13 research outputs found

    O processo de implantação das unidades de pronto atendimento no Brasil

    Get PDF
    OBJETIVO: Analisar o processo de implantação das unidades de pronto atendimento no Brasil. MÉTODOS: Realizou-se análise documental, entrevistas com 24 coordenadores estaduais de urgência e um painel de especialistas. Analisaram-se questões relativas a: antecedentes e trajetória da política; atores envolvidos na implantação; processo de expansão; avanços, limites e dificuldades de implantação; e capacidade de coordenação estadual. Utilizou-se o referencial teórico da análise da conduta estratégica da teoria da estruturação de Giddens. RESULTADOS: As unidades de pronto atendimento foram implantadas a partir de 2007, inicialmente na região Sudeste, e em 2016 existiam 446 unidades de pronto atendimento considerando todas as regiões. Atualmente, há 620 unidades de pronto atendimento em construção, indicando expectativa de expansão. O financiamento federal foi um forte indutor da implantação. Os estados planejaram suas unidades de pronto atendimento, mas a existência de negociação direta entre os municípios e a União contribuiu com o significativo número de unidades de pronto atendimento construídas que não funcionam. Em relação à rede de urgência, há tensão com o hospital pela insuficiência de leitos no país, gerando internação na unidade de pronto atendimento. A gestão das unidades de pronto atendimento é predominantemente municipal, com a maioria das unidades de pronto atendimento localizadas fora das capitais e classificadas como Porte III. Os principais desafios identificados foram: o sub-financiamento e a dificuldade de contratar médicos. CONCLUSÕES: A unidade de pronto atendimento tem o mérito de ter recursos tecnológicos e ser arquitetonicamente diferenciada, mas só será bem-sucedida dentro de uma rede de urgência. A indução federal gerou respostas contraditórias, pois nem todos os estados consideram a unidade de pronto atendimento como prioritária. O fortalecimento da gestão estadual foi identificado como desafio para a implantação da rede de urgências.OBJECTIVE: To analyze the process of implementation of emergency care units in Brazil. METHODS: We have carried out a documentary analysis, with interviews with twenty-four state urgency coordinators and a panel of experts. We have analyzed issues related to policy background and trajectory, players involved in the implementation, expansion process, advances, limits, and implementation difficulties, and state coordination capacity. We have used the theoretical framework of the analysis of the strategic conduct of the Giddens theory of structuration. RESULTS: Emergency care units have been implemented after 2007, initially in the Southeast region, and 446 emergency care units were present in all Brazilian regions in 2016. Currently, 620 emergency care units are under construction, which indicates expectation of expansion. Federal funding was a strong driver for the implementation. The states have planned their emergency care units, but the existence of direct negotiation between municipalities and the Union has contributed with the significant number of emergency care units that have been built but that do not work. In relation to the urgency network, there is tension with the hospital because of the lack of beds in the country, which generates hospitalizations in the emergency care unit. The management of emergency care units is predominantly municipal, and most of the emergency care units are located outside the capitals and classified as Size III. The main challenges identified were: under-funding and difficulty in recruiting physicians. CONCLUSIONS: The emergency care unit has the merit of having technological resources and being architecturally differentiated, but it will only succeed within an urgency network. Federal induction has generated contradictory responses, since not all states consider the emergency care unit a priority. The strengthening of the state management has been identified as a challenge for the implementation of the urgency network

    Regulation of care and hospital care in the Network of Emergency and Attention Care

