição águas-seca e seca. O COT/@ da recria do grupo Tricross (R66,75) e Guzolando (R 91,48, R122,78, para Tricross, Guzonel e Guzolando, respectivamente. Considerando-se o sistema de ciclo curto completo, obteve-se COT/@ menor para o grupamento Tricross (R 74,89) e Guzolando (R$ 78,43). Nas condições de produção avaliadas, o grupo Tricross foi o mais eficiente economicamente
Qualidade nutricional e estabilidade oxidativa de manteigas produzidas do leite de vacas alimentadas com cana-de-açúcar suplementada com óleo de girassol
O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de ácidos graxos (AG), os índices de qualidade nutricional e a estabilidade oxidativa (EO) de manteigas produzidas do leite de vacas alimentadas com dietas à base de cana-de-açúcar contendo níveis crescentes de óleo de girassol (OG): 0 (controle); 1,5; 3,0 e 4,5% da matéria seca (MS). O perfil de AG das manteigas foi analisado por cromatografia gasosa, e a EO foi determinada utilizando-se o equipamento Rancimat®, modelo 743, operado a 120ºC e fluxo de ar de 20L/h. As concentrações dos AG rumênico (CLA cis-9, trans-11), vacênico (C18:1 trans-11) e oleico (C18:1 cis-9) na gordura das manteigas foram aumentadas em 867, 687 e 148%, respectivamente, à medida que se aumentou de 0 para 4,5% o nível de OG na dieta. Por outro lado, as concentrações dos AG saturados de cadeia média foram linearmente reduzidas (P<0,0001) na gordura das manteigas, em razão do incremento de OG nas dietas. Quanto aos índices de qualidade nutricional, houve redução linear (P<0,0001) no índice de aterogenicidade e no de trombogenicidade e aumento da relação entre AG hipo e hipercolesterolêmicos, em resposta ao aumento do nível de OG na dieta. Consistente com o incremento (P<0,0001) nas concentrações totais dos AG mono e poli-insaturados, a EO da gordura das manteigas foi linearmente reduzida (P<0,0001) em razão do incremento de OG nas dietas. Concluiu-se que a suplementação com OG melhorou a qualidade nutricional das manteigas produzidas do leite de vacas Holandês x Gir devido a mudanças positivas no perfil de AG da gordura. Entretanto, tais mudanças na composição dos AG da gordura foram acompanhadas de redução da EO das manteigas, associada à menor vida de prateleira
Perfil de ácidos graxos do leite de vacas Holandês x Gir em pastagem de capim-marandu suplementado com quantidades crescentes de grão de soja tostado
O experimento foi realizado na Embrapa Gado de Leite, em delineamento quadrado latino (QL) 4x4, com o objetivo de avaliar o perfil de ácidos graxos (AG) e os índices de qualidade nutricional da gordura do leite de vacas Holandês x Gir (n = 16) sob pastejo em Brachiaria brizantha cv. Marandu suplementada com concentrado (6kg/vaca/dia) contendo 0; 1,3; 2,6 e 3,9kg (base matéria natural) de grão de soja tostado (GST). Foram observados decréscimos lineares (P<0,0001) nas concentrações e nas secreções dos AG láurico, mirístico e palmítico e dos AG de cadeia ímpar linear e ramificada, bem como incrementos lineares (P<0,0001) nas concentrações e secreções dos AG α-linolênico, linoleico, oleico e esteárico na gordura do leite, com a inclusão do GST no concentrado. As concentrações e as secreções dos AG vacênico e rumênico apresentaram comportamento quadrático (P<0,001) em resposta à inclusão de quantidades crescentes de GST na dieta. As alterações observadas no perfil de AG do leite com o aumento da inclusão de GST no concentrado resultaram em reduções lineares (P<0,0001) nos índices de aterogenicidade e de trombogenicidade e em incrementos lineares (P<0,0001) nas relações entre AG hipo:hipercolesterolêmicos e entre AG ω-6:ω-3 da gordura do leite. Os resultados deste estudo mostraram que a inclusão de quantidades crescentes de GST na dieta de vacas Holandês x Gir pastejando capim-marandu apresenta potencial para a secreção de leite com gordura enriquecida com ácidos graxos benéficos à saúde humana
Milk fatty acid profile of Holstein x Gyr cows on 'Marandu' grass pasture under different grazing strategies
O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de ácidos graxos (AG) do leite de vacas Holandesas x Gir submetidos a dois tipos de manejo de pastejo (períodos de descanso fixo e variável) de pastagem de Urochloa brizantha 'Marandu'. Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso, com duas repetições de área de pastagem (blocos) por tratamento e quatro vacas por bloco. A produção e a composição do leite não foram influenciadas pelas estratégias de pastejo. Não houve efeito dos tratamentos sobre as proporções (g 100 g-1 de AG totais) dos principais AG (palmítico, linoleico e α-linolênico) do pasto, mas suas ingestões (gramas por dia) foram influenciadas pelas diferenças de ingestão de matéria seca da forragem. As concentrações dos AG no plasma e na gordura do leite não foram influenciadas pelos tratamentos. As concentrações dos ácidos rumênico, vacênico, oleico e α-linolênico na gordura do leite variaram de 0,71 a 0,93, 1,40 a 1,50, 19,40 a 19,70 e 0,39 a 0,43 g 100 g-1 de AG totais, respectivamente. As estratégias de pastejo de U. brizantha 'Marandu' não alteram o perfil de ácidos graxos do leite das vacas.The objective of this work was to evaluate the milk fatty acid (FA) profile of Holstein x Gyr cows subjected to two different grazing managements (fixed and variable rest periods) of Urochloa brizantha 'Marandu' pastures. A randomized complete block design was used, with two replicates of pasture areas (blocks) per treatment and four cows per block. Milk production and composition were not affected by grazing strategies. No treatment effects were observed on the proportions (g 100 g-1 of total FA) of the main FAs (palmitic, linoleic, and α-linolenic) of the pasture, but their intakes (grams per day) were affected by differences in forage dry matter intake. The concentrations of FAs in milk plasma and fat were not affected by the treatments. Milk fat contents of rumenic, vaccenic, oleic, and α-linolenic acids varied from 0.71 to 0.93, 1.40 to 1.50, 19.40 to 19.70, and 0.39 to 0.43 g 100 g-1 total FAs, respectively. Grazing strategies of U. brizantha 'Marandu' cause no changes on the milk fatty acid profile of cows