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    Influência da renda na associação entre disfunção cognitiva e polifarmácia: Projeto Bambuí

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    OBJETIVO: Avaliar a prevalência da polifarmácia e a influência da renda na associação entre uso de medicamentos e disfunção cognitiva, entre idosos. MÉTODOS: Dos 1.606 integrantes da linha base da coorte de idosos de Bambuí (Minas Gerais), iniciada em 1997, 1.554 participaram do estudo. Todos os participantes foram submetidos ao questionário mini-exame do estado mental. A associação entre disfunção cognitiva e polifarmácia foi testada por meio de regressões ordinais multivariadas, realizadas para a população total e para cada um dos estratos de renda. RESULTADOS: A prevalência de polifarmácia (consumo de dois ou mais medicamentos) foi de 70,4%, e o número de medicamentos consumidos mostrou-se negativa e independentemente associado à disfunção cognitiva (OR=0,72; IC 95%: 0,55;0,95). Quando estratificada pela renda pessoal (; 2), observou-se associação negativa entre uso de medicamentos e disfunção cognitiva entre idosos com renda mais baixa (OR=0,64; IC95%: 0,48;0,86), mas não entre aqueles de renda mais elevada (OR=1,74; IC 95%: 0,81;3,74). CONCLUSÕES: Com referência à associação entre disfunção cognitiva e número de medicamentos consumidos, os resultados indicam desigualdade social no uso de medicamentos. É possível que esses idosos não estejam consumindo os medicamentos necessários ao adequado tratamento de seus problemas de saúde.OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of polypharmacy and the influence of income on the association between medication use and cognitive impairment among elderly people. METHODS: Out of the 1,606 baseline members of the Bambuí cohort of elderly people, which started in 1997, 1,554 took part in the study. The Mini-Mental State Examination was applied to all the participants. The association between cognitive impairment and polypharmacy was tested by means of multivariate ordinal regression, performed for the whole population and for each of the income strata. RESULTS: The prevalence of polypharmacy (two or more medications consumed) was 70.4% and the number of medications used presented an independent negative association with cognitive impairment (OR=0.72; 95% CI: 0.55;0.95). When this was stratified according to personal income (; 2 minimum monthly salaries), a negative association was observed between medication use and cognitive impairment among elderly people with lower income (OR=0.64; 95% CI: 0.48;0.86), but not among those with higher income (OR=1.74; 95% CI: 0.81;3.74). CONCLUSIONS: With regard to the association between cognitive impairment and number of medications consumed, the results indicate social inequality in the use of medications. It is possible that these elderly people are not consuming the medicines needed for appropriate treatment of their health problems

    Estudo epidemiológico de base populacional sobre uso de medicamentos entre idosos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

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    Este estudo teve por objetivo investigar o consumo de medicamentos e fatores associados (sócio-demográficos, condições de saúde e uso de serviços de saúde) em uma amostra representativa de 1.598 pessoas com 60+ anos de idade, residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. A variável dependente foi o número de medicamentos consumido nas duas semanas precedentes. A prevalência do uso de medicamentos foi de 72,1% e a média de medicamentos consumidos igual a 2,18, predominando aqueles com ação sobre o sistema cardiovascular. O consumo de qualquer número de medicamentos apresentou associação independente com sexo feminino, idade (80+ anos), ter visitado um médico e apresentar alguma condição crônica. O consumo de maior número de medicamentos (5+) apresentou associações significativas com escolaridade (8+ anos, OR = 2,28) e pior auto-avaliação da saúde (razoável, OR = 5,45; ruim/muito ruim, OR = 5,35). Os resultados deste trabalho mostram que o tipo de medicamento consumido e os fatores associados a esse consumo foram muito semelhantes ao observado em outras populações, sugerindo que existe uma certa uniformidade no consumo e nos seus determinantes, entre populações diferentes

    Influência da renda na associação entre disfunção cognitiva e polifarmácia: Projeto Bambuí

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    OBJETIVO: Avaliar a prevalência da polifarmácia e a influência da renda na associação entre uso de medicamentos e disfunção cognitiva, entre idosos. MÉTODOS: Dos 1.606 integrantes da linha base da coorte de idosos de Bambuí (Minas Gerais), iniciada em 1997, 1.554 participaram do estudo. Todos os participantes foram submetidos ao questionário mini-exame do estado mental. A associação entre disfunção cognitiva e polifarmácia foi testada por meio de regressões ordinais multivariadas, realizadas para a população total e para cada um dos estratos de renda. RESULTADOS: A prevalência de polifarmácia (consumo de dois ou mais medicamentos) foi de 70,4%, e o número de medicamentos consumidos mostrou-se negativa e independentemente associado à disfunção cognitiva (OR=0,72; IC 95%: 0,55;0,95). Quando estratificada pela renda pessoal (<2 salários mínimos versus > 2), observou-se associação negativa entre uso de medicamentos e disfunção cognitiva entre idosos com renda mais baixa (OR=0,64; IC95%: 0,48;0,86), mas não entre aqueles de renda mais elevada (OR=1,74; IC 95%: 0,81;3,74). CONCLUSÕES: Com referência à associação entre disfunção cognitiva e número de medicamentos consumidos, os resultados indicam desigualdade social no uso de medicamentos. É possível que esses idosos não estejam consumindo os medicamentos necessários ao adequado tratamento de seus problemas de saúde

    Tendências nas condições de saúde e uso de serviços de saúde entre idosos brasileiros: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (1998, 2003) Trends in health conditions and use of health services by the Brazilian elderly: a study based on the National Household Sample Survey (1998, 2003)

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    Este trabalho teve por objetivo verificar as tendências das condições de saúde e do uso de serviços de saúde entre idosos brasileiros, utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD). Foram incluídos no estudo 28.943 e 35.042 participantes das PNAD 1998 e 2003 com idade > 60 anos, respectivamente. Os resultados mostraram que houve melhora nas condições de saúde dos idosos nesse período, considerando-se indicadores como percepção da saúde, ter estado recentemente acamado, capacidade para realizar atividades da vida diária e número de doenças crônicas. Os resultados também monstraram que houve aumento do número de consultas médicas e odontológicas entre 1998 e 2003. Tais tendências foram consistentemente observadas em ambos os sexos. Os autores chamam a atenção para a importância do suplemento de saúde da PNAD como fonte de informação para o monitoramento e/ou vigilância das condições de saúde da população idosa brasileira.<br>This study examined trends in health conditions and use of health services by the Brazilian elderly, based on health data from the National Household Sample Surveys (PNAD) conducted in 1998 and 2003. 28,943 and 35,042 individuals aged > 60 years were included in the study, respectively. The results showed an improvement in health conditions in the study population during this period, as measured by self-rated health, having remained bedridden in the previous two weeks, ability to perform selected activities of daily living, number of chronic conditions, and self-reported arthritis. There was also an increase in the number of doctor and dentist visits from 1998 to 2003. The trends were consistent for both men and women. The results emphasize the importance of the PNAD health supplement as a source of information for the surveillance or monitoring of health and health-related conditions in the Brazilian elderly population
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