26 research outputs found

    Participação de sistemas antioxidantes e de sinalização intracelular nos mecanismos centrais após lesão nervosa periférica

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    O estudo da dor abrange diferentes modelos e abordagens. A lesão de um nervo periférico esta relacionada a ocorrência de dor neuropática e a uma serie de alterações neuroquímicas e neuroanatômicas importantes, que se estendem desde o local da injúria nervosa ate os territórios de projeção central dos neurônios sensoriais. A medula espinal constitui um dos primeiros centros de processamento da informação nociceptiva, sendo de grande interesse o estudo dos possíveis moduladores neuroquímicos envolvidos neste processo. Dentre estes merecem destaque as espécies reativas de oxigênio (ROS), formadas durante o metabolismo energético celular e que em condições fisiológicas estão em equilíbrio com atividade de sistemas de defesa antioxidante. Em condições de dor neuropática tem se evidenciado um aumento na produção das ROS na medula espinal, decorrentes da diminuição de importantes sistemas antioxidantes e/ou de alterações no metabolismo energético deste tecido nervosa. Também a participag5o de vias de sinalização celular nos eventos que se seguem a lesão nervosa periférica tem sido descrita. Dentre estes, a ativação de vias de sobrevivência neuronal e também de moléculas pró-apoptóticas. Neste contexto, o presente estudo analisou os efeitos temporais da secc5o do nervo isquiático sobre as atividades das enzimas tiorredoxina redutase (TrxR) e glicose-6- fostato-desidrogenase (G6PDH), quantificação do antioxidante ácido ascórbico (AA), e determinação da expressão do fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (NrF2) e do fator de indução de apoptose (AIF) em medula espinal, nos intervalos de 3, 7 e 15 dias após a lesão periférica. Para isso, foram utilizados ratos Wistar, machos e adultos, subdivididos nos grupos controle (sem manipulação experimental), sham (sofreram apenas isolamento e manipulação do nervo isquiático) e denervado (submetidos à seção unilateral completa do nervo isquiático), com n=6 para cada grupo. Estes animais foram testados quanta a ocorrência de hipersensibilidade mecânica, pelo teste de Von Frey, e pelo teste da marca das patas, a fim de se obter o índice funcional do isquiático (IFI). Aos 3, 7 e 15 dias foi realizada a decapitag5o dos animais sham e denervado, e paralelamente do grupo controle, para remoção da medula espinal lombossacral que foi submetida as analises bioquímicas e de express5o protéica. Foi demonstrado que aos 3 e 7 dias os animais denervados apresentaram hipersensibilidade ao estimulo mecânico e que a secção do nervo ciático resultou na diminuição do IFI nestes animais em todos os períodos estudados. Já as alterações na atividade das enzimas TrxR e G6PDH ocorreram tanto nos animais denervados coma nos sham; a TrxR mostrou-se reduzida em todos os períodos experimentais, com uma leve restauração da atividade aos 15 dias nos animais sham, mesmo período em que a G6PDH apresentou redução na atividade nos grupos sham e denervado. O AA também diminuiu na medula espinal destes animais, nos períodos de 7 e 15 dias. Quanta a expressão protéica, observou-se um aumento na expressão do NrF2 aos 15 dias da secção do nervo isquiático na fração, citoplasmática do tecido nervosa espinal, enquanto o AIF não apresentou variag5o entre os grupos e períodos experimentais analisados. Estes resultados evidenciam que tanto a secção do nervo isquiático como a manipulação deste nervo constituem importantes estímulos para a modulação de sistemas enzimáticos e não enzimáticos na medula espinal, os quais podem estar intimamente relacionados as alterações no metabolismo da glicose e ativação de vias de sinalização celular. Neste contexto, o NrF2 parece estar sendo mobilizado para a recuperação da proteção antioxidante da medula espinal. No entanto, são necessárias análises complementares para melhor avaliar a participação deste fator de transcrição em períodos mais recentes, já que não foi evidenciada a indução de apoptose pela via do AIF neste tecido

