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    O que nos move, o que nos dobra, o que nos instiga : notas sobre epistemologias feministas, processos criativos, educação e possibilidades transgressoras em música

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    Este texto discute aspectos teóricos das perspectivas feministas pós-coloniais e traz uma reflexão sobre sua aplicabilidade e desdobramentos para a criação musical, a partir de uma perspectiva que inclui marcadores sociais como gênero, raça e etnia, sexualidades, classe social, dentre outros. Sob as lentes da abordagem feminista de conhecimento situado, consideramos nossos trabalhos anteriores com musicologia e etnomusicologia. Também pretendemos descrever os processos que tornaram possível assumirmos nossa identidade como compositoras, e observar como a prática da criação sonora está profundamente relacionada a esta trajetória. Descrevemos assim os processos de elaboração de nossos trabalhos autorais como cantautoras, trazendo esta categoria para o centro do debate, por sua articulação das figuras de compositora e intérprete e sua importância para o debate feminista. Problematizando as ausências da produção musical das mulheres dos espaços musicais e acadêmicos, buscamos também discutir possibilidades de atuação nestes contextos, articulando os mesmos com os aportes teóricos dos estudos sobre gênero e música num sentido amplo.This paper discusses theoretical aspects of feminist postcolonial perspective and offers a reflection on their applicability and consequences for musical creation, from a perspective that includes social markers such as gender, race and ethnicity, sexualities, social class, and so on. Under the lens of the feminist situated knowledge approach we take into account our previous work in musicology and ethnomusicology. We also aim to describe the process that made it possible to assume our identity as songwriters, and observe how the practice of sound creation is deeply related to this trajectory. So we describe the making processes of our own work as cantautoras, bringing this category into the heart of the debate for its articulation of the songwriter and the performer and its importance to the feminist debate. By discussing the absence of women musical production in the musical and academic spaces, we also discuss possibilities of action in these contexts, articulating them under the theoretical approaches from gender and music studies in a broad sense

    Reflexões feministas e o Rap das lésbicas negras latino-americanas

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    A partir da análise das músicas da Mc Luana Hansen do Brasil, Rebeca Lane da Guatemala, Miss Bolívia da Argentina, Krudas Cubensi de Cuba e Limblack da Venezuela, raperas lésbicas negras latino-americanas, a finalidade desse trabalho é debater questões acerca da decolonialidade. O aparato teórico utilizado aqui são os feminismos decolonial, negro e interseccional a fim de ponderar como a poética lésbica negra contribui para as discussões de gênero, raça e sexualidade em uma sociedade machista, racista, heteronormativa, eurocentrada e colonialista. Ademais, contém aqui alguns apontamentos sobre a etnomusicologia com o objetivo de pensar o Rap dentro do âmbito da música popular enquanto texto social, onde música não se dissocia do comportamento humano, com amplo poder comunicador e marcado pela forte interação entre musica, letra e condição sócio-emocional. Esse trabalho também conta com uma discussão sobre a América Latina enquanto região marcada por um passado colonialista e um presente de explicita colonialidade onde as opressões de gênero, raça e sexualidade foram atualizadas para o contexto do século XXI a fim de que se mantivessem as diversas opressões decorrentes dos processos passados, ainda que as expressões de resistência sejam diversas. Pensar essas raperas enquanto identidades marcadas pelos estereótipos de gênero, raça e orientação sexual possibilita a reflexão acerca de como as intersecções podem produzir resistência, conhecimento, arte e promover a difusão de questões feministas dentro e fora do Movimento Hip Hop
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