    No full text
    Made available in DSpace on 2018-08-06T13:48:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) mariana_teixeira.pdf: 8055589 bytes, checksum: 33c63056c89a72152a1f97fee1b0abb5 (MD5) Previous issue date: 2018Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.A conformação de redes de atenção à saúde e a estruturação da regulação em saúde foram importante foco da política de saúde, sobretudo na política nacional de atenção às urgências,motivadas pelo desafio da falta de acesso aos serviços e perda da continuidade da assistência no Sistema Único de Saúde. No município do Rio de Janeiro, a conformação da RUE foi uma das prioridades da política de saúde recentes. Desse modo, foi o objetivo dessa tese analisar a organização e o funcionamento da regulação assistencial na rede de urgência e emergência do município do Rio de Janeiro, com foco no acesso ao leito hospitalar e conformação de redes de atenção à saúde. Para esse estudo foram realizados levantamento bibliográfico, 36 entrevistas e análise de dados de bancos de dados primários e secundários acerca das solicitações de internação hospitalar inseridas nas plataformas SISREG e SMS-Rio, pelo período de 12 meses.O tratamento dos dados recorreu à estatística descritiva e a análise exploratória e o conjunto dedados e entrevistas foi discutido à luz de conceitos de integração e governança bem como da Teoria da Estruturação de Anthony Giddens. Nos resultados do estudo foram apresentadas e discutidas as práticas de regulação desenvolvidas nas diferentes esferas governamentais e unidades de saúde, com destaque para o papel fundamental desempenhado pelas centrais de regulação, núcleos internos de regulação e profissionais médicos para consolidação e qualidade do processo regulatório. Observou-se ainda como fenômeno mais global o fortalecimento e uma maior institucionalização da função regulatória promovendo maior integração da rede,principalmente na esfera municipal, que logrou constituir estrutura de governança mais potente. No entanto, tanto o difícil acesso a uma retaguarda hospitalar insuficiente e pouco qualificada,culminando no fenômeno da internação nas Unidades de Pronto Atendimento, como a dinâmica conflituosa das relações entre as esferas governamentais no Rio de Janeiro, que mantem uma governança segmentada da rede, persistem como obstáculos para a organização mais eficiente da RUE.Background: Comprehensive health care delivery still constitutes a major challenge for theBrazilian Unified Health System. Lack of coordination among different health care levels andhealth care facilities result in lack of access to health care and low levels of integration acrosslevels of care. This scenario tends to be even more critical and unequal when providingemergency health care. To address this problem, health policy in general and especially inEmergency Health Care Policy have focused on health care networks development andregulation of access to health care provision. In the city of Rio de Janeiro, local health policyhas prioritized the development of an emergency care delivery network. Thus, the objective ofthis study was to analyze how the regulation of access to health care is organized in Rio deJaneiro s emergency health care network, exploring its impact on the access to hospital bedsand on the strengthening of the health network as a whole. Methods: A documental review andanalysis of data from primary and secondary databases were performed. Thirty-six interviewswere conducted with state and local managers, and healthcare professionals responsible forpromoting access to continuity of care in emergency health care network. Data analysis resortedto descriptive statistics and the contents of the interviews along with the data were interpretedunder Giddens' Structuration Theory. Results: The development of a process of regulation ofaccess to health care was conducive of a more integrated health care network. Nonetheless,poor access to hospital beds constituted a major obstacle to improvements in continuity of care.This produced the phenomena of hospitalization in pre-hospital care units. Cooperationbetween State and local government managers remain a significant problem and a fundamentalissue to achieve better results in providing comprehensive health care. Conclusion: Someimprovement in the degree of integration among health services in the city of Rio de Janeirohas been observed, especially on local level. However, investments in hospital bed capacity areneeded in order to meet health care necessities. Besides, state and local government need tofind common ground when it comes to each ones duties in health care delivery

    A integração das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) com a rede assistencial no município do Rio de Janeiro, Brasil

    No full text
    No município do Rio de Janeiro, a implantação das Unidades de Pronto Atendimento 24h (UPA) foi o fio condutor da política de saúde e modelo para estruturação da rede de urgência e emergência (RUE). Este estudo analisou a integração das UPAs na rede assistencial do município. Foram realizadas nove entrevistas, com gestores centrais e locais, analisadas à luz da Teoria da Estruturação de Giddens. Resultados mostraram pouca integração das UPAs, por deficiências estruturais da rede de serviços e fragmentação gerencial, pela ausência de governança unificada. Apesar do investimento político e financeiro, essa estratégia não logrou contornar os problemas de integração entre as unidades de saúde e, ainda, ressaltou a baixa prioridade governamental para a atenção básica. Assim, as UPAs pouco contribuíram para o desenvolvimento de redes de atenção à saúde e para a reorientação do modelo assistencial

    El proceso de implantación del Servicio de Atención Móvil de Urgencia en Brasil: estrategias de acción y dimensiones estructurales

