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Angiogênese coronariana como resposta endógena da isquemia miocárdica no adulto
O processo de angiogênese envolve uma sequência complexa de estímulos e respostas integradas, como estimulação das células endoteliais (CE) para sua proliferação e migração, estimulação da matriz extracelular, para atração de pericitos e macrófagos, estimulação das células musculares lisas, para sua proliferação e migração, e formação de novas estruturas vasculares. Angiogênese é principalmente uma resposta adaptativa à hipóxia tecidual e depende do acúmulo do fator de crescimento induzido pela hipóxia (FIH-1 α) na zona do miocárdio isquêmico, que serve para aumentar a transcrição do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e seus receptores VEGF-R, pelas CE em sofrimento isquêmico. Esses passos envolvem mecanismos enzimáticos e proteases ativadoras do plasminogênio, metaloproteinases (MMP) da matriz extracelular (MEC) e cinases que provocam a degradação molecular proteolítica da MEC, bem como pela ativação e a liberação de fatores de crescimento, tais como: fator básico de crescimento dos fibroblastos (FCFb), VEGF e fator de crescimento insulínico-1 (FCI-1). Posteriormente, vem a fase intermediária de estabilização do novo broto neovascular imaturo e a fase final de maturação vascular da angiogênese fisiológica. Como conclusões generalizáveis, é possível afirmar que a angiogênese coronária em adultos é, fundamentalmente, uma resposta parácrina da rede capilar preexistente em condições fisiopatológicas de isquemia e inflamação
Coartação de aorta em crianças até um ano: análise de 20 anos de experiência Coarctation of the aorta in infants under one year of age: an analysis of 20 years of experience
OBJETIVO: Revisão da experiência com diversas técnicas de correção empregadas, nos últimos 20 anos, em crianças menores de um ano de idade. MÉTODOS: No período de 1978 a 1998, foram operados 148 pacientes (pc) consecutivos com coartação de aorta (CoAo) com até um ano de idade, com ou sem defeitos intracardíacos associados. A idade apresentou mediana de 50 dias, 92 pc do sexo feminino (62,1%). O peso foi de 4.367±1.897 gramas. O seguimento foi em média de 1.152±1.462 dias. A população foi dividida em 3 grupos: Grupo I, CoAo isolada: 74 pc (50%); Grupo II, CoAo e comunicação interventricular (CIV): 41 pacientes (27,7%) e Grupo III, CoAo com malformações complexas: 33 pc (22,3%). RESULTADOS: Mortalidade total foi 43 pc (29%): com menos de 30 dias, foi 53%, p=0,009, OR=4,5, entre 31 e 90 dias, foi 14,7%, p=0,69, e acima de 91 dias, 15%, p=0,004. A probabilidade de sobrevida atuarial de toda a população foi de 67% aos 5 e 10 anos. Trinta e seis pacientes (24,3%) recoartaram, dos quais 18 pacientes (50%) tinham menos de 30 dias, OR=6,35. A incidência de recoartação foi com a técnica de Waldhausen em 4 pacientes (10%) e com a término-terminal clássica em 19 pacientes (26%) p=0.03, e a istmoplastia em 6 pacientes (37,5%). A probabilidade de sobrevida atuarial livre de recoartação aos 5 e 10 anos foi de 69% com a técnica de Waldhausen e 63% com a técnica término-terminal clássica. CONCLUSÃO: Pacientes com menos de 30 dias apresentaram risco aumentado de mortalidade e recoartação. A técnica de Waldhausen em pacientes com mais de 30 dias mostrou-se efetiva. A técnica término-terminal clássica mostrou não ser uma boa opção em todas as faixas etárias, sendo imperativo executar variantes técnicas como término-terminal estendida.<br>OBJECTIVE: A review of experience with techniques of correction used, in the last 20 years, in children younger than one year old. METHODS: In the period from 1978 to 1998, 148 patients (pt) with coarctation of the aorta (CoAo), under one year of age, with or without associated intracardiac defects, were submitted to surgery. Median age 50 days, 92 female pt (62.1%). The average weight was 4,367± 1,897 gr. The average follow-up was 1,152±1,462 days. The population was divided in 3 groups: Group I, isolated CoAo: 74 pt (50%); Group II, CoAo and interventricular communication (IVC): 41 pt (27.7%) and Group III, CoAo with complex intracardiac malformations: 33 pt (22.3%). RESULTS: The total mortality was of 43 patients (29%). In patients younger than 30 days, the mortality was 53%, p=0.009, DR=4.5, between 31 and 90 days, 14.7%, p=0.69, and over 91 days, 15%, p=0.004. The probability of actuarial survival of the whole population was 67% at 5 and 10 years. Thirty-six patients (24.3%) had recoarctation, from which 18 patients (50%) were younger than 30 days, DR=6.,35. The incidence of recoarctation was with Waldhausen technique in 4 patients (10%) and with the classic termino-terminal technique in 19 patients (26%) p=0.03, and isthmusplastic operation in 6 patients (37.5%). The patients younger than 30 days showed a relative risk for recoarctation de DR=6.35. The probability of actuarial survival, free of coarctation repair, at 5 and 10 years was of 69% with Waldhausen's technique and 63% with the classic termino-terminal technique. CONCLUSION: Patients younger than 30 days showed increased mortality and recoarctation risk. Waldhausen's technique in patients older than 30 days showed effective. The classic termino-terminal technique did not show to be a good option in all age ranges, being imperative to carry out more radical technical variations, such as the extended termino-terminal
