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    Associação entre depressão e diabetes mellitus e relação com o autocuidado: uma revisão sistemática

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    A diabetes mellitus é uma doença caracterizada por um estado de hiperglicemia persistente causada por defeitos na secreção e/ou ação da insulina. Segundo os últimos dados coletados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) em 2019, cerca de 463 milhões de pessoas no mundo vivem com a doença. Por outro lado, a depressão atinge mais de 264 milhões de pessoas. Nesse contexto, é frequente a associação de doenças crônicas como a diabetes com a depressão. O paciente com diabetes tem o seu cotidiano drasticamente alterado devido às necessidades de autocuidado e mudanças de estilo de vida que a doença exige, além das possíveis complicações crônicas que interferem ainda mais na qualidade de vida desse grupo levando a repercussões biopsicossociais. Avaliar através de uma revisão sistemática da literatura a prevalência de sintomas depressivos em pacientes com diabetes mellitus e a relação com o autocuidado. Realizou-se uma revisão sistemática da literatura através das plataformas SCIELO, MEDLINE e GOOGLE SCHOLAR utilizando os descritores em ciências da saúde (DeCS): Depressão e Diabetes Mellitus. Foram incluídos artigos em língua portuguesa e inglesa, com data de publicação a partir do ano de 2000, que relacionassem depressão e diabetes mellitus tipo 1 e 2(DM1 e DM2). Foram excluídos os estudos em menores de 18 anos. Ao todo foram incluídos no estudo 13 artigos. A prevalência de sintomas depressivos nos estudos transversais que tratavam apenas de DM1 variou de 34,9% a 53,6%, nos que tratavam apenas de DM2 de 9,2% a 30 %. Em um estudo em pacientes com diabetes tipo 1 e 2 e pé ulcerado a prevalência de depressão foi de 64%, outro estudo que relacionava a polineuropatia distal diabética (PNDD) e depressão apontou que pacientes diabéticos com PNDD apresentavam maior sintomatologia depressiva do que aqueles sem PNDD. Não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito entre depressão e diabetes, apenas que ambas podem ocasionar interferências mútuas. Foi apontado em alguns estudos que a depressão esteve associada a um pior controle glicêmico, baixa adesão ao tratamento e autocuidado inferior. Em contrapartida, em um único estudo transversal que relacionava depressão e DM2 em idosos a presença de sintomas depressivos não apresentou interferência sobre o autocuidado. A associação entre diabetes e depressão, principalmente nos pacientes com complicações crônicas, é concreta. Pacientes nessa condição podem apresentar prejuízos na qualidade de vida e no controle da diabetes. Nesse sentido, é necessária especial atenção à saúde para os portadores de DM com sintomas depressivos no intuito de fornecer avaliação psiquiátrica adequada. Além disso, é necessário implantar políticas públicas visando a prevenção da depressão nos seus 3 níveis nos grupos mais vulneráveis para diminuir o impacto dessas doenças e evitar as complicações mútuas

    Carbohydrate counting, nutritional status and metabolic profil eof adolescents with type 1 diabetes mellitus

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    AIMS: To evaluate the effect of a carbohydrate counting program on the anthropometric measurements, body composition, biochemical parameters anddietary intake of adolescentswithtype 1 diabetes mellitususing insulin. METHODS: A randomized clinical trial included adolescents between 10 and 19 years in treatment for type 1 diabetes with association of fast-acting insulin (regular) and intermediate-acting insulin (Neutral Protamine Hagedorn). The participants received nutritional counseling and were followed for four months, being divided into intervention group (IG), with carbohydrate counting, and control group (CG), without carbohydrate counting. At the beginning and end of the program, patients were evaluated for body mass index, waist circumference, body fat percentage and biochemical parameters: glycated hemoglobin, fasting glucose, postprandial glucose and lipid levels. Dietary intake was assessed every two weeks through the 24-hour recall. For intragroup comparison T-paired and Wilcoxon tests were used, and for intergroup comparison Student t and Mann-Whitney tests were used. The significance level was 5%. RESULTS: The study included 28 adolescents, 14 in each group. The IG significantly decreased glycated hemoglobin (p=0.002) and lipid intake (p=0.002), and increased carbohydrate intake (p=0.005). The CG increased glycated hemoglobin (p=0.024). The IG showed lower fasting glucose value (p=0.033) and glycated hemoglobin (p <0.001) compared to the CG. Both groups decreased caloric intake. Anthropometric parameters were stable and there was no difference between groups. CONCLUSIONS: Carbohydrate counting together with Neutral Protamine Hagedorn and Regular insulins favored glycemic control, allowed flexibility in carbohydrate intake, decreased caloric intake, and had no effect on body composition
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