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POVOAMENTO DO INTERIOR SERIDOENSE DA PARAÍBA NO SÉCULO XVII
O trabalho que se segue busca lançar luz sobre uma página da história da Paraíba ainda pouco estudada: a “Guerra dosBárbaros” em seu território, especificamente no Seridó. O trabalho justifica-se precisamente por esta ausência de pesquisasque incidam sobre a parcela seridoense que pertence ao estado da Paraíba, pois a história desta vasta e disputada região estáligada, também, à do estado do Rio Grande do Norte, onde as investigações e as fontes são muito mais abundantes. Assim,analisando a literatura já produzida e alguns documentos, nomeadamente de concessão de sesmarias, a presente pesquisademonstra o penoso processo de povoamento do território a que se denominou Seridó da Paraíba, elencando, como objetivochave,o desenrolar do mais longínquo e dispendioso conflito já travado nas terras do Brasil, ocasionador de um literalgenocídio contra grupos indígenas que se opunham à expansão da máquina colonial, a Guerra dos Bárbaros no front do Seridó
AFIADORES FIXOS UTILIZADOS POR GRUPOS HUMANOS PRÉ-HISTÓRICOS:: ESTUDO DE CASO DO COMPLEXO ARQUEOLÓGICO SACAS DE LÃ, CABACEIRAS, PARAÍBA
O artigo a seguir configura-se como a apresentação preliminar de um trabalho de pesquisa arqueológica em andamento no ComplexoArqueológico Sacas de Lã, localizado em Cabaceiras, Paraíba. A característica mais interessante dalguns sítios neste Complexo é ofato de haverem sido encontrados os fenômenos líticos denominados afiadores (amoladores/polidores) fixos, que serviam paraos grupos humanos pré-históricos melhorarem a qualidade de suas ferramentas, principalmente machados, e cuja localização, atéo momento, quase que se limitava a locais bastante isolados, como ilhas ou faixas de terra desconectadas do continente. Assim,identificados estes afiadores no interior da Paraíba, abre-se, com o estudo do sítio e da literatura existente, uma possibilidade deaprofundamento no conhecimento ainda escasso sobre estas manifestações de técnica lítica, evocando-se mesmo a possibilidadede revisão de conceitos até o momento estabelecidos na Arqueologia Pré-histórica. Sendo ainda bastante limitado o estudo doComplexo Arqueológico, este trabalho realiza uma sintética revisão conceitual sobre os afiadores fixos, buscando integrá-los àsdescobertas realizadas, a fim de elencar hipóteses e questionamentos a serem sanados, se assim o permitirem os estudos empíricos
FONÓLITOS E PEDRAS QUE EMITEM SOM:: PEDRAS DE SINO OU HARMÔNICAS?
O pequeno trabalho que se segue é a apresentação sintética de um fenômeno curioso: o fato de algumas rochas emitirem o som qualo do badalar de sinos quando percutidas por objeto metálico. Comumente chamadas ‘pedras de sino’ ou cientificamente, fonólitos,estas rochas manifestam-se em algumas regiões do Brasil e do mundo, e causam estranheza e fascinação por seu caráter inusitado,havendo algumas hipóteses para explicar-lhes a capacidade de emissão de som, discutidas no decurso do artigo. Na Paraíba,também há presença deste tipo de rochas, mas é ainda bastante limitado o conhecimento sobre estas, e o presente trabalho temo caráter de buscar realizar um estudo preliminar no estado: em primeiro lugar, um grande esforço em georreferenciá-las em todoo território paraibano, em momento seguinte, estudar-lhes as características e, enfim, explorar o seu potencial turístico. Assim,espera-se que as pedras de sino passem a ser uma manifestação da natureza cada vez mais conhecida, quiçá até ao compreenderlhesas relações com os grupos humanos pré-históricos, pois que há muitas lendas de origem indígena a respeito destes fonólitos
INDIOS TUPI DO INTERIOR DA PARAÍBA E SEUS FLUXOS MIGRATÓRIOS
Consolidou-se, entre as cátedras da historiografia brasileira, a concepção de que existia uma separaçãoconsolidada entre os índios que povoavam o território que hoje denominámos Brasil, nos tempos dacolonização lusa: os chamados Tapuios ocupavam as sertanias, ao passo que os Tupi limitavam-se aolitoral. Isso posto, o artigo a seguir tem como objetivo apresentar, sintética e introdutoriamente, as novasevidências arqueológicas que atestam a presença inequívoca de índios Tupis no interior da Paraíba. Naliteratura de época colonial, ademais, encontramos documentos que comprovam a presença de aldeias Tupisem localidades no interior do que hoje é o Nordeste do Brasil, como as Aldeias de Tabajaras na Serra daIbiapaba no Ceará e posteriormente, na própria Paraíba (Capitania Real da Parahyba). Assim, com base nosmais recentes achados arqueológicos do interior da Paraíba (em cidades do Alto Sertão, inclusivamente,conhecidos redutos Cariri/Tarairiu) nomeadamente urnas funerárias Tupi, é possível pôr em causa a jáconsolidada tese, o que suscita novos questionamentos, em especial a razão da escassa documentaçãoatestando tal prolífica presença, impondo também dúvida sobre as formas e rotas dessa ocupação Tupi dassertanias, outrora tida como inexistente ou demasiado rara. O trabalho que se segue não traz respostaspara tais questões, uma vez que ainda não as tem. Com o desenvolvimento das pesquisas, no entanto,espera-se que mais esta faceta da Paraíba pretérita seja suficientemente elucidada nos vindouros anos