Coarctation of the aorta in infants under one year of age: an analysis of 20 years of experience
Objetivo Revisão da experiência com diversas técnicas de correção empregadas, nos últimos 20 anos, em crianças menores de um ano de idade. Métodos No período de 1978 a 1998, foram operados 148 pacientes (pc) consecutivos com coartação de aorta (CoAo) com até um ano de idade, com ou sem defeitos intracardíacos associados. A idade apresentou mediana de 50 dias, 92 pc do sexo feminino (62,1%). O peso foi de 4.367±1.897 gramas. O seguimento foi em média de 1.152±1.462 dias. A população foi dividida em 3 grupos: Grupo I, CoAo isolada: 74 pc (50%); Grupo II, CoAo e comunicação interventricular (CIV): 41 pacientes (27,7%) e Grupo III, CoAo com malformações complexas: 33 pc (22,3%). Resultados Mortalidade total foi 43 pc (29%): com menos de 30 dias, foi 53%, p=0,009, OR=4,5, entre 31 e 90 dias, foi 14,7%, p=0,69, e acima de 91 dias, 15%, p=0,004. A probabilidade de sobrevida atuarial de toda a população foi de 67% aos 5 e 10 anos. Trinta e seis pacientes (24,3%) recoartaram, dos quais 18 pacientes (50%) tinham menos de 30 dias, OR=6,35. A incidência de recoartação foi com a técnica de Waldhausen em 4 pacientes (10%) e com a término-terminal clássica em 19 pacientes (26%) p=0.03, e a istmoplastia em 6 pacientes (37,5%). A probabilidade de sobrevida atuarial livre de recoartação aos 5 e 10 anos foi de 69% com a técnica de Waldhausen e 63% com a técnica término-terminal clássica. Conclusão Pacientes com menos de 30 dias apresentaram risco aumentado de mortalidade e recoartação. A técnica de Waldhausen em pacientes com mais de 30 dias mostrou-se efetiva. A técnica términoterminal clássica mostrou não ser uma boa opção em todas as faixas etárias, sendo imperativo executar variantes técnicas como término-terminal estendida.Objective A review of experience with techniques of correction used, in the last 20 years, in children younger than one year old. Methods In the period from 1978 to 1998, 148 patients (pt) with coarctation of the aorta (CoAo), under one year of age, with or without associated intracardiac defects, were submitted to surgery. Median age 50 days, 92 female pt (62.1%). The average weight was 4,367± 1,897 gr. The average follow-up was 1,152±1,462 days. The population was divided in 3 groups: Group I, isolated CoAo: 74 pt (50%); Group II, CoAo and interventricular communication (IVC): 41 pt (27.7%) and Group III, CoAo with complex intracardiac malformations: 33 pt (22.3%). Results The total mortality was of 43 patients (29%). In patients younger than 30 days, the mortality was 53%, p=0.009, DR=4.5, between 31 and 90 days, 14.7%, p=0.69, and over 91 days, 15%, p=0.004. The probability of actuarial survival of the whole population was 67% at 5 and 10 years. Thirty-six patients (24.3%) had recoarctation, from which 18 patients (50%) were younger than 30 days, DR=6.,35. The incidence of recoarctation was with Waldhausen technique in 4 patients (10%) and with the classic termino-terminal technique in 19 patients (26%) p=0.03, and isthmusplastic operation in 6 patients (37.5%). The patients younger than 30 days showed a relative risk for recoarctation de DR=6.35. The probability of actuarial survival, free of coarctation repair, at 5 and 10 years was of 69% with Waldhausen’s technique and 63% with the classic termino-terminal technique. Conclusion Patients younger than 30 days showed increased mortality and recoarctation risk. Waldhausen’s technique in patients older than 30 days showed effective. The classic termino-terminal technique did not show to be a good option in all age ranges, being imperative to carry out more radical technical variations, such as the extended termino-terminal
Coarctation of the aorta in infants under one year of age : an analysis of 20 years of experience
