6 research outputs found
LEIOMIOSSARCOMA UTERINO EM CANINO GOLDEN RETRIEVER
O leiomiossarcoma é uma neoplasia maligna de musculatura lisa, encontrado principalmente em fígado, baço, intestino, bexiga e útero. Esse tumor apresenta característica invasiva, não é encapsulado e tem crescimento lento, sendo comum observar áreas de necrose na massa tumoral. Essa neoplasia acomete mais frequentemente cadelas idosas e não castradas. Não há predisposição racial, e metástases oriundas de tumores do trato genital não são comuns. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso ocorrido no Hospital Veterinário da Unoesc Xanxerê, SC com um canino, fêmea, da raça Golden Retriever com aproximadamente quatro anos de idade, pesando 30,3 kg. O animal apresentava secreção mucosanguinolenta fétida na vulva, vômitos esporádicos e não urinava há dois dias. Previamente havia sido tratada clinicamente por outro colega para piometra. O proprietário ainda relatou que a paciente nunca havia cruzado e/ou sido medicada com hormônios contraceptivos. Ao exame físico, constatou-se a presença de desidratação leve, mucosas hipercoradas e ressecadas, úlceras na mucosa oral e na língua, taquicardia, taquipneia e temperatura retal de 38,5 ºC. No hemograma, observou-se leucocitose por neutrofilia com desvio à esquerda. O exame ultrassonográfico mostrou uma massa hiperecoica irregular na região da cérvix. Em razão do quadro sugestivo de piometra, mediante anestesia geral, realizou-se uma laparotomia exploratória, na qual se retirou o tecido acometido com a ovariosalpingohisterectomia. Após a remoção cirúrgica, o tecido foi dissecado e observou-se uma massa firme de 15x10 cm, encapsulada e ao corte, com padrão heterogêneo, consistência firme, com coloração branco-acinzentada com grandes áreas necróticas de cor vermelho-acastanhadas e odor fétido. Os cornos uterinos apresentavam hiperplasia glandular cística. A amostra foi remetida ao Laboratório de Patologia Veterinária para exame histopatológico. Foi fixada em formalina tamponada a 10%, processada rotineiramente, e as lâminas coradas com hematoxilina e eosina e pelo método especial para tecido conjuntivo com Tricrômio de Masson (TM) (EasyPath EP- 11-20013). A avaliação histológica constatou a presença de células tumorais fusiformes com núcleos alongados ou em forma de charuto, abundante citoplasma eosinofílico e ordenadas em feixes ou como formas sólidas. As células apresentavam moderada atipia e mitose, e em áreas multifocais observou-se necrose das células tumorais com infiltrado inflamatório predominantemente polimorfonuclear. A coloração de TM revelou fibras musculares em grande intensidade, caracterizando um leiomiossarcoma. No pós-operatório, foi utilizado tramadol 3 mg/kg VO SID, enrofloxacina 5 mg/kg via oral SID e fluidoterapia com ringer lactato. A paciente apresentou uma adequada recuperação do procedimento anestésico-cirúrgico e, em razão do leiomiossarcoma ser um tumor de baixa metástase, considera-se que a paciente tem um prognóstico favorável. Além disso, apresentou normalização da micção e da suspeita de quadro urêmico. Há possibilidade de a hiperplasia endometrial cística estar relacionada ao tumor, entretanto, não está estabelecida a relação entre ambos.Palavras-chave: Cadela. Histopatológico. Tumor uterino
PROPTOSE DE GLOBO OCULAR EM CANINO
A proptose do globo ocular ocorre por uma contusão, um dano decorrente de contato com um objeto diretamente com o globo ou por uma concussão, o dano em consequência de trauma adjacente ao olho quando a força é transmitida até este, de modo que um trauma externo pode levar a lesões intraoculares graves, mesmo se o globo ocular não tiver sido penetrado. A proptose do globo ocular é comumente causada por algum tipo de trauma e quanto antes o olho for reposicionado melhor será o prognóstico. Por vezes, por infelicidades e também considerando o grau do trauma sofrido, alguns olhos são inevitavelmente perdidos a despeito do tratamento precoce e vigoroso. O objetivo deste trabalho foi relatar um atendimento realizado no Hospital Veterinário da Unoesc Xanxerê de um