19 research outputs found

    A geografia humana e a teoria regional crítica

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    1978 marked the turn on the Brazilian Geography, since then it has been more and more influenced by the dialectical materialism as conception of the world. The Department of Geography from São Paulo University has been an important laboratory of Critical Geography, reaching its peak in this emblematic year of 2018. In the mentioned Department, several fronts are open and among them a critical perspective of Regional Geography. We can find more specifically two: one more linked to urbanization and industrialization processes and another more related to political geography, geopolitics and regional policies. In light of these relevant contributions, we present some essays on a critical regional theory for understanding the production of space in the twenty-first century.1978 marcou uma guinada na Geografia brasileira, que se fundamenta a partir de então cada vez mais no materialismo dialético como concepção de mundo. O Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo tem sido um importante laboratório da Geografia Crítica, que chega ao seu ápice nesse emblemático ano de 1978. Nele, várias frentes são abertas e dentre elas a de uma perspectiva crítica da Geografia Regional. Podemos localizar mais especificamente duas: uma mais vinculada aos processos de urbanização e industrialização e outra mais relacionada à geografia política, a geopolítica e as políticas regionais. À luz dessas contribuições seminais, apresentamos alguns ensaios de uma teoria regional crítica para a compreensão da produção do espaço no século XXI

    A produção do pensamento sobre a metrópole e o metropolitano pela escola de geografia urbana de São Paulo: o lugar de Sandra Lencioni

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    A chamada escola de geografia brasileira pode ser considerada não como uma escola nacional clássica, mas como “uma escola com escolas”. Nesta perspectiva, compreende-se a constituição da escola de geografia urbana de São Paulo como uma das correntes mais importantes na escola de geografia brasileira, desenvolvida com base na produção de um pensamento sobre a cidade e o urbano, que se desloca para um pensamento sobre a metrópole e o metropolitano. Entre as expoentes, destaca-se uma síntese das contribuições científicas de Sandra Lencioni, especialmente sobre a teoria da região e a problemática metropolitana, e seus aportes à construção da escola de geografia urbana de São Paulo, à constituição da geografia brasileira e à produção do conhecimento geográfico universal

    O mundo, a Amazônia e a região de fronteira no fio da navalha: o Sul e Sudeste do Pará em tempos da pandemia do coronavírus

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    No amplo espectro de desdobramentos apontados sobre a disseminação da Covid-19 no mundo, o retorno ao espaço privado e as possíveis mudanças geracionais são as mais frisadas. No entanto, pouco se fala diretamente sobre o domínio das representações, que acaba ficando em segundo plano diante do redemoinho de fatos trágicos sistemáticos, que trazem a tona cotidianamente os limites do que convencionamos chamar de civilização. O objetivo é então pensar e problematizar, no novo espaço-tempo crítico da pandemia da Covid-19, processos e representações do mundo contemporâneo e sua reprodução na Amazônia e, em particular, na região de fronteira, o Sul e Sudeste do Pará.En el amplio espectro de interrogantes planteados sobre la propagación de Covid-19 en el mundo, el retorno al espacio privado y los posibles cambios generacionales son los más destacados. Sin embargo, poco se dice directamente sobre el dominio de las representaciones, que termina en segundo plano debido al torbellino de hechos trágicos sistemáticos, que diariamente traen los límites de lo que convencionalmente llamamos de civilización. El objetivo es entonces pensar y problematizar, en el nuevo espacio-tiempo crítico de la pandemia de Covid-19, los procesos y las representaciones del mundo contemporáneo y su reproducción en la Amazonía y, en particular, en la región de frontera, el Sur y Sureste de Pará.In the literature review about the Covid-19 spread worldwide, the return to the private space and the possible generational changes are the most stressed. However, little is said directly about the representations field, which ends up in the background due to the whirlwind of systematic tragic facts, which daily bring up the limits of what we conventionally call civilization. The aim is then to think and problematize, in the new critical space-time of the Covid-19 pandemic, processes and representations of the contemporary world and their reproduction in the Amazon and, in particular, in the border region, the South and Southeast of Pará.Dans un large spectre de questions autour de la dissémination mondiale de la covid-19, le retour aux espaces privés et des probables changements générationnels sont les plus soulignés. Néanmoins, face au tourbillon de faits tragiques responsables de mettre en cause ce qu’on appelle la civilisation, on ne mentionne pas beaucoup le rôle des représentations. Ainsi, à partir du nouvel espace-temps critique de la pandémie, on veut réfléchir sur les processus et les représentations du monde contemporain et sa reproduction dans l’Amazonie, notamment dans la région frontière, le Sud et le Sud-est du Pará

    Geografia Regional: notas introdutórias

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    Em um de seus últimos trabalhos, Edward Soja (2011, p. 451), um dos mestres da Geografia contemporânea mundial, apresentava sua tese da urbanização regional e defendia categoricamente que emergiam com força total três desdobramentos chaves para a interpretação da produção do espaço no século XXI: 1) “a redescoberta da poderosa força gerativa das cidades”; 2) “a difusão transdisciplinar das perspectivas espaciais críticas” e 3) “o ressurgimento do interesse por regiões e regionalismo”. Para a ..

