18 research outputs found

    A natureza agonista das emoções : o papel da estabilidade hierárquica e da assimetria competitiva para as respostas emocionais humanas

    Get PDF
    Interações agonistas podem provocar efeitos significativos sobre diversas emoções humanas. Estudos anteriores têm mostrado que o status de dominância está associado com uma ampla gama de respostas emocionais positivas, como alegria e orgulho, e negativas, como vergonha, raiva, medo e tristeza. No entanto, pouco se sabe sobre os mecanismos subjacentes a essa diversidade de reações emocionais ligadas à dominância. A estabilidade do status, uma característica natural de hierarquias de dominância, pode ajudar a elucidar a natureza das respostas emocionais humanas. Esta tese abrange cinco estudos que foram conduzidos com a finalidade de investigar a associação entre as emoções e os fatores determinantes da estabilidade do status em competições. No primeiro artigo nós verificamos se as reações emocionais de lutadores profissionais podem ser previstas pelas assimetrias competitivas em suas habilidades de luta durante uma disputa. Nossos dados confirmaram que a estabilidade do status pode ser decisiva para explicar a variedade de expressões emocionais em contextos competitivos. No segundo artigo, o nosso objetivo foi replicar experimentalmente os resultados do primeiro estudo. Para isto, conduzimos dois experimentos nos quais nós manipulamos a assimetria da competição e avaliamos as reações emocionais dos participantes, que indicaram um aumento na ocorrência de raiva e de medo em derrotas acirradas e de vergonha em derrotas decisivas. Nos dois últimos artigos nós testamos se percepções de maiores habilidades competitivas preveem as reações de raiva em condição de vitória (artigo 3) e de agressividade masculina durante uma competição (artigo 4). Ambos os estudos corroboraram, novamente, a nossa hipótese. De modo geral, todos os estudos dessa tese confirmaram que os fatores determinantes da estabilidade do status em competições podem afetar as respostas emocionais humanas.Agonistic interactions can cause significant effects on various human emotions. Previous studies have shown that dominance status is related to a wide range of positive and negative emotions, such as joy, pride, shame, anger, fear and sadness. However, little is known about which mechanisms underlie the variability of emotional reactions that are linked to dominance. Status stability, a natural characteristic of hierarchies, can help to elucidate the nature of human emotional responses. This thesis covers five studies that were conducted in order to investigate the relationship between emotions and the determinants of status stability in competitive contexts. In the first study we verified whether the emotional reactions of professional fighters could be predicted by the competitive asymmetry in their fighting abilities during a contest. Our data confirmed that status stability may be crucial to explain the variety of emotional expressions in competitive contexts. In the second study, our objective was to experimentally replicate the results of the first study. To test this, we conducted two experiments in which we manipulated the competitive asymmetry and assessed participants’ emotional reactions, which indicated an increase in the occurrence of anger and fear in close defeats and shame in decisive defeats. In the last two articles we tested whether perceptions of higher competitive abilities predict anger reactions to victory (article 3) and male aggression during a competition (article 4). Both studies corroborated our hypothesis again. In general, all studies in this thesis confirmed that the determinants of status stability in competitions can affect human emotional responses

    Do otimismo à agressão: cognições positivas preveem comportamento violento em homens

