2 research outputs found

    MONTAGEM PERVERSA E CINISMO: (CON)FUSĂ•ES E FRATURAS DISCURSIVAS

    Get PDF
    RĂ©sumĂ© : ConsidĂ©rĂ© comme l’un des plus grands courants philosophiques de l’AntiquitĂ©, le cynisme a traversĂ© la pensĂ©e occidentale. Ses prĂ©ceptes ont Ă©tĂ© rĂ©cupĂ©rĂ©s, resignifiĂ©s et rĂ©appropriĂ©s par plusieurs mouvements politico-idĂ©ologiques tout au long de notre histoire et, après deux millĂ©naires de transformations, il est devenu une pratique discursive trouvant une grande rĂ©sonance de nos jours. De plus en plus hĂ©gĂ©monique dans nos sociĂ©tĂ©s contemporaines, la pratique discursive cynique est liĂ©e Ă  un processus de subjectivation dĂ©terminĂ© par le fonctionnement des structures institutionnelles qui appareillent le langage et la jouissance. Les structures institutionnelles sont gouvernĂ©es par le discours capitaliste qui, du fait de la rencontre entre le discours du maĂ®tre, la science et le mode de production capitaliste, est producteur de jouissance et de vĂ©ritĂ©, ainsi que de sĂ©grĂ©gation des liens sociaux (QUINET, 2006). Produit comme effet du fonctionnement de ces structures institutionnelles, le sujet cynique agit dans le cadre d’un montage pervers (CALLIGARIS, 1986), Ă  travers des distorsions performatives paradoxales (SAFATLE, 2010), afin d’appareiller le fonctionnement de la dĂ©nĂ©gation fĂ©tichiste, fonctionnement qui prĂ©suppose un rapport contradictoire, mais opĂ©rant, entre le savoir (direct) et la croyance (dĂ©placĂ©e).  Mots-clĂ©s : Cynisme. Montage pervers. VĂ©ritĂ©. Savoir. Croyance.Considerado como uma das maiores correntes filosĂłficas da Antiguidade, o cinismo percorreu todo o pensamento ocidental. Seus preceitos foram recuperados, ressignificados e reapropriados por diversos movimentos polĂ­tico-ideolĂłgicos ao longo de nossa histĂłria e, apĂłs dois milĂŞnios de transformações, tornou-se uma prática discursiva que tem encontrado grande ressonância na atualidade. Cada vez mais hegemĂ´nica em nossas sociedades contemporâneas, a prática discursiva cĂ­nica está relacionada a um processo de subjetivação determinado pelo funcionamento das estruturas institucionais que aparelham a linguagem e o gozo. As estruturas institucionais sĂŁo regidas pelo discurso capitalista que, fruto do encontro entre o discurso do mestre, a ciĂŞncia e o modo de produção capitalista, Ă© produtor de gozo e verdade, alĂ©m de segregador dos laços sociais (QUINET, 2006). Produzido como efeito do funcionamento dessas estruturas institucionais, o sujeito cĂ­nico atua no contexto de uma montagem perversa (CALLIGARIS, 1986), por meio de distorções performativas paradoxais (SAFATLE, 2010), de modo a instrumentalizar o funcionamento da renegação fetichista, um funcionamento que pressupõe uma relação contraditaria, porĂ©m operante, entre saber (direto) e crença (deslocada).   Palavras-chave: Cinismo. Montagem perversa. Verdade. Saber. Crença

    MONTAGEM PERVERSA E CINISMO: (CON)FUSĂ•ES E FRATURAS DISCURSIVAS

    No full text
    RĂ©sumĂ© : ConsidĂ©rĂ© comme l’un des plus grands courants philosophiques de l’AntiquitĂ©, le cynisme a traversĂ© la pensĂ©e occidentale. Ses prĂ©ceptes ont Ă©tĂ© rĂ©cupĂ©rĂ©s, resignifiĂ©s et rĂ©appropriĂ©s par plusieurs mouvements politico-idĂ©ologiques tout au long de notre histoire et, après deux millĂ©naires de transformations, il est devenu une pratique discursive trouvant une grande rĂ©sonance de nos jours. De plus en plus hĂ©gĂ©monique dans nos sociĂ©tĂ©s contemporaines, la pratique discursive cynique est liĂ©e Ă  un processus de subjectivation dĂ©terminĂ© par le fonctionnement des structures institutionnelles qui appareillent le langage et la jouissance. Les structures institutionnelles sont gouvernĂ©es par le discours capitaliste qui, du fait de la rencontre entre le discours du maĂ®tre, la science et le mode de production capitaliste, est producteur de jouissance et de vĂ©ritĂ©, ainsi que de sĂ©grĂ©gation des liens sociaux (QUINET, 2006). Produit comme effet du fonctionnement de ces structures institutionnelles, le sujet cynique agit dans le cadre d’un montage pervers (CALLIGARIS, 1986), Ă  travers des distorsions performatives paradoxales (SAFATLE, 2010), afin d’appareiller le fonctionnement de la dĂ©nĂ©gation fĂ©tichiste, fonctionnement qui prĂ©suppose un rapport contradictoire, mais opĂ©rant, entre le savoir (direct) et la croyance (dĂ©placĂ©e).  Mots-clĂ©s : Cynisme. Montage pervers. VĂ©ritĂ©. Savoir. Croyance.Considerado como uma das maiores correntes filosĂłficas da Antiguidade, o cinismo percorreu todo o pensamento ocidental. Seus preceitos foram recuperados, ressignificados e reapropriados por diversos movimentos polĂ­tico-ideolĂłgicos ao longo de nossa histĂłria e, apĂłs dois milĂŞnios de transformações, tornou-se uma prática discursiva que tem encontrado grande ressonância na atualidade. Cada vez mais hegemĂ´nica em nossas sociedades contemporâneas, a prática discursiva cĂ­nica está relacionada a um processo de subjetivação determinado pelo funcionamento das estruturas institucionais que aparelham a linguagem e o gozo. As estruturas institucionais sĂŁo regidas pelo discurso capitalista que, fruto do encontro entre o discurso do mestre, a ciĂŞncia e o modo de produção capitalista, Ă© produtor de gozo e verdade, alĂ©m de segregador dos laços sociais (QUINET, 2006). Produzido como efeito do funcionamento dessas estruturas institucionais, o sujeito cĂ­nico atua no contexto de uma montagem perversa (CALLIGARIS, 1986), por meio de distorções performativas paradoxais (SAFATLE, 2010), de modo a instrumentalizar o funcionamento da renegação fetichista, um funcionamento que pressupõe uma relação contraditaria, porĂ©m operante, entre saber (direto) e crença (deslocada).   Palavras-chave: Cinismo. Montagem perversa. Verdade. Saber. Crença
    corecore