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    Erros de medicação: quem foi?

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    Erros de dispensação de medicamentos em farmácia hospitalar

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    OBJETIVO: Determinar a taxa de erros de dispensação e identificar fatores associados, propondo ações de prevenção. MÉTODOS: Estudo transversal investigou-se a ocorrência de erros de dispensação em um hospital geral de Belo Horizonte que emprega um sistema misto de dose coletiva e individualizada. RESULTADOS: Foram analisadas 422 prescrições, registrando em 81,8% destas pelo menos um erro de dispensação. Oportunidades de erros foram maiores nas prescrições pré-digitadas (Odds Ratio=4,5; pOBJECTIVE: To determine the dispensing error rate and to identify factors associated with them, and to propose prevention actions. METHODS: A cross-sectional study focusing on the occurrence of dispensing errors in a general hospital in Belo Horizonte that uses a mixed system (a combination of multidose and unit dose systems) of collective and individualized dosing. RESULTS: A total of 422 prescription order forms were analyzed, registering 81.8% with at least 1 dispensing error. Opportunities for errors were higher in the pretyped prescription order forms (odds ratio = 4.5;

    Erros de medicação e sistemas de dispensação de medicamentos em farmácia hospitalar

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    Pharmacies permeate and interconnect various actions developed in different sectors within the complex process of the use of drugs in a hospital. Dispensing failures mean that a breach has occurred in one of the last safety links in the use of drugs. Although most failures do not harm patients, their existence suggests fragility in the process and indicates an increased risk of severe accidents. Present concepts on drug-related incidents may be classified as side effects, adverse effects, and medication errors. Among these are dispensing errors, usually associated with poor safety and inefficient dispensing systems. Factors associated with dispensing errors may be communication failures, problems related to package labels, work overload, the physical structure of the working environment, distraction and interruption, the use of incorrect and outdated information sources and the lack of patient knowledge and education about the drugs they use. So called banal dispensing errors reach significant epidemiological levels. The purpose of this paper, which is part of a study on the occurrence of dispensing errors in the pharmacy of a large hospital, is to review the main concepts that guide studies on adverse effects and to provide an update on dispensing errors.A farmácia hospitalar permeia e interliga várias ações desenvolvidas em diferentes setores no complexo processo de utilização do medicamento dentro do hospital. Falhas na dispensação significam o rompimento de um dos últimos elos na segurança do uso dos medicamentos. Ainda que grande parte dessas falhas não cause danos aos pacientes, sua existência denuncia fragilidade no processo e indica, em uma relação direta, riscos maiores de ocorrência de acidentes graves. Os conceitos atuais dos incidentes relacionados a medicamentos podem ser categorizados em grupos e incluem as reações adversas, os eventos adversos e os erros de medicação. Dentre estes se inclui os erros de dispensação, cujas causas mais comuns se associam ao caráter inseguro e ineficiente dos próprios sistemas de dispensação. Os fatores associados a estes erros se resumem nas falhas de comunicação, nos problemas relacionados à rotulagem e embalagem dos medicamentos, na sobrecarga de trabalho e na estrutura da área de trabalho, nas distrações e interrupções, no uso de fontes de informação incorretas e desatualizadas e na falta de conhecimento e educação do paciente sobre os medicamentos que utiliza. O erro de dispensação, ainda que em muitos casos possa ser classificado como banal, assume níveis epidemiológicos importantes. Este artigo, parte de um estudo sobre a ocorrência de erros de dispensação na farmácia de um hospital geral de grande porte, visa divulgar uma revisão sobre os principais conceitos que hoje norteiam os estudos sobre eventos adversos, bem como o estágio atual do conhecimento sobre os erros de dispensação