    Get PDF
    People often have overly confident expectations about themselves and the future. Negative emotions and cognitions have direct effects on aggression; however, few studies have considered the relevance of positive cognitions, such as self-confidence and optimism. In this study, we sought to evaluate whether optimism bias, positive self-perception, and self-confidence predict aggression in men. We also tested whether testosterone and cortisol mediate the relationship between positive cognitions and aggression. Our results indicate that optimism bias and self-confidence are significant predictors of aggression. Although steroid hormones predicted the occurrence of positive cognitions, no hormonal measures mediated the relationship between aggression and optimism or self-confidence. Therefore, positive cognitions, mainly optimism bias, can play a role in male aggression, possibly by reducing impulse control, which increases risk-taking behaviors.  Las personas tienden a tener expectativas demasiado confiadas sobre sí mismas y sobre el futuro. Las cogniciones y emociones negativas tienen efectos directos sobre la agresión; sin embargo, pocos estudios han considerado la relevancia de las cogniciones positivas, como la autoconfianza y el optimismo. En este estudio, hemos tratado de evaluar si el sesgo de optimismo, la autopercepción positiva y la autoconfianza predicen la agresión en los hombres. También analizamos si la testosterona y el cortisol median la relación entre cogniciones positivas y agresión. Nuestros resultados indican que el sesgo de optimismo y la autoconfianza son predictores significativos de agresión. Aunque las hormonas esteroides predijeron la aparición de cogniciones positivas, ninguna medida hormonal medió la relación del optimismo o de la autoconfianza con el comportamiento agresivo. Por lo tanto, las cogniciones positivas, principalmente el sesgo de optimismo, pueden desempeñar un papel en la agresividad masculina, posiblemente a través de la reducción del control de impulsos, lo que aumenta los comportamientos de riesgo. As pessoas costumam ter expectativas excessivamente otimistas sobre si mesmas e sobre o futuro. As cognições e emoções negativas têm efeitos diretos sobre o comportamento agressivo; contudo, são escassos os estudos que consideraram a relevância das cognições positivas, como a autoconfiança e o otimismo. Neste estudo, buscamos avaliar se o viés de otimismo, a percepção positiva de habilidades pessoais e a autoconfiança preveem a ocorrência de agressão em homens. Verificamos também se a testosterona e o cortisol são mediadores da relação entre as cognições positivas e a agressão. Nossos resultados indicam que o viés de otimismo e a autoconfiança são preditores significativos de agressão. Embora os hormônios esteroides tenham previsto a ocorrência das cognições positivas, nenhuma medida hormonal mediou a relação do otimismo ou da autoconfiança com a agressão. As cognições positivas e, principalmente, o viés de otimismo podem ter um papel relevante para a agressividade masculina, possivelmente através da redução do controle de impulsos, aumentando, portanto, os comportamentos de risco

    From optimism to aggression: positive cognitions predict violent behavior in men

    Get PDF
    As pessoas costumam ter expectativas excessivamente otimistas sobre si mesmas e sobre o futuro. As cognições e emoções negativas têm efeitos diretos sobre o comportamento agressivo; contudo, são escassos os estudos que consideraram a relevância das cognições positivas, como a autoconfiança e o otimismo. Neste estudo, buscamos avaliar se o viés de otimismo, a percepção positiva de habilidades pessoais e a autoconfiança preveem a ocorrência de agressão em homens. Verificamos também se a testosterona e o cortisol são mediadores da relação entre as cognições positivas e a agressão. Nossos resultados indicam que o viés de otimismo e a autoconfiança são preditores significativos de agressão. Embora os hormônios esteroides tenham previsto a ocorrência das cognições positivas, nenhuma medida hormonal mediou a relação do otimismo ou da autoconfiança com a agressão. As cognições positivas e, principalmente, o viés de otimismo podem ter um papel relevante para a agressividade masculina, possivelmente através da redução do controle de impulsos, aumentando, portanto, os comportamentos de risco.Las personas tienden a tener expectativas demasiado confiadas sobre sí mismos y sobre el futuro. Las cogniciones y emociones negativas tienen efectos directos sobre la agresión; sin embargo, pocos estudios han considerado la relevancia de las cogniciones positivas, como la autoconfianza y el optimismo. En este estudio, hemos tratado de evaluar si el sesgo de optimismo, la autopercepción positiva y la autoconfianza predicen la agresión en los hombres. También analizamos si la testosterona y el cortisol median la relación entre cogniciones positivas y agresión. Nuestros resultados indican que el sesgo de optimismo y la autoconfianza son predictores significativos de agresión. Aunque las hormonas esteroides predijeron la aparición de cogniciones positivas, ninguna medida hormonal medió la relación del optimismo o de la autoconfianza con el comportamiento agresivo. Por lo tanto, las cogniciones positivas, principalmente el sesgo de optimismo, pueden desempeñar un papel en la agresividad masculina, posiblemente a través de la reducción del control de impulsos, lo que aumenta los comportamientos de riesgo.People often have overly confident expectations about themselves and the future. Negative emotions and cognitions have direct effects on aggression; however, few studies have considered the relevance of positive cognitions, such as self-confidence and optimism. In this study, we sought to evaluate whether optimism bias, positive self-perception, and self-confidence predict aggression in men. We also tested whether testosterone and cortisol mediate the relationship between positive cognitions and aggression. Our results indicate that optimism bias and self-confidence are significant predictors of aggression. Although steroid hormones predicted the occurrence of positive cognitions, no hormonal measures mediated the relationship between aggression and optimism or self-confidence. Therefore, positive cognitions, mainly optimism bias, can play a role in male aggression, possibly by reducing impulse control, which increases risk-taking behaviors

