12 research outputs found

    Tecnologia social: uma estratégia para o desenvolvimento

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    Esta publicação apresenta reflexões de diversos representantes de instituições governamentais, do terceiro setor, da sociedade civil e de universidades sobre o tema da Tecnologia Social

    PROJETO DE PESQUISA-AÇÃO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS

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    O objetivo geral do projeto é contribuir para o etnodesenvolvimento através do fomento à Economia Solidária e o fortalecimento organização nacional e das organizações locais dos quilombolas, junto com os agentes de desenvolvimento local, por meio de processos de formação dialógicos, da pesquisa-ação, formação de redes e de cadeias produtivas. O modelo de desenvolvimento com abordagem territorial que o movimento da Economia Solidária e a Secretaria Nacional de Economia Solidária/Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE) vem debatendo e construindo com a sociedade brasileira no último período, dialoga diretamente com os valores e princípios que o movimento quilombola e as comunidades tradicionais vêm praticando cotidianamente nos seus territórios seja através da sua cultura seja pelo aspecto ambiental - protegendo as matas, os rios, a flora e a fauna. Dentro deste contexto, a Senaes/MTE, apoiou o movimento quilombola, por meio do Confederação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) seu envolvimento na execução de um projeto com a finalidade de contribuir para a construção de uma política pública de economia solidária considerando a realidade quilombola. Tal iniciativa teve seu reconhecimento na medida em que Ronaldo Santos (liderança quilombola do RJ) afirmou que foi a “primeira vez que o movimento quilombola p ropôs e executou uma política pública em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Núcleo de Solidariedade Técnica (UFRJ/SOLTEC) e Governo Federal”. O projeto utilizou a Pesquisa-Ação como metodologia principal da pesquisa de campo, e como método de trabalho da equipe utilizou formas participativas de planejamento, monitoramento, avaliação e sistematização. Com o bom andamento de todo o processo, os resultados do projeto foram positivos.Palavras-chave: Etnodesenvolvimento. Economia solidária. Quilombolas. Comunidades tradicionais. Gestão

    Tecnologia para o Desenvolvimento Social

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    O campo tecnológico das instituições brasileiras de ensino superior sempre priorizou o atendimento às demandas dos grandes empreendimentos capitalistas e teve como base os referenciais teóricos e metodológicos dos países mais desenvolvidos. O distanciamento de uma parcela significativa da realidade brasileira é uma frequente nessas áreas, tanto nos projetos desenvolvidos quanto nas salas de aula. Foi a partir da percepção dessa contradição que alguns grupos começaram a articular-se, no ínicio da década de 2000, para trilhar outro caminho de atuação no campo tecnológico. Embora seja uma iniciativa recente, sua construção remonta atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas nos últimos 30 anos dentro do Centro de Tecnologia por profissionais e estudantes de diversas ênfases das engenharias em diálogo interdisciplinar com as ciências sociais, educação, letras entre outras áreas do conhecimento.   Os distintos grupos formados ao longo desse período tem em comum a busca pela atuação da engenharia em prol da transformação social, entendo-a como o resgate da cidadania e dos direitos fundamentais pelos cidadãos brasileiros que vivem nas condições mais vulneráveis: populações tradicionais sem acesso à energia elétrica, moradores das favelas, analfabetos, agricultores familiares e movimentos sociais que lutam pelo acesso à terra, ao trabalho digno e à moradia.   Foi em 2013 que se institucionalizou o Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (NIDES), que articulou essas iniciativas dentro do CT. Em 2016, o Nides deu um passo importante para o fortalecimento desse campo com criação do mestrado profissional do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social com sua primeira turma de mestrado profissional. Prezando pela indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, os grupos que conformaram o NIDES e, consequentemente, o PPGTDS, desenvolvem projetos que prezam pela dialogicidade e por uma visão crítica da atuação tradicional da engenharia, tendo a pesquisa-ação como inspiração metodológica. Dentre eles podemos citar a longeva atuação do Laboratório de Informática para a Educação, do Laboratório de Fontes Alternativas de Energia e do Núcleo de Solidariedade Técnica. Os conhecimentos das engenharias precisam ser repensados sob a luz da realidade vivida por esses grupos sociais se quisermos ter uma atuação distinta. A teoria crítica da tecnologia embasa o marco teórico  da tecnologia social, que é o nome de uma das três linhas do PPGTDS. Nesse sentido, a ação dos grupos que hoje compõem o NIDES preza pelo debate sobre ensino de engenharia e educação. Esse debate consolidou-se em duas experiências de extensão voltadas para o ensino fundamental e médio em uma perspectiva politécnica, tendo o trabalho como princípio educativo. Essas ações, coordenadas pelo Núcleo Interdisciplinar UFRJMar, foram a base para a criação da linha de Trabalho e Formação Politécnica, que é outra linha do PPGTDS. Outro eixo importante de ação, diz respeito à intensificação da participação da população em distintas esferas da vida. O aprofundamento da participação política na esfera pública, a radicalização da democracia no interior das empresas e o diálogo aberto sobre a gestão dos bens comuns compõem os temas de debate da linha de Gestão Participativa.