    Erros na prescrição hospitalar de medicamentos potencialmente perigosos

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    OBJECTIVE:Medication errors are currently a worldwide public health issue and it is one of the most serious prescription errors. The objective of the study was to evaluate the practice of prescribing high-alert medications and its association with the prevalence of medication errors in hospital settings. METHODS: A retrospective cross-sectional study was conducted including 4,026 prescription order forms of high-alert medications. There were evaluated all prescriptions received at the pharmacy of a reference hospital in the state of Minas Gerais, southeastern Brazil, over a 30-day period in 2001. Prescription were checked for legibility, patient name, type of prescription, date, handwriting or writing, prescriber identification, drug prescribed, and use of abbreviations. Prescription errors were classified as writing or decision errors and how the type of prescription affected the occurrence of errors was assessed. RESULTS: Most prescriptions were handwritten (45.7%). In 47.0% of handwritten, mixed and pre-typed prescriptions had patient name errors; the prescriber name was difficult to identify in 33.7%; 19.3% of them were hardly legible or illegible. Of a total of 7,148 high-alert drugs prescribed, 3,177 errors were found, and the most frequent one was missing information (86.5%). Errors occurred mostly in prescriptions of heparin, phentanyl, and midazolam. Intensive care and neurology units had the highest number of errors per prescription. Non-standard abbreviations were frequent and widespread. Overall it was estimated 3.3 errors per prescription order form. Pre-typed prescriptions were less likely to have errors compared to mixed or handwritten prescriptions. CONCLUSIONS: The study results show there is a need for standardizing the prescription process and eliminating handwritten prescriptions. The use of pre-typed or edited prescriptions may reduce errors associated to high-alert medications.OBJETIVO:Los errores de medicación son actualmente un problema mundial de salud pública, siendo los más serios los de prescripción. El objetivo del estudio fue analizar la práctica de la prescripción de medicamentos de alto riesgo y su relación con la prevalencia de errores de medicación en ambiente hospitalario. MÉTODOS: Estudio transversal retrospectivo abarcando 4.026 prescripciones con medicamentos potencialmente peligrosos. Durante 30 días de 2001, fueron analizadas todas las prescripciones recibidas en la farmacia de un hospital de referencia del estado de Minas Gerais (Sureste de Brasil). Las prescripciones fueron analizadas con relación a: legibilidad, nombre del paciente, tipo de prescripción, fecha, caligrafía o grafía, identificación del prescriptor, análisis del medicamento y uso de abreviaturas. Los errores de prescripción fueron clasificados como de redacción o decisión, siendo evaluada la influencia del tipo de prescripción en la ocurrencia de errores. RESULTADOS: Hubo predominio de la prescripción escrita a mano (45,7%). En 47,0% de las prescripciones escritas a mano, mixtas y pre-digitadas ocurrieron errores en el nombre del paciente, en 33,7% hubo dificultades en la identificación del prescriptor y 19,3% estaban poco legibles o ilegibles. En un total de 7.148 medicamentos de alto riesgo prescritos, fueron observados 3.177 errores, siendo más frecuente la omisión de información (86,5%). Los errores se concentraron principalmente en los medicamentos heparina, fentanil y midazolam; y los sectores de tratamiento intensivo y la neurología presentaron mayor número de errores por prescripción. Se observó el uso intensivo y sin estandarización de abreviaturas. Cuando se computaron todos los tipos de errores, se verificó 3,3 por prescripción. La prescripción pre-digitada presentó menor probabilidad de errores en comparación con las mixtas o escritas a mano. CONCLUSIONES:Los resultados sugieren la necesidad de la estandarización en el proceso de prescripción y la eliminación de aquellas hechas a mano. El uso de prescripciones pre-digitadas o editadas podrá disminuir los errores relacionados a los medicamentos potencialmente peligrosos.OBJETIVO:Os erros de medicação são atualmente um problema mundial de saúde pública, sendo os mais sérios os de prescrição. O objetivo do estudo foi analisar a prática da prescrição de medicamentos de alto risco e sua relação com a prevalência de erros de medicação em ambiente hospitalar. MÉTODOS:Estudo transversal retrospectivo abrangendo 4.026 prescrições com medicamentos potencialmente perigosos. Durante 30 dias de 2001, foram analisadas todas as prescrições recebidas na farmácia de um hospital de referência de Minas Gerais. As prescrições foram analisadas quanto a: legibilidade, nome do paciente, tipo de prescrição, data, caligrafia ou grafia, identificação do prescritor, análise do medicamento e uso de abreviaturas. Os erros de prescrição foram classificados como de redação ou decisão, sendo avaliada a influência do tipo de prescrição na ocorrência de erros. RESULTADOS: Houve predomínio da prescrição escrita à mão (45,7%). Em 47,0% das prescrições escritas à mão, mistas e pré-digitadas ocorreram erros no nome do paciente, em 33,7% houve dificuldades na identificação do prescritor e 19,3% estavam pouco legíveis ou ilegíveis. No total de 7.148 medicamentos de alto risco prescritos, foram observados 3.177 erros, sendo mais freqüente a omissão de informação (86,5%). Os erros se concentraram principalmente nos medicamentos heparina, fentanil e midazolam; e os setores de tratamento intensivo e a neurologia apresentaram maior número de erros por prescrição. Observou-se o uso intensivo e sem padronização de abreviaturas. Quando computados todos os tipos de erros, verificou-se 3,3 por prescrição. A prescrição pré-digitada apresentou menor chance de erros do que as mistas ou escritas à mão. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem a necessidade da padronização no processo de prescrição e a eliminação daquelas feitas à mão. O uso de prescrições pré-digitadas ou editadas poderá diminuir os erros relacionados aos medicamentos potencialmente perigosos

