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Avaliação fitoquímica e atividade antioxidan e, antimutagênica e toxicológica do extrato aquoso das folhas de Ocimum gratissimum L.
A espécie Ocimum gratissimum L., popularmente conhecida como alfavaca, é uma planta muito usada na medicina tradicional brasileira, à qual são atribuídas diversas atividades terapêuticas quando usada na forma de infuso de suas folhas. Neste estudo foi realizada a caracterização fitoquímica, a avaliação da ação antioxidante e a investigação dos efeitos antimutagênico e antigenotóxico, além do efeito mutagênico e genotóxico potencial do extrato aquoso liofilizado a parir das folhas de O. gratissimum (EAOG). O conteúdo de polifenóis totais no extrato foi determinado pelo método Folin-Ciocalteu, sendo encontrado 11,3 µg EAG/mg de EAOG. A atividade antioxidante foi avaliada pelo teste do 1,1-difenil-2-picril hidrazil (DPPH), apresentando IC50 de 83,0 µg/mL. A antimutagenicidade e mutagenicidade foram avaliadas em cepas de Salmonella typhimurium (TA98 e TA100) utilizando o teste Salmonella/microssoma (Salmonella typhimurium/microssomas) em diferentes concentrações. EAOG induziu a atividade antimutagênica para a cepa TA98. A mutagenicidade não foi observada para o extrato em ambas as linhagens. Adicionalmente, a ação antigenotoxica avaliada pelo teste de clivagem do DNA-plasmidial também foi observada para EAOG. Os resultados também demonstraram que o extrato não foi capaz de induzir a genotoxicidade pelo teste empregado. Este estudo relata, pela primeira vez, as propriedades antimutagênica e antigenotóxica do extrato aquoso de O. gratissimum
Produtos naturais ativadores de PPAR e marcadores associados ao processo inflamatório na Síndrome Metabólica
O processo inflamatório é o elo entre a síndrome metabólica e as doenças cardiovasculares. Para verificar a presença e o grau da inflamação, vários biomarcadores têm sido propostos e investigados. Este trabalho tem como objetivo revisar as recentes pesquisas que associam alguns marcadores expressos no tecido adiposo, enfatizando, dentre eles, a adiponectina, a resistina, a leptina e o transportador de glicose GLUT-4 na síndrome metabólica, a relação da inflamação decorrente desse conjunto de desordens metabólicas sob os receptores proliferadores peroxissomais (PPARs), bem como o efeito de diferentes extratos vegetais e produtos naturais bioativos na ativação desses receptores
Fitodefensivos em plantas medicinais: macromoléculas hidrofílicas de folhas de mil folhas (Achillea millefolium L.) inibem o crescimento in vitro de bactérias fitopatogênicas Agrochemicals in medicinal plants: hydrophilic macromolecules from leaves of "mil folhas" (Achillea millefolium L.) inhibit in vitro growth of phytopathogenic bacteria
Extratos aquosos da planta medicinal Achillea millefolium contêm macromoléculas de interesse para desenvolver fitodefensivos para a agricultura. Duas frações de mil folhas foram obtidas por ultrafiltração, E1 (contendo moléculas maiores que 30 kDa), e E3 (peptídeos entre 1 e 10 kDa) que inibiram o crescimento das bactérias fitopatogênicas Ralstonia solanacearum, gram-negativa, e Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis, gram-positiva, com dependência de concentração. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) para ambos os extratos e bactérias foram baixos, entre 20 e 80µM. A CIM relativa à proteína total evidenciou a presença de macromoléculas muito ativas em E3, embora com baixa concentração proteica. E3 se aplica à prospecção de peptídeos antimicrobianos. Estimar a CIM relativa à quantidade de amostra vegetal valorizou o potencial antimicrobiano natural de E1, que contém alta concentração proteica. E1e E3 se aplicam ao desenvolvimento de fitodefensivos para uso biotecnológico. A ultrafiltração fracionou as amostras de forma nativa, rápida, e com baixo custo; além de dessalinizar, clarificar, purificar, e concentrar E1 e E3. Esse estudo inédito sobre a separômica e a ação antimicrobiana de extratos macromoleculares aquosos de mil folhas sugere que plantas cicatrizantes podem apresentar grande potencial para desenvolver fitodefensivos agrícolas naturais não danosos, à semelhança de medicamentos fitoterápicos.<br>Aqueous extracts from the medicinal plant Achillea millefolium contain macromolecules of interest to develop agrochemicals for agriculture. Two fractions of "mil folhas" were obtained by ultrafiltration, E1 (containing molecules larger than 30 kDa) and E3 (peptides between 1 and 10 kDa), which inhibited the growth of phytopathogenic bacteria Ralstonia solanacearum, gram-negative, and Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis, gram-positive, concentration-dependent. The values of minimum inhibitory concentration (MIC) for both extracts and both bacteria were low, ranging from 20 to 80µM. The MIC relative to total protein evidenced the presence of very active macromolecules in E3, although showing low protein concentration. E3 applies to the prospection of antimicrobial peptides. The estimated MIC relative to the amount of plant sample valued the natural antimicrobial potential of E1, which contains high protein concentration. E1 and E3 can be used in the development of agrochemicals for biotechnological purposes. The ultrafiltration procedure fractionated the samples in a rapid and native way and at a low cost; it also desalted, clarified, concentrated and purified both E1 and E3. This pioneering study on the separomics and on the antimicrobial activity of macromolecular aqueous extracts from "mil folhas" suggests that healing plants have great potential to develop non-harmful agricultural natural agrochemicals, similarly to the available phytotherapic drugs
