12 research outputs found

    Caracterização clínica e molecular de pacientes diagnosticadas com câncer de ovário epitelial, peritoneal primário e de trompas de falópio no Rio Grande do Sul

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    Introdução: O câncer de ovário epitelial, apresenta a mais alta taxa de mortalidade entre as neoplasias ginecológicas no mundo. O mais importante fator de risco associado ao desenvolvimento de CO, e também ao seu surgimento em idade precoce é a história familiar positiva. Para as mulheres portadoras de mutações germinativas BRCA1 e BRCA2 o risco cumulativo vital de desenvolvimento de CO é de 40-60% e de 11-27%, respectivamente. A identificação destas mulheres representa uma oportunidade para redução da ocorrência do CO em até 80%. Objetivo: Caracterizar, do ponto vista clínico e molecular, pacientes diagnosticadas com câncer de ovário epitelial, câncer primário de peritônio e câncer de trompas de falópio atendidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e outros centros de atendimento assistencial públicos e privados do Rio Grande do Sul. Métodos: Mulheres diagnosticadas com CO, independentemente da idade ao diagnóstico ou da história familiar foram convidadas a participar neste estudo. Os dados demográficos, clínicos, cirúrgicos e a história familiar foram obtidos através de questionários desenvolvido par ao estudo. Os genes BRCA1 e BRCA2 foram analisados por NGS e MLPA. Resultados: Das 60 mulheres incluídas no estudo 17 (28.3%) tiveram resultados positivos com achados de variantes patogênicas, 8 mutações em BRCA1 e 9 em BRCA2. Das 17 variantes patogênicas, 13 eram mutações diferentes entre si; 1 delas foi encontrada 3 vezes, e 2 delas foram encontradas 2 vezes neste grupo de mulheres. Dezesseis (94.1%) mulheres com mutação patogênica tinham história familiar positiva de tumores pertencentes ao espectro HBOC versos 58.1% das não portadoras. Em relação ao tipo histológico, 6 das 17 mulheres com mutação patogênica tinham sido diagnosticadas com CO do tipo não-seroso. Conclusões: No presente estudo foram identificadas variantes germinativas patogênicas nos genes BRCA em aproximadamente um terço das pacientes diagnosticadas com câncer de ovário epitelial, câncer primário de peritônio e câncer de trompas de falópio. A prevalência das mutações, aumentada quando em comparação com publicações prévias, deve-se provavelmente a alta frequência de história familiar positiva observada nessa coorte. A ocorrência de mutações patogênicas não se limitou às pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma do tipo seroso. A oportunidade de identificação de pacientes e famílias em risco para desenvolvimento de CO é de grande importância para oportunizar o oferecimento de aconselhamento e testagem genética, permitindo a adoção de medidas eficazes redutoras de risco.Introduction: Epithelial ovarian cancer, primary peritoneal and fallopian tube cancer (OC) is associated with de most elevated mortality rates of gynecological cancers worldwide. A positive family history is the major risk factor for developing ovarian cancer. Women that are diagnosed with a germline pathogenic variant in BRCA1 and BRCA2 have a lifetime risk of developing OC of about 40-60% and 11-27%, respectively. The identification of these women presents an opportunity to reduce the occurrence of OC in about 80%. Aims: To clinically characterize and to evaluate the prevalence of germline BRCA1 and BRCA2 pathogenic variants in Brazilian women diagnosed with OC. Material and Methods: Women diagnosed with OC, unselected for age or family history were invited to participate in the study. Clinical, surgical and family history data were obtained using a questionnaire. BRCA1 and BRCA2 genes were analyzed by NGS and MLPA. Results: Sixty women were included and 17 (28.3%) were found to carry a germline pathogenic variant, 8 in BRCA1 and 9 in BRCA2. Of these 17 pathogenic variants there were 13 different mutations; one of these was found three times, and the other two were observed two times each in this group of women. Sixteen (94.1%) women carrying a pathogenic variant had a positive family history of tumors of the HBOC spectrum versus 58.1% of the non-carriers. Of the 17 mutation carriers, 6 (35.3%) had non-serous OC. Conclusion: In this series we identified a germline BRCA mutation in about one-third of unselected patients diagnosed with ovarian, peritoneal or fallopian tube cancers. This prevalence, increased in comparison to what has been reported previously is likely due to the high frequency of a positive family history of cancer observed in the cohort. Occurrence of germline mutations was not restricted to patients diagnosed with serous adenocarcinoma OC. It is of great importance to be able to identify woman and families at risk of developing OC, to offer genic counselling and testing

