3 research outputs found

    Antiguidade e modernidade na Teoria do romance de Georg Lukács

    Get PDF
    This article aims to illuminate the contrast between ancient and modern world formulated by Lukács in his work The Theory of the Novel. In order to do this, we turn back to a debate on Aesthetics from the XVIII century Germany, where the search for the fundamentals of modern art leads the debate to the construction of a contrast between an organic culture, filled with meaning, located in a mythical conception of Greece, and a splitted and fragmented world, which corresponds to the modern era. Friedrich Schlegel’s reflections on this subject are taken into special account here, since he treated this comparison in a historical way more so than his contemporaries. Following this, we point to the specificities of Lukács’ approach to the issue, which is more attuned to the historical and social basis of the process that culminated in the loss of a unitary meaning for life in modernity. We seek to show how this perception makes possible for Lukács to point out the limits of the romantic solutions to the splitted character of modernity.Este artigo orienta-se pelo esforço de esmiuçar as características da contraposição entre mundo antigo e mundo moderno formulada por Lukács em sua obra A teoria do romance. Para esse objetivo, parte-se de uma recuperação de certo debate estético alemão no século XVIII, momento no qual a busca pelos fundamentos da arte moderna leva à formulação do contraste entre uma cultura orgânica e plena de sentido, localizada em uma Grécia mítica, e um mundo cindido e fragmentado, que corresponderia à época moderna. As reflexões de Friedrich Schlegel ganham atenção especial aqui, na medida em que tratam essa contraposição de maneira mais histórica do que as de seus contemporâneos. Em seguida, são apontadas as especificidades da abordagem de Lukács acerca da questão, baseadas em uma apreensão mais atenta aos fundamentos histórico-sociais que envolvem a perda de um sentido unitário para a vida na modernidade. Essa percepção permite a Lukács apontar os limites da solução aventada pelos românticos para a superação do caráter cindido da modernidade

    The red and the black: literature and critique of society in Theodor W. Adorno

    No full text
    Esta tese tem como objetivo compreender a crítica literária de Theodor W. Adorno, atentando para as mediações que ela guarda com a compreensão teórica do autor da sociedade capitalista de sua época. Para tanto, os capítulos expõem e discutem diversos momentos desta relação: o caráter dialético da crítica da cultura adorniana, que se distingue tanto de uma valorização conservadora da cultura como um valor absoluto, quanto de sua mera redução mecanicista à ideologia; a forma ensaística sob a qual uma crítica literária de tal tipo se apresenta; o debate marxista sobre literatura na segunda metade do século XX, em que Adorno procurou se distinguir das concepções estético-literárias de Sartre, de Brecht e de Lukács por meio da defesa intransigente da autonomia estética; as interpretações de Adorno dos romances modernistas de escritores como Proust, Kafka e Beckett; a interpretação de Adorno sobre a lírica, tomada como \"relógio solar histórico-filosófico\". A constelação composta pelos capítulos oferece uma visão prismática dos diversos aspectos que conformam a crítica literária de Adorno e permite discernir como e por que caminhos a crítica literária pode ser crítica da sociedade e vice-versa.This thesis aims to understand Theodor W. Adorno\'s literary critique, considering its intrinsic mediation with Adorno\'s theory of the capitalist society of his time. In order to do that, each chapter presents and discusses the various aspects involved in this relation: the dialectical character of Adorno\'s critique of culture, which distinguishes itself both from a conservative validation of culture as a value and from its mechanical reduction to mere ideology; the essay form in which this literary critique must be presented; the Marxist debate on literature in the second half of the Twentieth Century, inside which Adorno made efforts to achieve a particular position in contrast with Sartre, Brecht and Lukács, through a stark defense of art\'s autonomy; Adorno\'s interpretation of the modernist novels of writers such as Proust, Kafka and Beckett; Adorno\'s interpretation of the lyric form, taken as a \"historical-philosophical sundial\". The constellation that these chapters compose offers a prismatic view of the several aspects which conform Adorno\'s literary critique and allows us to see how and by which means literary critique can become critique of society and vice-versa

    Novel and modernity in young Lukács

    No full text
    Esta dissertação busca apresentar uma leitura do ensaio A teoria do romance, de Georg Lukács, atentando para o nexo formulado pelo autor entre a forma romance e a modernidade. Para este objetivo, procurou-se retraçar os momentos de diálogo que essa obra estabelece com a teoria do romance de Friedrich Schlegel. Não se trata de uma tentativa de rastrear as influências que por ventura estejam presentes no ensaio de Lukács, mas de mostrar como A teoria do romance pode ser reconstituída a partir das críticas à teoria do romance do romantismo. Pretende-se expor como a investigação da forma romance, essa forma que como nenhuma outra expressa o desabrigo transcendental, consiste para Lukács em uma via de acesso e crítica à experiência de alienação que vigora no mundo moderno.This dissertation aims to present a reading of the essay A theory of the novel, by Georg Lukács, paying special attention to the link between the novel form and modernity formulated by the author. To this end, the moments of dialogue that Lukács work establishes with the theory of the novel of Friedrich Schlegel were retraced. It is not an attempt to track influences that may be present in the essay, but to show how The theory of the novel can be reconstructed from the critiques of the romantic theory of the novel. We intend to point out how the investigation of the novel form, the form that like no other expresses the transcendental homelessness, consists for Lukács in a gateway to and critique of the experience of alienation that takes place in the modern world
    corecore