Objetivo Revisão da experiência com diversas técnicas de correção empregadas, nos últimos 20 anos, em crianças menores de um ano de idade. Métodos No período de 1978 a 1998, foram operados 148 pacientes (pc) consecutivos com coartação de aorta (CoAo) com até um ano de idade, com ou sem defeitos intracardíacos associados. A idade apresentou mediana de 50 dias, 92 pc do sexo feminino (62,1%). O peso foi de 4.367±1.897 gramas. O seguimento foi em média de 1.152±1.462 dias. A população foi dividida em 3 grupos: Grupo I, CoAo isolada: 74 pc (50%); Grupo II, CoAo e comunicação interventricular (CIV): 41 pacientes (27,7%) e Grupo III, CoAo com malformações complexas: 33 pc (22,3%). Resultados Mortalidade total foi 43 pc (29%): com menos de 30 dias, foi 53%, p=0,009, OR=4,5, entre 31 e 90 dias, foi 14,7%, p=0,69, e acima de 91 dias, 15%, p=0,004. A probabilidade de sobrevida atuarial de toda a população foi de 67% aos 5 e 10 anos. Trinta e seis pacientes (24,3%) recoartaram, dos quais 18 pacientes (50%) tinham menos de 30 dias, OR=6,35. A incidência de recoartação foi com a técnica de Waldhausen em 4 pacientes (10%) e com a término-terminal clássica em 19 pacientes (26%) p=0.03, e a istmoplastia em 6 pacientes (37,5%). A probabilidade de sobrevida atuarial livre de recoartação aos 5 e 10 anos foi de 69% com a técnica de Waldhausen e 63% com a técnica término-terminal clássica. Conclusão Pacientes com menos de 30 dias apresentaram risco aumentado de mortalidade e recoartação. A técnica de Waldhausen em pacientes com mais de 30 dias mostrou-se efetiva. A técnica términoterminal clássica mostrou não ser uma boa opção em todas as faixas etárias, sendo imperativo executar variantes técnicas como término-terminal estendida.Objective A review of experience with techniques of correction used, in the last 20 years, in children younger than one year old. Methods In the period from 1978 to 1998, 148 patients (pt) with coarctation of the aorta (CoAo), under one year of age, with or without associated intracardiac defects, were submitted to surgery. Median age 50 days, 92 female pt (62.1%). The average weight was 4,367± 1,897 gr. The average follow-up was 1,152±1,462 days. The population was divided in 3 groups: Group I, isolated CoAo: 74 pt (50%); Group II, CoAo and interventricular communication (IVC): 41 pt (27.7%) and Group III, CoAo with complex intracardiac malformations: 33 pt (22.3%). Results The total mortality was of 43 patients (29%). In patients younger than 30 days, the mortality was 53%, p=0.009, DR=4.5, between 31 and 90 days, 14.7%, p=0.69, and over 91 days, 15%, p=0.004. The probability of actuarial survival of the whole population was 67% at 5 and 10 years. Thirty-six patients (24.3%) had recoarctation, from which 18 patients (50%) were younger than 30 days, DR=6.,35. The incidence of recoarctation was with Waldhausen technique in 4 patients (10%) and with the classic termino-terminal technique in 19 patients (26%) p=0.03, and isthmusplastic operation in 6 patients (37.5%). The patients younger than 30 days showed a relative risk for recoarctation de DR=6.35. The probability of actuarial survival, free of coarctation repair, at 5 and 10 years was of 69% with Waldhausen’s technique and 63% with the classic termino-terminal technique. Conclusion Patients younger than 30 days showed increased mortality and recoarctation risk. Waldhausen’s technique in patients older than 30 days showed effective. The classic termino-terminal technique did not show to be a good option in all age ranges, being imperative to carry out more radical technical variations, such as the extended termino-terminal
Unsupported valvuloplasty in children with congenital mitral valve anomalies. Late clinical results
OBJECTIVE: To analyze late clinical evolution after surgical treatment of children, with reparative and reconstructive techniques without annular support. METHODS: We evaluated 21 patients operated upon between 1975 and 1998. Age 4.67±3.44 years; 47.6% girls; mitral insufficiency 57.1% (12 cases), stenosis 28.6% (6 cases), and double lesion 14.3% (3 cases). The perfusion 43.10±9.50min, and ischemia time were 29.40±10.50min. The average clinical follow-up in mitral insufficiency was 41.52±53.61 months. In the stenosis group (4 patients) was 46.39±32.02 months, and in the double lesion group (3 patients), 39.41±37.5 months. The echocardiographic follow-up was in mitral insufficiency 37.17±39.51 months, stenosis 42.61±30.59 months, and in the double lesion 39.41±37.51 months. RESULTS: Operative mortality was 9.5% (2 cases). No late deaths occurred. In the group with mitral insufficiency, 10 (83.3%) patients were asymptomatic (p=0.04). The majorit y with mild reflux (p=0.002). In the follow-up of the stenosis group, all were in functional class I (NYHA); and the mean transvalve gradient varied between 8 and 12mmHg, average of 10.7mmHg. In the double lesion group, 1 patient was reoperated at 43 months. No endocarditis or thromboembolism were reported. CONCLUSION: Mitral stenosis repair has worse late results, related to the valve abnormalities and associated lesions. The correction of mitral insufficiency without annular support showed good long-term results