    Caracterização clínica e molecular de pacientes diagnosticadas com câncer de ovário epitelial, peritoneal primário e de trompas de falópio no Rio Grande do Sul

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    Introdução: O câncer de ovário epitelial, apresenta a mais alta taxa de mortalidade entre as neoplasias ginecológicas no mundo. O mais importante fator de risco associado ao desenvolvimento de CO, e também ao seu surgimento em idade precoce é a história familiar positiva. Para as mulheres portadoras de mutações germinativas BRCA1 e BRCA2 o risco cumulativo vital de desenvolvimento de CO é de 40-60% e de 11-27%, respectivamente. A identificação destas mulheres representa uma oportunidade para redução da ocorrência do CO em até 80%. Objetivo: Caracterizar, do ponto vista clínico e molecular, pacientes diagnosticadas com câncer de ovário epitelial, câncer primário de peritônio e câncer de trompas de falópio atendidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e outros centros de atendimento assistencial públicos e privados do Rio Grande do Sul. Métodos: Mulheres diagnosticadas com CO, independentemente da idade ao diagnóstico ou da história familiar foram convidadas a participar neste estudo. Os dados demográficos, clínicos, cirúrgicos e a história familiar foram obtidos através de questionários desenvolvido par ao estudo. Os genes BRCA1 e BRCA2 foram analisados por NGS e MLPA. Resultados: Das 60 mulheres incluídas no estudo 17 (28.3%) tiveram resultados positivos com achados de variantes patogênicas, 8 mutações em BRCA1 e 9 em BRCA2. Das 17 variantes patogênicas, 13 eram mutações diferentes entre si; 1 delas foi encontrada 3 vezes, e 2 delas foram encontradas 2 vezes neste grupo de mulheres. Dezesseis (94.1%) mulheres com mutação patogênica tinham história familiar positiva de tumores pertencentes ao espectro HBOC versos 58.1% das não portadoras. Em relação ao tipo histológico, 6 das 17 mulheres com mutação patogênica tinham sido diagnosticadas com CO do tipo não-seroso. Conclusões: No presente estudo foram identificadas variantes germinativas patogênicas nos genes BRCA em aproximadamente um terço das pacientes diagnosticadas com câncer de ovário epitelial, câncer primário de peritônio e câncer de trompas de falópio. A prevalência das mutações, aumentada quando em comparação com publicações prévias, deve-se provavelmente a alta frequência de história familiar positiva observada nessa coorte. A ocorrência de mutações patogênicas não se limitou às pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma do tipo seroso. A oportunidade de identificação de pacientes e famílias em risco para desenvolvimento de CO é de grande importância para oportunizar o oferecimento de aconselhamento e testagem genética, permitindo a adoção de medidas eficazes redutoras de risco.Introduction: Epithelial ovarian cancer, primary peritoneal and fallopian tube cancer (OC) is associated with de most elevated mortality rates of gynecological cancers worldwide. A positive family history is the major risk factor for developing ovarian cancer. Women that are diagnosed with a germline pathogenic variant in BRCA1 and BRCA2 have a lifetime risk of developing OC of about 40-60% and 11-27%, respectively. The identification of these women presents an opportunity to reduce the occurrence of OC in about 80%. Aims: To clinically characterize and to evaluate the prevalence of germline BRCA1 and BRCA2 pathogenic variants in Brazilian women diagnosed with OC. Material and Methods: Women diagnosed with OC, unselected for age or family history were invited to participate in the study. Clinical, surgical and family history data were obtained using a questionnaire. BRCA1 and BRCA2 genes were analyzed by NGS and MLPA. Results: Sixty women were included and 17 (28.3%) were found to carry a germline pathogenic variant, 8 in BRCA1 and 9 in BRCA2. Of these 17 pathogenic variants there were 13 different mutations; one of these was found three times, and the other two were observed two times each in this group of women. Sixteen (94.1%) women carrying a pathogenic variant had a positive family history of tumors of the HBOC spectrum versus 58.1% of the non-carriers. Of the 17 mutation carriers, 6 (35.3%) had non-serous OC. Conclusion: In this series we identified a germline BRCA mutation in about one-third of unselected patients diagnosed with ovarian, peritoneal or fallopian tube cancers. This prevalence, increased in comparison to what has been reported previously is likely due to the high frequency of a positive family history of cancer observed in the cohort. Occurrence of germline mutations was not restricted to patients diagnosed with serous adenocarcinoma OC. It is of great importance to be able to identify woman and families at risk of developing OC, to offer genic counselling and testing
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