INDIOS TUPI DO INTERIOR DA PARAÍBA E SEUS FLUXOS MIGRATÓRIOS
Consolidou-se, entre as cátedras da historiografia brasileira, a concepção de que existia uma separaçãoconsolidada entre os índios que povoavam o território que hoje denominámos Brasil, nos tempos dacolonização lusa: os chamados Tapuios ocupavam as sertanias, ao passo que os Tupi limitavam-se aolitoral. Isso posto, o artigo a seguir tem como objetivo apresentar, sintética e introdutoriamente, as novasevidências arqueológicas que atestam a presença inequívoca de índios Tupis no interior da Paraíba. Naliteratura de época colonial, ademais, encontramos documentos que comprovam a presença de aldeias Tupisem localidades no interior do que hoje é o Nordeste do Brasil, como as Aldeias de Tabajaras na Serra daIbiapaba no Ceará e posteriormente, na própria Paraíba (Capitania Real da Parahyba). Assim, com base nosmais recentes achados arqueológicos do interior da Paraíba (em cidades do Alto Sertão, inclusivamente,conhecidos redutos Cariri/Tarairiu) nomeadamente urnas funerárias Tupi, é possível pôr em causa a jáconsolidada tese, o que suscita novos questionamentos, em especial a razão da escassa documentaçãoatestando tal prolífica presença, impondo também dúvida sobre as formas e rotas dessa ocupação Tupi dassertanias, outrora tida como inexistente ou demasiado rara. O trabalho que se segue não traz respostaspara tais questões, uma vez que ainda não as tem. Com o desenvolvimento das pesquisas, no entanto,espera-se que mais esta faceta da Paraíba pretérita seja suficientemente elucidada nos vindouros anos
Estudos das Itacoatiaras da Paraíba: Pedra do Ingá e Pedra de Retumba
Trabalho apresentado no Simpósio 1 da VI Reunião da SAB Nordeste 202
O TRABALHO DO MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DA UEPB E AS PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
A criação e a implantação do Museu de História Natural da UEPB tiveram como principal mote o estabelecimentode um espaço interativo e permanente de produção, dispersão e popularização do conhecimento, envolvendoo Laboratório de Arqueologia e Paleontologia- LABAP, pois que a divulgação do importante trabalho poressa instituição fazia-se necessária, para além da propiciação de aproximar-se o conhecimento científico dacomunidade paraibana. Outros objetivos foram promover pesquisas sobre evidências da cultura material,como também o material faunístico, florístico, geológico do estado da Paraíba; inventariar todo o acervoarqueológico, paleontológico e geológico; realizar trabalho de coleta de material para o acervo do museu juntoaos municípios que compõem o estado da Paraíba, dentre outros objetivos. Felizmente, ao longo dos anos,todos os objetivos foram alcançados. No entanto, com o bom desenrolar das atividades e as novas imposiçõessurgidas, o MHN-UEPB encontra-se carente de melhoramentos, sem os quais a sua funcionalidade estaráameaçada. O presente trabalho buscará realizar um apanhado geral das características dessa importanteinstituição paraibana, ressaltando algumas nuances de seu trabalho em prol do desenvolvimento das ciênciasnaturais do estado, sem que se deixem de ressaltar as dificuldades debilitantes no presente observáveis. Oepisódio trágico passado no Museu Nacional deve servir como propulsor de enérgicas medidas
O TRABALHO DO MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DA UEPB E AS PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
A criação e a implantação do Museu de História Natural da UEPB tiveram como principal mote o estabelecimentode um espaço interativo e permanente de produção, dispersão e popularização do conhecimento, envolvendoo Laboratório de Arqueologia e Paleontologia- LABAP, pois que a divulgação do importante trabalho poressa instituição fazia-se necessária, para além da propiciação de aproximar-se o conhecimento científico dacomunidade paraibana. Outros objetivos foram promover pesquisas sobre evidências da cultura material,como também o material faunístico, florístico, geológico do estado da Paraíba; inventariar todo o acervoarqueológico, paleontológico e geológico; realizar trabalho de coleta de material para o acervo do museu juntoaos municípios que compõem o estado da Paraíba, dentre outros objetivos. Felizmente, ao longo dos anos,todos os objetivos foram alcançados. No entanto, com o bom desenrolar das atividades e as novas imposiçõessurgidas, o MHN-UEPB encontra-se carente de melhoramentos, sem os quais a sua funcionalidade estaráameaçada. O presente trabalho buscará realizar um apanhado geral das características dessa importanteinstituição paraibana, ressaltando algumas nuances de seu trabalho em prol do desenvolvimento das ciênciasnaturais do estado, sem que se deixem de ressaltar as dificuldades debilitantes no presente observáveis. Oepisódio trágico passado no Museu Nacional deve servir como propulsor de enérgicas medidas