14 research outputs found

    Hipertensão arterial e possíveis fatores de risco Arterial hypertension and possible risk factors

    No full text
    São apresentados resultados de um estudo de prevalência de hipertensão arterial realizado no Município de Araraquara, SP, Brasil, em 1987, que avaliou 1.199 pessoas, sendo 533 homens e 666 mulheres, de 15-74 anos de idade. Os resultados mostram alta prevalência da doença, maior no sexo masculino (32,0%) do que no feminino (25,3%), com tendência crescente com a idade, até os 49 anos (homens) e até os 59 anos (mulheres). Houve, também, maior percentagem de hipertensos nos grupos étnicos preto e pardo, nos obesos e naqueles de menor renda, menor escolaridade e ocupação em estratos inferiores. No entanto, a regressão logística mostrou "odds ratios" muito pequenos, associados a estes fatores, o que pode decorrer da maneira como os mesmos foram considerados.<br>The results of a cross-sectional (prevalence) study of high blood pressure, carried out in 1987 in Araraquara County in the north of S. Paulo State, Brazil are presented. The group studies numbered 1,199 people, including 533 men and 666 women, of from 15 to 74 years of age. The results show a high prevalence of the disease (32.0% for men and 25.3% for women), with a tendency to increase with age, up to the 40's (men) and the 50's (women). There was also a greater percentage of hypertensives in the mulatto and black groups, in the obese, and among those of lower family income, with alower level of schooling and with less well remunerated jobs. However, the logistic regression showed very small odds ratios associated with these risk factors, wich could be attributed to the way these factors were considered

    Mortalidade feminina no Brasil: sexo frágil ou sexo forte?

    No full text
    A população feminina brasileira tem chegado à velhice de maneira mais significativa que a masculina. Este fenômeno tem sido também observado em países industrializados centrais onde é freqüente a sobremortalidade masculina. A análise dos diferenciais por causas específicas pode ajudar a compreender os determinantes do padrão brasileiro e a antecipar algumas tendências futuras, especialmente tendo-se em conta as profundas mudanças no papel social da mulher em nossa realidade. Assim, foi feito estudo de mortalidade em dez capitais brasileiras, em 1985, com taxas geral e específicas por cinco principais grupos de causas segundo sexo e padronizadas por idade pelo método direto. Como medida dos diferenciais, usou-se razões e diferenças entre os sexos. Os resultados revelam que o perfil regional relaciona-se ao padrão de urbanização e industrialização, com os maiores diferenciais por sexo nas capitais mais desenvolvidas do país. A sobremortalidade masculina explica-se basicamente pela magnitude das causas externas e das doenças do aparelho circulatório, sendo peculiar a especial importância das mortes violentas, que são as principais responsáveis pelos diferenciais por sexo. Acredita-se que a atual tendência venha a se manter, embora a longo prazo as diferenças entre os sexos possam se reduzir. De qualquer modo, o prolongamento da vida, sem adequadas condições de subsistência, não parece estar significando exatamente uma vantagem para a mulher brasileira.<br>Population ageing in Brazil has been more rapid and more intense among women. This phenomenon is well described in developed countries where mortality rates are higher for men than women. In this regard, the analysis of mortality patterns by cause contributes to elucidate the determinant factors of the present situation in Brazil and provides indications of some future trends in female mortality. This is especially important due to the fact that in Brazil the social role of women has experienced great changes. This study presents data on mortality from ten capital cities in 1985, showing age-standardized overall and cause-specific mortality rates for five of the main groups of causes by sex. Ratios and differences effect estimators were used. The results revealed that regional patterns are associated with the urban and industrial processes with greater differences by sex in more developed regions. External causes and cardiovascular diseases are the main factors responsible for higher mortality among men with special emphasis on violent deaths. It is inferred that the present trend will be maintained, though it is possible that mortality differences by sex could decrease in the near future. The authors discuss that longer survival among women in Brazil does not reveal better life conditions

    Declínio da mortalidade por doenças cardiovasculares no Município de São Paulo, Brasil, no período 1970 a 1983 Decline in cardiovascular disease mortality in the city of S.Paulo, Brazil, 1970 to 1983

    Get PDF
    Mortality from all causes as well as from the great groups of cardiovascular diseases for the residents of the city of S.Paulo, Brazil, of the ages-group 40-69, for the years 1970 to 1983, has been analysed by means of the specific death rates. During this period a statistically significant decline was observed (28% on the average for ischemic heart diseases and 16% for cerebrovascular diseases). The death rates for the group 40-69 years old for both sexes were age-standardized and compared with those of 27 industrialized countries. The S.Paulo standardized death rates ranked almost always very high in the comparisons.<br>Foi analisada a mortalidade por todas as causas e por grandes grupos de doenças cardiovasculares de residentes da cidade de São Paulo, SP, Brasil, nas idades de 40 a 69 anos, para os anos de 1970 a 1983, mediante os coeficientes específicos de mortalidade. No período observado houve um declínio (28% em média para as doenças isquêmicas do coração e 16% para as doenças cerebrovasculares), estatisticamente significativo. Os coeficientes de mortalidade de 40 a 69 anos, de ambos os sexos, foram ajustados por idade e comparados com os de 27 países industrializados, observando-se alto risco de morrer de doenças cardiovasculares