Fitodefensivos em plantas medicinais: macromoléculas hidrofílicas de folhas de mil folhas (Achillea millefolium L.) inibem o crescimento in vitro de bactérias fitopatogênicas
Extratos aquosos da planta medicinal Achillea millefolium contêm macromoléculas de interesse para desenvolver fitodefensivos para a agricultura. Duas frações de mil folhas foram obtidas por ultrafiltração, E1 (contendo moléculas maiores que 30 kDa), e E3 (peptídeos entre 1 e 10 kDa) que inibiram o crescimento das bactérias fitopatogênicas Ralstonia solanacearum, gram-negativa, e Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis, gram-positiva, com dependência de concentração. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) para ambos os extratos e bactérias foram baixos, entre 20 e 80µM. A CIM relativa à proteína total evidenciou a presença de macromoléculas muito ativas em E3, embora com baixa concentração proteica. E3 se aplica à prospecção de peptídeos antimicrobianos. Estimar a CIM relativa à quantidade de amostra vegetal valorizou o potencial antimicrobiano natural de E1, que contém alta concentração proteica. E1e E3 se aplicam ao desenvolvimento de fitodefensivos para uso biotecnológico. A ultrafiltração fracionou as amostras de forma nativa, rápida, e com baixo custo; além de dessalinizar, clarificar, purificar, e concentrar E1 e E3. Esse estudo inédito sobre a separômica e a ação antimicrobiana de extratos macromoleculares aquosos de mil folhas sugere que plantas cicatrizantes podem apresentar grande potencial para desenvolver fitodefensivos agrícolas naturais não danosos, à semelhança de medicamentos fitoterápicos
Strychnos pseudoquina A. St. Hil.: a brazilian medicinal plant with promising in vitro antiherpes activity
To investigate the anti-HSV and anti-inflammatory effects of a standardized ethyl acetate extract (SEAE) prepared with the stem bark of Strychnos pseudoquina, along with two isolated compounds: quercetin 3-O-methyl ether (3MQ) and strychnobiflavone (SBF). The mechanisms of action were evaluated by different methodological strategies. SEAE and SBF affected the early stages of viral infection and reduced HSV-1 protein expression. Both flavonoids elicited a concentration-dependent inhibition of monocyte chemoattractant protein-1 (MCP-1), whereas 3MQ reduced the chemokine release more significantly than SBF. Conversely, both compounds stimulated the production of the cytokines TNF-α and IL-1-β in LPS-stimulated cells, especially at the intermediate and the highest tested concentrations. SEAE and SBF interfered with various steps of HSV replication cycle, mainly adsorption, postadsorption and penetration, as well as with β and γ viral proteins expression; moreover, a direct inactivation of viral particles was observed. Besides, both flavonoids inhibited MCP-1 selectively, a feature that may be beneficial for the development of new anti-HSV agents. The results indicated that the samples present anti-HSV and anti-inflammatory activities, at different levels, which is an interesting feature since cold and genital sores are accompanied by an inflammation process
Phytochemical potential of Ficus species for the control of the phytonematode Meloidogyne javanica
Root-knot nematodes, genus Meloidogyne, are among the most plant damaging pathogens
worldwide. The action of natural products against plant pathogens has been investigated
to assess their effectiveness in the control of diseases. Thus, the present study aimed to
evaluate the phytochemistry potential of the Ficus species for the control of Meloidogyne
javanica. In vitro inhibitory activity assays were performed with crude ethanolic extracts
of leaves and branches from 10 Ficus species. Among these, Ficus carica extracts exhibited
strong paralysis activity against second stage juveniles (J2) (EC50 = 134.90 μg ∙ ml–1
), after
72 hours. In addition, high efficacy was observed in egg-hatching inhibition at different
embryonic stages. Microscopy analysis revealed severe morphological alterations in the
nematode tissues at the J2 stage, as well as immotility of juveniles released from eggs in the
presence of F. carica extracts. The efficacy of the treatments for the other species was very
low. These differences were supported by the variation in the compound classes, mainly for
alkaloids and metabolite profiles by Gas Chromatography/Mass Spectrometry (GC/MS)
when F. carica was compared with the other species. The results indicated that F. carica is
a promising source for the isolation and identification of molecules capable of acting in the
control of M. javanica