    Concomitant prescribing and dispensing errors at a Brazilian hospital: a descriptive study

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    OBJECTIVE: To analyze the prevalence and types of prescribing and dispensing errors occurring with high-alert medications and to propose preventive measures to avoid errors with these medications. INTRODUCTION: The prevalence of adverse events in health care has increased, and medication errors are probably the most common cause of these events. Pediatric patients are known to be a high-risk group and are an important target in medication error prevention. METHODS: Observers collected data on prescribing and dispensing errors occurring with high-alert medications for pediatric inpatients in a university hospital. In addition to classifying the types of error that occurred, we identified cases of concomitant prescribing and dispensing errors. RESULTS: One or more prescribing errors, totaling 1,632 errors, were found in 632 (89.6%) of the 705 high-alert medications that were prescribed and dispensed. We also identified at least one dispensing error in each high-alert medication dispensed, totaling 1,707 errors. Among these dispensing errors, 723 (42.4%) content errors occurred concomitantly with the prescribing errors. A subset of dispensing errors may have occurred because of poor prescription quality. The observed concomitancy should be examined carefully because improvements in the prescribing process could potentially prevent these problems. CONCLUSION: The system of drug prescribing and dispensing at the hospital investigated in this study should be improved by incorporating the best practices of medication safety and preventing medication errors. High-alert medications may be used as triggers for improving the safety of the drug-utilization system

    Impact of implementing a vancomycin protocol to reduce kidney toxicity: A comparative study

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    Introduction: Vancomycin is a frequently used antibiotic for treating severe infections caused by multidrug-resistant, Gram-positive pathogens. To ensure its effectiveness and minimize the risk of nephrotoxicity, safe administration and dose monitoring are crucial. Understanding the impact of vancomycin serum levels on clinical outcomes is of paramount importance, necessitating improved knowledge on its use, dose monitoring, nephrotoxicity, and safe administration.Objective: This study aimed to evaluate the incidence of acute kidney injury (AKI) in patients receiving vancomycin before and after the implementation of an institutional protocol for vancomycin administration in a public tertiary hospital in southern Brazil.Materials and methods: A cross-sectional study design was employed, analyzing data from the electronic medical records of 422 patients who received vancomycin. The patient population was divided into two independent cohorts: those treated in 2016 (pre-protocol) and those treated in 2018 (post-protocol), following the implementation of the institutional vancomycin administration protocol.Results: The study included 211 patients in each year of assessment. Patients from both cohorts had a Charlson Comorbidity Index (CCI) score of 4. The post-protocol cohort consisted of older individuals, with a mean age of 62.8 years. In addition, patients in the post-protocol year had higher baseline creatinine levels, higher rates of intensive care unit (ICU) hospitalization, and increased use of vasopressors. In the pre-protocol year, patients received vancomycin therapy for a longer duration. When comparing the incidence of AKI between the two groups, an intervention study revealed rates of 38.4% in group 1 and 20.9% in group 2, indicating a significant reduction (p < 0.001) in the post-protocol group. A logistic regression model was developed to predict AKI, incorporating variables that demonstrated significance (p ≤ 0.250) in bivariate analysis and those recognized in the literature as important factors for AKI, such as the duration of therapy, vancomycin serum level, and ICU hospitalization. The logistic regression classification performance was assessed using a receiver operating characteristic (ROC) curve, yielding an area under the curve of 0.764, signifying acceptable discrimination of the regression model.Conclusion: Implementation of the institutional protocol for vancomycin administration resulted in a significant and cost-effective impact, ensuring appropriate therapeutic dosing, reducing adverse events (e.g., nephrotoxicity), and improving clinical outcomes for patients in the study population

    Eventos adversos a medicamentos entre idosos no Brasil antes e após o início da pandemia da COVID-19

