2 research outputs found

    Apresentação atípica e resolução cirúrgica de síndrome do ovário remanescente em cadela Terrier brasileiro idosa / Atypical presentation and surgical resolution of remnant ovary syndrome in an elderly Brazilian Terrier bitch

    Get PDF
    A síndrome do ovário remanescente (SOR) é um distúrbio com causa iatrogênica caracterizada pela persistência de fragmentos ovarianos na cavidade abdominal após procedimento cirúrgico de ovário-histerectomia (OHE). Como consequências, observa-se sinais de cio, cio persistente, cistos ovarianos, secreção vulvar, piometra e hidrometra. O objetivo deste relato é descrever o diagnóstico e tratamento cirúrgico de um caso atípico de SOR associado a ovário policístico e hidrometra em uma cadela idosa. Foi atendida em Araguaína, Tocantins, cadela da raça Terrier Brasileiro, nove anos, com o histórico OHE realizada há seis anos, apresentando vômitos, inapetência, prostração, características de cio e relato de cópula três dias prévios à consulta. A paciente foi encaminhada por outro profissional que realizou ultrassonografia abdominal na qual observou a presença de duas áreas cavitárias próximas à topografia dos ovários, sendo a da esquerda maior que a da direita. Optou-se pelo procedimento cirúrgico de celiotomia exploratória, no qual se constatou a presença de massa de consistência macia que, com a dissecação fina, identificou-se tecido uterino próximo ao ovário esquerdo hiperplásico e policístico. O ovário direito apresentava-se também policístico, aderido ao mesentério. A cultura e antibiograma do exsudato límpido presente no corno uterino remanescente não apresentou crescimento de microrganismos, podendo ser indicativo de hidrometra. Conclui-se que a OHE é um procedimento cirúrgico que deve ser realizado por médico veterinário qualificado para evitar complicações e situações passíveis de processo judicial.

    ASSOCIAÇÃO DO BLOQUEIO DO PLANO TRANSVERSO E SERRÁTIL EM GATA SUBMETIDA À MASTECTOMIA

    Get PDF
    Locoregional blocks are considered the gold standard for perioperative analgesia. Thus, this paper presents the effect of the association of transverse abdominal plane block with serratus plane block in an 11-year-old female feline submitted to unilateral mastectomy. Methadone 0.3 mg/kg via intramuscular (IM) was used as pre anesthetic medication and dose-effect propofol via intravenous (IV) was used for induction, while the maintenance was done with isofluorane. TAP Block and SP-Block were performed unilaterally using an association of Bupivacaine 0.3 ml/kg at each point, diluted to 0.25% with saline solution. Heart rate (HR), respiratory rate (f), non-invasive blood pressure (Doppler method), esophageal temperature (oC), oxygen saturation (SpO2), capnography (EtCO2), and electrocardiogram were monitored continuously and recorded every 10 minutes. The patient was monitored for pain during five hours after extubation using the Multidimensional Scale of UNESP-Botucatu. The anesthetic recovery of the patient was fast and without complications. During pain assessment, the animal presented a score of zero and did not present any postoperative discomfort. The association of techniques was effective in the anesthetic blockade of the thoracic and abdominal walls, suggesting their inclusion in multimodal analgesia protocols for this type of surgery.Os bloqueios locorregionais são considerados padrão-ouro para a analgesia perioperatória. Sendo assim, este trabalho apresenta o efeito da associação do bloqueio do plano transverso do abdome com o bloqueio do plano serrátil em um felino de 11 anos, fêmea, que foi submetido à mastectomia unilateral. Foi utilizada a metadona 0,3 mg/kg via intramuscular (IM) na medicação pré-anestésica e propofol dose-efeito via intravenosa (IV) para indução, enquanto a manutenção foi feita com isoflurano. O TAP Block e o SP-Block foram realizados unilateralmente utilizando a associação de bupivacaína 0,3mL/kg, em cada ponto, diluída a 0,25% com solução fisiológica. A frequência cardíaca (FC), a frequência respiratória (f), a pressão arterial não invasiva (Método Doppler), a temperatura esofágica (oC), a saturação de oxigênio (SpO2), a capnografia (EtCO2) e o eletrocardiograma foram monitorados continuamente e registrados a cada dez minutos. A paciente foi monitorada por cinco horas, após a extubação, quanto à dor, sendo utilizada, para isso, a Escala Multidimensional de Dor Aguda (UNESP-Botucatu). A recuperação anestésica da paciente foi rápida e sem complicações. Durante a avaliação de dor, o animal apresentou escore zero, não manifestando qualquer desconforto pós-operatório. A associação das técnicas foi eficaz no bloqueio anestésico das paredes torácica e abdominal, sugerindo a inclusão destas nos protocolos de analgesia multimodal para esse tipo de cirurgia
    corecore