42 research outputs found

    Lee-Li Yang: a radicalização do fingimento poetico

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    Este artigo apresenta uma leitura de poesias escritas por Lee-Li Yang, heterônimo feminino do poeta moçambicano Virgílio de Lemos. Para tanto, consideram-se os aspectos semióticos que caracterizam a dicção feminina, bem como o erotismo e a melancolia presentes nos poemas de Lee-Li Yang. A partir da leitura dos poemas selecionados, evidencia-se que há, realmente, características literárias que são predominantemente do universo feminino. Pretende-se, também, avaliar em que medida o poeta Virgílio de Lemos simula, na escrita de Lee-Li Yang, a “experiência corporal, interior, social e cultural” (JORGE, 1995, p. 23) inerente ao universo das mulheres. ílio de Lemos. Para tanto, consideram-se os aspectos semióticos que caracterizam a dicção feminina, bem como o erotismo e a melancolia presentes nos poemas de Lee-Li Yang. A partir da leitura dos poemas selecionados, evidencia-se que há, realmente, características literárias que são predominantemente do universo feminino. Pretende-se, também, avaliar em que medida o poeta Virgílio de Lemos simula, na escrita de Lee-Li Yang, a “experiência corporal, interior, social e cultural” (JORGE, 1995, p. 23) inerente ao universo das mulheres.This article presents a reading of poems written by Lee-Li Yang, female heteronym of the Mozambican poet Virgílio de Lemos. Therefore, we consider the semiotic aspects that characterize female diction, as well as the eroticism and melancholy present in Lee-Li Yang's poems. From the reading of the selected poems, it is evident that there are, indeed, literary features that are predominantly of the feminine universe. The aim is also to evaluate the extent to which Lemos poet Virgil simulates in Lee-Li Yang's writing, an “corporal, inward, social and cultural experience" (JORGE, 1995, p.23) inherent in the women universe

    Feições da poesia moçambicana do século XX

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    Este estudo apresenta um panorama da poesia moçambicana no decorrer do século XX, ressaltando-se alguns momentos significativos da Literatura desse país africano (nas fases colonial e nacional). Apresenta-se propósitos literários de escritores que produziram nas fases colonial e nacional, procurando-se situá-los no âmbito da trajetória de resistência cultural que marcou os últimos anos da colonização de Moçambique, tentando-se acompanhar os percursos da Poesia moçambicana no seu período pré e nos primeiros anos pós-ndependência

    Glória de Sant’anna: pulmões da alteridade em tons de intimismo e melancolia

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    Este artigo propõe uma leitura da lírica de Glória de Sant’Anna, poeta que nasceu em Portugal e viveu por mais de duas décadas em Moçambique. A elaboração estética de seus poemas revela-se em consonância com as novas propostas de poetas que produziram em Moçambique a partir da década de 1940, constituindo-se como uma “nova escritura”, o que se reflete nos temas escolhidos e no trabalho estético com a palavra: uma forma de lirismo mais intimista que se associa ao cuidado com a construção discursiva, fundamentada no rigor e no fingimento poético

    Rui Knopfli: feições de um poeta dissonante e melancólico

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    Este artigo apresenta uma leitura da obra poética de Rui Knopfli, reunida nas antologias Memória Consentida: 20 anos de poesia 1959/1979 (1982), publicada pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, e Antologia Poética (2010), publicada no Brasil, pela Editora UFMG. Rui Knopfli foi por diversas vezes acusado por ser um “estrangeiro” em terras moçambicanas e por não se dedicar às temáticas locais, afastando-se do compromisso com a luta anticolonialista. Seus poemas apresentam feições que buscam novas formas de se reivindicar a liberdade, para tanto Rui Knopfli delineia sua geopoética e concebe diversas imagens da Ilha de Moçambique e do espaço moçambicano

    Maureen Bisilliat – fotógrafa, leitora – em registros da cultura imaterial brasileira