    Real estate financialization and regional metropolization: the Alphaville in implosion-explosion of metropolis

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    A virada do século significou a consolidação de uma nova era do capitalismo contemporâneo. Trata-se do momento crítico em que a simultaneidade entre o metropolitano e o financeiro atinge um elevado nível de centralidade na produção do espaço, constituindo a época metropolitano-financeira, que já estava num processo de desenvolvimento desigual desde a década de 1970. Essa implosão-explosão da metrópole no território brasileiro anuncia seus passos iniciais com a criação das primeiras regiões metropolitanas e a inauguração de formas imobiliárias metropolitanas, como os loteamentos fechados. O produto imobiliário Alphaville origina-se nesse movimento, reproduzindo uma atmosfera de vida metropolitana e sintetizando as metamorfoses em todos os sentidos e dimensões constituídas a partir da transição da economia urbano-industrial à economia metropolitano-financeira. Em meados da década de 1990, com a incorporação do Brasil ao neoliberalismo, o desenvolvimento da regionalização metropolitana e a emergência de mecanismos financeiros relacionados ao mercado imobiliário, a difusão do produto imobiliário Alphaville se realiza pelo processo de financeirização imobiliária. No século XXI, a metropolização regional ganha intensidade e complexidade no território brasileiro e fundamenta cada vez mais as estratégias imobiliárias da Alphaville Urbanismo S.A., que passa a ser comandada por uma incorporadora de capital aberto e, em seguida, por um grande fundo global de private equity, sinalizando o aprofundamento do processo de financeirização imobiliária da produção do loteamento fechado. Constituído a partir da metamorfose da terra agrária em terra urbana e metropolitana, o loteamento fechado Alphaville permite a captura de elevados ganhos, especialmente da renda imobiliária. No movimento de realização do produto imobiliário Alphaville como espaço-mercadoria e como ativo financeiro, na contradição entre o público e o privado, é que se explicitam as novas determinações do desenvolvimento regional desigual da acumulação do capital, ao mesmo tempo em que se transita pelo terreno pantanoso dos conceitos em metamorfose e de novas ideias e perspectivas na passagem de um pensamento sobre a cidade e o urbano para um pensamento sobre a metrópole e o metropolitano. Assim, a região, iluminada por uma perspectiva crítica e esclarecida, se situa como uma categoria chave para o desvendamento da nova dialética do espaço. A região metropolitana, um espaço negativo e instrumental por excelência, se constitui como um momento do processo de totalização da reprodução do espaço metropolitano, inclusive em outros níveis, como no da metrópole-região e da megalópole. Nesses termos, o caminho para uma transformação radical da produção do espaço passa necessariamente por uma revolução histórica e geográfica do metropolitano, do financeiro e do regional.Turn of the century meant the consolidation of a new era in contemporary capitalism. It is the critical moment when the simultaneity between the metropolitan and the financial reaches a high level of centrality in production of space, constituting the metropolitan-financial age, which was already in an uneven development process since the 1970s. This implosion-explosion of metropolis in the Brazilian territory announces its initial steps with creation of first metropolitan regions and the release of metropolitan real estate forms, like the gated communities. The Alphaville real estate product was originated in this movement, reproducing an atmosphere of metropolitan life and synthesizing the metamorphoses in all senses and dimensions constituted by transition from the urban-industrial economy to the metropolitan-financial one. In the mid-1990s, with incorporation of Brazil into neoliberalism, development of metropolitan regionalization and emergence of financial mechanisms related to real estate market, the expansion and production of Alphaville is performed by real estate financialization process. In the 21st century, regional metropolization gains intensity and complexity in Brazil and substantiates more and more the real estate strategies developed by Alphaville Urbanismo S.A., which is now controlled by an open financial real estate corporation and a large global private equity fund, indicating the deepening in real estate financialization of gated community production. The Alphaville gated community, constituted of metamorphosis from agrarian to urban and metropolitan land, allows the capture of high gains, especially real estate rent. In the movement of Alphaville real estate product as a commodity-space as a financial asset, in contradiction between the public and the private, we can explain the new determinations of regional uneven development of capital accumulation and at the same time we move through the marshy terrain of concepts in metamorphosis and new ideas and perspectives in the passage from a thought about the city and the urban to a thought about the metropolis and the metropolitan. Thus, the region, illuminated by a critical and enlightened perspective, stands as a key category for the revelation of new space dialectic. The metropolitan region, a negative and instrumental space for excellence, constitutes a moment on totalization of metropolitan space reproduction, including in other levels, as in metropolis-region as in megalopolis. In these terms, the road to a radical transformation of space production necessarily involves a historical and geographical revolution of the metropolitan, the financial and the regional

    A redescoberta da região: uma introdução

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    A teoria regional ganha cada vez mais um destaque importante no pensamento geográfico e nas ciências sociais e humanas em geral, suscitando novas abordagens e perspectivas teórico-metodológicas. Após algumas décadas de ostracismo no pensamento geográfico brasileiro, a teoria regional emerge no sentido de dá conta das diferenças e fragmentações em tempos de globalização e homogeneização; enquanto que em outras “escolas” de geografia, como a francesa, a inglesa e a norte-americana, mesmo após a..