    O papel adaptativo da raiva em humanos : motivação para dominância e respostas hormonais

    Get PDF
    A importância da manifestação da raiva para as interações sociais é um fato bem estabelecido, contudo o papel funcional desta emoção no comportamento humano permanece pouco conhecido. Embora a associação entre raiva e dominância tenha forte base empírica, a maioria dos estudos sobre o tema se restringe a efeitos sobre a percepção, ignorando outras possíveis implicações sobre o comportamento dominante. Esta dissertação abrange dois estudos principais que foram conduzidos com a finalidade de investigar a associação entre raiva e dominância em humanos. No primeiro estudo foi realizada uma revisão sistemática em cinco bases de dados, onde 207 publicações foram triadas e 20 atenderam aos critérios de inclusão e exclusão, com 26 estudos empíricos relatados. Como resultado foi verificado que todos os estudos revisados relataram uma associação entre dominância e raiva. Foi discutida a relação de causalidade recíproca entre a raiva e a dominância. Pelo menos em uma dimensão perceptual, isto pode ajudar na estabilização da hierarquia de dominância em grupos sociais. No segundo estudo, o objetivo foi testar a hipótese que esta emoção aumenta a busca por status hierárquicos e comportamentos agonistas. Medimos a atividade eletromiográfica do músculo corrugador, os níveis de testosterona e cortisol, bem como a agressão e a dominância, através de tarefas comportamentais. Como resultado foi verificado que o grupo experimental apresentou níveis mais elevados de dominância e agressão. Este resultado não dependeu dos níveis de testosterona, cortisol ou da razão entre estes hormônios, no entanto dependeu da manutenção da atividade eletromiográfica durante a coleta das variáveis dependentes. Assim, a indução de raiva quando suficientemente intensa pode provocar um aumento na ocorrência de comportamento de dominância e agressão, o que pode significar uma tendência de ação para o estabelecimento e manutenção de hierarquia de dominância em humanos.The importance of anger reaction for social interactions is a well-established fact; however, the functional role of this emotion in human behavior remains largely unknown. Although the association between anger and dominance has strong empirical basis, most studies on the topic has been limited to the effects on perception, disregarding other possible implications for dominant behavior. This dissertation covers two main studies that were conducted in order to investigate the relationship between anger and dominance in humans. In the first study was conducted a systematic review in five electronic databases. A total of 207 potentially relevant publications were identified and screened. Of those, 20 articles were found eligible for detailed review, with 26 empirical studies. As a result was found that all reviewed studies have reported an association between dominant behavior and anger. The mutual causality relationship between dominance and anger was discussed. Thus, at least in perceptual terms, it can help in formation and maintenance of dominance hierarchies in social groups. In the second study, the objective was to test the hypothesis that this emotion increases the pursuit of hierarchical status and agonistic behaviors. We measured the electromyographic activity of the corrugator muscle, testosterone and cortisol levels, as well as aggression and dominance, through behavioral tasks. As a result was found that experimental group showed higher levels of dominance behavior and aggressiveness. This result was not dependent on steroid hormone concentrations, nor the ratio of these hormones, but it was dependent on maintenance of electromyographic activity during the collection of the dependent measures. Therefore, when sufficiently intense, anger induction can cause an increase in the occurrence of dominance behavior and aggression, which can indicate action tendencies for the establishment and maintenance of dominance hierarchies in humans

    Exposure to methylphenidate during infancy and adolescence in non-human animals and sensitization to abuse of psychostimulants later in life: a systematic review