    No full text
    Submitted by Regiane Silva ([email protected]) on 2018-08-03T16:37:53Z No. of bitstreams: 1 O processo de implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no Brasil.pdf: 282077 bytes, checksum: bf3ff2cce8b9eee4d68d56c6239504c6 (MD5)Approved for entry into archive by Regiane Silva ([email protected]) on 2018-08-09T13:45:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 O processo de implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no Brasil.pdf: 282077 bytes, checksum: bf3ff2cce8b9eee4d68d56c6239504c6 (MD5)Made available in DSpace on 2018-08-09T13:45:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 O processo de implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no Brasil.pdf: 282077 bytes, checksum: bf3ff2cce8b9eee4d68d56c6239504c6 (MD5) Previous issue date: 2017Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Hospital do Coração, São Paulo, SP, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília, DF, Brasil.O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi o primeiro componente da Política Nacional de Atenção às Urgências implantado no país no começo dos anos 2000. O artigo analisou o processo de implantação da urgência pré-hospitalar móvel no Brasil. Os métodos incluíram análise documental, entrevistas com coordenadores estaduais de urgência e um painel de especialistas. Utilizou-se o referencial teórico da análise da conduta estratégica da Teoria da Estruturação de Giddens. Os resultados evidenciaram uma implantação do SAMU desigual entre estados e regiões, identificando seis padrões de implantação considerando-se a capacidade dos estados de expandir a cobertura populacional e de regionalizar. As dificuldades estruturais incluíram a fixação de médicos, centrais de regulação mal equipadas e escassez de ambulâncias. Norte e Nordeste foram as regiões mais atingidas. O SAMU está configurado como estratégia estruturante da rede de urgências, mas seu desempenho sofreu o impacto da pouca participação da atenção primária na rede de urgências e principalmente da falta de leitos hospitalares.The Mobile Emergency Medical Service (SAMU) was the first component of the National Policy for Emergency Care implemented in Brazil in the early 2000. The article analyzed the implementation of mobile pre-hospital emergency care in Brazil. The methods included document analysis, interviews with state emergency care coordinators, and an expert panel. The theoretical reference was the strategic conduct analysis from Giddens’ Structuration Theory. The results showed uneven implementation of the SAMU between states and regions of Brazil, identifying six patterns of implementation, considering the states’ capacity to expand the population coverage and regionalize the service. Structural difficulties included physician retention, poorly equipped dispatch centers, and shortage of ambulances. The North and Northeast were the country’s most heavily affected regions. SAMU is formatted as a structuring strategy in the emergency care network, but its performance suffered the impact of limited participation by primary care in the emergency network and especially the lack of hospital beds.El Servicio de Atención Móvil de Urgencia (SAMU) fue el primer componente de la Política Nacional de Atención a las Urgencias, implantado en Brasil a inicio del año 2000. El artículo analizó el proceso de implantación de la urgencia pre-hospitalaria móvil en Brasil. Los métodos incluyeron un análisis documental, entrevistas con coordinadores estatales de urgencia y un panel de especialistas. Se utilizó el marco referencial teórico del análisis de la conducta estratégica de la Teoría de la Estructuración de Giddens. Los resultados evidenciaron una implantación del SAMU desigual entre estados y regiones, identificando seis patrones de implantación, considerándose la capacidad de los estados de expandir la cobertura poblacional y de regionalizar. Las dificultades estructurales incluyeron la fijación de médicos, centrales de mal equipadas y escasez de ambulancias. Norte y Nordeste fueron las regiones más afectadas. El SAMU está configurado como estrategia estructurante de la red de urgencias, pero su desempeño sufrió el impacto de la poca participación de la atención primaria en la red de urgencias y, principalmente, de la falta de camas en hospitale

    The process of implementation of emergency care units in Brazil

    No full text
    ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the process of implementation of emergency care units in Brazil. METHODS We have carried out a documentary analysis, with interviews with twenty-four state urgency coordinators and a panel of experts. We have analyzed issues related to policy background and trajectory, players involved in the implementation, expansion process, advances, limits, and implementation difficulties, and state coordination capacity. We have used the theoretical framework of the analysis of the strategic conduct of the Giddens theory of structuration. RESULTS Emergency care units have been implemented after 2007, initially in the Southeast region, and 446 emergency care units were present in all Brazilian regions in 2016. Currently, 620 emergency care units are under construction, which indicates expectation of expansion. Federal funding was a strong driver for the implementation. The states have planned their emergency care units, but the existence of direct negotiation between municipalities and the Union has contributed with the significant number of emergency care units that have been built but that do not work. In relation to the urgency network, there is tension with the hospital because of the lack of beds in the country, which generates hospitalizations in the emergency care unit. The management of emergency care units is predominantly municipal, and most of the emergency care units are located outside the capitals and classified as Size III. The main challenges identified were: under-funding and difficulty in recruiting physicians. CONCLUSIONS The emergency care unit has the merit of having technological resources and being architecturally differentiated, but it will only succeed within an urgency network. Federal induction has generated contradictory responses, since not all states consider the emergency care unit a priority. The strengthening of the state management has been identified as a challenge for the implementation of the urgency network
    corecore