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Avaliação in vivo dos efeitos fisiológicos resultantes da exposição à tília
O Papiloma Vírus Humano (HPV) é responsável pelo desenvolvimento do carcinoma
do colo do útero, estando ainda associado a outros carcinomas. Para compreender
melhor os mecanismos associados às infeções causadas por este vírus e estudar
novas terapias foi desenvolvido um modelo transgénico de murganho: K14HPV16.
Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da administração oral do extrato
hidroetanólico (80:20, v/v) de tília (Tilia platyphyllos Scop.) em murganhos machos e
fêmeas K14HPV16 e wild type. Utilizaram-se 43 animais divididos em grupos de
machos e fêmeas. Cada um destes grupos foi ainda dividido em dois grupos de
animais K14HPV16 com e sem exposição oral à tília (4,5 mg/animal, calculado com
base em trabalhos prévios feitos in vitro) e dois grupos de animais wild type com e
sem tratamento. O extrato hidroetanólico foi caracterizado por HPLC-DAD-ESI/MS
quanto ao perfil em compostos fenólicos e a sua estabilidade foi estudada ao longo de
5 dias consecutivos. (-)-Epicatequina, quercetina-3-O-glucósido e ácido
protocatéquico, foram os compostos fenólicos maioritários identificados no extrato,
estáveis durante 5 dias. Durante o ensaio experimental, com duração de 33 dias, foi
registado o consumo de água, e as massas corporais individuais e consumo de
comida. No final do ensaio todos os animais foram sacrificados, tendo sido recolhido
sangue, para estudo bioquímico e danos oxidativos pelo ensaio dos cometas.
Observou-se que o extrato de tília não provocou alterações no aspeto dos animais
nem na média da massa corporal. O consumo médio de alimento foi idêntico entre
grupos, os murganhos K14HPV16 consumiram mais água. Os parâmetros bioquímicos
avaliados (creatinina, ureia, alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase)
não apresentaram diferenças entre grupos. Através do ensaio dos cometas não foram
registados danos oxidativos entre grupos. No geral, conclui-se que a concentração de
tília utilizada não apresentou efeitos adversos neste modelo animal.Os autores agradecem a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal) e ao
FEDER no ambito do programa PT2020 pelo apoio financeiro ao CIMO (UID/AGR/00690/2013) e ao
programa FEDER-Interreg Espafia-Portugal pelo apoio financeiro atrav6s do projeto
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