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    O silêncio, a leitura de textos literários e o ócio como formas de resistência na contemporaneidade / Silence, reading literary texts and leisure as forms of resistance in contemporary times

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    A contemporaneidade cansada nos revela patologias decorrentes de uma produtividade potencializada por uma hiperconexão interativa em redes sociais e de trabalho. O sujeito contemporâneo reproduz a ordem imperativa de fazer sempre mais, em uma aceleração que lhe dá a ilusão de preencher um vazio existencial. Este estudo tem como foco pensar o silêncio, o ócio e a leitura de textos literários como formas de resistência na contemporaneidade. Para isso, foi realizada uma revisão narrativa de literatura, a partir de livros e nas bases de dados PePSIC, SciELO e BDTD – IBICT. Restituir o silêncio e convocar a experiência da leitura de textos literários talvez nos permita usufruir dos vazios e desertos existenciais, não como desesperos e fugas, mas com inscrições e reinscrições de sentidos e significados: resistindo a uma contemporaneidade que nos vende a ilusão de que não podemos parar e de que a experiência está sempre fora do sujeito. O ócio vai na contramão dessa ordem produtiva, manifestando uma resistência na escuta silenciosa de si e do mundo que nos cerca, bem como proporcionando a temporalidade e o espaço adequados para a leitura potencialmente transformadora de si. O mundo contemporâneo gera um vazio de pensamento que o ócio tem potenciais para preencher, tanto na forma do silêncio restaurador como na forma da leitura de textos literários capazes de proporcionar a elaboração de novos sentidos para o sujeito

    Análise de prescrições comportamentais da lei cicloviária referente a mobilidade urbana sustentável de Fortaleza

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    Planejar a mobilidade urbana de um município é essencial para o desenvolvimento de práticas culturais sustentáveis, pois o trânsito não planejado de veículos pode contribuir para a poluição atmosférica, o agravamento da saúde da população, o engarrafamento nas cidades e o aumento de acidentes. Desse modo, são necessárias políticas públicas que minimizem as consequências ambientais advindas desse contexto. A cidade de Fortaleza se tornou referência em mobilidade urbana sustentável no Brasil, sendo a cidade modelo do Sistema Cicloviário. Para compreender melhor esse modelo, este artigo analisa as contingências e metacontingências presentes na Lei 10.303/2014 do Município de Fortaleza, que institui a Política de Transporte Cicloviário da cidade. Foram identificadas contingências completas e incompletas na lei referentes tanto aos comportamentos dos governantes quanto dos ciclistas. Observou-se que a Lei que institui a PTC é um importante instrumento para mudança de práticas culturais sustentáveis referentes à mobilidade urbana, e que de fato permite a criação de um contexto favorável ao uso de bicicleta. Entretanto, constatou-se que alguns artigos não explicitam precisamente os termos que constituem a contingência, pois foi observado que, para compor uma única contingência, teve que se buscar artigos em diferentes seções e partes da mesma Lei. Também identificou-se a ausência de consequências e ações que regulem o comportamento dos governantes. Palavras-chave: Bicicleta; Leis; Análise do Comportamento; Mobilidade Urbana; Sustentabilidade
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