19 research outputs found

    A metarrepresentação na brincadeira de faz-de-conta : uma investigação da teoria da mente

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    A Teoria da Mente é uma área de estudo que investiga a compreensão da mente pelas crianças pequenas. Uma das questões centrais nesta investigação refere-se a quando a criança começa a entender a mente em sua dimensão metarrepresentativa. Neste estudo, examinou-se o status metarrepresentativo da brincadeira de faz-de-conta, considerada como uma das atividades que indicam a presença de uma teoria da mente, e a sua relação com o nível representativo apresentado nas tarefas de crença falsa e de aparência-realidade, e no emprego de termos mentais. Os dados foram obtidos através de testagem, entrevista e de uma sessão de observação, em que cada um dos sete participantes, com seis anos de idade, foi observado por vinte minutos. As crianças foram filmadas interagindo com colegas e brinquedos e suas falas gravadas, utilizando-se um microfone de lapela. Os resultados mostraram que todas as crianças do estudo resolveram as tarefas de crença falsa e de aparência-realidade, indicando a presença de uma teoria da mente e da capacidade de metarrepresentação. Quanto à brincadeira de faz-de-conta, houve predomínio de episódios categorisados como de brinquedo não-metarrepresentativo, apesar de seis crianças apresentarem episódios de faz-de-conta metarrepresentativo. Quanto ao uso de termos mentais, cinco crianças, em suas conversações, empregaram termos mentais considerados metarrepresentativos. Apesar das crianças apresentarem episódios de faz-de-conta metarrepresentativo, de resolverem corretamente as tarefas e de empregarem termos mentais que requerem metarrepresentação para serem compreendidos, não parece haver uma relação linear entre esses indicadores. Os resultados confirmam a hipótese de alguns autores de que a brincadeira de faz-de-conta metarrepresentativa ocorre mais tardiamente no desenvolvimento, estando estreitamente relacionada à compreensão da sintaxe do termo mental fazer de conta

    A metarrepresentação na brincadeira de faz-de-conta : uma investigação da teoria da mente

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    A Teoria da Mente é uma área de estudo que investiga a compreensão da mente pelas crianças pequenas. Uma das questões centrais nesta investigação refere-se a quando a criança começa a entender a mente em sua dimensão metarrepresentativa. Neste estudo, examinou-se o status metarrepresentativo da brincadeira de faz-de-conta, considerada como uma das atividades que indicam a presença de uma teoria da mente, e a sua relação com o nível representativo apresentado nas tarefas de crença falsa e de aparência-realidade, e no emprego de termos mentais. Os dados foram obtidos através de testagem, entrevista e de uma sessão de observação, em que cada um dos sete participantes, com seis anos de idade, foi observado por vinte minutos. As crianças foram filmadas interagindo com colegas e brinquedos e suas falas gravadas, utilizando-se um microfone de lapela. Os resultados mostraram que todas as crianças do estudo resolveram as tarefas de crença falsa e de aparência-realidade, indicando a presença de uma teoria da mente e da capacidade de metarrepresentação. Quanto à brincadeira de faz-de-conta, houve predomínio de episódios categorisados como de brinquedo não-metarrepresentativo, apesar de seis crianças apresentarem episódios de faz-de-conta metarrepresentativo. Quanto ao uso de termos mentais, cinco crianças, em suas conversações, empregaram termos mentais considerados metarrepresentativos. Apesar das crianças apresentarem episódios de faz-de-conta metarrepresentativo, de resolverem corretamente as tarefas e de empregarem termos mentais que requerem metarrepresentação para serem compreendidos, não parece haver uma relação linear entre esses indicadores. Os resultados confirmam a hipótese de alguns autores de que a brincadeira de faz-de-conta metarrepresentativa ocorre mais tardiamente no desenvolvimento, estando estreitamente relacionada à compreensão da sintaxe do termo mental fazer de conta

