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    Progress in Journalism's temporalities: A history of Brazilian centenarian newspapers

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    This paper presents a research on commemorative issues published by three centenarian newspapers of Rio de Janeiro on special dates of their existence. These special editions reveal how the longest lasting newspapers in the former federal capital inserted themselves in the temporal frameworks of different eras as vectors of progress. Despite the fact that progress can be understood as an idea which gave rise to a series of doctrines in previous centuries, especially in the mentality of the local elite, it is considered in this paper to be a certain perception of rupture with the past and giving direction for the future. This research attempts to analyze these commemorative narratives, showing how they articulate multiple temporalities, that is, socially shared notions of time. However, in a hegemonic way, the narratives of these centenarian newspapers lead to the future, configuring a demand for a radical rupture between past and future

    Comunicação tempo história tecendo o cotidiano em fios jornalísticos

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    Os fios jornalísticos com os quais o cotidiano é tecido são as articulações narrativas que esta tese analisa. Ela investiga a identidade temporal das narrativas jornalísticas e o valor que o tempo possui para esse tipo de comunicação, verificando a contribuição do jornalismo para a percepção do tempo social e a noção temporal que favorece sua legitimação, ao mesmo tempo em que separa a ação narrativa jornalística na produção de passados, presentes e futuros. Assim, analisa essas produções segundo duas formas, comemoração e acontecimento, e investiga a necessidade de celebrar o passado e as formas dessa comemoração experimentadas como história, tradição e memória, três estratégias de narração dos tempos idos. Também observa a participação do passado na elaboração da notícia, uma forma particular de construção de acontecimentos, diferente daquela realizada pela operação historiográfica. Para isso, apresenta uma tipologia dos usos do tempo no cotidiano narrativo de três periódicos com mais de cem anos no espaço social do estado do Rio de Janeiro: Jornal do Commercio, O Fluminense e Jornal do Brasil. Esses usos do tempo revelam algumas funções desempenhadas pelas práticas jornalísticas no cotidiano, sobretudo a de marcar a passagem do tempo, seja fixando-o ou potencializando seu efeito de fluxo. Num passo seguinte, mostra as concepções de história implicadas nessas operações narrativas de natureza jornalística e, numa dimensão mais ampla, investiga os processos de significação do jornalismo a partir de diferentes relações que estabelecemos com o tempo por meio dessa prática social. E, por último, destaca a importância da narratividade jornalística na constituição das múltiplas consciências de história, devido a seu trabalho de sintetizar diariamente portões para outros tempos, sejam passados ou futuros ou mesmo presentes alargados numa territorialidade mais ampla do que aquela vivida presencialmente, e procura abordar o jornalismo como forma particular de interação social, definida por uma experiência temporal específica baseada na periodicidade e na expectativa de novidade, ao mesmo tempo em que em parte a gera.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe journalistic threads with which everyday life is entwined are the narrative articulations that this thesis analyzes. It investigates the temporal identity of journalistic narratives and the value that time plays for such a type of communication, by checking the contributions of journalism to the perception of social time. This research also investigates the notions of time that contribute to its legitimacy, while separating journalistic narrations into the production of past, present and future. The thesis purposes analyze these productions in two ways – as commemorations and as events - and investigates the need to celebrate the past and the ways that this celebration experience takes as history, as tradition and as memory, three different strategies of narratives of bygone days. It also notes the participation of the past in the construction of news, a particular form of producing events, different from that held by the historiographical operation. We present a typology of the uses of time in daily narratives of three newspapers with more than one hundred years in Rio de Janeiro: Jornal do Commercio, O Fluminense and Jornal do Brasil. These uses of time expose some functions performed by journalistic practices in everyday life, especially that of counting the course of time, either fixing it or potentiating its flow effect. Then, this thesis shows the concepts of history involved in these journalistic emplotments and, in a broader approach, investigates the long-term processes of signifying journalism by the different connections we have established over time with this social practice. Finally, we highlight the importance of journalistic narratives to frame multiple consciousness of history, due to their daily work of synthesizing gates to other times, whether to the past or to the future or even to the present as an extended territoriality larger than experiences personally attended. We tend to approach journalism as a particular form of social interaction, defined by a specific experience based on the periodicity and for whom most of its history has been based on the expectation and the generation of novelties