canino, fêmea, SRD, porte médio, adulto, com peso de 16,5 kg, com características apáticas e escore corporal baixo, apresentando o globo ocular esquerdo protruido. O proprietário relatou que a encontrou na rua e que seu olho esquerdo se encontrava protruido, não tendo outras informações em decorrência do fato de ter sido recolhida da rua. O animal foi examinado e assim tomadas as medidas de suporte apropriadas. Logo, foi constatado que seria ineficaz o reposicionamento do globo ocular, pois já apresentava grandes danos estruturais. Tratando-se de um animal de rua, presumiu-se que o trauma já havia ocorrido há dias, motivo pelo qual o reposicionamento do globo não levaria ao sucesso na recuperação deste. De imediato foi administrado cetoprofeno 1 mg/kg VO, enrofloxacina 5 mg/kg VO e tramadol 3 mg/kg VO. O tratamento adequado eleito, considerando ser um trauma não recente e que várias estruturas do olho já estavam danificadas foi a realização da enucleação do globo ocular. No protocolo anestésico como MPA foram utilizados acepromazina 0,02 mg/kg e meperidina 3 mg/kg IM. Para a indução anestésica foi feito o uso de propofol ao efeito IV. Para a manutenção foi usado o sistema inalatório semi-echado com Isofluorano. Como terapia de apoio foi empregado fluidoterapia com solução fisiológica e atropina 0,044 mg/kg IV. Foi realizada uma incisão em elipse ao redor das pálpebras superior e inferior, dissecação da musculatura periocular, hemostasia, pinçamento, secção e ligadura do nervo óptico. Após, sutura da musculatura em Cushing, redução do espaço morto com sutura intradérmica e pontos isolados simples na pele; todas as suturas utilizado mononáilon. No pós-operatório foram administrados meloxicam 0,1 mg/kg SID por dois dias, enrofloxacina 5 mg/kg VO SID por oito dias e tramadol 3 mg/kg VO BID por quatro dias, bem como realizada a higienização diária da ferida cirúrgica com solução fisiológica. A paciente recuperou-se adequadamente, sem complicações, visto que as suturas foram removidas 10 dias após a cirurgia.Palavras-chave: Cão. Bulbo ocular. Cirugia. Enucleação
TUMOR DE CÉLULAS DE TRANSIÇÃO INFILTRATIVO COM METÁSTASE HEPÁTICA, PULMONAR, RENAL, PROSTÁTICA E PERIOCULAR EM UM CANINO MACHO CASTRADO
As neoplasias do trato urinário são pouco frequentes em cães, e a etiologia é multifatorial, tendo influência de fatores endógenos, predisposição racial e exposição a produtos tóxicos. Descreve-se um caso de tumor de células de transição (TCT) em cão, macho, nove anos, SRD, que inicialmente foi tratado para cistite. Em razão dos sinais de hematúria, disúria e polaquiúria que persistiam há 30 dias, o animal foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Unoesc de Xanxerê para realização de exame ultrassonagráfico, observando-se espessamento da parede da bexiga e uma massa irregular que se projetava da região do trígono vesical para o interior da luz do órgão. Exames de sangue (hemograma e perfil bioquímico) não apresentaram alteração; na urinálise, observou-se coloração amarelo-escura da urina, discreta turbidez e nitritúria, e na análise de sedimento, discreta bacteriúria e leucocitúria, além de intensa hematúria. Na citologia, foram observadas células epiteliais com relação núcleo-citoplasma maior que as células normais, núcleos arredondados a ovais uniformes, sem nucléolo aparente e pleomorfismo discreto, sugerindo hiperplasia de células transicionais. Com o agravamento dos sinais clínicos, o animal morreu e foi remetido ao Laboratório de Patologia Veterinária para necropsia. Na macroscopia, evidenciou-se bexiga repleta (900mL), e, ao corte, massa esbranquiçada firme desde o trígono vesical até a porção média da bexiga, com característica infiltrativa, superfície irregular com áreas necróticas e hemorrágicas. Nódulos multifocais com característica semelhante ao descrito na bexiga foram observados no fígado, pulmão, rim e na região periocular lateral-ventral, visto que, nesse local, o nódulo apresentava 2 cm, era firme, irregular, vermelho-escuro, com pontos brancos multifocais, e no rim, observou-se infartos multifocais. Na histopatologia, a bexiga apresentou