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Efeitos de três programas de treinamento na hidroginástica e no subsequente destreinamento sobre a qualidade de vida de mulheres idosas
O envelhecimento está relacionado à mudanças estruturais e funcionais do corpo humano, podendo ocasionar alterações no estado emocional e na qualidade de vida (QV). Exercícios físicos, de diferentes modalidades, podem promover melhoras na QV, no entanto, não está claro o quanto diferentes modalidades podem promover diferentes efeitos. Além disso, ainda não está claro qual o período de duração desses benefícios após o término do treinamento. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi comparar três programas de 12 semanas de treinamento na hidroginástica e o subsequente destreinamento nos períodos de quatro e oito semanas, na QV de mulheres idosas. A amostra foi composta por 50 mulheres idosas, randomizadas em três grupos de treinamento na hidroginástica: Grupo de equilíbrio, Grupo de força e Grupo aeróbico. O período de destreinamento consistiu em uma sessão semanal de alongamento, de 45 minutos em terra. A QV foi analizada com o WHOQL-Old. Após a análise dos dados, foram encontradas melhoras nos domínios psicológico (p = 0,02), habilidade sensorial (p = 0,001), morte/morrer (p = 0,001), autonomia (p = 0,018) e intimidade (p = 0,039), bem como na QV geral (p = 0,001). Não houve diferença entre os diferentes tipos de treinamento. Os incrementos obtidos com o treinamento foram revertidos após o período de oito semanas. Com isso, conclui-se que a hidroginástica pode promover melhoras na QV geral e em aspectos específicos de mulheres idosas, independente do tipo de treinamento. Para tanto, é necessário que se mantenha a regularidade do exercício, visto que oito semanas de destreinamento foram suficientes para reverter os incrementos obtidos pelo treinamento físico
Strength Training Prior to Endurance Exercise: Impact on the Neuromuscular System, Endurance Performance and Cardiorespiratory Responses
This study aimed to investigate the acute effects of two strength-training protocols on the neuromuscular and cardiorespiratory responses during endurance exercise. Thirteen young males (23.2 ± 1.6 years old) participated in this study. The hypertrophic strength-training protocol was composed of 6 sets of 8 squats at 75% of maximal dynamic strength. The plyometric strength-training protocol was composed of 6 sets of 8 jumps performed with the body weight as the workload. Endurance exercise was performed on a cycle ergometer at a power corresponding to the second ventilatory threshold until exhaustion. Before and after each protocol, a maximal voluntary contraction was performed, and the rate of force development and electromyographic parameters were assessed. After the hypertrophic strength-training and plyometric strength-training protocol, significant decreases were observed in the maximal voluntary contraction and rate of force development, whereas no changes were observed in the electromyographic parameters. Oxygen uptake and a heart rate during endurance exercise were not significantly different among the protocols. However, the time-to-exhaustion was significantly higher during endurance exercise alone than when performed after hypertrophic strength-training or plyometric strength-training (p <0.05). These results suggest that endurance performance may be impaired when preceded by strength-training, with no oxygen uptake or heart rate changes during the exercise
Electromyographic signal and force comparisons during maximal voluntary isometric contraction in water and on dry land
O objetivo do presente estudo foi comparar a amplitude do sinal eletromiográfico (EMG) e a produção de força durante a Contração Isométrica Voluntária Máxima (CVM) realizada nos meios aquático e terrestre. Além disso, foi avaliada a reprodutibilidade das medidas de sinal EMG e de força isométrica entre os meios. Nove mulheres (22,89 ± 1,76 anos) realizaram CVM dos flexores do cotovelo (FLC), extensores do cotovelo (EXC), flexores do quadril (FLQ) e extensores do quadril (EXQ) contra uma resistência fixa idêntica em ambos os meios. O registro do sinal EMG dos músculos Bíceps Braquial (BB), Tríceps Braquial (TB), Reto Femoral (RF) e Bíceps Femoral (BF) foi realizado através de um eletromiógrafo (Miotool 400, MIOTEC) e