    Elos, temporalidades e narrativas: a experiência contemporânea do medo no jornalismo de O Globo

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    fear under the phenomenological perspective of the French philosopher Paul Ricoeur, on the basis of 27 police reports published by Rio's newspaper O Globo in 2003 is the theme of this dissertation. The narrative analysis focuses on the first five days of the press covering of an assault to a subway station in Tijuca, in which died Gabriela do Prado Ribeiro, 14 year-old, and of a bullet attack against Estácio de Sá University in Rio Comprido, in which left wounded the student Luciana de Novais, 19 year-old then. Crimes had occurred in March 25th and May 5th, 2003. This dissertation evidences mnemonic bonds established by writing and editing links in order to produce an effect of continuum narrative, in a sensationalist way, specially based on fear. It emphasizes the similarity between space and time configurations in both coverages, reminding feelings of fragility in urban environment, fear of death, uprising and the other, identified as the drug dealer. The way the newspaper articulates temporally urban experience in Rio points out to an understanding of the past as a time of naive crimes, opposed to an increasingly violent future and a present in suspension. It highlights the use that this newspaper does to a series of elements concerning violence, that belong to the imaginary of Rio's elites, its conflicts with other social groups and its worldview in order to configurate its mediatic fears. The main resources are the concepts of memory and threefold mimesis (prefigurating, configuration and transfiguration or refiguration), with emphasis in the conduction from the prefigured world to the narrative configuration. The conclusion is that mediatic fear works as a kind of memory device in the dispute and maintenance of one determined shared symbolic structure by part of Rio' s inhabitants.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorO medo midiático sob a perspectiva fenomenológica do filófoso francês Paul Ricoeur com base em 27 reportagens policiais publicadas pelo periódico fluminense O Globo no ano de 2003 é, em linhas gerais, o objeto dessa dissertação. A análise narrativa se concentra nos cinco primeiros dias das coberturas de um assalto a uma estação do metrô na Tijuca, no qual morreu a adolescente Gabriela do Prado Ribeiro, de 14 anos, e de um ataque à bala contra o campus da Universidade Estácio de Sá no Rio Comprido, no qual saiu ferida a estudante Luciana de Novais, então com 19 anos. Os crimes ocorreram em 25 de março e em 05 de maio de 2003. A dissertação evidencia vínculos mnemônicos estabelecidos por meio de elos redacionais e editoriais de modo a fornecerem o efeito de continuum narrativo, de caráter sensacionalista, com base principalmente no medo. Destaca-se a similaridade das configurações espaciais e temporais em ambas as coberturas, configurando idéias de fragilidade no ambiente urbano, medo da morte, das sedições e do outro, identificado como o traficante de drogas. A maneira como o diário articula temporalmente a experiência urbana na cidade do Rio aponta para o entendimento de um passado de crimes ingênuos, contra uma idéia de violência cada vez mais brutal no futuro, com um presente em suspensão. Evidencia-se a disposição pelo jornal de uma série de elementos pertencentes ao imaginário das elites cariocas acerca da violência, de seus conflitos com outros grupos sociais e de suas visões de mundo para a configuração dos seus medos midiáticos. Os principais recursos teóricos são os conceitos de memória e tríplice mimese (prefiguração, configuração e refiguração), com ênfase na passagem da prefiguração à configuração narrativa. Conclui-se que esses medos midiáticos servem como artefato de memória para a disputa e manutenção de uma determinada estrutura simbólica compartilhada por parte dos habitantes do Rio
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