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    RESUMO: Analisa-se fotografias de Maureen Bisilliat e suas relações com o espaço identitário e imaterial da cultura brasileira. Observa-se como as fotografias documentam e representam as expressões populares, as diásporas indí­genas e africanas constituintes da nossa hí­brida identidade. Maureen Bisiliat, como fotógrafa e leitora, também propõe diálogos surpreendentes e frutí­feros com obras literárias, por ela denominados como um processo de "equivalência fotográfica" . Investiga-se como são representadas temáticas concernentes às manifestações culturais de diversas regiões brasileiras, a partir de imagens que dialogam com a literatura, o folclore, a arte popular, o sincretismo religioso e o trabalho, sobretudo o trabalho de mulheres. Ressalta-se que este artigo se vincula ao projeto de pesquisas "Corpo e territorialidade em fotografias de Maureen Bisilliat e Marcel Gautherot" , registrado na Universidade Federal de Viçosa (2021).Palavras-chave: Maureen Bisilliat, cultura, fotografia, identidade, literatura, trânsitos

    As invenções de Tarsila: vanguardas e trânsitos

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    RESUMO: O objetivo deste artigo é discutir as inovações e a modernidade presentes na pintura de Tarsila do Amaral nos importantes anos da década de 1920, caracterí­sticas fundamentais para as Artes e para a própria concepção do Modernismo Brasileiro. Considera-se a produção artí­stica de Tarsila do Amaral em um perí­odo pré-definido: de 1920 a 1930. Sabe-se que que a fruição artí­stica é um campo aberto e transdisciplinar, para tanto, este artigo analisará as pinturas de Tarsila do Amaral em suas diferentes propostas e vinculações temáticas, além da relação de suas obras com as vanguardas latino-americanas (Movimento Pau-Brasil e Antropofagia) e com as vanguardas europeias (Cubismo e Surrealismo). As obras não serão apresentadas de maneira cronológica, mas em um viés mais afeito às vanguardas que elas representam. Para além de seus efeitos, acredita-se que as pinturas de Tarsila do Amaral são fundamentais para concepção do projeto antropofágico das Artes Plásticas e do Modernismo brasileiro. Em seus traçados, persegue a Identidade verdadeiramente nacional que motivou artistas da Semana de 1922 e seus contemporâneos; culminando na revolução proposta por eles no cenário cultural moderno e pós-moderno brasileiro.Palavras-chave: Tarsila do Amaral, Antropofagia, Modernismo Brasileiro, Vanguardas, Trânsitos

    Alda Lara: um convite à poesia

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    Apresentam-se percursos poéticos de Alda Lara, poeta natural de Benguela, Angola, que morou em Lisboa e Coimbra, Portugal, quando cursava Medicina. Os textos analisados compõem a antologia Poemas (2004), publicada postumamente. Opta-se, neste artigo, por apresentar a maioria dos poemas na íntegra, possibilitando que o leitor conheça poesias de Alda Lara, pois sua obra não está publicada no Brasil. Analisam-se os deslocamentos propostos por ela, “mulher em trânsito”, cujos percursos e temáticas são fundamentais para a criação da moderna poesia angolana e para a concepção de um projeto literário dessa colônia/país

    Entrevista com a professora Dra. Maria Nazareth Soares Fonseca

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    Professora Doutora Maria Nazareth Soares Fonseca é uma referência entre os intelectuais brasileiros, nos estudos das literaturas africanas de língua portuguesa e das literaturas afro-diaspóricas. Professora muito amada pelos seus alunos; pesquisadora muito admirada e muito querida pelos seus colegas. É doutora em Literatura Comparada pela UFMG, com período de pesquisas na Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3. De 1995 a 2018, atuou como professora adjunta no Programa de Pós-Graduação da PUC Minas, orientando inúmeras dissertações e teses. Em 2008, recebeu, como orientadora, o prêmio CAPES de Teses. Pesquisadora 1D do CNPq, possui diversos livros publicados, dentre eles: Brasil Afro-Brasileiro (2000); Poéticas afro-brasileiras (2003); Literaturas Africanas de Língua Portuguesa: percursos da memória e outros trânsitos (2008), Mia Couto: espaços ficcionais (2008); Literaturas africanas de língua portuguesa: mobilidades e trânsitos diaspóricos (2015). Co-organizadora volume 4 da coletânea Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica (2011), que foi considerado pela Folha de São Paulo, um dos duzentos livros mais importantes do Brasil. Em 2021, organizou a edição especial de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, da Revista da Academia Mineira de Letras. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Estéticas Diaspóricas (2010 - 2022). Atualmente, coordena o literÁfricas, projeto de divulgação científica vinculado à página literafro (UFMG), que possui milhares de acessos
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