5 research outputs found

    "A gente tem que ter o convívio!": contribuições da prática da alimentação viva para a saúde.

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    A comensalidade humana caracteriza-se pelos sentidos que atribuímos aos atos da partilha, sentidos estes influenciados social, histórica e culturalmente. As práticas alimentares ajudam a organizar as regras da identidade e da hierarquia social, assim como servem para tecer redes de relações. Este é um ensaio exploratório sobre alimentação viva, em que se busca contribuir para uma reflexão sobre as práticas alimentares hegemônicas nas culturas contemporâneas, alienadas e mecânicas, com graves consequências para a saúde humana. Relata-se uma experiência de observação densa, em que foram comparados dois projetos ligados a uma mesma proposta – alimentação viva, à base de alimentos crus, grãos germinados e suco de clorofila –, porém voltados a públicos diferentes, ocorrendo em espaços e contextos diversos. Entre os resultados principais do trabalho, a constatação da importância fundamental da perspectiva do comer como ato coletivo e, mais, da própria preparação da comida como ato coletivo, o que vem se perdendo nos novos hábitos alimentares da vida contemporânea. Nos dois espaços, a prática da alimentação viva é o elemento que dá àquelas pessoas sua identidade social. Como ato revestido de conteúdos simbólicos e afetivos, o resgate do sentido sagrado da alimentação também mereceu destaque. Discute-se como essa prática pode contribuir para as necessárias transformações na atual cultura alimentar ocidental, em prol da saúde e da qualidade de vida

    "A gente tem que ter o convívio!": contribuições da prática da alimentação viva para a saúde.

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    A comensalidade humana caracteriza-se pelos sentidos que atribuímos aos atos da partilha, sentidos estes influenciados social, histórica e culturalmente. As práticas alimentares ajudam a organizar as regras da identidade e da hierarquia social, assim como servem para tecer redes de relações. Este é um ensaio exploratório sobre alimentação viva, em que se busca contribuir para uma reflexão sobre as práticas alimentares hegemônicas nas culturas contemporâneas, alienadas e mecânicas, com graves consequências para a saúde humana. Relata-se uma experiência de observação densa, em que foram comparados dois projetos ligados a uma mesma proposta – alimentação viva, à base de alimentos crus, grãos germinados e suco de clorofila –, porém voltados a públicos diferentes, ocorrendo em espaços e contextos diversos. Entre os resultados principais do trabalho, a constatação da importância fundamental da perspectiva do comer como ato coletivo e, mais, da própria preparação da comida como ato coletivo, o que vem se perdendo nos novos hábitos alimentares da vida contemporânea. Nos dois espaços, a prática da alimentação viva é o elemento que dá àquelas pessoas sua identidade social. Como ato revestido de conteúdos simbólicos e afetivos, o resgate do sentido sagrado da alimentação também mereceu destaque. Discute-se como essa prática pode contribuir para as necessárias transformações na atual cultura alimentar ocidental, em prol da saúde e da qualidade de vida

    Patient autonomy in the therapeutic process as a value for health

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    This paper presents a critical review of concepts of health and disease in biomedicine, as a contribution to rethinking health in positive terms. We take Canguilhem's epistemology as a starting point in order to highlight fundamental issues in the discussion about health, integrating it with a new understanding of the concept of patient autonomy in the therapeutic process, using an analysis method that takes an approach based on complexity. In this perspective, autonomy is relative, relational and inseparable from dependence. It is also a necessary condition for health, in its broadest meaning, as the self-recovering potential of the human organism. Therefore, autonomy becomes a fundamental value to be reinstated and defended in medical practice, as well as in the social and human sciences' field. A discussion of the implications of the concept of autonomy is presented, if only as a harbinger of a future state, as a precondition for health, citizenship and for life itself

    Drug advertising directed to pharmacists in Brazil: information or sales promotion?

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    Analyses of drug advertising reveal important social and cultural values and attitudes at a certain point in history. The purpose of this paper was to investigate how pharmaceutical industry communicates with pharmacists in Brazil, using drug promotion as a valuable tool. The point of departure was the analysis of a series of drug advertisements published in three Brazilian technical journals targeted at pharmacists and other health professionals. For the present study, the focus was on the content of the messages directed to pharmacists, in order to critically analyze the role attributed to these professionals as portrayed by the ads, and to discuss it in the context of pharmaceutical care. The collection and analysis of the data followed Anvisa's methodology. Pharmacists' social responsibility includes the reduction of preventable drug-related morbidity and mortality, but the information provided by the ads only refers to sales growth and profitability. Pharmacists are portrayed as salesmen, rather than health professionals, and encouraged to sell pharmaceutical drugs which are being heavily advertised to medical doctors. Consequences for pharmaceutical care are discussed.Análises de propaganda de medicamentos revelam importantes valores socioculturais e atitudes em um determinado contexto histórico. O objetivo deste trabalho foi analisar como a indústria farmacêutica se comunica com os farmacêuticos no Brasil, tendo a promoção farmacêutica como instrumento. O ponto de partida foi a análise de uma série de propagandas de medicamentos publicadas em três revistas técnicas dirigidas a farmacêuticos e outros profissionais de saúde. Para o presente estudo, o foco foi no conteúdo linguístico das mensagens, a fim de possibilitar uma reflexão crítica sobre o papel dos farmacêuticos no contexto da assistência farmacêutica, a partir das mensagens veiculadas pelos anúncios. A coleta e análise dos dados seguiu metodologia proposta pela Anvisa. A responsabilidade social dos farmacêuticos engloba a redução de morbidade e mortalidade relacionadas ao uso de medicamentos, mas os resultados mostram a ausência das informações necessárias à prática de uma atenção farmacêutica de qualidade. As informações divulgadas pelas propagandas referem-se basicamente ao aumento de vendas e de lucros. Longe de serem considerados profissionais da saúde, os farmacêuticos são retratados como meros vendedores. Além disso, são estimulados a vender os medicamentos que estão sendo extensamente propagandeados junto aos médicos prescritores. Discutem-se as consequências para a assistência farmacêutica
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