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    Hipertensão como fator associado à perda auditiva Hypertension as a factor associated with hearing loss

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    OBJETIVO: Identificar possível associação entre hipertensão arterial e perda auditiva. Foi realizado um estudo do tipo caso-controle não pareado, na Universidade Norte do Paraná, no Sul do Brasil. MATERIAL E MÉTODO: 154 casos e 154 controles, de ambos os sexos com idade variando de 45 a 64 anos foram incluídos na pesquisa após o cálculo da amostra. A hipertensão foi verificada por medição da pressão arterial e de questionário sistematizado sobre hipertensão e uso de medicamentos para pressão arterial. A audição foi avaliada por audiometria e anamnese audiológica. A técnica de regressão logística não-condicional foi utilizada com o objetivo de controlar a possível ação de confusão ou modificação de efeito exercida por outras variáveis sobre as associações de interesse. RESULTADOS : Pode-se verificar que existe associação significativa entre hipertensão arterial e presença de perda auditiva e que a perda auditiva observada nesta população sugere que a hipertensão arterial age como fator de aceleração da degeneração do aparelho auditivo proveniente da idade. CONCLUSÕES: Os resultados da presente pesquisa, através da constatação da associação entre hipertensão e perda auditiva, servirão de base a uma integração entre cardiologistas, nefrologistas, otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos e outros profissionais da área de com alterações provenientes da hipertensão.<br>AIM: To identify likely association between blood hypertension and hearing loss. Design: A non-paired case-control study. Setting: Institutional work carried out at Universidade Norte do Paraná, in South Brazil. MATERIAL AND METHOD: 154 cases and 154 controls, both genders, aged 45 to 64, included in the research after sample estimation. Methodology: Hypertension was verified through blood pressure readings and by a systematized questionnaire about hypertension and the use of medication for blood pressure. Hearing was assessed through tonal threshold audiometrics and audiologic anamneses. Non-conditional logistic regression was used in order to control likely confusion or modification of effect of other variables on interest associations. RESULTS: There is a significant association between blood hypertension and hearing loss. Hearing loss in the population under study suggests that hypertension is an accelerating factor of degeneration of the hearing apparatus due to aging. CONCLUSIONS: The results in this research, through evidence of association between blood hypertension and hearing loss, can allow for an integrated work of cardiologists, nephrologists, otorhinolaryngologists, audiologists and other health professionals concerned with alterations caused by blood hypertension

    Otorrinolaringologia pediátrica no Sistema Público de Saúde de Belo Horizonte Pediatric (Otolaryngology) at the Public Health System of a city in Southeastern Brazil

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    OBJETIVO: Analisar a adequação dos encaminhamentos da atenção primária para a secundária em otorrinolaringologia pediátrica. MÉTODOS: Estudo realizado em Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, de março de 2004 a maio de 2005. Foram avaliadas 408 crianças pré-escolares encaminhadas da atenção primária para a secundária do setor de otorrinolaringologia com otite, faringoamigdalite, rinossinusite, rinite alérgica e hipertrofia de amígdala/adenóide. As variáveis analisadas foram: concordância dos diagnósticos na atenção primária e secundária, tempo de espera pela consulta, acompanhamento e especialista (médico de família ou pediatra) que examinou a criança na atenção primária. A concordância dos diagnósticos foi avaliada pela análise estatística de kappa. RESULTADOS: Os pacientes tinham em média cinco anos de idade, dos quais 214 (52,5%) eram meninos, o tempo médio de espera pela consulta foi de 3,7 meses. Os diagnósticos na atenção primária e secundária foram, respectivamente: otite (44%, 49%), hipertrofia de amígdala/adenóide (22%, 33%), faringoamigdalite (18%, 23%), rinossunusite (13%, 21%), rinite alérgica (3%, 33%). Análise de concordância kappa foi 0,15 para otite com efusão, 0,35 para otite recorrente, 0,04 para hipertrofia de amígdala/adenóide, 0,43 para faringoamigdalite, 0,05 para rinite alérgica; 0,2 para rinossinusite. Os diagnósticos na atenção primária para encaminhamento à secundária, definidos pelo médico de família ou pelo pediatra que avaliou a criança foram concordantes. CONCLUSÕES: A inadequação dos encaminhamentos da atenção primária para a secundária em otorrinolaringologia foi expressa pelo longo tempo de espera pela consulta e pela baixa concordância de diagnósticos firmados entre os níveis de atenção para os mesmos pacientes avaliados. A atenção primária poderia se tornar mais eficiente se os profissionais fossem mais bem capacitados em otorrinolaringologia.<br>OBJECTIVE: To assess the suitability of referral from primary to secondary care in pediatric Otolaryngology. METHODS: The study was performed in the city of Belo Horizonte, in the state of Minas Gerais, from March 2004 to May 2005. A total of 408 pre-school children referred from primary care to secondary care in the department of Otolaryngology presenting with otitis, tonsillitis, sinusitis, allergic rhinitis, and tonsillar/adenoidal hypertrophy was assessed. The studied variables were: agreement between diagnoses in primary and secondary care; waiting time for doctor's appointment; follow-up, and professional (pediatrician or family physician) that examined children in primary care. Agreement of diagnoses was assessed using kappa statistics. RESULTS: Patients were five years old on average, 214 (52.5%) were boys, mean waiting time for appointment was 3.7 months. Diagnoses in primary and secondary care were respectively: otitis (44%, 49%), tonsillar/adenoidal hypertrophy (22%, 33%), tonsillitis (18%, 23%), sinusitis (13%, 21%), allergic rhinitis (3%, 33%). Agreement analysis of kappa was 0.15 for otitis with effusion, 0.35 for recurrent otitis, 0.04 for tonsillar/adenoidal hypertrophy, 0.43 for tonsillitis, 0.05 for allergic rhinitis, and 0.2 for sinusitis. Diagnoses in primary care referred to secondary care were in agreement when given either by pediatrician or family physician. CONCLUSIONS: Unsuitability of referrals from primary to secondary care in otolaryngology was expressed by the long time waiting for appointments and by the low agreement between diagnoses in different level of care for the same patients. Primary health care could be more efficient if professionals were better qualified in Otolaryngology
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