    Participação de sistemas antioxidantes e de sinalização intracelular nos mecanismos centrais após lesão nervosa periférica

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    O estudo da dor abrange diferentes modelos e abordagens. A lesão de um nervo periférico esta relacionada a ocorrência de dor neuropática e a uma serie de alterações neuroquímicas e neuroanatômicas importantes, que se estendem desde o local da injúria nervosa ate os territórios de projeção central dos neurônios sensoriais. A medula espinal constitui um dos primeiros centros de processamento da informação nociceptiva, sendo de grande interesse o estudo dos possíveis moduladores neuroquímicos envolvidos neste processo. Dentre estes merecem destaque as espécies reativas de oxigênio (ROS), formadas durante o metabolismo energético celular e que em condições fisiológicas estão em equilíbrio com atividade de sistemas de defesa antioxidante. Em condições de dor neuropática tem se evidenciado um aumento na produção das ROS na medula espinal, decorrentes da diminuição de importantes sistemas antioxidantes e/ou de alterações no metabolismo energético deste tecido nervosa. Também a participag5o de vias de sinalização celular nos eventos que se seguem a lesão nervosa periférica tem sido descrita. Dentre estes, a ativação de vias de sobrevivência neuronal e também de moléculas pró-apoptóticas. Neste contexto, o presente estudo analisou os efeitos temporais da secc5o do nervo isquiático sobre as atividades das enzimas tiorredoxina redutase (TrxR) e glicose-6- fostato-desidrogenase (G6PDH), quantificação do antioxidante ácido ascórbico (AA), e determinação da expressão do fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (NrF2) e do fator de indução de apoptose (AIF) em medula espinal, nos intervalos de 3, 7 e 15 dias após a lesão periférica. Para isso, foram utilizados ratos Wistar, machos e adultos, subdivididos nos grupos controle (sem manipulação experimental), sham (sofreram apenas isolamento e manipulação do nervo isquiático) e denervado (submetidos à seção unilateral completa do nervo isquiático), com n=6 para cada grupo. Estes animais foram testados quanta a ocorrência de hipersensibilidade mecânica, pelo teste de Von Frey, e pelo teste da marca das patas, a fim de se obter o índice funcional do isquiático (IFI). Aos 3, 7 e 15 dias foi realizada a decapitag5o dos animais sham e denervado, e paralelamente do grupo controle, para remoção da medula espinal lombossacral que foi submetida as analises bioquímicas e de express5o protéica. Foi demonstrado que aos 3 e 7 dias os animais denervados apresentaram hipersensibilidade ao estimulo mecânico e que a secção do nervo ciático resultou na diminuição do IFI nestes animais em todos os períodos estudados. Já as alterações na atividade das enzimas TrxR e G6PDH ocorreram tanto nos animais denervados coma nos sham; a TrxR mostrou-se reduzida em todos os períodos experimentais, com uma leve restauração da atividade aos 15 dias nos animais sham, mesmo período em que a G6PDH apresentou redução na atividade nos grupos sham e denervado. O AA também diminuiu na medula espinal destes animais, nos períodos de 7 e 15 dias. Quanta a expressão protéica, observou-se um aumento na expressão do NrF2 aos 15 dias da secção do nervo isquiático na fração, citoplasmática do tecido nervosa espinal, enquanto o AIF não apresentou variag5o entre os grupos e períodos experimentais analisados. Estes resultados evidenciam que tanto a secção do nervo isquiático como a manipulação deste nervo constituem importantes estímulos para a modulação de sistemas enzimáticos e não enzimáticos na medula espinal, os quais podem estar intimamente relacionados as alterações no metabolismo da glicose e ativação de vias de sinalização celular. Neste contexto, o NrF2 parece estar sendo mobilizado para a recuperação da proteção antioxidante da medula espinal. No entanto, são necessárias análises complementares para melhor avaliar a participação deste fator de transcrição em períodos mais recentes, já que não foi evidenciada a indução de apoptose pela via do AIF neste tecido