a força dos FLC, EXC, FLQ e EXQ foi mensurada através de uma célula de carga (ZX250, ALFA). Foi utilizado isolamento sobre os eletrodos de superfície em ambos os protocolos. Para a análise estatística utilizou-se estatística descritiva, Teste de Shapiro-Wilk, Teste T-Pareado e Teste de Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC), com a=0,05 (SPSS versão 15.0). Os resultados do presente estudo demonstraram que o sinal EMG e a força não apresentaram diferenças significativas entre os meios, exceto para EXQ (p=0,035). Além disso, foram observados valores de ICC de moderados a fortes (0,66 – 0,96) e significativos, tanto para o sinal EMG como para a força. Dessa forma, pode-se concluir que o meio não influenciou o sinal EMG e a produção de força durante a CVM.The aim of this study was to compare the amplitude of the electromyographic signal (EMG) and force production during maximal voluntary isometric contraction (MVC) in water and on dry land. Furthermore, the reproducibility of EMG signal and isometric force measurements between water and dry land environments was also assessed. Nine women (22.89 ± 1.76 years) performed MVC for elbow flexion (EFL), elbow extension (EEX), hip flexion (HFL) and hip extension (HEX) against identical fixed resistance in both environments. The record of the EMG signal from Biceps Brachii (BB), Triceps Brachii (TB), Rectus Femoris (RF) and Biceps Femoris (BF) was recorded with a four-channel system (MIOTOOL 400, MIOTEC) and strength of EFL, EEX, HFL and HEX was measured by a load cell (ZX250, ALFA). Insulation was used on the surface electrodes in both protocols. For statistical analysis was used descriptive statistic, the Shapiro-Wilk’s Test, Paired T-Test and Intraclass Correlation Coefficient (ICC), with a = 0.05 (SPSS version 15.0). The results of this study demonstrated that the EMG signal and force showed no significant differences between environments, except for HEX (p = 0.035). Moreover, ICC values were significant and ranged from moderate to high (0.66 - 0.96) for EMG signal and force production between environments. Thus, can conclude that the environment did not influence the EMG signal and force production during MVC
Comparison between the effects of different methods of water-based training on body balance and physical fitness of elderly women
O processo de envelhecimento acarreta um declínio no equilíbrio postural, na força muscular e no condicionamento cardiorrespiratório, influenciando diretamente a capacidade funcional do idoso. No entanto, a prática sistemática de atividade física pode reduzir esses efeitos deletérios. Os exercícios realizados em meio aquático, como a hidroginástica, são adequados e seguros para essa população, devido ao reduzido impacto sobre os membros inferiores e à diminuição da sobrecarga cardiovascular. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar e comparar os efeitos de três métodos de treinamento de hidroginástica no equilíbrio corporal e na aptidão física de idosos. A amostra foi composta por 44 mulheres saudáveis, com idades entre 60 e 75 anos, sedentárias há no mínimo seis meses, as quais foram divididas aleatoriamente em três grupos: Equilíbrio (GE; n=17; 66 ± 3,68 anos), Força (GF; n=13; 65,3 ± 3,68 anos) e Aeróbico (GA; n=14; 63,7 ± 4,09 anos). Os grupos realizaram o treinamento durante 12 semanas, com duas sessões semanais de 45min, e um período controle de quatro semanas. Foram mensuradas variáveis de equilíbrio corporal, neuromusculares, cardiorrespiratórias e funcionais antes e após esses períodos. Para análise estatística utilizou-se o teste T pareado para a comparação dos dados no período controle e a Generalized Estimating Equations (GEE) para a comparação entre os momentos e entre os grupos Adotou-se um nível de significância de α=0,05 e os dados foram rodados no SPSS 20.0. Após o treinamento, todos os grupos apresentaram melhora no equilíbrio estático (p0,05). Porém, ao analisar estatisticamente os percentuais de incremento do 1RM (Δ%), observaram-se valores significativamente maiores no GF comparado ao GE (31,51 ± 3,44 vs 14,85 ± 2,26%). Nas avaliações cardiorrespiratórias, observou-se incremento significativo no consumo de oxigênio no segundo limiar ventilatório (VO2LV2) e de pico (VO2pico) somente em GA e GE, sem diferença entre os grupos, enquanto a frequência cardíaca