    Pesca artesanal na Baía de Ilha Grande, no Rio de Janeiro: conflitos com unidades de conservação e novas possibilidades de gestão

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    Este trabalho apresenta resultados preliminares de uma pesquisa cujo objetivo é analisar os conflitos envolvendo a pesca artesanal e a Estação Ecológica de Tamoios (ESEC Tamoios) na Baía de Ilha Grande, litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, bem como identificar iniciativas atuais visando dar “tratamento” a esses conflitos. Neste contexto, destaca-se o projeto “Desenvolvimento e Gerenciamento dos Sistemas de Gestão da Aquicultura e Pesca na Baía de Ilha Grande”, popularmente conhecido na região como  “Acordo de Pesca – BIG”, posteriormente cunhado como G-PESCA-BIG, do qual uma das autoras é participante. Face às poucas experiências bem-sucedidas de cogestão dos recursos naturais no Brasil, particularmente os pesqueiros, acredita-se que este espaço é um objeto importante de análise, tanto em função do nível de mobilização, organização e participação dos pescadores quanto pela possibilidade concreta de tratamento dos conflitos socioambientais locais envolvendo a pesca artesanal

    Pesca artesanal na Baía de Ilha Grande, no Rio de Janeiro: conflitos com unidades de conservação e novas possibilidades de gestão

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    http://dx.doi.org/10.5007/2175-7984.2013v12n23p159 Este trabalho apresenta resultados preliminares de uma pesquisa cujo objetivo é analisar os conflitos envolvendo a pesca artesanal e a Estação Ecológica de Tamoios (ESEC Tamoios) na Baía de Ilha Grande, litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, bem como identificar iniciativas atuais visando dar “tratamento” a esses conflitos. Neste contexto, destaca-se o projeto “Desenvolvimento e Gerenciamento dos Sistemas de Gestão da Aquicultura e Pesca na Baía de Ilha Grande”, popularmente conhecido na região como  “Acordo de Pesca – BIG”, posteriormente cunhado como G-PESCA-BIG, do qual uma das autoras é participante. Face às poucas experiências bem-sucedidas de cogestão dos recursos naturais no Brasil, particularmente os pesqueiros, acredita-se que este espaço é um objeto importante de análise, tanto em função do nível de mobilização, organização e participação dos pescadores quanto pela possibilidade concreta de tratamento dos conflitos socioambientais locais envolvendo a pesca artesanal

    Ações do Projeto de Extensão “Pesquisa-ação na Cadeia Produtiva da Pesca no Litoral Fluminense" através do emprego da Cartografia Social para o fortalecimento da Comunidade Tradicional dos Pescadores Artesanais da Reserva Extrativista Marinha de Itaipu.