    Effects of sciatic nerve transection on ultrastructure, NADPH-diaphorase reaction and serotonin-, tyrosine hydroxylase-, c-Fos-, glucose transporter 1- and 3-like immunoreactivities in frog dorsal root ganglion

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    Frogs have been used as an alternative model to study pain mechanisms. Since we did not find any reports on the effects of sciatic nerve transection (SNT) on the ultrastructure and pattern of metabolic substances in frog dorsal root ganglion (DRG) cells, in the present study, 18 adult male frogs (Rana catesbeiana) were divided into three experimental groups: naive (frogs not subjected to surgical manipulation), sham (frogs in which all surgical procedures to expose the sciatic nerve were used except transection of the nerve), and SNT (frogs in which the sciatic nerve was exposed and transected). After 3 days, the bilateral DRG of the sciatic nerve was collected and used for transmission electron microscopy. Immunohistochemistry was used to detect reactivity for glucose transporter (Glut) types 1 and 3, tyrosine hydroxylase, serotonin and c-Fos, as well as nicotinamide adenine dinucleotide phosphate diaphorase (NADPH-diaphorase). SNT induced more mitochondria with vacuolation in neurons, satellite glial cells (SGCs) with more cytoplasmic extensions emerging from cell bodies, as well as more ribosomes, rough endoplasmic reticulum, intermediate filaments and mitochondria. c-Fos immunoreactivity was found in neuronal nuclei. More neurons and SGCs surrounded by tyrosine hydroxylase-like immunoreactivity were found. No change occurred in serotonin- and Glut1- and Glut3-like immunoreactivity. NADPH-diaphorase occurred in more neurons and SGCs. No sign of SGC proliferation was observed. Since the changes of frog DRG in response to nerve injury are similar to those of mammals, frogs should be a valid experimental model for the study of the effects of SNT, a condition that still has many unanswered questions

    Effects of sciatic nerve transection on ultrastructure, NADPH-diaphorase reaction and serotonin-, tyrosine hydroxylase-, c-Fos-, glucose transporter 1- and 3-like immunoreactivities in frog dorsal root ganglion

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    Frogs have been used as an alternative model to study pain mechanisms. Since we did not find any reports on the effects of sciatic nerve transection (SNT) on the ultrastructure and pattern of metabolic substances in frog dorsal root ganglion (DRG) cells, in the present study, 18 adult male frogs (Rana catesbeiana) were divided into three experimental groups: naive (frogs not subjected to surgical manipulation), sham (frogs in which all surgical procedures to expose the sciatic nerve were used except transection of the nerve), and SNT (frogs in which the sciatic nerve was exposed and transected). After 3 days, the bilateral DRG of the sciatic nerve was collected and used for transmission electron microscopy. Immunohistochemistry was used to detect reactivity for glucose transporter (Glut) types 1 and 3, tyrosine hydroxylase, serotonin and c-Fos, as well as nicotinamide adenine dinucleotide phosphate diaphorase (NADPH-diaphorase). SNT induced more mitochondria with vacuolation in neurons, satellite glial cells (SGCs) with more cytoplasmic extensions emerging from cell bodies, as well as more ribosomes, rough endoplasmic reticulum, intermediate filaments and mitochondria. c-Fos immunoreactivity was found in neuronal nuclei. More neurons and SGCs surrounded by tyrosine hydroxylase-like immunoreactivity were found. No change occurred in serotonin- and Glut1- and Glut3-like immunoreactivity. NADPH-diaphorase occurred in more neurons and SGCs. No sign of SGC proliferation was observed. Since the changes of frog DRG in response to nerve injury are similar to those of mammals, frogs should be a valid experimental model for the study of the effects of SNT, a condition that still has many unanswered questions
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