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    Introduction: Harm resulting from adverse drug events (ADE) is among the most frequent in the world. Therefore, its monitoring is essential, especially among older adults, who are at greater risk of suffering such type of harm. Additionally, the COVID-19 pandemic, its high incidence among older adults and frequent use of off-label medications have reinforced the importance of monitoring ADE in this population. Objective: To describe the suspected ADE among older adults in Brazil before and after the beginning of the COVID-19 pandemic. Method: A description of suspected ADEs reported in the VigiMed system of the National Health Surveillance Agency was carried out, involving older adults (age ≥ 65 years) in the pre- (01/2019 to 03/2020) and post-onset of the pandemic period (04/2020 to 06/2021). The difference between the proportion of severe ADE between the periods was evaluated using Pearson’s chi-square test. Results: 57,167 suspected ADE were reported in the global period evaluated; 22.2% involved older adults. In the pre-pandemic period, 2,924 suspected ADEs were reported (44.2% were severe ADEs), especially those involving antineoplastic, antimicrobial, and anticoagulant drugs. In the post-pandemic period, 9,771 suspected ADEs were reported (57.5% severe), especially related to hydroxychloroquine and vaccines against COVID-19. The difference in the proportion of severe suspected ADE reported for the older adults between the periods evaluated was statistically significant (p < 0.001). Conclusions: ADE notifications and studies that evaluate ADE among older adults are essential to generate information that can support drug therapy optimization and prioritization of harm reduction among them, especially in the pandemic context that considerably affects this population.Introdução: Danos decorrentes de eventos adversos relacionados a medicamentos (EAM) estão entre os mais frequentes no mundo. Logo, seu monitoramento é essencial, especialmente entre os idosos que apresentam maior risco de sofrer tais danos. Adicionalmente, a pandemia da COVID-19, a sua elevada incidência entre idosos e o uso frequente de medicamentos off-label reforçaram a importância do monitoramento de EAM nessa população. Objetivo: Descrever as suspeitas de EAM entre idosos no Brasil antes e após o início da pandemia por COVID-19. Método: Foi realizada a descrição das suspeitas de EAM notificadas no sistema VigiMed da Agência Nacional de Vigilância Sanitária envolvendo idosos (idade ≥ 65 anos) no período pré-pandemia (01/2019 a 03/2020) e pós-início da pandemia (04/2020 a 06/2021). A diferença entre a proporção de EAM graves entre os períodos foi avaliada mediante teste qui-quadrado de Pearson. Resultados: Foram notificadas 57.167 suspeitas de EAM no período global avaliado; 22,2% envolviam idosos. No período pré-pandemia, 2.924 suspeitas de EAM foram notificadas (44,2% eram EAM graves), destacando-se aquelas envolvendo antineoplásicos, antimicrobianos e anticoagulantes. No período pós-início da pandemia, 9.771 suspeitas de EAM foram notificadas (57,5% graves), destacando-se a hidroxicloroquina e as vacinas contra a COVID-19. A diferença na proporção de suspeitas de EAM graves notificadas para idosos entre os períodos avaliados foi estatisticamente significativa (p < 0,001). Conclusões: Notificações de EAM e estudos que avaliem EAM entre idosos são essenciais para gerar informações que possam subsidiar a otimização da farmacoterapia e a priorização de redução de danos entre eles, sobretudo no contexto pandêmico que afeta consideravelmente essa população.

    IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS E PRÁTICAS NA UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

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    RESUMO Objetivo: analisar as prescrições de medicamentos potencialmente perigosos e identificar as práticas adotadas na dispensação em hospital universitário público de alta complexidade, propondo estratégias para prevenção de eventos adversos. Métodos: estudo transversal realizado com 566 prescrições, em três turnos, no período de abril a dezembro de 2016. A identificação de práticas para dispensação foi por observação direta com aplicação de checklist baseado no protocolo do Ministério da Saúde (MS) /Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Utilizou-se teste não paramétrico do qui-quadrado de independência para avaliar a associação entre prescrições com e sem medicamentos potencialmente perigosos e unidades de internação. Resultados: mais da metade das prescrições (56,6%) continha dois ou mais medicamentos potencialmente perigosos e quase todos injetáveis (95,4%), principalmente analgésicos opioides (31,2%), glicose 50% (24,7%) e insulina NPH e regular (24,3%). A taxa dos prescritos correspondeu a 18,2%. As principais práticas que representaram riscos foram: distribuição coletiva de cloreto de potássio e insulina; falta de etiquetas de alerta; dupla conferência inexistente; uso de fontes de interrupção/distração em 43,9% das prescrições atendidas. Conclusão: apesar de serem frequentes em mais da metade das prescrições, as práticas adotadas na dispensação de medicamentos potencialmente perigosos foram insuficientes para uma dispensação segura, podendo comprometer a administração desses medicamentos e causar danos aos pacientes. É importante a implementação do protocolo do MS/ANVISA para prevenção de erros de medicação, em consonância com o terceiro desafio global da Organização Mundial da Saúde (OMS)
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