cordões e ninhos de células transicionais atípicas, com citoplasma variado, eosinofílico, pleomorfismo moderado e mitoses multifocais. As células infiltravam até a musculatura do órgão. Células com mesma característica foram observadas no fígado, pulmão, rins, próstata e massa periocular. O diagnóstico é tumor de células de transição infiltrativo com metástase hepática, pulmonar, renal, prostática e periocular. Embora a literatura cite que é pouco comum a ocorrência de metástase, ela foi observada nesse caso em uma massa próxima ao olho. Essa neoplasia é pouco frequente em cães (menos de 1% dos tumores) e quando ocorre é de caráter maligno. Em razão da característica infiltrativa do TCT, quando localizado no trígono vesical, pode acarretar a obstrução parcial ou total da uretra, que na clínica se apresenta com disúria e estrangúria. Em consequência da obstrução da uretra ocorre estase urinária, o que predispõe a cistites, em decorrência da contaminação ascendente de bactérias, ou ainda, ocorrência de hidroureter e hidronefrose, uma vez que há interrupção do fluxo urinário. Cabe ressaltar que o diagnóstico diferencial é importante, pois sinais de disúria, hematúria e polaquiúria são comuns em patologias do trato urinário inferior.Palavras-chave: Neoplasia. Células de transição. Metástase. Cão.e ^ad r�@�to;text-align:justify;line-height:150%'>Palavras-chave: Polioencefalomalácia. Caprino. Tiamina. Infarto. %; B �-a r�@�es New Roman","serif"'>No pós-operatório, foi utilizado tramadol 3 mg/kg VO SID, enrofloxacina 5 mg/kg via oral SID e fluidoterapia com ringer lactato. A paciente apresentou uma adequada recuperação do procedimento anestésico-cirúrgico e, em razão do leiomiossarcoma ser um tumor de baixa metástase, considera-se que a paciente tem um prognóstico favorável. Além disso, apresentou normalização da micção e da suspeita de quadro urêmico. Há possibilidade de a hiperplasia endometrial cística estar relacionada ao tumor, entretanto, não está estabelecida a relação entre ambos. Palavras-chave: Cadela. Histopatológico. Tumor uterino
LEIOMIOSSARCOMA UTERINO EM CANINO GOLDEN RETRIEVER
O leiomiossarcoma é uma neoplasia maligna de musculatura lisa, encontrado principalmente em fígado, baço, intestino, bexiga e útero. Esse tumor apresenta característica invasiva, não é encapsulado e tem crescimento lento, sendo comum observar áreas de necrose na massa tumoral. Essa neoplasia acomete mais frequentemente cadelas idosas e não castradas. Não há predisposição racial, e metástases oriundas de tumores do trato genital não são comuns. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso ocorrido no Hospital Veterinário da Unoesc Xanxerê, SC com um canino, fêmea, da raça Golden Retriever com aproximadamente quatro anos de idade, pesando 30,3 kg. O animal apresentava secreção mucosanguinolenta fétida na vulva, vômitos esporádicos e não urinava há dois dias. Previamente havia sido tratada clinicamente por outro colega para piometra. O proprietário ainda relatou que a paciente nunca havia cruzado e/ou sido medicada com hormônios contraceptivos. Ao exame físico, constatou-se a presença de desidratação leve, mucosas hipercoradas e ressecadas, úlceras na mucosa oral e na língua, taquicardia, taquipneia e temperatura retal de 38,5 ºC. No hemograma, observou-se leucocitose por neutrofilia com desvio à esquerda. O exame ultrassonográfico mostrou uma massa hiperecoica irregular na região da cérvix. Em razão do quadro sugestivo de piometra, mediante anestesia geral, realizou-se uma laparotomia exploratória, na qual se retirou o tecido acometido com a ovariosalpingohisterectomia. Após a remoção cirúrgica, o tecido foi dissecado e observou-se uma massa firme de 15x10 cm, encapsulada e ao corte, com padrão heterogêneo, consistência firme, com coloração branco-acinzentada com grandes áreas necróticas de cor vermelho-acastanhadas e odor fétido. Os cornos uterinos apresentavam hiperplasia glandular cística. A amostra foi remetida ao Laboratório de Patologia Veterinária para exame histopatológico. Foi fixada em formalina tamponada a 10%, processada rotineiramente, e as