no segundo limiar ventilatório (FCLV2) reduziu significativamente apenas no GF No entanto, o desempenho no teste “caminhada de seis minutos” melhorou significativamente nos três grupos, sem diferença entre os mesmos. Todas as variáveis funcionais avaliadas melhoraram significativamente após o treinamento, com diferença estatística somente entre GE e GA nos testes “flexão de cotovelo” e “levantar e sentar”, com maiores valores no GA no pós-treinamento. Todavia, constataram-se valores significativamente maiores no Δ% do teste “flexão de cotovelo” do GA e do GF comparados ao do GE (GA: 52,35 ± 9,63%; GF: 53,39 ± 6,82%; GE: 22,65 ± 5,09%) e diferença significativa no Δ% do teste “levantar e sentar” entre GA e GE (42,04 ± 4,58% vs 23,68 ± 4,75%), sendo ambos similares ao GF (37,41 ± 4,23%). Concluiu-se que o treinamento na hidroginástica foi efetivo para melhora de diversos parâmetros do equilíbrio corporal e da aptidão física de mulheres idosas, independente do método empregado. Porém, alguns resultados sugerem que as maiores adaptações na força muscular (1RM e resistência) tenham sido provocadas pelos treinamentos de força e aeróbico, enquanto as alterações cardiorrespiratórias mais relevantes ocasionadas pelos treinamentos de equilíbrio e aeróbico.The aging process leads to a decline in postural balance, muscle strength and cardiorespiratory system, affecting directly the functional capacity of the elderly. However, the systematic practice of physical activity may reduce these deleterious effects. The exercises performed in water environment, such as water-based, are appropriate and safe for this population, especially by offering a reduced impact on the lower limbs and a decrease in cardiovascular overload. Thus, the aim of this study was to analyze and compare the effects of three different water-based exercises programs on body balance and physical fitness in the elderly. The sample was composed of 44 healthy women, aged between 60 and 75 years, sedentary for at least six months, randomly into three groups: Balance (GE; n = 17; 66 ± 3.68 years), Strength (GF; n = 13; 65.3 ± 3.68 years) and Endurance (GA; n = 14; 63.7 ± 4.09 years). The groups had trained for 12 weeks, with two 45 minutes weekly sessions, and maintained a control period during four weeks. Balance, neuromuscular, cardiorespiratory and functional responses were measured before and after these periods. The statistical analysis was performed using paired T test for comparisons in the control period, and Generalized Estimating Equations (GEE) to comparisons between moments and between groups. The significance level was α = 0.05 (SPSS 20.0) After the training period, all groups showed improvement in the static balance (p0.05). However, the statistical analysis with percentages of 1RM incrementes (Δ%) showed higher values in the GF compared to the GE (31.51 ± 3.44 vs. 14.85 ± 2.26%; p<0.05). The cardiorespiratory measurements analysis showed a significant increase in the peak oxygen uptake (VO2pico) and in the oxygen uptake corresponding to the second ventilatory threshold (VO2LV2) only in GA and GE, with no difference between groups, while heart rate corresponding to the second ventilatory threshold (FCLV2) decreased significantly only in GF However, the “six-minute walk test” performance improved significantly in all groups, with no difference between them. All functional variables improved significantly after training, with statistical difference between GA and GE only in the "arm curl test" and "chair stand test", with higher values in GA at posttraining moment. On the other hand, significantly higher values were found in the Δ% of "arm curl test" in GA and GF compared to GE (GA: 52.35 ± 9.63%; GF: 53.39 ± 6.82%; GE: 22.65 ± 5.09%) and significant difference in the Δ% of "chair stand test" between GA and GE (42.04 ± 4.58% vs 23.68 ± 4.75%), being both similar to GF (37.41 ± 4.23%). It was concluded that the water-based exercise training was effective to improve several body balance and physical fitness parameters of elderly women, regardless of the method used. However, some results suggest that the greatest adaptations in muscular strength (1RM and resistance) were provoked by strength training and aerobic training, while the most relevant cardiorespiratory changes were caused by aerobic training and balance training