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    Em parceria com o Museu de Arqueologia de Itaipu e com a Associação Livre dos Pescadores e Amigos de Itaipu, a PAPESCA desenvolve em regime de cogestão com estas entidades, uma ação de formação em gestão socioambiental nas Comunidades Tradicionais de Pescadores Artesanais de Itaipu. Esta ação tem como objetivo ampliar o protagonismo comunitário na elaboração de propostas para a cogestão da Reserva Extrativista Marinha de Itaipu – Niterói /RJ. Sendo as Resex Marinhas, áreas protegidas que se localizam em regiões costeiras e são geridas pela população tradicional local. Este trabalho apresenta as ações empreendidas e os resultados alcançados através de uma atividade de cartografia social realizada junto à comunidade citada. Destaca-se que a cartografia social consiste em um dos cinco temas definidos pela comunidade como prioritários para o seu fortalecimento. Os demais são: marco legal, história de vida, comunicação multimídia e gestão participativa. Considerando que o território de Itaipu é alvo de disputas e de pressões onde conflitam interesses, visões de mundo e práticas sociais, e tendo em vista que o objetivo central do curso consiste no fortalecimento comunitário, a Cartografia Social foi escolhida como referencial teórico para esta ação. A “cartografia social” contrapõe-se ao monopólio da representação territorial protagonizada pelo saber científico e legalizado pelo Estado em favor de um modelo hegemônico de desenvolvimento capitalista. Coloca-se, portanto, como instrumento de representação do espaço protagonizado pela comunidade, segundo suas identidades específicas, integrando “as lutas simbólicas envolvidas no processo de produção cultural da paisagem e de seus elementos materiais”. As ações realizadas consistiram em dois momentos. No primeiro, moradores de Itaipu participaram de uma oficina de sensibilização na UFRJ, na qual foram problematizados os principais aspectos relacionados com a cartografia social. No segundo momento, foi realizada uma dinâmica em grupo na comunidade, na qual os participantes mapearam os principais locais de conflito socioambiental presentes na comunidade e no entorno. A atividade resultou na identificação de inúmeros conflitos socioambientais, dentre os quais merecem destaque: disputas fundiárias, utilização predatória de recursos naturais por agentes externos à comunidade, uso compartilhado da faixa de praia com comerciantes locais e de áreas públicas com “flanelinhas” e trabalhadores das empresas de ônibus e poluição da lagoa de Itaipu. Os próximos passos incluem na complementação do mapa com a inclusão de outras visões. Estas serão obtidas através de novas oficinas, bem como através da divulgação do mapa para públicos externos à própria comunidade.  

    Pesquisa-Ação na Reserva Extrativista Marinha de Itaipu (RESEX MARINHA – Itaipu): experiências de extensão de empoderamento da comunidade local

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    O programa de extensão “Pesquisa-ação na Cadeia Produtiva da Pesca no Litoral Fluminense (PAPESCA/Soltec)” atua há 11 anos apoiando a pesca artesanal de forma dialógica e interdisciplinar, contribuindo para a sustentabilidade da cadeia produtiva da pesca e para a gestão compartilhada da pesca artesanal. A metodologia adotada é a pesquisa-ação, visando à interlocução entre saberes acadêmicos e tradicionais a fim de compor um conhecimento comum que embase o diagnóstico de demandas e a experimentação de soluções em situações reais. Há três anos, o programa concentra seus esforços na RESEX MARINHA - Itaipu, em Niterói. RESEX Marinhas (reservas extrativistas marinhas) são áreas protegidas que se localizam em regiões costeiras e são geridas pela população tradicional local. No ano de 2015, diversas foram as ações da PAPESCA no local, como a realização de uma viagem de intercâmbio das lideranças da RESEX Marinha de Itaipu para a RESEX de Mandira, em Cananéia (SP),  reconhecida por ter um conselho atuante, Acordo de Gestão e Plano de Manejo. O propósito desta ação foi partilhar com os participantes a experiência de luta e conquista de criação e consolidação da RESEX de Mandira. Outra ação realizada pela PAPESCA se insere: na organização em conjunto com outras instituições locais e membros da comunidade tradicional de Itaipu da 1ª Marejada Cultural de Itaipu. Além disso, as ações da PAPESCA se realizam  numa frutífera parceria com o Museu de Arqueologia de Itaipu (MAI) e também com a Associação Livre dos Pescadores e Amigos de Itaipu (ALPAPI). Iniciamos um processo inovador de formação para a população local através do curso de Gestão Socioambiental em comunidade tradicional. Dialogicamente, com reuniões semanais, o curso visa à formação de gestores no âmbito da RESEX- Itaipu, que inclui pescadores, técnicos, ativistas e moradores. O programa do curso, elaborado em conjunto com os seus participantes, possui quatro eixos: i) a questão do marco legal ; ii) a cartografia participativa ; iii) o trabalho biográfico ; iv) a comunicação multimídia. Este último eixo possui dois objetivos: o empoderamento dos participantes do curso através do conhecimento e do uso das ferramentas de multimídia, e a instrumentalização destas ferramentas duma forma participativa, construir dialogicamente o conhecimento com os atores da comunidade local
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