lâminas coradas com hematoxilina e eosina e pelo método especial para tecido conjuntivo com Tricrômio de Masson (TM) (EasyPath EP- 11-20013). A avaliação histológica constatou a presença de células tumorais fusiformes com núcleos alongados ou em forma de charuto, abundante citoplasma eosinofílico e ordenadas em feixes ou como formas sólidas. As células apresentavam moderada atipia e mitose, e em áreas multifocais observou-se necrose das células tumorais com infiltrado inflamatório predominantemente polimorfonuclear. A coloração de TM revelou fibras musculares em grande intensidade, caracterizando um leiomiossarcoma. No pós-operatório, foi utilizado tramadol 3 mg/kg VO SID, enrofloxacina 5 mg/kg via oral SID e fluidoterapia com ringer lactato. A paciente apresentou uma adequada recuperação do procedimento anestésico-cirúrgico e, em razão do leiomiossarcoma ser um tumor de baixa metástase, considera-se que a paciente tem um prognóstico favorável. Além disso, apresentou normalização da micção e da suspeita de quadro urêmico. Há possibilidade de a hiperplasia endometrial cística estar relacionada ao tumor, entretanto, não está estabelecida a relação entre ambos.Palavras-chave: Cadela. Histopatológico. Tumor uterino
TUMOR DE CÉLULAS DE TRANSIÇÃO INFILTRATIVO COM METÁSTASE HEPÁTICA, PULMONAR, RENAL, PROSTÁTICA E PERIOCULAR EM UM CANINO MACHO CASTRADO
As neoplasias do trato urinário são pouco frequentes em cães, e a etiologia é multifatorial, tendo influência de fatores endógenos, predisposição racial e exposição a produtos tóxicos. Descreve-se um caso de tumor de células de transição (TCT) em cão, macho, nove anos, SRD, que inicialmente foi tratado para cistite. Em razão dos sinais de hematúria, disúria e polaquiúria que persistiam há 30 dias, o animal foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Unoesc de Xanxerê para realização de exame ultrassonagráfico, observando-se espessamento da parede da bexiga e uma massa irregular que se projetava da região do trígono vesical para o interior da luz do órgão. Exames de sangue (hemograma e perfil bioquímico) não apresentaram alteração; na urinálise, observou-se coloração amarelo-escura da urina, discreta turbidez e nitritúria, e na análise de sedimento, discreta bacteriúria e leucocitúria, além de intensa hematúria. Na citologia, foram observadas células epiteliais com relação núcleo-citoplasma maior que as células normais, núcleos arredondados a ovais uniformes, sem nucléolo aparente e pleomorfismo discreto, sugerindo hiperplasia de células transicionais. Com o agravamento dos sinais clínicos, o animal morreu e foi remetido ao Laboratório de Patologia Veterinária para necropsia. Na macroscopia, evidenciou-se bexiga repleta (900mL), e, ao corte, massa esbranquiçada firme desde o trígono vesical até a porção média da bexiga, com característica infiltrativa, superfície irregular com áreas necróticas e hemorrágicas. Nódulos multifocais com característica semelhante ao descrito na bexiga foram observados no fígado, pulmão, rim e na região periocular lateral-ventral, visto que, nesse local, o nódulo apresentava 2 cm, era firme, irregular, vermelho-escuro, com pontos brancos multifocais, e no rim, observou-se infartos multifocais. Na histopatologia, a bexiga apresentou cordões e ninhos de células transicionais atípicas, com citoplasma variado, eosinofílico, pleomorfismo moderado e mitoses multifocais. As células infiltravam até a musculatura do órgão. Células com mesma característica foram observadas no fígado, pulmão, rins, próstata e massa periocular. O diagnóstico é tumor de células de transição infiltrativo com metástase hepática, pulmonar, renal, prostática e periocular. Embora a literatura cite que é pouco comum a ocorrência de metástase, ela foi observada nesse caso em uma massa próxima ao olho. Essa neoplasia é pouco frequente em cães (menos de 1% dos tumores) e quando ocorre é de caráter maligno. Em razão da característica infiltrativa do TCT, quando localizado no trígono vesical, pode acarretar a obstrução parcial ou total da uretra, que na clínica se apresenta com disúria e estrangúria. Em