    Real estate financialization and regional metropolization: the Alphaville in implosion-explosion of metropolis

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    A virada do século significou a consolidação de uma nova era do capitalismo contemporâneo. Trata-se do momento crítico em que a simultaneidade entre o metropolitano e o financeiro atinge um elevado nível de centralidade na produção do espaço, constituindo a época metropolitano-financeira, que já estava num processo de desenvolvimento desigual desde a década de 1970. Essa implosão-explosão da metrópole no território brasileiro anuncia seus passos iniciais com a criação das primeiras regiões metropolitanas e a inauguração de formas imobiliárias metropolitanas, como os loteamentos fechados. O produto imobiliário Alphaville origina-se nesse movimento, reproduzindo uma atmosfera de vida metropolitana e sintetizando as metamorfoses em todos os sentidos e dimensões constituídas a partir da transição da economia urbano-industrial à economia metropolitano-financeira. Em meados da década de 1990, com a incorporação do Brasil ao neoliberalismo, o desenvolvimento da regionalização metropolitana e a emergência de mecanismos financeiros relacionados ao mercado imobiliário, a difusão do produto imobiliário Alphaville se realiza pelo processo de financeirização imobiliária. No século XXI, a metropolização regional ganha intensidade e complexidade no território brasileiro e fundamenta cada vez mais as estratégias imobiliárias da Alphaville Urbanismo S.A., que passa a ser comandada por uma incorporadora de capital aberto e, em seguida, por um grande fundo global de private equity, sinalizando o aprofundamento do processo de financeirização imobiliária da produção do loteamento fechado. Constituído a partir da metamorfose da terra agrária em terra urbana e metropolitana, o loteamento fechado Alphaville permite a captura de elevados ganhos, especialmente da renda imobiliária. No movimento de realização do produto imobiliário Alphaville como espaço-mercadoria e como ativo financeiro, na contradição entre o público e o privado, é que se explicitam as novas determinações do desenvolvimento regional desigual da acumulação do capital, ao mesmo tempo em que se transita pelo terreno pantanoso dos conceitos em metamorfose e de novas ideias e perspectivas na passagem de um pensamento sobre a cidade e o urbano para um pensamento sobre a metrópole e o metropolitano. Assim, a região, iluminada por uma perspectiva crítica e esclarecida, se situa como uma categoria chave para o desvendamento da nova dialética do espaço. A região metropolitana, um espaço negativo e instrumental por excelência, se constitui como um momento do processo de totalização da reprodução do espaço metropolitano, inclusive em outros níveis, como no da metrópole-região e da megalópole. Nesses termos, o caminho para uma transformação radical da produção do espaço passa necessariamente por uma revolução histórica e geográfica do metropolitano, do financeiro e do regional.Turn of the century meant the consolidation of a new era in contemporary capitalism. It is the critical moment when the simultaneity between the metropolitan and the financial reaches a high level of centrality in production of space, constituting the metropolitan-financial age, which was already in an uneven development process since the 1970s. This implosion-explosion of metropolis in the Brazilian territory announces its initial steps with creation of first metropolitan regions and the release of metropolitan real estate forms, like the gated communities. The Alphaville real estate product was originated in this movement, reproducing an atmosphere of metropolitan life and synthesizing the metamorphoses in all senses and dimensions constituted by transition from the urban-industrial economy to the metropolitan-financial one. In the mid-1990s, with incorporation of Brazil into neoliberalism, development of metropolitan regionalization and emergence of financial mechanisms related to real estate market, the expansion and production of Alphaville is performed by real estate financialization process. In the 21st century, regional metropolization gains intensity and complexity in Brazil and substantiates more and more the real estate strategies developed by Alphaville Urbanismo S.A., which is now controlled by an open financial real estate corporation and a large global private equity fund, indicating the deepening in real estate financialization of gated community production. The Alphaville gated community, constituted of metamorphosis from agrarian to urban and metropolitan land, allows the capture of high gains, especially real estate rent. In the movement of Alphaville real estate product as a commodity-space as a financial asset, in contradiction between the public and the private, we can explain the new determinations of regional uneven development of capital accumulation and at the same time we move through the marshy terrain of concepts in metamorphosis and new ideas and perspectives in the passage from a thought about the city and the urban to a thought about the metropolis and the metropolitan. Thus, the region, illuminated by a critical and enlightened perspective, stands as a key category for the revelation of new space dialectic. The metropolitan region, a negative and instrumental space for excellence, constitutes a moment on totalization of metropolitan space reproduction, including in other levels, as in metropolis-region as in megalopolis. In these terms, the road to a radical transformation of space production necessarily involves a historical and geographical revolution of the metropolitan, the financial and the regional

    A redescoberta da região: uma introdução

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