    As crianças e o conceito de morte The concept of death in children

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    A maioria das pesquisas que estuda como as crianças elaboram o conceito de morte relacionam-no com o desenvolvimento cognitivo. No entanto, as experiências individuais da criança (Fávero e Salim, 1995) bem como a cultura, que coloca a sua disposição os aspectos formais que representam os eventos de cada sociedade (Bruner, 1990) e, portanto, também o evento da morte, têm sido reconhecidas como influências importantes na elaboração deste conceito. Com a finalidade de observar se essas influências estão presentes na elaboração da representação mental da morte, examinaram-se seis crianças pré-escolares, utilizando-se entrevistas semi-estruturadas. Também, seguindo a proposta de Fávero e Salim (1995), que entendem o desenho como uma atividade simbólica capaz de representar conteúdos mentais, pediu-se às crianças que desenhassem o que pensavam da morte. Os resultados do estudo mostram que, tanto a experiência da criança com relação à morte quanto as representações formais à disposição na cultura, estão presentes na elaboração conceitual que as crianças fazem da morte.<br>Children&#146;s concept of death has been related to cognitive development in the majority of studies dealing with this subject. However, children&#146;s individual experiences (Fávero e Salim, 1995) as well as culture which formalizes events of each particular society (Bruner, 1990), among others the event of death, have been increasingly considered as important elements in the elaboration of children&#146;s concept of death. Aiming at observing whether these influences are present in the elaboration of the mental representation of death, six preschoolers were examined using semi-structured interviews and drawings, following Fávero and Salim&#146;s (1995) proposal of using drawings to represent mental contents. Children were asked to draw what they thought about death. Results showed that both the children&#146;s experience and their formal representations given by culture are present in their elaboration of the concept of death

    The concept of death in children

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    A maioria das pesquisas que estuda como as crianças elaboram o conceito de morte relacionam-no com o desenvolvimento cognitivo. No entanto, as experiências individuais da criança (Fávero e Salim, 1995) bem como a cultura, que coloca a sua disposição os aspectos formais que representam os eventos de cada sociedade (Bruner, 1990) e, portanto, também o evento da morte, têm sido reconhecidas como influências importantes na elaboração deste conceito. Com a finalidade de observar se essas influências estão presentes na elaboração da representação mental da morte, examinaram-se seis crianças pré-escolares, utilizando-se entrevistas semi-estruturadas. Também, seguindo a proposta de Fávero e Salim (1995), que entendem o desenho como uma atividade simbólica capaz de representar conteúdos mentais, pediu-se às crianças que desenhassem o que pensavam da morte. Os resultados do estudo mostram que, tanto a experiência da criança com relação à morte quanto as representações formais à disposição na cultura, estão presentes na elaboração conceitual que as crianças fazem da morte.Children’s concept of death has been related to cognitive development in the majority of studies dealing with this subject. However, children’s individual experiences (Fávero e Salim, 1995) as well as culture which formalizes events of each particular society (Bruner, 1990), among others the event of death, have been increasingly considered as important elements in the elaboration of children’s concept of death. Aiming at observing whether these influences are present in the elaboration of the mental representation of death, six preschoolers were examined using semi-structured interviews and drawings, following Fávero and Salim’s (1995) proposal of using drawings to represent mental contents. Children were asked to draw what they thought about death. Results showed that both the children’s experience and their formal representations given by culture are present in their elaboration of the concept of death

    The concept of death in children

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    A maioria das pesquisas que estuda como as crianças elaboram o conceito de morte relacionam-no com o desenvolvimento cognitivo. No entanto, as experiências individuais da criança (Fávero e Salim, 1995) bem como a cultura, que coloca a sua disposição os aspectos formais que representam os eventos de cada sociedade (Bruner, 1990) e, portanto, também o evento da morte, têm sido reconhecidas como influências importantes na elaboração deste conceito. Com a finalidade de observar se essas influências estão presentes na elaboração da representação mental da morte, examinaram-se seis crianças pré-escolares, utilizando-se entrevistas semi-estruturadas. Também, seguindo a proposta de Fávero e Salim (1995), que entendem o desenho como uma atividade simbólica capaz de representar conteúdos mentais, pediu-se às crianças que desenhassem o que pensavam da morte. Os resultados do estudo mostram que, tanto a experiência da criança com relação à morte quanto as representações formais à disposição na cultura, estão presentes na elaboração conceitual que as crianças fazem da morte.Children’s concept of death has been related to cognitive development in the majority of studies dealing with this subject. However, children’s individual experiences (Fávero e Salim, 1995) as well as culture which formalizes events of each particular society (Bruner, 1990), among others the event of death, have been increasingly considered as important elements in the elaboration of children’s concept of death. Aiming at observing whether these influences are present in the elaboration of the mental representation of death, six preschoolers were examined using semi-structured interviews and drawings, following Fávero and Salim’s (1995) proposal of using drawings to represent mental contents. Children were asked to draw what they thought about death. Results showed that both the children’s experience and their formal representations given by culture are present in their elaboration of the concept of death
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