    No full text
    Introduction:Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) is a neuropsychiatric pathology that has an important prevalence among young people and is difficult to diagnose. It is usually treated with methylphenidate, a psychostimulant with a mechanism of action similar to that of cocaine. Previous studies show that repeated use of psychostimulants during childhood or adolescence may sensitize subjects, making them more prone to later abuse of psychostimulant drugs such as cocaine and methamphetamine.Objective: To review experimental studies in non-human models (rodents and monkeys) treated with methylphenidate during infancy or adolescence and tested for reinforcing effects on psychostimulant drugs in adulthood.Method: Systematic collection of data was performed on four databases (Web of Knowledge, PsycARTICLE, PubMed and SciELO). The initial search identified 202 articles published from 2009 to 2014, which were screened for eligibility. Seven articles met the inclusion criteria and were reviewed in this study.Results: The findings indicate that early exposure to methylphenidate has an effect on an ADHD animal model, specifically, on spontaneously hypertensive strain rats, especially those tested using the self-administration paradigm.Conclusion:Future studies should prioritize the spontaneously hypertensive rat strain - an animal model of ADHD. Experimental designs comparing different behavioral paradigms and modes of administration using this strain could lead to improved understanding of the effects of exposure to methylphenidate during childhood and adolescence

    Produção científica brasileira sobre investigações polares

    No full text
    Due to the characteristics of polar science, the development of a database of thematic data faces many challenges. Aiming to measure the scientific production about Antarctica and understand the role of human and health sciences, besides the contributions of Information Science, a bibliometric analysis of international repositories and of national information available has been carried out in order to quantify the data. Therefore, it has been noticed that Brazil presents consistent polar scientific production. However, contrasting to international results, the country has not carried out human dimension related projects. Finally, it is suggested that the thematic repository become a methodological tool pursued by institutions that encourage Brazilian polar science, as well as the insertion of metadata management.Por las características de la ciencia polar, el desarrollo de un banco de datos temático enfrenta muchos desafíos. De este modo, a fin de medir la producción científica sobre la Antártica y entender el papel de las ciencias humanas y de la salud, se cuantificaron los datos de los repositorios internacionales y de las fuentes disponibles de información nacional mediante un análisis bibliométrico. Así, se evidenció que Brasil presenta una producción científica polar consistente; pero que el país no ha llevado a cabo proyectos relacionados con las dimensiones humanas. Al final, el artículo sugiere que el repositorio temático y que la inserción y la administración de metadatos son herramientas metodológicas que desean las instituciones de fomento de la ciencia polar brasileña.Devido às características da ciência polar, o desenvolvimento de um banco de dados temático enfrenta muitos desafios. Objetivando mensurar a produção científica sobre a Antártica e entender o papel das ciências humanas e da saúde, quantificaram-se os dados através de uma análise bibliométrica dos repositórios internacionais e das fontes de informações nacionais disponíveis. Assim, evidenciou-se que o Brasil apresenta uma consistente produção científica polar, porém, o país não realizou projetos relativos às dimensões humanas. Por fim, sugere- se que o repositório temático e a inserção e gerenciamento de metadados sejam ferramentas metodológicas almejadas pelas instituições de fomento à ciência polar brasileira

    Ethanol during adolescence decreased the BDNF levels in the hippocampus in adult male Wistar rats, but did not alter aggressive and anxiety-like behaviors

    No full text
    Objective:To investigate the effects of ethanol exposure in adolescent rats during adulthood by assesssing aggression and anxiety-like behaviors and measuring the levels of inflammatory markers.Methods:Groups of male Wistar rats (mean weight 81.4 g, n = 36) were housed in groups of four until postnatal day (PND) 60. From PNDs 30 to 46, rats received one of three treatments: 3 g/kg of ethanol (15% w/v, orally, n = 16), 1.5 g/kg of ethanol (12.5% w/v, PO, n = 12), or water (n = 12) every 48 hours. Animals were assessed for aggressive behavior (resident x intruder test) and anxiety-like behaviors (elevated plus maze) during adulthood.Results:Animals that received low doses of alcohol showed reduced levels of brain-derived neurotrophic factor (BDNF) in the hippocampus as compared to the control group. No significant difference was found in prefrontal cortex.Conclusions:Intermittent exposure to alcohol during adolescence is associated with lower levels of BDNF in the hippocampus, probably due the episodic administration of alcohol, but alcohol use did not alter the level agression toward a male intruder or anxiety-like behaviors during the adult phase
    corecore