    Geographical patterns of proportionate mortality for the most common causes of death in Brazil Variações geográficas no padrão de mortalidade proporcional por doenças crônico-degenerativas no Brasil

    No full text
    Mortality due to chronic diseases has been increasing in all regions of Brazil with corresponding decreases in mortality from infectious diseases. The geographical variation in proportionate mortality for chronic diseases for 17 Brazilian state capitals for the year 1985 and their association with socio-economic variables and infectious disease was studied. Calculations were made of correlation coefficients of proportionate mortality for adults of 30 years or above due to ischaemic heart disease, stroke and cancer of the lung, the breast and stomach with 3 socio-economic variables, race, and mortality due to infectious disease. Linear regression analysis included as independent variables the % of illiteracy, % of whites, % of houses with piped water, mean income, age group, sex, and % of deaths caused by infectious disease. The dependent variables were the % of deaths due to each one of the chronic diseases studied by age-sex group. Chronic diseases were an important cause of death in all regions of Brazil. Ischaemic heart diseases, stroke and malignant neoplasms accounted for more than 34% of the mortality in each of the 17 capitals studied. Proportionate cause-specific mortality varied markedly among state capitals. Ranges were 6.3-19.5% for ischaemic heart diseases, 8.3-25.4% for stroke, 2.3-10.4% for infections and 12.2-21.5% for malignant neoplasm. Infectious disease mortality had the highest (p < 0.001) correlation with all the four socio-economic variables studied and ischaemic heart disease showed the second highest correlation (p < 0.05). Higher socio-economic level was related to a lower % of infectious diseases and a higher % of ischaemic heart diseases. Mortality due to breast cancer and stroke was not associated with socio-economic variables. Multivariate linear regression models explained 59% of the variance among state capitals for mortality due to ischaemic heart disease, 50% for stroke, 28% for lung cancer, 24% for breast cancer and 40% for stomach cancer. There were major differences in the proportionate mortality due to chronic diseases among the capitals which could not be accounted for by the social and environmental factors and by the mortality due to infectious disease.<br>Em razão de a mortalidade por doenças crônico -degenerativas estar aumentando no Brasil, com correspondente redução das doenças infecciosas, foi realizado estudo comparativo entre 17 capitais brasileiras em relação à mortalidade proporcional para as principais causas de morte em 1985. Foram calculados coeficientes de correlação entre a mortalidade proporcional decorrente de doença isquêmica do coração, doença cerebrovascular, câncer de pulmão, mama e estômago e 3 variáveis socioeconômicas, raça e a mortalidade proporcional por doenças infecciosas. A análise multivariada através de regressão linear incluiu como variáveis independentes os percentuais de: analfabetismo, casas com instalação domiciliar de água, renda média, população da cor branca, faixa etária e sexo. As variáveis dependentes foram as percentagens de óbito devido a cada uma das doenças crônico-degenerativas em estudo, por grupo de idade e sexo. Os resultados mostraram que as doenças crônico-degenerativas são importantes causas de morte em todas as regiões do país. A doença isquêmica do coração, a doença cerebrovascular e as neoplasias malignas foram responsáveis por mais do que 34% da mortalidade em todas as capitais estudadas. A mortalidade proporcional variou de forma marcante entre as capitais estudadas, com amplitudes de variação de 6,3-19,5% para a doença isquêmica do coração, 8,3-25,4% para a doença cerebrovascular, 2,3-10,4% para infecções e 12,2-21,5% para as neoplasias malignas. A mortalidade proporcional por infecções apresentou a maior correlação com os indicadores socioeconômicos (p < 0,001), sendo acompanhada pela doença isquêmica do coração (p < 0,05). O alto nível socioeconômico relacionou-se com menor percentagem de mortalidade por infecções e mais alta percentagem de doença isquêmica do coração, enquanto que a mortalidade por doença cerebrovascular e câncer de mama não se associaram com os indicadores socioeconômicos. Os modelos de análise multivariada explicaram 59% da variação entre as capitais, para a doença isquêmica do coração, 50% para a doença cerebrovascular, 28% para o câncer de pulmão, 24% para o câncer de mama e 40% para o câncer de estômago. As importantes diferenças geográficas encontradas para a mortalidade proporcional devido às doenças crônico-degenerativas não podem ser totalmente explicadas pela variação na mortalidade por doenças infecciosas e pelos fatores socioeconômicos estudados, sugerindo a existência de fatores de risco específicos
    corecore