consequência da obstrução da uretra ocorre estase urinária, o que predispõe a cistites, em decorrência da contaminação ascendente de bactérias, ou ainda, ocorrência de hidroureter e hidronefrose, uma vez que há interrupção do fluxo urinário. Cabe ressaltar que o diagnóstico diferencial é importante, pois sinais de disúria, hematúria e polaquiúria são comuns em patologias do trato urinário inferior.Palavras-chave: Neoplasia. Células de transição. Metástase. Cão.e ^ad r�@�to;text-align:justify;line-height:150%'>Palavras-chave: Polioencefalomalácia. Caprino. Tiamina. Infarto. %; B �-a r�@�es New Roman","serif"'>No pós-operatório, foi utilizado tramadol 3 mg/kg VO SID, enrofloxacina 5 mg/kg via oral SID e fluidoterapia com ringer lactato. A paciente apresentou uma adequada recuperação do procedimento anestésico-cirúrgico e, em razão do leiomiossarcoma ser um tumor de baixa metástase, considera-se que a paciente tem um prognóstico favorável. Além disso, apresentou normalização da micção e da suspeita de quadro urêmico. Há possibilidade de a hiperplasia endometrial cística estar relacionada ao tumor, entretanto, não está estabelecida a relação entre ambos. Palavras-chave: Cadela. Histopatológico. Tumor uterino
PROPTOSE DE GLOBO OCULAR EM CANINO
A proptose do globo ocular ocorre por uma contusão, um dano decorrente de contato com um objeto diretamente com o globo ou por uma concussão, o dano em consequência de trauma adjacente ao olho quando a força é transmitida até este, de modo que um trauma externo pode levar a lesões intraoculares graves, mesmo se o globo ocular não tiver sido penetrado. A proptose do globo ocular é comumente causada por algum tipo de trauma e quanto antes o olho for reposicionado melhor será o prognóstico. Por vezes, por infelicidades e também considerando o grau do trauma sofrido, alguns olhos são inevitavelmente perdidos a despeito do tratamento precoce e vigoroso. O objetivo deste trabalho foi relatar um atendimento realizado no Hospital Veterinário da Unoesc Xanxerê de um canino, fêmea, SRD, porte médio, adulto, com peso de 16,5 kg, com características apáticas e escore corporal baixo, apresentando o globo ocular esquerdo protruido. O proprietário relatou que a encontrou na rua e que seu olho esquerdo se encontrava protruido, não tendo outras informações em decorrência do fato de ter sido recolhida da rua. O animal foi examinado e assim tomadas as medidas de suporte apropriadas. Logo, foi constatado que seria ineficaz o reposicionamento do globo ocular, pois já apresentava grandes danos estruturais. Tratando-se de um animal de rua, presumiu-se que o trauma já havia ocorrido há dias, motivo pelo qual o reposicionamento do globo não levaria ao sucesso na recuperação deste. De imediato foi administrado cetoprofeno 1 mg/kg VO, enrofloxacina 5 mg/kg VO e tramadol 3 mg/kg VO. O tratamento adequado eleito, considerando ser um trauma não recente e que várias estruturas do olho já estavam danificadas foi a realização da enucleação do globo ocular. No protocolo anestésico como MPA foram utilizados acepromazina 0,02 mg/kg e meperidina 3 mg/kg IM. Para a indução anestésica foi feito o uso de propofol ao efeito IV. Para a manutenção foi usado o sistema inalatório semi-echado com Isofluorano. Como terapia de apoio foi empregado fluidoterapia com solução fisiológica e atropina 0,044 mg/kg IV. Foi realizada uma incisão em elipse ao redor das pálpebras superior e inferior, dissecação da musculatura periocular, hemostasia, pinçamento, secção e ligadura do nervo óptico. Após, sutura da musculatura em Cushing, redução do espaço morto com sutura intradérmica e pontos isolados simples na pele; todas as suturas utilizado mononáilon. No pós-operatório foram administrados meloxicam 0,1 mg/kg SID por dois dias, enrofloxacina 5 mg/kg VO SID por oito dias e tramadol 3 mg/kg VO BID por quatro dias, bem como realizada a higienização diária da ferida cirúrgica com solução fisiológica. A paciente recuperou-se adequadamente, sem complicações, visto que as suturas foram removidas 10 dias após a cirurgia.Palavras-chave: Cão. Bulbo ocular. Cirugia. Enucleação